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1 ANO VII I Nº 31 I AGOSTO DE 2015 I LEVANTAMENTO APONTA: CVC EM QUEDA 82% HLB EM ALTA 159% REVISTA CITRICULTOR 1

2 EDITORIAL APRENDAMOS COM OS NOSSOS ACERTOS Ao longo de anos temos convivido com ameaças que geram ansiedade e, às vezes, angústia temporária. Podemos escolher cada cadeia produtiva e identificar ameaças as quais, graças aos conhecimentos científicos e técnicos, se transformam em oportunidades, permitindo a evolução. Cada um de nós viveu essa experiência e hoje esquecemos que tudo foi feito com respeito às normas e técnicas. Com a universalização de pragas e doenças, por mais controle que se exerça para impedir esse fenômeno mundial, mais cedo ou mais tarde elas surgem em nosso ambiente. Quem assistiu o momento em que a Tristeza ameaçava dizimar quase toda a citricultura paulista, na década de 40, teve suas esperanças renovadas com a identificação de novo porta-enxerto e, mais tarde, uma vacina. Mais recentemente, na década de 90, a CVC tomava conta de boa parte dos pomares e uma onda de receios inundou setores da citricultura que viam nuvens negras para o seu futuro. Novamente foi possível demonstrar que a luta com a natureza é constante e dependente dos conhecimentos científicos e de experiência. Sem grandes embates, porém, com constância e respeito às boas normas de manejo, conseguimos a expressiva diminuição da infestação que, há dez anos, contaminava metade das laranjeiras de São Paulo e hoje está em 7% das plantas. Corremos o risco de lança-la ao esquecimento como já aconteceu com outras doenças. O mesmo aconteceu quando a MSC apareceu, dizimando rapidamente pomares inteiros no norte do parque citrícola. A lição da Tristeza se fez útil e a solução foi a troca do porta-enxerto. Há muitos exemplos que nos avisam para não subestimar a capacidade da natureza em nos pregar lições. Estar alerta para os seus caprichos é uma responsabilidade de todos os elos da cadeia produtiva e ter, a cada problema que surge, a consciência de que precisamos gerar novos conhecimentos para solucionar o desafio, ressaltando que as soluções demandam tempo e eficácia. Esse alerta é particularmente relevante no caso do maior desafio que enfrentamos até agora: o HLB, doença com semelhança relativa à CVC, mas com um vetor mais eficiente, exigindo uma luta permanente e solidária de toda citricultura. Mais uma vez o citricultor tem que se unir à pesquisa e aplicar com agilidade, rigor e persistência as medidas de controle para que a curva ascendente da doença seja revertida e, daqui alguns anos, também seja mais um problema secundário. Não podemos desanimar. Muito já se sabe sobre seu controle, sua biologia e estratégias de manejo permitindo, por hora, que a doença caminhe com a menor velocidade já registrada no mundo. Todavia, ainda estamos longe de baixar a guarda. Nós nos adaptamos nas técnicas de manejo, de alerta regional, na busca por material geneticamente tolerante ou repelente, porém, cada um deles tem seu tempo de maturação. Os dados mais recentes ressaltam nossa preocupação. A expansão continua de forma genérica em uma curva senoidal, embora individualmente temos muitos exemplos de controle razoável da infestação. Está nas nossas mãos, citricultores, entender que a competitividade está na dependência de aceitação de uma luta incessante com as armas que já estão a nossa disposição e outras a serem desenvolvidas. Expediente Lourival Carmo Monaco Presidente do Fundecitrus ÍNDICE Pág.4 PINTA PRETA Quanto mais ações de manejo, menores são os prejuízos Pág.6 CANCRO CÍTRICO Nova legislação está em discussão nos órgãos do governo Pág.7 MAL CUIDADOS Mais de 7% dos pomares estão em situação ruim Pág.8 CVC e HLB Levantamento mostra situação oposta para as duas doenças Pág.12 BOAS PRÁTICAS Inovação faz pomar de família Lavrado prosperar ERRAMOS: Na edição nº 30 as cores da legenda do gráfico na pág.13 (Calor desfavorece) foram trocadas. O correto é cor vermelha referente a Comendador Gomes e a azul representando Analândia. CRÉDITOS: Na matéria Alternária - quanto mais longe, melhor, da edição nº 30, as fotos do fruto na pág. 30 e das folhas da pág. 31 são do pesquisador Eduardo Feichtenberger. A foto do fruto da pág. 31 é do pesquisador Fernando Alves de Azevedo. A REVISTA CITRICULTOR é uma publicação de distribuição gratuita entre citricultores, editada pelo Fundo de Desefa da Citricultura - Fundecitrus I Avenida Dr. Adhemar Pereira de Barros, 201, Vila Melhado, Araraquara - SP, CEP: Nº ISSN: Contatos: Telefones: e (16) I comunicacao@ fundecitrus.com.br - Website: Jornalista responsável: Fabiana Assis (MTb ) I Reportagem e edição: Jaqueline Ribas, Fabiana Assis I Projeto gráfico e diagramação: Marcelo de Almeida Quén I Assistente: Tainá Caetano I Tiragem: 8,5 mil exemplares. 2 REVISTA CITRICULTOR

3 Seu braço forte contra as doenças. Forte ação preventiva e residual. Nativo é o fator de proteção essencial para todo produtor que busca produtividade. Sua eficácia protege contra várias doenças, em seus diversos estágios, oferecendo resultados expressivos em diversas culturas. Dois modos de ação em um único produto resulta em maior eficiência e manejo de resistência; Forte ação preventiva contra várias doenças; Resistente a lavagem por chuvas e prolongado período; Melhor cobertura e redistribuição dentro das plantas de proteção; Nativo tem versatilidade, abrangência, eficiência, qualidade e potencial produtivo. Nativo - Protege muito, contra mais doenças. REVISTA CITRICULTOR 3

