Educação Inclusiva: Valorização da Diferença
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- Vitorino Affonso Leal
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1 Diana Pereira de Lima Vinhoti Educação Inclusiva: Valorização da Diferença Psicologia da educação II Professor: José Fernando Fontanari São Carlos 2015
2 Sumário Resumo Introdução Histórico de educação especial no Brasil e surgimento de educação Inclusiva Recursos em uma sala regular com inclusão... 5 Conclusão... 8 Referências... 9
3 Resumo Uma característica inerente à população humana é a diferença. Todos temos limites quanto ao aprendizado ou a integração social. O objetivo deste estudo é apresentar as questões sobre política de educação inclusiva no país e a evolução dessa educação nas escolas regulares. Além disso, mostrar como o acesso à informação faz toda a diferença na vida de uma pessoa com deficiência e de sua família. 1. Introdução A educação Inclusiva resgata o direito humano à educação, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas. Para SASSAKI (1997, p. 41) inclusão é um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus sistemas sociais gerais pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. Um marco de ampliação do reconhecimento da importância das necessidades de aprendizagem, foi a colocação como tema da Conferência Mundial, realizada em Jomtien, Tailândia, em 1990, da qual resultou a aprovação da Declaração Mundial Sobre Educação Para Todos e Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem publicados pela UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância em maio de A Conferência foi organizada pela Unesco, reuniu cerca de 1500 participantes, incluindo especialistas em educação e autoridades nacionais. Além de Contar com representantes de organismos inter-governamentais e não-governamentais que examinaram em 48 mesas-redondas e em sessão plenária aspectos sobre a educação. Os textos dos documentosforam revisados e aprovados na sessão plenária de encerramento da Conferência em 9 de março de 1990.
4 Além de reconhecer a educação como direito fundamental de todos, as recomendações internacionais contidas em tais documentos tiveram o mérito de explicitar o sentido das necessidades básicas de aprendizagem. Segundo tal Declaração, essas necessidades compreendem tanto os instrumentos essenciais para a aprendizagem, quanto os conteúdos básicos necessários à sobrevivência e desenvolvimento para participação ativa na vida social. Observa, também, que o dinamismo e a diversidade de tais necessidades para crianças, jovens e adultos exige redefinição e ampliação contínuas da educação básica. No entanto, segundo Mazzotta, a efetivação da educação escolar para todos, mediante recursos tais como educação especial, preferencialmente via rede regular de ensino, para os que a requeiram ou educação inclusiva onde a diversidade de condições dos alunos possa ser competentemente contemplada e atendida, demandará uma ação governamental e não-governamental em conjunto. Para Mazzotta, a verdadeira inclusão escolar e social implica, essencialmente, a vivência de sentimentos e atitudes de respeito ao outro como cidadão. 2. Histórico de educação especial no Brasil e surgimento de educação Inclusiva Segundo Mazzotta (1996) a preocupação com a educação das pessoas portadoras de necessidades especiais no Brasil é recente, tendo se iniciado efetivamente no século XIX inspirado em experiências norte-americanas e européias. Até 1854 os portadores de deficiências física, mental ou sensorial eram excluídos tanto da família como da sociedade, sendo acolhidos em asilos e instituições de cunho filantrópico e/ou religioso. De 1957 a 1993 constituiu-se em um período marcado por ações oficiais de âmbito nacional. A educação especial se estabeleceu como sendo uma modalidade de educação escolar, que assegurava um conjunto de serviços educacionais especiais, organizados nas diferentes instituições de ensino, sendo: apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns. O objetivo era de garantir o acesso a educação escolar formal e desenvolver as potencialidades dos alunos.
5 Em 1990, com a participação do Brasil na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, se estabeleceu os primeiros ensaios da política de educação inclusiva. A concepção de educação inclusiva substituiu definitivamente o conceito de educação especial com base na Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), que ampliou o conceito de necessidade educacional especial e defendeu a necessidade de inclusão dos alunos especiais no sistema regular de ensino, tendo por princípio uma Educação para Todos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), no 9.394/96 (Brasil, 1996), no Capítulo III, art. 4º, inciso III, diz que é dever do Estado garantir o atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. O capítulo 5 da LDB 9.394/96, art º assegura que haverá serviços de apoio especializado para atender às necessidades peculiares de cada aluno portador de necessidades especiais e o art. 59, inciso III, garante o professores especializados em nível médio ou superior. 3. Recursos em uma sala regular com inclusão Materiais e professores especializados são componentes essências euma sala de educação inclusiva. Em uma classe regular com inclusão pode haver um aluno surdo que necessite de um professor de apoio que saiba LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para auxiliálo em todas as disciplinas. Exemplos de materiais escolares adaptados. jogos pedagógicos que valorizam os aspectos lúdicos, a criatividade e omdesenvolvimento de estratégias de lógica e pensamento. Os jogos e materiais pedagógicos podem ser confeccionados pelos professores da sala de recursos e devem obedecer a critérios de tamanho, espessura, peso e cor, de acordo com a habilidade motora e sensorial do aluno. São muito úteis as sucatas, folhas coloridas, fotos e gravuras, velcro, ímãs, etc;
6 livros didáticos e paradidáticos impressos em letra ampliada, em Braille, digitais em Libras, com simbologia gráfica e pranchas de comunicação temáticas correspondentes à atividade proposta pelo professor; livros de histórias virtuais, livros falados, livros de histórias adaptados com velcro e com separador de páginas, dicionário trilíngüe: Libras/ Português/Inglês e outros; Escola Estadual Antônio Souto Filho, no Pernambuco, promove aulas de braile.
7 Auxílio para virar a página com velcro-colar um pequeno velcro em cada pé de página do livro e confeccionar uma luva de dedo, com velcro oposto na ponta. O contato do dedo da luva, com o velcro da folha, facilitará a ação de virar a página. -Tesoura adaptada com arame revestido exige o movimento de fechar a mão. recursos específicos como reglete, punção, soroban, guia de assinatura, material para desenho adaptado, lupa manual, calculadora sonora, caderno de pauta ampliada, caneta ponta porosa, engrossadores de lápis e pincéis, suporte para livro (plano inclinado), tesoura adaptada, softwares, brinquedos e miniaturas para o desenvolvimento da linguagem, reconhecimento de formas e atividades de vida diária, e outros materiais relativos ao desenvolvimento do processo educacional;
8 mobiliários adaptados, tais como:mesa com recorte, ajuste de altura e ângulo do tampo; cadeiras com ajustes para controle de tronco e cabeça do aluno, apoio de pés,regulagem da inclinação do assento com rodas, quando necessário;tapetes antiderrapantes para o não descolamento das cadeiras. Conclusão A educação inclusiva no Brasil para que seja efetiva, faz se necessário investimento governamental e não governamental para que a diversidade de condições dos alunos possa ser atendida. Com o contínuo aprimoramento de projetos nesse sentido, tanto na formação, como na formação continuada de professores, com o tempo sane ou pelo menos minimize os pontos decadentes do atendimento aos portadores de necessidades especiais.
9 Referências Amor Inclusivo. Disponível em: < em 10 de setembro de Brasil escola, Canal do Educador. Disponível em: < Acesso em 12 de setembro de MAZZOTTA, Marcos J. S.. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, MAZZOTTA, M. J. S.. Deficiência, Educação Escolar e Necessidades Especiais. Educação ON-LINE, São Paulo, Santos, K. S. - UFRGS/IFBA.A Política Nacional de Educação Especial e a Perspectiva Inclusiva. Novos Referenciais Cognitivos e normativos.2012
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