Introdução a Gestão de Projetos e Pequenos Negócios: introdução a pequena empresa Prof. MSc Hugo Vieira L. Souza

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1 Introdução a Gestão de Projetos e Pequenos Negócios: introdução a pequena empresa Prof. MSc Hugo Vieira L. Souza

2 Este documento está sujeito a copyright. Todos os direitos estão reservados para o todo ou quaisquer partes do documento, em especial a interpretação de tradução, reprodução, distribuição ou comercialização física ou na Web do conteúdo contido nos slides, estão sujeitas a autorização prévia pelo autor. Hugo Vieira Lucena de Souza, 2015 Todos os textos, nomes, marcas e figuras de outras publicações e autores contidos neste documento estão devidamente referenciados através de suas obras originais e protegidos pelas leis de propriedades intelectuais.

3 Agenda Introdução a Gerência de Projetos com o PMBoK Projetos em uma visão organizacional PMI, PMBoK Áreas de gerenciamento de projetos Processos organizacionais Introdução a Pequena Empresa Modelo e Regra de Negócios Startups Referências

4 Continuando nossos estudos sobre a Gestão de Projetos e Pequenos Negócios iremos entender nas próximas aulas o que são as pequenas empresas e quais são os critérios que determinam a criação, levantamento e o reconhecimento de um pequeno negócio; Para isso é importante que entendamos primeiro a motivação que configura a criação de quaisquer empresas em quaisquer segmentos: a finalidade de um negócio; Um negócio possui vários conceitos e abrange várias áreas de conhecimento;

5 Para a administração, a finalidade de um negócio é captar recursos financeiros para gerar bens e serviços através de um capital de giro estabelecido [1]; Outra finalidade clara de um negócio é gerar lucros ou mesmo fornecer a rentabilidade aos envolvidos pelo negócio lucros e manutenção dos lucros; Só que para que esse processo de torne apto e rentável, um negócio requer que os empresários ou empreendedores se certifiquem de que possuem algo indispensável: uma ideia [segredo do negócio] e um escopo prático [projeto de um negócio];

6 A ideia de um negócio se refere ao arranjo de fatores [econômicos, sustentáveis e sociais] que poderão caracterizar um cenário diferenciado a ser montado por um empreendedor; O cenário, em síntese é previamente elaborado e simulado através de um projeto prático, em que são elencados os fatores de negócio como demandas, requisitos e todos os aspectos organizacionais de projeto que estudamos nas aulas anteriores; E onde e como podemos destacar a pequena empresa?

7 Toda e quaisquer empresas surgem diretamente ou indiretamente através de dois contextos: planejado ou não planejado; Quando ambos são elencados e reconhecidos como uma entidade comercial, industrial ou organizacional denominamos então o surgimento de uma pequena empresa; Quando a entidade constitui um empreendimento que releva aspectos tributários, trabalhistas e operacionais ela precisa seguir uma legislação conhecida como SIMPLES. A lei 9.317/1997 regulamenta os tipos de pequenas empresas como [2]:

8 Sociedade Limitada: é aquela que reúne dois ou mais sócios para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Os sócios respondem de forma limitada ao capital social da empresa pelas dívidas contraídas perante os seus credores; Empresário Individual: uma única pessoa física constitui a empresa, cujo nome empresarial deve ser composto pelo nome civil do proprietário, completo ou abreviado, podendo aditar ao nome civil uma atividade do seu negócio; A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada [EIRELI]: é uma natureza jurídica que possibilita a solução de vários problemas atuais. Geralmente possui a formação de sociedades limitadas com a participação de sócios com percentuais de lucro definidos através de contratos;

9 De acordo com a Lei Complementar 147/2014 [PLC60/14] originada do PLP [Projeto de Lei Complementar] 221/12, as Micro e Pequenas Empresas sofreram um reajuste anual em relação à sua categorização de faturamento, baseada na lei de 2006 [3]; O quadro abaixo, publicado pelo BNDES em seu portal institucional[5] resume a receita bruta anual em que cada segmento pode está listado no ano de 2015: [5]