4 PINTA PRETA Foto: Henrique Santos Manejo diminui a quantidade de frutos com lesões de pinta preta, valorizando-os no mercado QUANTO MAIS PRÁTICAS DE MANEJO, MELHOR O CONTROLE Pesquisa comprova que união de medidas é a forma mais eficaz de lidar com a doença e ter ganhos financeiros Somar as várias práticas de manejo é a forma mais eficiente de controlar a pinta preta, diminuir a incidência de sintomas e ter ganhos financeiros com frutos destinados ao mercado in natura, de acordo com pesquisa desenvolvida pelo gerente de produção agrícola e logística da fazenda Guacho, da Agroterenas, Ezequiel Castilho, como aluno do Mestrado Profissional em Controle de Doenças e Pragas dos Citros do Fundecitrus MasterCitrus. O objetivo da pesquisa foi avaliar a viabilidade técnica e econômica do controle da pinta preta antes e após a colheita. O estudo mostra que o citricultor deve adotar um conjunto de medidas de controle e não usá-las de forma isolada. Dessa maneira conseguirá reduzir a incidência de sintomas e agregar valor ao fruto para a venda ao mercado in natura, onde a presença de frutas com sintomas representa um deságio no valor recebido, afirma Castilho. A proteção vai aumentando proporcionalmente ao número de ações de controle. Quanto mais medidas adotadas, maior é a eficiência. Entretanto, os resultados mostram que elas não são capazes de evitar totalmente a pinta preta, quando a doença já está presente no talhão. Daí a importância da escolha de talhões livres ou com baixíssima incidência quando se destina o fruto ao mercado in natura. Foram analisados tipos de controle químico, métodos e épocas de colheita, tratamentos de packinghouse e armazenamento em câmara fria em frutos de variedades tardias colhidos em talhões com diferentes incidências de pinta preta. Dentre os métodos avaliados, a escolha de talhões com menor incidência da doença, o controle químico até o final do período de chuvas e a colheita precoce foram os que tiveram maior impacto na redução de frutos com sintomas. Confira na íntegra o trabalho desenvolvido por Ezequiel Castilho durante o MasterCitrus no site do Fundecitrus Acesse: projetos/ezequielzcastilho.pdf 4 REVISTA CITRICULTOR

5 O controle químico prolongado - feito de agosto a abril/maio, com seis ou sete aplicações de fungicidas - reduziu a quantidade de frutos com sintomas em 46,9% na colheita realizadas em agosto e 29,8% em setembro, em talhão com incidências maiores da doença. Em talhão com baixa incidência, a redução foi de 94,8% em julho e 77,6% em agosto. A colheita antecipada feita em julho teve 77,5% de frutos com sintomas de pinta preta a menos que a realizada em agosto e, 90,2% menos que a de setembro. Já a realizada em agosto, teve menos 56,3% frutos sintomáticos do que a de setembro. Outras medidas testadas, como a colheita seletiva dos frutos apenas do terço médio e superior da árvore, sem levar em consideração a presença de sintomas de doença, e a seleção e descarte de frutos com sintomas no packinghouse, com apenas 6 a 8 inspetores em um ponto da linha de beneficiamento, não deram resultado significativo. O armazenamento do fruto em câmaras frias, a 5ºC por 21 dias, retardou o aparecimento de novas lesões, mas os métodos de manejo aplicados no campo mostraram-se mais eficientes. A pesquisa deixa evidente a importância do manejo no campo, pois foram essas medidas que se mostraram mais eficazes na redução de sintomas da pinta preta nos frutos, diz o pesquisador do Fundecitrus Renato Beozzo Bassanezi, orientador do estudo. Os experimentos foram conduzidos em pomar comercial de laranjeira Valência e Natal, localizados no município de Santa Cruz do Rio Pardo/ SP, nas safras 2011/2012 e 2012/2013, em talhões que produziam frutos para o mercado in natura, escolhidos de acordo com o histórico de ocorrência da pinta preta em anos anteriores. A MELHOR MEDIDA PARA O BOLSO A pesquisa também mostrou a viabilidade econômica dos tratamentos avaliados na relação custo-benefício da adoção das medidas de controle diante da desvalorização do preço do fruto com pinta preta no mercado. O tratamento químico prolongado é a medida que menos aumentou os gastos com manejo, seguido pela seleção no packinghouse e pela colheita seletiva. A aplicação dessas ações totalizou R$ 1,11 por caixa de 40,8 kg. Levando em consideração que a ausência do manejo acarretaria uma desvalorização de preço de 5% em julho, 10% em agosto e 15% em setembro - com base na quantidade de frutos com lesões nesses períodos -, as medidas de controle trouxeram ganhos financeiros nos dois últimos meses que variam de R$ 0,83 a R$ 1,93 por caixa (ver tabela abaixo). A análise de custo foi calculada de acordo com a média do preço de venda das caixas de laranja para o mercado interno de 2010 a 2014, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada Esalq/USP). Em seguida, foram somados os custos médios da colheita da fazenda, do beneficiamento do packinghouse, da logística e de impostos para compor o preço da venda CIF (sigla em inglês de custo, seguros e frete). O manejo da pinta preta deve ser pautado na integração das diferentes medidas de controle, evitando erros, principalmente aqueles relacionados às pulverizações. Assim o citricultor conseguirá manter a doença em níveis baixos, reduzindo os danos causados na fruta, afirma o pesquisador do Fundecitrus Geraldo J. Silva Junior, co-orientador do estudo. MANEJO DA PINTA PRETA É VANTAJOSO Adoção de medidas de controle evita a desvalorização do preço dos frutos Itens Julho Agosto Setembro sem controle com controle sem controle com controle sem controle com controle Preço de venda CIF* R$ 19,39 (CX) R$ 19,39 (CX) R$ 19,43 (CX) R$ 19,43 (CX) R$ 20,29 (CX) R$ 20,29 (CX) Depreciação do fruto com pinta preta 5% 0% 10% 0% 15% 0% Preço final de venda CIF* R$ 18,42 (CX) R$ 19,39 (CX) R$ 17,49 (CX) R$ 19,49 (CX) R$ 17,25 (CX) R$ 20,29 (CX) Controle químico prolongado R$ 0,00 R$ 0,20 R$ 0,00 R$ 0,20 R$ 0,00 R$ 0,20 Colheita seletiva R$ 0,00 R$ 0,47 R$ 0,00 R$ 0,47 R$ 0,00 R$ 0,47 Seleção no packinghouse R$ 0,00 R$ 0,44 R$ 0,00 R$ 0,44 R$ 0,00 R$ 0,44 Custo do controle adicional R$ 0,00 R$ 1,11 R$ 0,00 R$ 1,11 R$ 0,00 R$ 1,11 Receita bruta R$ 18,42 (CX) R$ 18,28 (CX) R$ 17,49 (CX) R$ 18,32 (CX) R$ 17,25 (CX) R$ 19,18 (CX) Diferença de receita** -R$ 0,14 + R$ 0,83 + R$ 1,93 *Média de preço da caixa de laranja para o mercado interno de 2010 a 2014 (Fonte: Cepea, 2014) ** Diferença no valor da caixa de laranja com a adoção de medidas de controle REVISTA CITRICULTOR 5

