ANÁLISE DO MODELO DE ESTOCAGEM DE UMA PEQUENA EMPRESA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS ATRAVÉS DA SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO

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1 XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de ANÁLISE DO MODELO DE ESTOCAGEM DE UMA PEQUENA EMPRESA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS ATRAVÉS DA SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO Itallo Bruno Santos Alves (UEPA) itallo_alves@hotmail.com Fernanda Nunes da Costa (UEPA) nanda_gv@msn.com Francisco Lobo Mazzaro Pereira (UEPA) francisco_mazzaro@hotmail.com Carlos Augusto Sinimbu de Carvalho (UEPA) carlos.sinimbu@yahoo.com.br Carlos Eduardo de Carvalho Bacelar Nunes (UEPA) caducbn@hotmail.com Tendo em vista o surgimento cada vez mais freqüente de ambientes competitivos e hostis, surge a necessidade, por parte das organizações, de uma constante busca por reduções de custos, sendo esta uma variável capaz de manter ou mesmo de ganhhar competitividade. É nesse contexto que se insere a gestão de estoques, já que o mau dimensionamento e administração oneram o preço final dos produtos, bem como representam uma aplicação indevida do capital de giro das empresas. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo analisar a situação atual do modelo de estocagem praticado em uma empresa do ramo de comercialização de produtos alimentícios naturais em conserva e, posteriormente, compará-lo com três outros possíveis modelos (Ponto de Pedido, Ponto de Pedido com Estoque de Segurança e Reposição Fixa). A análise foi realizada através da utilização de indicadores de desempenho e da técnica de simulação do método de Monte Carlo, operacionalizada através do software Crystal Ball juntamente com o Microsoft Excel. Os resultados apontaram o modelo proposto de estoque de Reposição Fixa como viável na prática, apresentando, em comparação com o modelo real, uma redução de, aproximadamente, 40% nos custo total, 74% no número de pedidos necessários e 40% no custo variável do departamento de compras. Palavras-chaves: Gestão de Estoques, simulação, método de Monte Carlo

2 1. Introdução A constante evolução das técnicas de gestão e tecnologia tem levado a criação de ambientes cada vez mais competitivos e hostis, logo, surge a importância e relevância da capacidade das organizações em reduzir seus custos de produção e, assim, poderem se tornar mais fortes perante o mercado em que estão inseridas. A gestão de estoque se refere as políticas de controle responsáveis pelo monitoramento dos níveis de produtos armazenados e determinação de quais níveis deveriam ser mantidos, quando o estoque deveria ser reposto e o tamanho dos pedidos (DAVIS; AQUILANO & CHASE, 2001). Nesse contexto, Ballou (1993) define estoques como acúmulos de matérias-primas, insumos, componentes, produtos em processo e produtos acabados que aparecem nos diversos pontos dos canais logísticos e de produção na empresa. A gestão de estoques no Brasil foi, durante muito tempo, deixada para segundo plano nas preocupações dos gestores. A maioria das empresas era gerenciada por seus próprios donos e estes executavam a gestão de negócios utilizando sua experiência prática. A reposição de mercadorias ou compra dos itens eram definidas de maneira empírica (SUCUPIRA, 2003). A existência de decisões sem fundamentos científicos na área de gestão de estoque ainda se faz presente, principalmente no âmbito de micro e pequenas empresas. Em um cenário de pós-crise vivido por diversos países e de evolução das técnicas (gestão e tecnologia) e do ambiente competitivo, tornou-se questão de sobrevivência rever a cadeia produtiva a fim de reduzir custos e se manter no mercado. Nesse contexto, manter níveis de estoques desnecessários significa reter capital que poderia, e deveria, estar sendo investido em melhorias na empresa ou em atividades que agregassem valor ao produto comercializado. A conjuntura no Estado do Pará se mostra mais alarmante, devido à falta de mão de obra especializada na área de gestão de estoques. Com a finalidade de auxiliar no processo decisório em aspectos referentes a gestão de estoques, este artigo apresenta um estudo de caso em uma empresa que atua no ramo de comercialização de produtos alimentícios naturais em conserva, no qual será analisada a situação do atual modelo de estocagem e, em seguida, proposto um novo modelo. Para escolha, foi utilizada a técnica de simulação do método de Monte Carlo para avaliar três modelos de estocagem, sendo escolhido aquele que apresentou os melhores indicadores de desempenho. 2. Referencial Teórico 2.1. Curva ABC Algumas corporações, almejando apreender o maior número de clientes, têm utilizado a variação de itens como fator competitivo. Nesse contexto, vem à tona a seguinte questão: Como unir presteza, rapidez, quantidade requerida e hora certa com custos mínimos para a empresa? Para responder a esse questionamento, torna-se essencial a análise dessa variedade de produtos, classificando-os em ordem de importância. Classicamente, a ferramenta utilizada nesta estratificação e estabelecimento de prioridades é a curva ABC. Segundo Antonio (2007), Curva ABC é um recurso para identificar os itens mais importantes 2