10 A criação de um pequeno negócio exige planejamento, cautela e a observação em relação a uma série de fatores de negócios [veremos a seguir] e fatores jurídicos [disponível na cartilha do Simples no site da disciplina] relacionados a legislação; Em relação aos fatores de negócios, Carlos Santos [4], consultor do SEBRAE, elencou um conjunto de requisitos obrigatórios, que devem ser adotados pelos futuros empreendedores que buscam diminuir os conflitos de adaptação e entendimento do mercado em que querem seguir; Vamos estudar ao todo 10 requisitos fundamentais, listados pelo SEBRAE, como podermos ver nos próximos slides:

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12 O modelo mentor nada mais é do que o Modelo de Negócios. O modelo de negócio constitui todo o domínio, escopo e o alinhamento dos fatores de negócio para a criação do empreendimento; Para pequenas empresas, o SEBRAE recomenda alinhar pelo menos o modelo operacional, que constitui as atividades que serão desempenhadas pelos funcionários e o modelo econômico, responsável por avaliar como será o controle gerencial dos custos, lucros e ações financeiras; Ambos os modelos precisam estar formalizados através dos planos de negócios;

13 As pequenas empresas precisam elaborar suas políticas de funcionamento, visão missão e a chamada regra de negócio; A regra de negócio caracteriza os fatores de sucesso, os objetivos que precisam ser alcançados e como os profissionais poderão atingir suas metas com o empreendimento; As regras estão diretamente interligadas aos processos de negócios. Cada processo repercute o fluxo funcional [atividades e tarefas] em cada nível organizacional e todas as condições que remetem a entrada e saída de dados;

14 Quem já ouviu um ditado: o freguês tem sempre razão? Outra estratégia fundamental para a criação e manutenção de uma pequena empresa é conhecer o nicho de mercado e o seu segmento de atuação; É preciso avaliar as possibilidades e entender como está a demanda em um determinado escopo de mercado, seja ele de produtos e serviços; Outro diferencial é estabelecer regras de sobressaída da empresa em eventuais mercados saturados, algo comum de ser presenciado em novos negócios;

15 As oportunidades de negócio também são acontecimentos indiscutíveis a serem observados. Lembram-se daquela frase: tudo no tempo certo, na hora certa e com o capital de giro certo? Portanto, o mercado empreendedor enseja esse cuidado. Cada negócio pode gerar investimentos com retornos garantidos, entretanto, outros, podem gerar colapsos, quando não orientados estrategicamente por pessoas competentes[timing]; Em pequenas empresas geralmente as oportunidades surgem como forma de parcerias ou financiamentos;

16 Todo e qualquer novo negócio requer inovação. O empreendedor deve estar antenado as novas tecnologias, sejam elas ferramentas, aplicativos e principalmente as mídias sociais; Uma estratégia que vem sendo adotada em maior escala nos últimos anos é análise ou filtragem da informação, uma técnica proveniente da Tecnologia da Informação que reporta os assuntos e comentários mais comuns nas redes e na internet; O que é inovar? Software, portabilidade, integração de serviços e praticidade para o cliente;

17 A reflexão consiste no feedback acerca da imagem da empresa, produto ou serviço e a avaliação institucional sobre esse aspecto; Alternativas vencedoras nesse contexto são a padronização do conteúdo visual, merchandising, CRM, BI, e outras estratégias que qualifiquem o empreendedor a se comportar como consumidor para entender a repercussão e resultados do seu negócio; Para um contexto administrativo, reflexão pode abordar uma análise qualitativa ou quantitativa de sucesso: entrevistas, pesquisas, feeling, etc.;

18 A rede de contatos de um empreendedor deve ser de fácil acesso. Para as pequenas empresas essa estratégia é conhecida como nohall, ou seja, a influência que o profissional possui, desempenha ou busca assegurar no seu nicho de mercado; Os contatos englobam possíveis parceiros ou recomendações de clientes ou fornecedores que estejam susceptíveis a participarem das atividades do negócio; Lembre-se sempre: O cliente pode estar fechado para um grupo de empresas que possuem capital participativo ou colaborativo; Associados;

19 Quando a empresa alcança seus primeiros resultados é preciso delimitar seu espaço e impactar sua credibilidade no mercado; O espaço pode estar atrelado a qualidade do produto, do serviço ou apenas a um contexto de excelência [gosto popular/modismo]; Quando esse espaço é fixado, a empresa deve tentar manter este patamar. Só que para isso torna-se necessário delegar sua organização interna, com a qualificação dos profissionais, melhoramento da infraestrutura e demais aspectos que repercutam no seu produto ou serviço para o consumidor qual será a próxima demanda?