6 GOVERNO NOVA LEI PARA O CANCRO CÍTRICO Ministério da Agricultura e Secretaria Estadual da Agricultura estudam mudanças na atual legislação DISCUSSÃO SEGUE UM LONGO CAMINHO 2011 a 2013 Comitê formado por entidades de pesquisa e de defesa sanitária de SP, PR, MG, RS elabora e apresenta proposta de nova lei federal de defesa contra o cancro cítrico. 04/05/12 Fundecitrus leva à secretária da Agricultura Monika Bergamaschi a preocupação do setor citrícola com a indefinição das políticas públicas para o controle do cancro após o encerramento das inspeções oficiais. Estimulados pela pressão do setor citrícola, que está sofrendo as consequências do alastramento e crescimento da incidência de cancro cítrico, sobretudo no estado de São Paulo, o Ministério de Agricultura e Abastecimento (MAPA) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) estão revendo a legislação sobre a doença. Em julho, o Fundecitrus levou ao secretário do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), Luis Eduardo Pacifici Rangel, a solicitação dos citricultores paulistas para que o MAPA desse atenção à proposta de mudanças nos critérios de controle da doença, desenvolvida de 2011 a 2013 por um comitê com representantes de todos os estados produtores de citros. Desde janeiro, após a posse do secretário estadual de Agricultura, Arnaldo Jardim, o assunto deslanchou em São Paulo. O estado é o que mais tem sentido o crescimento da doença após o encerramento das inspeções oficiais nos pomares, em Estima-se que o cancro cítrico esteja presente em 5% dos talhões do parque citrícola, um aumento de 260% em três anos. Atualmente a lei estadual determina que o citricultor faça quatro inspeções por ano e que sejam arrancadas as plantas doentes. As árvores que estiverem ao entorno devem receber aplicações periódicas de cobre. O fórum estadual para a discussão da situação é a Câmara Setorial de Citros. Um comitê formado por pesquisadores do Centro de Citricultura, Fundecitrus e Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), além de representantes da SAA e o presidente da Câmara, Emílio Fávero, tem debatido a proposta de uma nova Instrução Normativa que substitua a atual legislação. As propostas foram encaminhadas à CANECC (Campanha Nacional de Erradicação do Cancro Cítrico), órgão responsável por estudar a lei no âmbito federal. É importante a modificação ocorrer na lei federal porque é em cima desse parâmetro que os estados baseiam as suas adaptações. Em São Paulo, a mudança é uma necessidade, diante da atual incidência da doença no Estado, afirma o professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, José Belasque Junior, que participou do comitê que elaborou a nova proposta. O objetivo é dar possibilidade para que o produtor controle a doença de forma racional, sem que seja levado a arrancar toda a propriedade. Hoje o manejo do cancro cítrico não é considerado uma situação regular no país, mesmo assim alguns estados o fazem. Temos exemplos de países vizinhos ao Brasil que manejam a doença e são grandes exportadores de citros. É preciso uma adequação para que todos os citricultores tenham igualdade de condições para se manter no negócio, afirma o presidente do Fundecitrus, Lourival Carmo Monaco. 01/11/13 É publicada a Resolução SAA 147, que muda as regras de controle do cancro no estado de São Paulo, acabando com a obrigatoriedade do raio de 30 metros. 01/10/14 Fundecitrus apresenta à secretária de Agricultura Monika Bergamaschi, propostas formatadas por pesquisadores e citricultores para manter o cancro sob controle dentro das novas regras do estado. 21/01/15 O novo secretário de Agricultura, Arnaldo Jardim, recebe o Fundecitrus que salienta a necessidade de mudança de posicionamento do governo diante dos citricultores que enfrentam o cancro cítrico. 28/04/15 O secretário recebe citricultores, entidades agrícolas e Fundecitrus, em Ribeirão Preto, e mais uma vez a pauta é a necessidade de adequar a lei do cancro cítrico. 15/05/15 O assunto entra na pauta da Câmara Setorial de Citros do Estado de São Paulo por determinação do secretário. 15/05/15 Em visita ao Fundecitrus, o secretário se mostrou decidido a promover as alterações solicitadas pelos citricultores. 25/05/15 O secretário Arnaldo Jardim avança a discussão de mudanças da lei do cancro na Câmara Setorial de Citros e se dispõe a ouvir as propostas das diversas alas do setor citrícola. 22/07/15 Fundecitrus faz reunião com Secretário do Departamento de Sanidade Vegetal, Luis Eduardo Pacifici Rangel, para pedir agilidade na modernização da lei federal de controle do cancro cítrico. Jul/15 Em diversas reuniões, o Comitê de Fitossanidade da Câmara Setorial de Citros do Estado de São Paulo discute propostas para uma nova Instrução Normativa federal. 11/08/15 Na primeira reunião da nova gestão da CANECC, a pauta foi a nova lei. 6 REVISTA CITRICULTOR

