A Redução do Fluxo de Investimento Estrangeiro Direto e as Implicações para o Brasil

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1 A Redução do Fluxo de Investimento Estrangeiro Direto e as Implicações para o Brasil Análise Economia e Comércio Bernardo Erhardt de Andrade Guaracy 30 de outubro de 2003

2 A Redução do Fluxo de Investimento Estrangeiro Direto e as Implicações para o Brasil Analise Economia e Comércio Bernardo Erhardt de Andrade Guaracy 30 de outubro de A UNCTAD, United Nations Conference on Trade and Development, organismo da ONU que estuda o comércio e investimento para o desenvolvimento, publica anualmente um relatório sobre o fluxo de investimento estrangeiro direto no mundo. Este relatório é o World Investment Report (WIR) e está disponível no site da organização desde setembro último. Ressalta a queda global do fluxo de investimento e as principais causas. Dele, recortamos o impacto para o Brasil. OWIR 2003 FDI Policies for Development: National and International Perspectives é a compilação de dados sobre o movimento do fluxo de investimento estrangeiro direto, referente ao ano 2002 e comparativamente aos anos anteriores em todas as regiões do mundo. O relatório analisa o capital produtivo, diferente do especulativo que circula pelas bolsas de valores em busca de melhores remunerações. Antes de prosseguir, uma definição de investimento estrangeiro direto (IED) se faz necessária: é o ingresso de capitais no país através da construção, fusão ou aquisição de uma unidade produtiva nacional e também as transações intra firma entre matriz e subsidiárias de caráter multinacional. Este investimento de capital estrangeiro pode ser direto, quando aplicado na criação de novas empresas ou na participação acionária de empresas já existentes; e indireto, quando assume a forma de empréstimos e financiamentos em longo prazo. O IED pode ter sua origem no meio privado ou governamental; o primeiro é feito de acordo com as seguintes motivações: visar um lucro maior, adquirir maiores vantagens fiscais que conseguiria no país de origem e tem expectativas de variações cambiais favoráveis. Já o investimento governamental é realizado por razões políticas, diplomáticas ou militares, de acordo com o interesse do país investidor e tem um caráter mais flexível quanto aos rendimentos econômicos de curto prazo, pois são orientados para atingir um equilíbrio do balanço de pagamentos do país de origem em longo prazo, estabelecendo uma relação de dependência por parte do país receptor. Feitas estas considerações iniciais, vamos partir do WIR 2003 para analisar alguns dados e aspectos do movimento dos IED s, ressaltando ao final, a posição do Brasil neste cenário. Redução em âmbito global

3 2 Segundo o relatório, o fluxo global de IED declinou em 2002 pelo segundo ano consecutivo, atingindo 108 das 195 economias nacionais analisadas. O principal fator desta queda foi o baixo crescimento econômico mundial, principalmente na tríade EUA Japão UE, somado com uma desvalorização de ativos nas bolsas de valores, causando uma grande redução no movimento internacional de fusões e aquisições de empresas, que em 2000 registrou casos e em 2002 diminuiu para casos somente. Geograficamente, os fluxos para os países desenvolvidos e em desenvolvimento decresceram em média 22%, sendo US$ 460 bilhões e US$ 162 bilhões, respectivamente. Esta queda foi puxada pelos EUA e Reino Unido, que representam um pouco mais da metade do fluxo dos desenvolvidos. Já no outro grupo, as maiores quedas foram na América Latina e Caribe que sofreram uma queda pelo terceiro ano consecutivo, reduzindo em 33% do volume no ano de A África apresentou um declínio maior no mesmo ano (41%), mas em 2001 obteve resultados positivos. Já a Ásia teve seus fluxos destacados para a China que recebeu um total de US$ 53 bilhões em 2002, balanceando a perda de outros países na região. Segundo a UNCTAD, para que haja uma retomada no crescimento do fluxo dos IEDs, é necessário que ocorra uma reaquecimento da economia mundial liderada, principalmente, por EUA, Japão e UE; a recuperação da confiança dos investidores e que as multinacionais estejam dispostas à investirem nos países em desenvolvimento para valorizar seus ativos nos países desenvolvidos, sede das matrizes. Desafio dos governos Os governos têm acelerado o processo de liberalização dos regimes de IED para atrair o máximo de capital possível neste cenário de economia desaquecida. Mais países têm buscado a realização de acordos bilaterais de investimento, criando agências reguladoras específicas para tratarem de questões como privatizações, compra de ativos para fusões e aquisições, regras para construção de unidades produtivas (principalmente quanto às isenções fiscais e garantias de empregos gerados) e políticas de concorrência. O maior desafio para estes governos é criar um código regulatório transparente e seguro para os investidores e que atenda às necessidades macroeconômicas do próprio país, tais como redução do déficit no balanço de pagamentos, geração de empregos e transferência de tecnologia, o que é um tema bastante delicado e controverso. Segundo o relatório, esta participação do Estado regulando os fluxos transnacionais de investimento é fundamental, pois é uma tendência mundial as políticas nacionais estarem voltadas para atração do IED. Fato que comprova é que de 1991 a 2002, 95% das mudanças apuradas nas políticas de atração de capital estrangeiro surtiram efeitos positivos. A grande questão e o maior desafio para os países em desenvolvimento é elaborar políticas de atração de investimentos que sejam duradouros e contribuam para o desenvolvimento econômico do país. Mas eles, na maior parte, apresentam problemas estruturais em suas economias, tais como instabilidade cambial, grandes déficits públicos e problemas de infra estrutura, além de um cenário político não confiável em grande parte daqueles países. Devem buscar atingir um equilíbrio entre as entradas dos recursos com seus benefícios para os investidores e os ganhos contínuos para a nação receptora. A situação do Brasil