3 a considerar dentro de uma quantidade geralmente grande de itens. A identificação dos grupos pode relacionar vários critérios, como: demanda, representação na receita total, lucratividade ou rentabilidade do produto. Uma das principais aplicações da Curva ABC é na gestão de estoques, utilizado para encontrar o nível do produto (quantidade) e quanto ele representa percentualmente. Nogueira (2007) indica três tipos de classes que os produtos podem ser classificados: a) Classe A: possuem alta prioridade no estoque, pois são produtos com maior valor devido à sua importância econômica. Representam em torno de 20% dos itens em estoque, mas correspondem à cerca de 80% em valor financeiro; b) Classe B: são economicamente importantes, devem receber cuidados medianos e representam cerca de 30% dos itens em estoque enquanto correspondem a 15% em valor estocado; c) Classe C: seu impacto econômico não é tão significativo, porém sua falta pode causar alguma inviabilidade no processo; representa 50% dos itens em estoque e apenas 5% em valor financeiro. Figura 1 - Representação da curva ABC para classificação dos itens Fonte: Nogueira (2007) A curva ABC permite, por exemplo, que a empresa realize uma mudança na estratégia de compra, identificando os produtos que geram maior e menor margem de contribuição e rentabilidade Modelos de Gestão de Estoque Conforme indicam Gurgel & Francischini (2002), um dos maiores problemas enfrentados pelo administrador de materiais é determinar quando realizar um novo pedido de compra para repor o item em estoque. Para se determinar qual o momento oportuno de realizar uma compra, existem diversos modelos utilizados. Dentre eles, podemos citar: o de Ponto de Pedido, o de Ponto de Pedido com Estoque de Segurança e o de Reposição Fixa Ponto de Pedido Por meio desta metodologia, quando determinada quantidade em estoque é atingida, aciona-se um novo processo de compra ou fabricação. 3