7 SEM CUIDADO SINAL DE ALERTA 7,5% do parque citrícola estão abandonados ou em mau estado O parque citrícola tem 2% da sua área com pomares abandonados, o que representa hectares de citros, de acordo com censo da citricultura, realizado pelo Fundecitrus, entre outubro de 2014 e março de Os pomares abandonados são aqueles sem tratos culturais, controle fitossanitário insatisfatório, com elevado grau de infestação de pragas e doenças, com frutas apodrecidas no chão, mato alto, plantas com galhos secos ou mortas. A macrorregião Centro é onde está a maior parte dos pomares abandonados. Nela está a região de Brotas, com maior área proporcional ao seu tamanho, com mais de 5% (1.339 ha). Em extensão, a região de Duartina é a primeira colocada do abandono com hectares (3% de sua área). Matão, também neste setor, tem ha (2%) abandonados. A região que tem menos área de pomares abandonados ou em más condições é o Triângulo Mineiro, com 0,88% do seu terrítorio (veja tabela ao lado). QUASE ABANDONADOS Não são apenas as áreas abandonadas que causam preocupação. Outros hectares, ou 5,5% do parque citrícola, estão em condições muito ruins. São pomares com deficiência de tratos culturais e pouca produtividade em grande parte das plantas devido ao manejo inadequado de pragas e doenças. Neste quesito, a região de Limeira está disparada na frente com ha de pomares em condições ruins. Somadas, as áreas abandonadas e mal cuidadas tomam 14% da região. Em seguida, está a região de Porto Ferreira, com ha em estado precário de conservação, o que resulta em quase 9% de área. Brotas também tem uma área grande de pomares em mau estado com ha, que somados aos pomares abandonados compromete Posição Região O MAPA DO ABANDONO Ha abandonados quase 13% da sua área (veja abaixo). De acordo com o gerente geral do Fundecitrus, Antonio Juliano Ayres, estes pomares representam um grande risco para a citricultura. Servem de constante fonte de doença e criadouro de pragas, sobretudo do psilídeo Diaphorina citri, transmissor do HLB. Eles devem ser erradicados porque prejudicam os citricultores que estão cuidando de seus pomares e desenvolvendo um bom trabalho, afirma. O Fundecitrus tem investido em ações para minimizar o impacto causado por estes pomares. A principal delas é a criação de vespinhas Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo, para serem soltas nestas áreas que não tem controle químico e dessa forma minimizar a população da praga. Também tem incentivado os citricultores a buscar soluções com os proprietários de pomares vizinhos em más condições, entre elas a erradicação ou pulverização da área. O assunto também foi levado à Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (SAA) e ao Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), com a solicitação formal de agilidade e prioridade dos órgãos de defesa para soluções para estas áreas de risco. Ranking das regiões com áreas de pomares abandonados e em más condições % da região Ha mal cuidados % da região* Total % do parque citrícola 1º Limeira 830 1, ,90 1,49 2º Brotas , ,65 0,86 3º P. Ferreira 427 0, ,74 0,83 4º Votuporanga , ,58 0,59 5º Matão , ,93 0,94 6º Duartina , ,50 0,90 7º Bebedouro , ,10 0,57 8º S. J. R. Preto 818 3, ,97 0,31 9º Itapetininga 55 0, ,83 0,08 10º Avaré 677 1, ,45 0,30 11º Altinópolis 144 1, ,93 0,05 12º T. Mineiro 218 0, ,88 0,09 *Soma das áreas abandonadas e mal cuidadas O parque citrícola tem 2% de pomares abandonados que são fonte de doença e criadouro de pragas Foto: Jaqueline Ribas/Fundecitrus REVISTA CITRICULTOR 7

8 DOENÇAS Fotos: Henrique Santos CVC DIMINUI 82% HLB AUMENTA 159% Levantamento mostra que manejo aplicado para a CVC fez efeito, mas que parte dos citricultores estão deixando de erradicar o HLB O levantamento amostral de doenças realizado pelo Fundecitrus traz uma boa e uma má notícia para o setor citrícola. A boa notícia é que, em três anos, a clorose variegada dos citros (CVC) teve uma redução drástica de 82% no índice de plantas contaminadas. Por outro lado, no mesmo período, o greening (huanglongbing/hlb) teve uma elevação de 159%. De acordo com a pesquisa feita nos pomares pelo Fundecitrus, 6,77% das laranjeiras do parque citrícola de São Paulo e Triângulo e Sudoeste de Minas Gerais têm CVC e 17,89% tem HLB. O último levantamento, que foi realizado em 2012, apontava índices de 38,39% e 6,91%, respectivamente (veja gráfico na página ao lado). Foram avaliadas 24,2 mil laranjeiras em todas as regiões do parque citrícola, nos meses de junho e julho, selecionadas de acordo com variedade, idade e tamanho de propriedade. Após a vistoria de campo, foi feita uma auditoria com novas inspeções e análise de material no laboratório do Fundecitrus. CVC CASO DE SUCESSO Principal doença da citricultura paulista na década de 1990, a CVC está controlada. Segundo o levantamento, a maior parte das plantas doentes apresenta sintomas iniciais (menos de 25% da copa atacados). A doença caiu em todas as faixas etárias (veja infográfico na pág.10), mas principalmente nas plantas jovens, com redução de 94% tornando-se praticamente inexistente. Grande contribuição para este resultado veio da mudança no sistema de produção de mudas, que se mostrou uma medida importante no combate a CVC ao longo dos anos. Em 1999, antes da promulgação da lei que tornava obrigatório os viveiros serem telados, a incidência em plantas de até 2 anos era de 35,69%. De lá pra cá foram produzidas 160 milhões de novas plantas, ou seja, 80% das árvores que hoje estão no campo chegaram aos pomares mais saudáveis e 8 REVISTA CITRICULTOR

