MELHORAMENTO GENÉTICO DE SUÍNOS

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1 MELHORAMENTO GENÉTICO DE SUÍNOS

2 INTRODUÇÃO A carne de suínos é a mais produzida no mundo. 91,0 milhões de toneladas. Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial. População suína estimada em 30 milhões de cabeça. A carne suína é a mais consumida em todo o mundo representa 44% do total de carne produzida mundialmente. No Brasil ela ocupa o terceiro lugar em preferência.

3 Tabela 1. Evolução do percentual médio de carne nas carcaças de suínos observado nos frigoríficos de Santa Catarina. Ano Percentagem de carne magra Década de 80 46,0-48, ,0-50, ,0-52, ,5-54, ,0-56, ,5-56, ,0-57,0 Fonte Fávero, Carcaças com peso médio de 75,0 kg.

4 Tabela 2 Evolução da qualidade da carne suína, Ano Gordura(g/100g) Calorias (kcal/100g) , , , ,2 187 % de redução de 1963 a ,2 54,7 FONTE: NPPC (National Pork Producers Council), EUA

5 Evolução da suinocultura Ano Ganho diário (g) Conv. Alimentar Percentual de carne ,97 52, ,88 53, ,79 53, ,73 55, ,67 55, ,58 56,1

6 Ganho diário (gr) Ganho Diário (gr) Ano Ganho diário Fonte: Pereira, 2004

7 Tabela 3 Progresso genético anual estimado para conversão alimentar, tamanho de leitegada e idade ao abate Caracteristica Progresso genético anual Conversão Alimentar (kg/kg)* -0,023 Tamanho de Leitegada (leitões) 0,14 Idade ao abate (dias) -2,11 * kg de ração por kg de ganho de peso

8 Um dos segmentos que mais tem evoluído nos últimos anos é o potencial genético dos reprodutores usados em granjas comerciais. O melhoramento de suínos pode realizar-se com maior rapidez que o da maioria das espécies domésticas.

9 HISTÓRICO DO MELHORAMENTO GENÉTICO DE SUÍNOS No Brasil, em 1916 fazenda de criação de Barueri, SP. Porco nacional Canastrão. Nesta fazenda criava-se, ainda, para seleção, animais importados das raças Duroc-Jersey e Polland-China. Em 1956 projetos de seleção e melhoramento de animais da raça Duroc-Jersey. Em Sertãozinho seriam ainda conduzidos os trabalhos de fixação de características raciais e o melhoramento de características produtivas da raça Piau. Seleção e melhoramento dos suínos Nilo-Canastra. Na década de 1950, iniciaram-se as importações de raças como a Berkshire, Tamworth e Wessex.

10 A década de 1960 foi marcada pelas importações de suínos das raças Duroc, Yorkshire e Hampshire, dos EUA. Nesta época, foram introduzidas, da Europa, as raças Landrace e Large White. Processo de substituição das raças nacionais por raças puras do tipo carne. Anos de 1970 TESTES DE PROGÊNIE os primeiros plantéis núcleos nacionais

11 Década de 1980 = Grande transformação na genética de suínos no Brasil Testes de desempenho e os chamados testes de granja Sadia, a Granja Rezende e a Agroceres 1990 aumento do rendimento de carne uso de técnicas de DNA para melhoria genética dos plantéis

12 O objetivo do melhoramento em suínos, é de produzir carcaças bem desenvolvidas com menor percentagem de gordura para atender as exigências do mercado, que pede maior qualidades de carnes nobres por carcaça abatida. Escolher os bons reprodutores, isto é, os indivíduos que transmitem através de gerações seus caracteres.

13 Características do melhoramento da eficiência reprodutiva dos suínos Número de leitões/porca/ano Intervalo entre partos Período vazio Gestação Lactação Desmama-descarte Tamanho da leitegada Mortalidade dos leitões Mortalidade embrionária Taxa de fertilização Taxa de ovulação

14 Características do melhoramento do crescimento dos suínos ganho de peso ou peso dos animais avaliação de peso por idade conversão alimentar A tendência atual é direcionar o melhoramento para uma seleção baseada na relação carne magra, tendo conversão alimentar como medida de eficiência biológica do animal.