4 3 O Brasil não foge à regra. Além de necessitar do IED para compensar seus déficits no balanço de pagamentos, ao mesmo tempo apresenta problemas políticos e econômicos que geram desconfiança nos investidores internacionais. A estimativa de recebimento de IED para o ano 2003, segundo a Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (SOBEET), era de US$13 bilhões no início do ano, mas este valor vai fechar em torno de US$ 10 bilhões, ficando muito abaixo dos anos anteriores como em 1998, no auge das privatizações, quando o país chegou a receber quase US$ 30 bilhões. O Brasil é considerado pela UNCTAD uma nova economia industrializada em transição com baixo potencial para recebimento de IED, mas com um forte desempenho quanto a políticas de atração (above potential category). Os setores que mais receberam capital estrangeiro no ano passado foram: alimentício, automobilístico e químico. Em contrapartida, os mais prejudicados foram: telecomunicações e eletricidade. O país acompanha o movimento de redução que atinge a América Latina desde o ano No aspecto geral, o setor de serviços foi o que apresentou a maior queda (10% de 2001 para 2002). A principal causa levantada pela UNCTAD é a instabilidade política econômica da região, com crises localizadas na Venezuela (político), Brasil (desvalorização do real em 1999), na Argentina (estagnação econômica pela supervalorização do peso até 2001), Colômbia (questões de segurança) e México, que mesmo sendo membro do NAFTA, teve uma grande perda (11%) de suas empresas plataformas de exportação (chamadas maquiladoras ). Os fluxos de IED caíram 36% no Brasil de 2001 a Apesar da queda acentuada, o setor automobilístico foi o que recebeu mais recursos no ano passado. Esta tendência começou em 1998 com o inicio do processo de desvalorização do Real e fez com que o governo elaborasse um plano para atrair as principais montadoras mundiais, transformando o país na principal plataforma de exportação de carros da América Latina. De acordo com dados da SOBEET, em relação aos principais investidores no país, tem-se que os EUA perdem a liderança para a Holanda, que em 2002 foi responsável por 18% do total do IED ingresso no Brasil. Os Estados Unidos, tradicionalmente o maior investidor no país e detentor de cerca de um quinto do estoque de IED no país em 2000, fechou o ano passado com a participação de 14% no fluxo total. Os espanhóis que chegaram a ser o terceiro investidor no Brasil tiveram seus investimentos bem reduzidos, passando de 13% do total em 2001 para apenas 3% em Um ponto que o relatório chama atenção em relação ao Brasil, com comentários do secretário geral da UNCTAD Rubens Ricupero, é que o investimento estrangeiro pouco afetou a produtividade das empresas nacionais, ocorrendo apenas naqueles setores que voltaram a produção para exportação, porque teriam que competir no mercado externo, como no caso da indústria automobilística. Isto se deu porque os investimentos focaram o setor de serviços, tais como bancos, distribuidoras elétricas e de gás, telecoms e transportes. Mas com o esgotamento do processo de privatização e a mudança cambial de 1999, deixaram poucas opções para o capital investidor, ou pelo menos a mais óbvia: investir nas indústrias. Assim, o governo tem que se esforçar para elaborar políticas de orientação para o IED, objetivando deixar um número maior de setores mais competitivos, sem violar as regras de comércio internacional, contribuindo mais nas exportações e trazendo mais competitividade para nossas empresas em termos de produção.

5 4 O país não pode ficar dependente dos ciclos de prosperidade da economia mundial e sim desenvolver mecanismos próprios para a atração segura e constante do capital estrangeiro. Uma boa oportunidade para este debate pode ser na Conferência da UNCTAD que acontecerá em São Paulo em junho de Referência

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