9 se mantiveram assim por mais tempo. Outras medidas que colaboraram para a redução foram a intensificação do uso de inseticidas foliares e, principalmente, sistêmicos nos pomares por causa do psilídeo, inseto transmissor do HLB, o que repercutiu no controle das cigarrinhas transmissoras da CVC, e a retirada de plantas doentes com renovação em bloco dos pomares. A queda de incidência também foi expressiva nos pomares acima de 10 anos, grupo que era o mais atingido pela doença. Nestas plantas a CVC caiu de 61,33%, em 2012, para 13,67% (veja infográfico na pág. 10). De acordo com o pesquisador do Fundecitrus Renato Beozzo Bassanezi, a renovação e retirada dos pomares mais velhos ajudou no controle da doença. A grande diminuição de pomares nos últimos anos colaborou para a redução da CVC porque eles tinham plantas com condições ruins, produtividade baixa e alto índice de doenças e pragas. Isso vale também para outras doenças, inclusive para o HLB, explica. O bom resultado não veio de graça. É reflexo de todo investimento feito em pesquisa, liderado pelo Fundecitrus e com envolvimento de uma grande rede de institutos em consórcio, com o apoio da Fapesp, para desvendar todos os aspectos da doença que era totalmente desconhecida quando surgiu nos pomares, no final da década de Na época, foi sequenciado o genoma da bactéria Xylella fastidiosa, causadora da doença, e realizados outros projetos de genoma funcional (que determina as funções dos genes), identificado o inseto vetor da doença e criado um pacote de medidas que permitiu reduzir a incidência da CVC nos pomares, no começo lentamente e depois com mais velocidade. Foi um efeito de redução em cascata, era questão de tempo para que a incidência geral diminuísse com a adoção do pacote de manejo da doença e compromettimento pelos citricultores, afirma Bassanezi. HLB FUTURO NA MÃO DOS CITRICULTORES Na opinião do gerente geral do Fundecitrus, Antonio Juliano Ayres, o HLB pode seguir o mesmo caminho que a CVC e ter seu impacto reduzido, basta o produtor se manter firme na prática do controle adequado. O sucesso do manejo da CVC vai nos ajudar a combater o HLB, pois as duas doenças são bacterianas com vetores envolvidos. Todavia a bactéria do HLB é mais agressiva e o insetor transmissor mais eficiente. Para a CVC o tripé muda sadia, controle do vetor e poda ou eliminação de plantas doentes é suficiente. Para o HLB é necessário ter muito mais rigor, a ação tem que ser externa também, exigindo união e ação conjunta, ou seja, é imprescindível a adoção do manejo regional, participar do Alerta Fitossanitário do Fundecitrus e a aplicação de todas as medidas de manejo, como controle mais severo na borda, inspeção e atuação nas propriedades vizinhas, afirma. Para ajudar o citricultor na aplicação das medidas em seu pomar, o Fundecitrus está ampliando as áreas de manejo regional/alerta Fitossanitário que atualmente englobam as regiões de A EVOLUÇÃO DAS DOENÇAS CVC tem queda drástica com controle rígido. Já o HLB tem aumentado a contaminação 42,58 34,6 0,89 1,89 39,77 3, Araraquara, Avaré, Bebedouro, Casa Branca e Santa Cruz do Rio Pardo, com mais duas regionais no Triângulo Mineiro e em Bauru. Como medida complementar a instituição tem realizado a soltura da vespinha Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo. Somente no último ano foram liberados 300 mil insetos em 360 locais. Mas de acordo com o levantamento, apesar da obrigatoriedade da eliminação dos pés doentes, há 35 milhões de plantas com sintomas de HLB no campo. Este número é igual ao total de árvores erradicadas por causa da doença nos primeiros nove anos da sua existência em São Paulo (ao todo, 38,8 milhões de árvores com HLB foram erradicadas até o final de 2014, de acordo com os relatórios apresentados pelos citricultores à Coordenadoria de Defesa Agropecuária CDA). As maiores taxas de crescimento da incidência de plantas com sintomas de HLB no campo são para as faixas etárias mais velhas, o que indica uma diminuição na erradicação nesta faixa. De 2012 para 2015, o número de pés com sintomas no campo aumentou 233% nas árvores com mais de 10 anos. Entre as com idade de ,57 6,95 CVC HLB 17,89 6, REVISTA CITRICULTOR 9

