FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM NUTRIÇÃO PARENTERAL
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- Adriano Amaro da Costa
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1 FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM NUTRIÇÃO PARENTERAL ENFERMEIRO : Elton Chaves NUTRIÇÃO PARENTERAL Refere-se a nutrição feita por uma via diferente da gastro-intestinal. A nutrição parenteral pode servir para complementar (parcial) ou para substituir completamente (total) a alimentação normal, pela via enteral. 1
2 NUTRIÇÃO PARENTERAL A Nutrição Parenteral pode ser utilizada tanto como terapia exclusiva quanto como de apoio, dependendo basicamente da capacidade fisiológica de digestão e/ou absorção de cada paciente. Defini-se pela administração endovenosa de macro e micronutrientes, por meio da via periférica ou central. NUTRIÇÃO PARENTERAL É contra-indicado no caso de problemas na perfusão tissular, grandes e graves queimaduras corporais, discrasia sanguínea e imediatamente ao final da cirurgia. 2
3 INDICAÇÕES Recém-nascidos prematuros, cujo sistema digestivo não é capaz de processar (digerir) o leite de modo suficiente à sua necessidade; Pacientes submetidos a cirurgias gastrintestinais de grande porte com risco de fístulas; Pacientes com a síndrome do intestino curto; Paciente com anorexia e grave risco de transtornos cardiovasculares. COMPOSIÇÃO Água: É o de maior volume, necessário para repor as perdas e transportar os outros componentes. O cálculo da quantidade total de fluido necessário (o volume) deve levar em conta as necessidades e as perdas. Pode ser usado o peso e a diurese neste balanço. Glicose: Utilizada na forma de soluções hipertônicas de glicose, geralmente a 50% - ou seja, 50 gramas de glicose para cada 100 ml. Aminoácidos: Necessário para formar a proteína, utilizam-se soluções a 10% (10 gramas por 100 ml). Existem comercialmente soluções especiais para problemas renais e hepáticos e soluções especiais para recém-nascidos muito prematuros. Lipídios: Utilizado preferencialmente todos os dias como fonte de energia, juntamente a glicose, apresenta-se em soluções a 10 e 20% (10 ou 20 g/100 ml) 3
4 COMPOSIÇÃO Eletrólitos Sódio: na forma de NaCl a 20%. Potássio: na forma de KCl e fosfato ácido de potássio. Cálcio: Utilizado em veia periférica para evitar precipitação do soluto. Fósforo: na forma de fosfato ácido de potássio Magnésio: na forma de sulfato de magnésio. Vitaminas A B1 COMPOSIÇÃO B6 B12 C D K- utilizado uma vez por semana, preferencialmente em veia periférica 4
5 COMPLICAÇÕES Como principal complicação, por tratar-se de uma solução altamente nutritiva, é a contaminação por bactérias e fungos que colonizam os frascos. Para evitar este problema técnicas de esterilização dos frascos e materiais, bem como uma técnica asséptica são necessárias. O acesso venoso da nutrição parenteral total deve ser uma veia central para evitar a flebite, isto é, deve ser em uma veia calibrosa próximo ao coração para evitar uma reação inflamatória da veia, devido a concentração alta de glicose. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Via Central: Introdução do cateter na cava, jugular ou femoral. Via Periférica: Introdução do cateter nas veias periféricas dos membros superiores. PICC: Introdução do cateter pela veia periférica do membro superior indo até a cava 5
6 CUIDADOS DE ENFERMAGEM VEIA PERIFERICA Verificar, no rótulo da NP, a osmolaridade da solução que deve ser menor de 800 mosm/l, caso contrário, a solução deverá ser administrada em via central. Utilizar cateter venoso periférico de poliuretano ou teflon. Puncionar uma veia calibrosa, localizada no braço e antebraço. Trocar diariamente a fixação/cobertura de gaze do cateter, observando o local de inserção. Trocar o cateter em caso de sinais de flebite e no mínimo a cada 72 horas. O cateter deve ser exclusivo para NP. Conectar o equipo diretamente ao cateter ou utilizar um intermediário de uma via. Dispositivos para conexão em Y (torneirinhas ou polifix Ò ) são inadequados CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACESSO VENOSO CENTRAL Os cateteres venosos centrais devem ser inseridos e manuseados de acordo com as normas de assepsia preconizadas pela CCIH/HC. Cuidados na inserção de cateteres transcutâneos de curta permanência: Degermação das mãos do operador com solução de clorexidina ou PVPI degermantes, antisepsia do local de inserção do cateter com PVPI alcoólico e, se necessário, remoção do excesso com álcool 70%. Utilização de luvas, aventais e campos estéreis; Utilização de gorro, máscara e óculos de proteção; Palpar o local de inserção após anti-sepsia somente com luvas estéreis; 6