15 Características do melhoramento de carcaça dos suínos carne magra pouca espessura de toucinho e carcaças maiores. qualidade da carne: cor, textura, sabor, suculência, capacidade de retenção de água, além do seu valor nutritivo espessura de toucinho, maior área do músculo longo dorsal (músculo Longissimus dorsi) = (área de olho de lombo) ou maior proporção de carne magra na carcaça

16 PARÂMETROS GENÉTICOS O principal foco do melhoramento genético de ordem reprodutiva está no tamanho da leitegada, característica de baixa herdabilidade (0,10 ou menos). Tamanho testicular, por exemplo, é moderadamente herdável (h²= 0,25)

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18 O peso ao nascimento tem sido mencionado como característica de baixa herdabilidade (0,05). O peso a desmama possui uma herdabilidade de 0,15 Baixa a moderada: Tamanho da leitegada ao nascer; Peso da leitegada aos 21 dias; idade de marrãs a puberdade Moderada a alta: Idade aos 90 kg de peso vivo Espessura de toucinho Rendimento de carne

19 Estimativas de herdabilidade para características reprodutivas e produtivas dos suínos Características h 2 variação Machos Largura dos testículos 0,37 0,02-0,61 Comprimento dos testículos 0,33 0,30-0,39 Peso dos testículos 0,44 0,24-0,73 Qtide de espermatozóides 0,37 0,31-0,42 Motilidade 0,17 0,13-0,20 Nível de testosterona 0,25 0,14-0,37 Libido 0,15 0,03-0,47

20 Características h 2 variação Fêmeas Idade à puberdade 0,33 0,0-0,64 Taxa de ovulação 0,32 0,10-0,59 Taxa de sobrevivência 0,15 0,0-0,23 Núm total de nasc. 0,11 0,0-0,76 Núm total de nasc. vivos 0,09 0,0-0,66 Núm de desmamados 0,07 0,0-1,0 PLN 0,29 0,0-0,54 Peso da leitegada aos 21 dias 0,17 0,07-0,38

21 Tabela 3 Coeficientes de herdabilidade para as principais características de importância econômica Características Herdabilidades Características Herdabilidades C. do carcaça 0,40 0,60 Econ. ganho 0,30 0,50 C. das pernas 0,60 0,65 Per. gestação 0,30 0,50 N. de tetas 0,20 0,40 AOL 0,45 0,55 N. de vértebras 0,70 0,75 Esp. toucinho 0,40 0,60 N. leitões nasc. 0,05 0,15 Rend. pernil 0,50 0,60 N. leitões des. 0,05 0,12 Rend. paletas 0,40 0,50 Peso leit. des. 0,15 0,20 Rend. carne 0,25 0,35 P. an,. 5-6 m. 0,20 0,30 Pontos carcaça 0,40 0,50 Tx. Cresc. pd. 0,25 0,40 % de pernil 0,50 0,65

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24 CRUZAMENTO x Duroc x yorkshire Maior tamanho da leitegada e maior sobrevivência de leitões (heterose)

25 95% dos suínos produzidos para abate são cruzados. Suíno cruzado maior velocidade de ganho de peso, maior sobrevivência do nascimento a desmama e leitegada mais pesada em relação a suínos puros.

26 MS58 \ MS60 ESQUEMA: Landrace x Large White F1- LL fêmea mestiça Duroc x Hampshire F1 DH x Pietran cruzamento de 3 raças resulta num ganho de produtividade em torno de 10% sobre raças puras F2- DHP x F1- LL MS58

27 Duroc x Large White F1 DL X Pietran F2- PDL MS60 livre do gene halotano (estresse no animal e depreciação da qualidade da carne). A raça pietran tem boa conformação em largura de lombo e pernil bem desenvolvido.

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30 Duroc e large White oferece carne de qualidade e resistência ao estresse. Com a substituição da raça Hampshire pela Duroc, neste caso, é que se conseguiu a resistência ao halotano.

31 MELHORAMENTO DE SUÍNOS Processos de melhoramento genético em suínos Seleção O objetivo da seleção é sempre escolher bons reprodutores, isto é, os indivíduos que transmitem através de gerações seus caracteres.

32 Para chegar a um resultado satisfatório o trabalho seletivo deve:. procurar reprodutores que mais se aproximem do padrão estabelecido,. eliminando da reprodução todos os indivíduos que apresentam defeitos ou diferenças que possam prejudicá-lo. Índice de seleção I = ,25(GPD GPDM) 30(CA CAM)- 40(ET ETM)

33 Desafios do Melhoramento Genético de suínos Atualmente, dentro dos programas de melhoramento genético de suínos, a característica tamanho de leitegada, passou a receber maior atenção, especialmente porque as características de desempenho e de carcaça atingiram níveis próximos aos desejados/esperados, visto que, mesmo com baixas herdabilidades, o ganho esperado por seleção pode ser compensador. Com a crescente sofisticação do mercado e a ampliação dos conhecimentos científicos, foram agregadas mais características como objetivos de seleção e os critérios de avaliação e seleção também se tornaram mais complexos. Um dos fatores de alta importância na indução destas mudanças foi a crescente participação da alimentação no custo de produção dos suínos.

34 Obrigado pela atenção!