10 DOENÇAS anos o aumento foi 182%, na idade de 3-5 anos foi 116% e nas plantas de 0-2 anos aumentou 64% (veja no infográfico abaixo). Se a erradicação estivesse ocorrendo, era de se esperar que a taxa de crescimento da incidência de pés doentes fosse semelhante para todas as idades. Observa-se, porém, que o indíce de árvores com sintomas no campo tem aumentado numa velocidade maior nas idades mais velhas, indicando um acúmulo de plantas sintomáticas nesta faixa, isto é, que a cada ano há menos erradicação nos pomares adultos, talvez porque estas árvores doentes ainda tenham alguma produção residual por alguns anos ou porque a eliminação delas signifique a saída do produtor da citricultura, explica Bassanezi. Esta tendência é comprovada pela queda no número de plantas erradicadas por HLB nos relatórios apresentados pelos citricultores a CDA que em 2013 foi de 7,2 milhões de plantas e em 2014 de 4,5 milhões. Estes pés contaminados que ficam no campo vão piorando ao longo do tempo, o que representa mais queda de produtividade e qualidade e mais contaminação de novas árvores. Para se ter uma ideia, 8,1% das laranjeiras do parque citrícola tem mais COMPORTAMENTO IGUAL CVC cai e HLB cresce em todas as faixas etárias das plantas +64% +116% que 25% da copa com sintomas, situação que a planta tem queda de produtividade em torno de 50%. Isso significa que hoje o parque citrícola tem prejuízo de 4% da sua produção por causa do HLB. O efeito da doença já foi comprovado na Flórida, onde quase mais de 70% das árvores têm HLB e a produção foi reduzida em 60% CVC +182% HLB +233% -78% Foram avaliadas 24 mil plantas para apurar índice de CVC e HLB e a severidade dos sintomas nos dez anos que o HLB está presente (leia mais na pág. 13). O levantamento mostrou ainda que 1,5% das laranjeiras estão com mais de 75% das copas tomadas pelo HLB. Estas plantas pouco produzem e os frutos que vingam são de baixa qualidade. Estudos feitos nos EUA mostram que sucos com mais de 25% de frutas provenientes de plantas com HLB têm uma redução da qualidade perceptível aos consumidores. Deixar a planta doente no campo é uma visão de curto prazo do citricultor que está pensando apenas na produção presente e não na manutenção futura do seu negócio. É preciso manter a erradicação para diminuir a velocidade com que a doença tem se alastrado nos pomares e manter a qualidade das frutas que são produzidas no parque cítricola, afirma Bassanezi. -94% 0 a 2-75% 3 a 5-72% 6 a 10 > 10 anos REGIÕES O índice de HLB cresceu em todo parque citrícola, embora seja praticamente inexistente no extremo norte, nas regiões do Triângulo Mineiro e Votuporanga. Já a CVC caiu em todo 10 REVISTA CITRICULTOR

11 INCIDÊNCIA DE CVC E HLB POR REGIÃO Regiões centrais são as mais afetadas CVC HLB 5,40% 0,01% 8,58% 0,07% 11,48% 4,35% 12,01% VOT SJO TGM BEB ALT 88% 10,46% 2,27% 10,17% 4,46% 9,72% 24,17% 1,46% 16,28% 5,68% 1,32% 0,26% DUA MAT BRO AVA ITG PFE LIM 11,24% 4,10% 38,37% 43,81% 1,72% TGM - Triângulo Mineiro I VOT - Votuporanga I SJO - S. J. do Rio Preto I DUA - Duartina I BEB - Bebedouro I ALT - Altinópolis I MAT - Matão I BRO - Brotas I PFE - Porto Ferreira I LIM - Limeira I AVA - Avaré I ITG - Itapetininga 46,12% estado e tem índices muito baixos no extremo Sul, onde ficam as regiões de Duartina, Avaré e Itapetininga (veja o mapa acima). As duas áreas foram beneficiadas pela distância do foco inicial destas doenças que foi na região de Araraquara, no caso do HLB, e na de São José do Rio Preto, no caso da CVC. As condições climáticas destas regiões também podem ser um motivo da baixa incidência. Por um lado, as regiões ao norte são mais quentes e mais secas, condição desfavorável para a bactéria do HLB e para o psilídeo. Segundo um estudo do pesquisador do Fundecitrus Silvio Lopes, a contaminação pode ser até três vezes menor nestes casos. No outro extremo, o menor déficit hídrico e o tempo mais frio do Sul explicam a pouca severidade de sintomas de CVC e influenciam no ciclo de desenvolvimento das cigarrinhas re- sultando na baixa população do vetor. Já as regiões no sul do parque citrícola, sobretudo Brotas, Porto Ferreira e Limeira estão entre as que têm os índices mais altos de HLB e, no caso das duas últimas, também de CVC. A macrorregião mais afetada pelo HLB é a Sul (que engloba as regiões de Limeira, Porto Ferreira e Casa Branca), onde a doença triplicou e atinge 42,5% das plantas, na média. Em seguida está a macrorregião Centro (Matão, Brotas e Duartina), com 23,57% de suas laranjeiras afetadas, mais do que o dobro do que existia em São regiões com predominância de propriedades pequenas, o que dificulta o manejo, sobretudo do HLB, que precisa de ação simultânea em grandes áreas com participação dos citricultores em um manejo regional. Além disso, muitos produtores têm optado pela manutenção de plantas doentes e estas regiões tem muitos pomares abandonados (veja mais na pág. 7). A macorregião Norte (Triângulo Mineiro, Bebedouro e Altinópolis) tem média de 6,81%; o Sudoeste (Avaré e Itapetininga) 4,72%, e o Noroeste (Votuporanga e São José do Rio Preto) tem 2,23% de plantas com HLB. Para algumas regiões este é o momento crucial que irá determinar o futuro da citricultura. Ou o produtor mantém a erradicação das plantas doentes, controla com rigor o psilídeo e encontra uma maneira de atuar nos vizinhos que não estão fazendo o manejo ou a citricultura da região estará comprometida. Já está provado que onde os citricultores estão seguindo as medidas recomendadas à risca a doença está sob controle. Somos exemplos para o mundo todo de combate ao HLB. É o momento dos produtores se posicionarem para manter a liderança da citricultura brasileira, afirma Ayres. REVISTA CITRICULTOR 11