7 CUIDADOS DE ENFERMAGEM ACESSO VENOSO CENTRAL Instalar SG 5 % para manter a permeabilidade do cateter até o início da NP. A extremidade distal do cateter deverá ser localizada na veia cava. - Caso o cateter não seja central, poderá ser utilizado somente para NP periférica, em razão do risco de trombose venosa com solução hipertônica. O cateter deve ser utilizado exclusivamente para a infusão de NP, mesmo em caso e infusão cíclica. - Cateter multilumen: designar o lúmen distal exclusivamente para a NP. Realizar desinfecção das conexões do cateter com álcool a 70o antes da manipulação. O conector do cateter, colonizado por manipulações, é a principal fonte de contaminação ntraluminal do cateter CUIDADOS DE ENFERMAGEM Realizar o controle da glicemia capilar a cada 6 horas nas primeiras 72 horas,espaçando este controle para 12 horas em caso de estabilidade, ou conforme prescrição médica ou de enfermagem. Controlar a diurese e realizar balanço hídrico. Sempre que possível, pesar o paciente semanalmente; a altura deve ser verificada na admissão do paciente. Realizar exame físico conforme rotina do serviço, observando o grau de hidratação, a presença de edema, queixas de fome ou sede, alterações do nível de consciência, sinais de deficiência de vitaminas. Em caso de bacteremia com suspeita de contaminação de NP, seguir as seguintes recomendações da CCIH/HC: 7
8 IDECAN - EBSERH/ HC-UFPE - Enfermeiro Assistencial De acordo com o COFEN, são competências do Enfermeiro da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN), EXCETO: A) Responsabilizar-se pelas boas práticas na administração da nutrição parenteral e enteral. B) Realizar todas as operações inerentes ao desenvolvimento e preparação da nutrição parenteral e enteral. C) Desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de enfermagem ao paciente em terapia nutricional. D) Responsabilizar-se pela prescrição, execução e avaliação da atenção de enfermagem ao paciente em terapia nutricional. E) Desenvolver ações de treinamento para a garantir a capacitação e atualização da equipe de enfermagem que atua em terapia nutricional. Resposta Correta: A) Responsabilizar-se pelas boas práticas na administração da nutrição parenteral e enteral. 8
9 FCC - Tribunal Regional do Trabalho / 5ª Região - Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade: Enfermagem Na execução dos procedimentos de enfermagem, o enfermeiro deve considerar, dentre outros, que A) o volume máximo diário recomendado na hipodermóclise em adulto é de 50 ml por região do corpo. B) a administração de medicamentos por via intratecal é de competência privativa do enfermeiro especialista em terapias complementares. C) os fluidos nutritivos endovenosos (nutrição parenteral) são administrados por via intravenosa exclusiva. D) o oxigênio seco deve ser administrado por meio do cateter nasal. E) a aplicação de calor é indicada após 8 horas da ocorrência de luxações ou contusões. Resposta Correta: C) os fluidos nutritivos endovenosos (nutrição parenteral) são administrados por via intravenosa exclusiva. 9
10 CESPE - Tribunal Regional do Trabalho / 10ª Região - Técnico Judiciário - Área Enfermagem No que se refere à farmacologia, julgue os itens seguintes. A via parenteral é utilizada para a administração de medicamentos em uma ou mais camadas da pele. C) Certo E) Errado Resposta Correta: C) Certo 10
11 OBRIGADO! 11
Os profissionais de enfermagem que participam e atuam na Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional, serão os previstos na Lei 7.498/86.
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