COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Higienização das Mãos
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- Amália Carreira Viveiros
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1 COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR *Definição: Higienização das Mãos Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda superfície das mãos e punhos, utilizandose sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água corrente. É tradicionalmente o ato mais importante para a prevenção e o controle das infecções relacionadas ao serviço de saúde. *Objetivos: Prevenir as infecções hospitalares; Evitar infecção cruzada; Retirar sujidade, suor e oleosidade; Remover a flora microbiana transitória da camada superficial da pele; Antes e após qualquer contato com o paciente; *Indicações: Sempre que houver sujidade visível nas mãos; Entre diferentes procedimentos em um mesmo paciente (ex: aspirar secreção traqueal e realizar curativo); Antes e após realização das atividades hospitalares (preparo de medicamentos, de nebulização, punção, sondagens, etc); Antes e após a realização de atos fisiológicos e pessoais (alimentação / pentear cabelo / assoar nariz / usar o banheiro); Após manipulação de materiais e equipamentos contaminados; Antes e após coleta de materiais para exames Higienização das mãos por que fazer? É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas a assistência a saúde.
2 * Flora Microbiana da Pele Do ponto de vista da flora microbiana da pele em 1938 descobriu que a pele das mãos alberga principalmente duas populações, sendo estas a flora residente e a flora transitória. - Flora Residente: está aderida às camadas mais profundas da pele, é mais resistente à remoção apenas por água e sabão, entretanto, pode ser inativadas por anti-sépticos. - Flora Transitória: coloniza a camada superficial da pele, sobrevive por curto período de tempo e é passível de remoção pela higienização simples das mãos com água e sabão, por meio de fricção mecânica. *Material utilizado para Higienização das Mãos - Água - Sabão líquido - Papel toalha *Técnicas de Higienização das mãos - Higienização simples das mãos; - Higienização anti-séptica das mãos; - Fricção anti-séptica das mãos com preparação alcoólicas; - Anti-sépsia cirúrgica ou preparo pré- operatório das mão; *O que devo usar? Uso de água e sabão: Indicação: Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais. Uso de preparações alcoólicas: A higienização das mãos deve ser feita com preparação alcoólica (sob a forma gel ou liquida com 1%-3% de glicerina) quando estas não estiverem visivelmente sujas. Uso de agentes anti - sépticos: Nos casos de adoção de precaução de contato recomendada para pacientes portadores de microrganismos multirresistentes. Nos casos de surtos. *Áreas das mãos que podem ficar mal lavadas *Áreas geralmente mal lavadas
3 *Higienização simples das mãos; Remover os microorganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia á permanência e à proliferação de microrganismos. * Técnica de Lavagem simples das Mãos: 1. Abrir a torneira, molhar as mãos e colocar o sabão líquido (+ / - 2 ml); 2. Ensaboar e friccionar as mãos durante 30 a 60 segundos, em todas as suas faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e pontas dos dedos. 3. É importante estabelecer uma seqüência a ser seguida sempre, assim a lavagem das mãos ocorre automaticamente; 4. Enxaguar as mãos retirando toda a espuma e resíduos de sabão; 5. Enxugar as mãos com papel toalha; 6. Fechar a torneira com o papel toalha ou cotovelo, evitando assim recontaminar as mãos. *Higienização anti-séptica das mãos; Promover a remoção de sujidade e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxilio de um anti-séptico. Técnica é igual àquela utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete comum por um associado a anti-séptico *Fricção das mãos com anti-séptico (preparações alcoólicas) Finalidade Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico- preferencialmente a 70%- ou de solução alcoólica a 70% com 1%-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabonete quando as mão não estiverem visivelmente sujas. Técnica é igual àquelas utilizada para a higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete comum por preparações alcoólicas.
4 *Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré- operatório das mãos Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional. *Técnica para preparo cirúrgico das mãos 1 Abra a torneira, sem utilizar as mãos, molhando as mãos, antebraços e cotovelos. 2 Coloque a solução de detergente anti-séptico e espalhe-a nas mãos e antebraços. 3 Pegue uma escova esterilizada e escove as unhas, dedos, mãos e antebraços. Nesta ordem, sem retorno, por cinco minutos, mantendo as mãos em altura superior aos cotovelos. 4 Use para as mãos e antebraços o lado da escova não utilizado para as unhas (no caso de a escova ter só um lado, use duas escovas). 5 Detenha-se, particularmente, nos sulcos, pregas e espaços interdigitais, articulações e extremidades dos dedos, com movimentos de fricção. 6 Enxágüe os dedos, depois as mãos, deixando que a água caia por último nos antebraços, que devem estar afastados do tronco, de forma que a água escorra para os cotovelos, procurando manter as mãos em plano mais alto. 7 Enxágüe as mãos com compressas estéreis, que devem vir dobradas em quatro partes, enxugando-se primeiro uma das mãos e, com o outro lado, a outra. Colocam-se estes lados um de encontro ao outro, de forma a se obter dois lados estéreis. Enxuga-se um antebraço. Vira-se a compressa na sua face interna e enxuga-se o outro antebraço, desprezando a compressa. Obs1.: A luva química é especialmente útil em cirurgias longas. Para isso é necessário aplicar a solução alcoólica do anti-séptico utilizado, deixando secar antes de calçar as luvas. Obs 2: Caso o profissional tenha alergia ao iodo, substitua o PVP-I pelo gluconato de clorohexidina. Não use álcool após o uso dessas soluções, pois o efeito residual obtido com elas será anulado. *Outros aspectos da higienização das mãos Na higienização das mãos, devem ser observadas, ainda, as seguintes recomendações (CDC,2002;WHO,2006; BRASIL, 2007): Manter as unhas naturais, limpas e curtas. Não usar unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes. Evitar o uso de esmaltes nas unhas. Evitar utilizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir o paciente. Aplicar creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar ressecamento da pele.
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