12 BOAS PRÁTICAS NOVOS TEMPOS: A seção de boas práticas na citricultura estreia com a história da parceria entre pai e filho que mostra a necessidade de modernização no campo para aumentar lucros e enfrentar desafios. Foto: Jaqueline Ribas/Fundecitrus Murilo (esq.) e Mario: parceiros em torno da inovação pela produtividade OLHAR INOVADOR Modernidade do filho aliada à experiência do pai traz prosperidade para pomares da família Lavrado Apaixonados por citros. Assim se definem Mario e Murilo Lavrado, pai e filho, pequenos produtores, de Marcondésia/SP. Mas, para enfrentar os desafios e prosperar na citricultura, só a paixão não foi suficiente, necessitou-se investir em tecnologia e novas práticas. De 2006 a 2012, os pomares da família registraram baixa produtividade, avanço do HLB e prejuízos financeiros que quase levaram ao abandono da cultura. Pensei em desistir, foi uma fase de desânimo. O Murilo que insistiu para continuarmos. Apostamos em mudanças e estamos dando a volta por cima, conta Mario. Parceria e o diálogo foram fundamentais para aliar a experiência do pai, que completará 40 anos na citricultura, com o desejo de inovação do filho, de 24 anos, recém-formado em Agronomia. Nasci e cresci no meio dos pomares, sempre desejei seguir os passos do meu pai, por isso lutei para permanecermos na citricultura, diz. O primeiro passo foi a renovação dos pomares com novas variedades, plantas mais adensadas e irrigadas. Investiram na nutrição das árvores e na compra de maquinários mais modernos. O planejamento foi peça chave, principalmente no manejo fitossanitário. Buscamos informações e atualizações para entender como é a transmissão das principais doenças e o ataque das pragas para conseguirmos agir no momento correto, diz Murilo. Para enfrentar o HLB, adotaram o monitoramento e controle regular do psilídeo, erradicação de plantas doentes e atenção especial às bordas do pomar com inspeções e aplicações mais frequentes e replantas para evitar que a doença avance para dentro da propriedade. Também participam do Alerta Fitossanitário. Quando somos avisados que foi encontrado um psilídeo nas armadilhas, já entramos em ação, diz. O manejo de outras doenças e pragas é feito com o intuito de preveni-las ou controla-las logo no início. Para isso ficam atentos aos períodos em que as plantas estão mais suscetíveis, inspecionam regularmente e usam defensivos em rotação. Depois que passamos a ter consciência de que é preciso agir antes que a situação se agrave, estamos conseguindo evitar prejuízos, afirma o pai. A família colhe os frutos das mudanças. A produtividade é crescente, a taxa de plantio é dez vezes maior do que a de erradicação, a qualidade e sabor dos frutos melhoraram e as doenças estão sob controle. Em 2015, houve aumento de 20% em área plantada e 30% em produtividade em comparação com As dificuldades mostraram que era o momento de mudar. Sempre fui aberto a novidades, por isso a parceria com meu filho deu certo, diz Mario. 12 REVISTA CITRICULTOR

13 CONEXÃO FLÓRIDA SE ESPELHA EM SP PARA REVERTER SITUAÇÃO DO HLB Foto: Fabiana Assis/Fundecitrus Chefe de Operações do CRDF visita o Fundecitrus em busca de conhecimento e parcerias Embora tenham identificado o HLB com apenas um ano de diferença, São Paulo e Flórida (EUA) vivem realidades bem diferentes da doença. Enquanto São Paulo tem 17,9% de plantas com sintomas (leia mais na pág. 8), a Flórida contabiliza mais de 70% das suas árvores contaminadas. O estado americano é exemplo do efeito devastador da doença, que em dez anos tomou a citricultura e derrubou a produtividade. O HLB foi detectado na Flórida em No ano anterior, a produção foi de 240 milhões de caixas de laranja, agora, a estimativa é de 96 milhões, o que representa uma queda de 60% em uma década. O chefe de operações do Citrus Research & Development Foundation - CRDF, (veja mais no quadro), Harold Browning, atribui este prejuízo à alta população de psilídeos na Flórida quando a doença foi detectada e a demora em dar uma resposta para o problema. Harold Browning, do CRDF, mostra que a entidade é um dos parceiros do Fundecitrus Diferentemente do que ocorreu na citricultura paulista, os produtores norte-americanos priorizaram a busca de uma solução definitiva para a doença e não a manejaram no campo. Houve uma falha no controle. Por vários anos manteve-se o padrão de pulverização que já existia de três vezes por ano. Quando perceberam o erro, por volta de 2010, o número de aplicações aumentou, mas já era tarde demais, afirma Browning. O executivo ficou duas semanas no Brasil, em agosto, visitando o Fundecitrus e pomares de São Paulo e do Paraná para conhecer o que está sendo feito nas pesquisas e no campo e verificar possibilidade de financiar e cooperar com projetos no país. Nossos estudos englobam dúvidas que são comuns à Flórida, ao Brasil e à Ásia, portanto podemos firmar parcerias para solucioná-las em conjunto, diz. O desafio para os produtores da Flórida é minimizar a queda de frutos e fa- zer com que as plantas produzam pelo maior tempo possível. Não é uma escolha, é uma imposição da doença. Só há uma forma de controlar o HLB, que é o combate do psilídeo e a erradicação de plantas e São Paulo está neste caminho. Mas a situação da Flórida é diferente, afirma Browning. Os produtores norte-americanos também querem investir em novos pomares e devem usar os métodos dos produtores paulistas, que tem se mostrado eficientes na contenção do HLB. ALTOS INVESTIMENTOS EM PESQUISA CRDF foi criado em 2009, mantido por citricultores da Flórida para O financiar pesquisas para a descoberta de soluções para os produtores, sobretudo para o HLB. O foco dos estudos tem sido a busca da cura da doença, como antibióticos, plantas resistentes, porta-enxertos tolerantes e coquetéis nutricionais. A entidade contabiliza US$ 31 milhões em pesquisas realizadas e em andamento, totalizando 107 projetos que vão de genomas a práticas no campo. No início, a entidade era financiada exclusivamente por citricultores, mas atualmente também recebe subsídios dos governos estadual e federal. O CRDF não conta com pesquisadores próprios, por isso contrata ou financia pesquisa de universidades e institutos. De acordo com Browning, o CRDF encontra dificuldades para levar os projetos à parte prática, que pode ser aplicada no campo. Uma das opções analisadas pela entidade para ultrapassar este obstáculo é se espelhar no modelo do Fundecitrus. REVISTA CITRICULTOR 13