20 A nona estratégia é uma das mais difíceis em serem entendidas pelas pequenas empresas. Como a organização é de pequeno porte, o único subsídio de controle necessário é apenas a motivação de crescimento contínuo; Com isso, ao invés de possuírem gerentes que delegam, as pequenas empresas subsidiam líderes que protejam seus profissionais e investem neles; A descentralização das decisões é outra peça-chave nessa dinâmica de crescimento comitês e sócios consultores [sugestões/críticas] são bem vindos para melhorar sempre os processos de negócios;

21 Por fim, toda e qualquer nova célula no mercado tem que saber se virar nos 30. Isso mesmo que você acabou de ler; A polivalência é uma alternativa mais do que indispensável em novos projetos, visto que o capital, os profissionais e outros aspectos são considerados ainda como frágeis; E como ser polivalente? Atuação gerencial integrada com a operacional diminuir barreiras; Desburocratização do funcionamento engessamento; Adaptabilidade as mudanças repentinas;

22 Um novo conceito de micro e pequena empresa que vem despertando a atenção dos futuros empreendedores é a utilização da inovação tecnológica como base do negócio; Isso não implica dizer que o negócio será voltado para a tecnologia, mas sim, de que a evolução do produto ou serviço terá como meio de consolidação as novas tecnologias disponíveis no mercado; As Startups são células de negócio que requerem como base de ascensão os possíveis investidores e mídias tecnológicas para se fortalecer; Uma empresa que adota essa perspectiva deve ter:

23 Valor de mercado: a marca ou o nome da empresa precisa ser avaliado mediante a uma pesquisa de aceitação. O projeto é viável? Escalabilidade: o crescimento é baseado em lucros gradativos e com baixos custos. A otimização do funcionamento é a base do crescimento progressivo; Agilidade: susceptíveis ao comportamento saturado do mercado. Para isso, os processos de negócios são simples, adaptativos e flexíveis para mudanças; Cliente como foco do negócio: cada cliente possui um perfil acerca da aceitação do negócio. As empresas devem investir na manutenção dos seus clientes valor de tempo de vida do cliente - Lifetime Value;

24 Sustentabilidade: busca programar diariamente as propostas de mercado da empresa. O segredo Startup não é planejar futuras operações, mas sim, idealizar e estruturar novas ideias para o futuro; Como falávamos, os investimentos seguem como alicerce de qualquer pequena empresa. Para esse segmento de negócio, os investidores buscam integrar o produto ao serviço; E como isso funciona? O produto é fornecido como subsídio de aceitação; O serviço é fornecido como subsídio de continuação; Imagine, por exemplo, um serviço de TV a Cabo, que você pode alugar filmes, comprar seriados, acessar a net, etc.;

25 De toda forma, as novas empresas ocupam uma larga fatia da economia no Brasil, como estudaremos na segunda unidade; Todas buscam se fixar no mercado através do desenvolvimento desses fatores de negócios que falamos ao longo das aulas para que consigam empregar sucesso, e quem sabe, alavancar e expandir seus negócios, capitais, recursos, etc.; Portanto, a partir das próximas aulas iniciaremos os estudos sobre as principais áreas de gestão que são idealizadas por esse segmento de empresas: pessoas, custos, comunicação e tecnologias;

26 Referências [1] MACHADO, Hilka Vier. Causas de mortalidades de pequenas empresas. 1ed. SãoPaulo:Eduem,2007; [2] Receita Federal do Brasil. Lei das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte "SIMPLES. Disponível em: < > Acesso em 24 fev. 2014; [3] OLIVEIRA, José Antônio. Pequenas empresas, arranjos produtivos locais e sustentabilidade. 1ed. Rio de Janeiro:FGV,2009; [4] SANTOS. Carlos Alberto. Pequenos Negócios: desafios e perspectivas. Biblioteca virtual do SEBRAE. Disponível em: < > Acesso em 20 jul. 2015; [5] BNDES. Banco Nacional de Desenvolvimento. Categorias de empresas e faturamento bruto anual. Disponível em: < > Acesso em 20 jul. 2015