AEGRO Colhendo Conhecimento. 8 passos para um manejo integrado da lavoura
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- Norma Arantes Lage
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1 8 passos para um manejo integrado da lavoura
2 Lavoura produtiva é Lavoura integrada A alta produtividade de grãos só é possível quando se adota o manejo integrado nas práticas agronômicas. Essas estratégias promovem: I Sustentabilidade econômica para a lavoura Uso racional e eficiente dos recursos naturais e fontes de energia Menor degradação da área cultivada Precisão no uso de insumos sso tudo sem perder o foco da competitividade da lavoura no mercado, sua adequação à legislação ambiental, e visando a segurança do alimento e a qualidade de vida do homem que produz e do que consome.
3 Adequação do Solo Cultivares Época de Semeadura Nutrição de Plantas Manejo Integrado Manejo da Água Plantas Daninha Doenças Insetos
4 Adequação do Solo O primeiro aspecto importante no manejo do solo para uma lavoura produtiva é a drenagem. Terrenos com uma drenagem eficiente e feita com antecedência permitem que o preparo da terra, a semeadura e a colheita sejam feitos no tempo adequado. Por outro lado, uma drenagem mal feita favorece o aparecimento de plantas-daninhas, insetos-praga e caramujos. T ambém é importante a abertura de canais de irrigação e drenagem, abertura de estradas internas, taipas e demais estruturas complementares de uma forma eficiente. Isso minimiza a área sem plantas da lavoura, maximizando a proporção de área útil. O utro aspecto importante é a antecipação nessa adequação. O agricultor que pretende preparar o solo imediatamente antes da semeadura corre o risco de se atrasar, caso o clima não o favoreça. #1
5 #2 Cultivares A variabilidade genética faz com que existam cultivares de diversas potencialidades, tendo entre elas diferenças no potencial produtivo, na duração do ciclo, na qualidade, nas reações a doenças, a condições climáticas e à adubação. A utilização de mais de uma diversidade de cultivar, com características diferentes, é aconselhada especialmente para garantir maior estabilidade da produtividade, bem como para escalonar a colheita. T ambém são sempre bem-vindas novas cultivares, híbridas ou convencionais, mais resistentes aos estresses causados pelo ambiente e com maior potencial produtivo. Da mesma forma, se faz necessária a continuidade de melhoramento para a obtenção de cultivares RI (Resistentes a herbicidas do grupo das Imidazolinas), para áreas infestadas por arroz-vermelho.
6 Época de Semeadura C om baixa influência no custo de produção, o período da semeadura deve ser definido com base no ciclo da cultivar escolhida. O ideal é que a fase reprodutiva da cultura coincida com o período de maior disponibilidade da radiação solar na região cultivada. A condição para que a semeadura ocorra na época recomendada é que se faça antecipadamente um manejo do solo. O agricultor que começa o manejo do solo próximo ao período ideal de semeadura corre risco de não conseguir semear na época certa, caso as condições climáticas não lhe sejam favoráveis. #3
7 #4 Nutrição de Plantas D esses oito passos para melhorar a produtividade da lavoura, a adubação é normalmente o passo que tem maior resistência por parte dos produtores. Isso porque é também o único passo que exige um investimento maior do agricultor, e não apenas mais consciente, como nos demais passos. P orém, pesquisas recentes mostram que, no caso do arroz, é possível ter ganhos em produtividade de até 6,0 t/ha, com uma adubação feita de forma correta. Ganhos esses que trazem um retorno econômico muito maior que o gasto em adubo. A adubação, no entanto, pouco vale se o manejo não for integrado, com boas práticas em todos os processos. Outra questão importante é que diferentes cultivares têm diferentes respostas à adubação.
8 Manejo de Água O manejo correto da água é benéfico não só para uma melhora na produtividade da cultura, como também pela otimização do uso desse bem natural, e a necessidade de uma agricultura ambientalmente sustentável, assunto recorrente no mundo moderno. Isso obviamente não significa simplesmente diminuir o uso da água, mas utilizá-la de modo inteligente, otimizando o seu uso em relação à produtividade da lavoura. P ara isso, deve-se iniciar a irrigação no período correto e pará-la de forma que a colheita seja feita em um terreno seco, o que facilita o trabalho das máquinas e otimiza também o uso de combustível. No caso do arroz, o ideal é que se comece cedo a irrigação já quando a planta tem três a quatro folhas expandidas. Isso facilita o trabalho contra plantas daninhas e insetos-praga, ao mesmo tempo em que regula a temperatura do solo. #5
9 #6 Plantas Daninhas L avouras de arroz irrigado são ambientes férteis para o aparecimento de plantas daninhas. Essa concorrência, especialmente quando há infestação, causa grandes prejuízos para a produtividade da plantação. O controle químico da infestação é fundamental nesse sentido, mas é longe de ser suficiente. O uso de herbicidas, sem as demais práticas de manejo, além de pouco eficiente, podem levar à seleção de espécies daninhas mais resistentes e difíceis de controlar. O manejo integrado, por sua vez, garante maior eficácia contra as plantas daninhas, e a aplicação do herbicida no período correto permite uma economia do produto.
10 Doenças A maioria das doenças na cultura do arroz, como a Brusone, são mais comuns em climas mais quentes e úmidos do Brasil. De qualquer forma, mesmo em áreas menos suscetíveis a doenças, o agricultor deve estar atento e prevenido. B oas práticas de prevenção incluem a escolha de cultivares resistentes, a semeadura na época recomendada e a utilização de uma irrigação e adubação eficientes. Além disso, o controle de plantas daninhas impede que essas sejam focos de doenças. O uso de fungicidas, no entanto, não é essencial em áreas mais frias e secas, como a fronteira gaúcha com o Uruguai. O controle químico preventivo só é fundamental em culturas de cultivares pouco resistentes em regiões com histórico de doenças #7
11 #8 Insetos A lavoura de arroz irrigado é um ambiente favorável a aparição de diversas espécies de insetos. Porém, poucas são as chamadas insetos-praga, que têm potencial de causar prejuízo à produção. Em áreas de clima temperado, especialmente, a ocorrência dessas espécies não é sistemática, mas ocasional. O manejo integrado é fundamental aqui também, reduzindo plantas daninhas e fontes alternativas de alimento para as pragas, bem como a manutenção da lâmina d água em toda a área cultivada evita o desenvolvimento de muitas das espécies. A visão do produtor nesse sentido deve ser a longo-prazo, cuidando tanto o inseto-alvo quanto seus predadores. Isso significa que o controle químico deve ser usado apenas quando a população da praga chega próxima de causar danos econômicos.
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