14 ESTIMATIVA DE SAFRA Fotos: Henrique Santos Agente do Fundecitrus faz pesagem para verificar desenvolvimento dos frutos DE OLHO NA SAFRA Acompanhamento da taxa de queda e do tamanho dos frutos assegura precisão da estimativa de produção de laranjas Acompanhamento de queda de frutos ocorre até a colheita Depois de anunciar a estimativa da safra de laranja 2015/16, prevista em 278,99 milhões de caixas, o Fundecitrus realiza o monitoramento de queda e tamanho dos frutos em todo parque citrícola para fazer reestimativas de safra. O procedimento é necessário para assegurar a precisão dos números da estimantiva e dar segurança ao planejamento dentro das propriedades. Agentes de pesquisa estão visitando cerca de 900 talhões de laranja desde junho. O acompanhamento está sendo realizado mensalmente até que os frutos sejam colhidos. Os talhões monitorados foram sorteados de forma que se identificassem com o perfil da região em relação à variedade, à idade e sua representatividade no parque. Em cada um são acompanhadas oito árvores vizinhas a uma das que foram derriçadas para compor a estimativa da safra. Os frutos que estão no chão são separados por florada e contados. Para verificar o desenvolvimento, são colhidos cinco frutos por florada em cada uma das laranjeiras monitoradas do talhão, que são medidos e pesados. As informações coletadas de junho a agosto servirão de base para a reestimativa da safra 2015/16, que será divulgada em setembro. O trabalho continua até o fechamento da safra, com outras reestimativas em novembro de 2015 e fevereiro de REVISTA CITRICULTOR

15 Citricultoricu Pragas e Doenças O nono capítulo da seção aborda a rubelose, doença causada por fungo que provoca seca de tronco, ramos e galhos, morte de parte da copa e redução da produtividade do pomar. Umidade e ferimentos facilitam o desenvolvimento do fungo Foto: Ivaldo Sala/Fundecitrus LESÃO ROSADA É SINAL DE RUBELOSE Tronco e ramos são mais afetados pela doença A rubelose, conhecida como mal rosado, é causada pelo fungo Erythricium salmonicolor. A doença ocorre em tronco, galhos e ramos, afeta todas as variedades de citros e está presente em todo o Brasil. É mais severa em árvores adultas e em pomares adensados com copas muito fechadas. Umidade e ferimentos facilitam o desenvolvimento do fungo e o surgimento da doença. SINTOMAS O fungo penetra em tecidos da casca, até atingir camadas mais internas do lenho. As lesões iniciam-se na bifurcação de tronco e ramos, devido à maior umidade do local. No início da infecção, as lesões liberam uma goma. As partes afetadas ficam com cobertura branca, em formato de leque, que depois adquire coloração rosa, sinal típico da doença. Com o tempo, essa cobertura branca desaparece, deixando a superfície da planta rachada com fios longos brancos ou acinzenta- No início da infecção há liberação de goma Foto: Arquivo Fundecitrus REVISTA CITRICULTOR 15

16 Em ataques severos a rubelose causa a seca e morte de galhos e até de toda a planta Foto: Arquivo Fundecitrus dos, chamados de prancha. A casca com o tempo racha e apresenta fendas devido à morte dos tecidos. As lesões comprometem camadas internas, provocando anelamento de galhos e ramos, e seca acima da área afetada. DANOS A rubelose é caracterizada pela morte de ramos e galhos, mas em ataques mais severos pode causar a morte de toda a planta. Os frutos dos ramos infectados não crescem, não amadurecem e caem prematuramente. O fungo também pode se desenvolver no pedúnculo e na superfície do fruto. CONTROLE O controle consiste na remoção e poda de galhos e ramos com sintomas da doença, secos e improdutivos. Dessa forma, reduz-se a fonte de contaminação e evita que a copa da planta seja afetada, afirma o pesquisador Geraldo J. Silva Junior. O tratamento de inverno é a melhor medida de controle, devido à baixa in- cidência de chuvas e consequente diminuição da umidade. Na região dos ramos onde não há anelamento, deve-se limpar a lesão com escova de aço e depois pincelar pasta de cobre. Nas regiões aneladas, é necessário podar abaixo da margem inferior da lesão e também proteger com pasta de cobre. Todos os galhos infectados devem ser retirados do pomar para evitar a disseminação da doença. Planta fica com superfície rachada, com fios longos, brancos ou acinzentados Pulverizações preventivas com produtos à base de cobre, direcionadas aos ramos internos, também contribuem para a redução da severidade da doença. A rubelose normalmente está sob controle na maioria dos pomares paulistas, mas os citricultores devem ficar atentos para não deixarem a situação se agravar. A adequação do volume e da dose de cobre deve ser feita com critério, diz o pesquisador. Foto: Ivaldo Sala/Fundecitrus 16 REVISTA CITRICULTOR

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