4 O ponto de pedido pode ser calculado da seguinte forma: PP = DM x TR Onde: PP = Ponto de Pedido; DM = Demanda ou consumo médio no período; TR = Tempo de Reposição. De acordo com Costa (2002), para que oconteça a reposição do estoque, é necessário que ocorra a emissão do pedido, o envio do mesmo ao fornecedor e a remessa e recebimento do material solicitado. Esta operação leva um certo período de tempo que varia de acordo com as características de ressuprimento de cada material; a este tempo é dada a denominação de tempo de reposição. De maneira geral, o tempo de reposição pode ser encontrado pela seguinte fórmula: TR = Tpc + Tef Sendo: Tpc = Tempo do processamento do pedido de compra; Tef = Tempo de entrega por parte do fornecedor Ponto de Pedido com Estoque de Segurança A metodologia utilizada por meio deste método é a mesma que está baseada a do Ponto de Pedido, a diferença entre elas é que nesta é inserida uma nova variável para que seja assegurado uma quantidade suficiente de estoque de material, o estoque de segurança (E seg ). Sua fórmula é dada por: PP = DM x TR + E seg Devido ao tempo necessário para se receber um pedido a partir do momento que o mesmo é feito, o estoque de segurança é utilizado para se evitar que existam faltas durante os ciclos de reposição (SLACK et al., 2008) Reposição Fixa Neste método é realizado um novo pedido, iniciando-se um novo ciclo de reposição, em períodos fixos de tempo, independente da quantidade em estoque. Como exemplo, pode-se definir que em um período de quinze em quinze dias o setor de compras irá realizar um novo pedido de uma quantidade já previamente definida de material Indicadores de desempenho na gestão de estoque Para proporcionar a escolha do modelo que melhor se adequa as condições encontradas na empresa, apontar possíveis oportunidades de melhoria e possibilitar o posterior monitoramento da forma de gestão de estoque selecionada é imprescindível a escolha de indicadores de desempenho. Os indicadores de desempenho são segmentados basicamente em três grupos: custo, serviço e conformidade do processo. Os dois primeiros estão relacionados aos resultados do processo que compõem o trade-off básico da gestão de estoque, ou seja, o balanceamento do nível de estoque com o nível de serviço com o objetivo de se obter o menor custo total. O último 4

5 grupo, por sua vez, está associado às razões pela qual o desempenho é alcançado (AROZO, 2002). Os indicadores de custo são divididos em dois tipos: custos de manutenção de estoque e custos associados à falta do produto. Os custos de manutenção de estoque se referem a custos fixos e variáveis que estão envolvidos da armazenagem até o momento do pedido do produto, incluindo-se ainda o custo de oportunidade deste estoque que, de acordo com Arozo (2002), seria o retorno para a empresa caso o valor investido em estoque fosse aplicado de alguma outra forma, ou por outro lado, quanto se deixa de ganhar pelo fato daquele valor estar imobilizado. O custo associado à falta do produto envolve o aspecto nível de serviço quando tenta mensurar a não venda do produto. A junção destes dois custos representa o custo total do modelo de gestão de estoque. Os indicadores de nível de serviço estão associados aos resultados da gestão de estoque no que tange a disponibilidade de produtos. Isto é, o nível de serviço refletirá o nível de presteza com que a empresa atende seu cliente. A definição deste nível influenciará fortemente na gestão de estoque a ser escolhida. Por fim, os indicadores de conformidade são fundamentais para o dimensionamento mais adequado do nível de estoque em relação às limitações operacionais e especificidades pertinentes a cada tipo de corporação. Esse indicador explora fatores, como: previsão da demanda, que serve de input para o planejamento de produção, sendo definida, nesse ponto, a necessidade de compra de matéria-prima; lead time de fornecimento de cada fornecedor; tempo de produção do produto; limitações de número de pedidos; e avaliação do estoque médio em relação ao produto em estudo Simulação Monte Carlo O método de Monte Carlo surgiu no ano de 1949 com o artigo The Monte Carlo Method de autoria dos matemáticos John von Neumann e Stanislaw Ulam. Conforme assinala Sóbol (1976), este método possibilita a simulação, confecção de um modelo que se aproxime de uma situação real, de qualquer processo que dependa de fatores aleatórios, permitindo aos empresários criar ambientes diferentes, analisá-los e descrevê-los de modo a encontrar diferentes soluções que reduzam custos e riscos sem que a organização realmente vivencie esse ambiente. Esse tipo de simulação consiste basicamente em gerar aleatoriamente N sucessivas amostras, iterações, em termos de variáveis aleatórias (independentes) que serão testadas contra um modelo estatístico. Ao final, conforme descreve Sóbol (1976), o método fornece uma estimativa de valor as variáveis aleatórias, assim como o erro associado a esta estimativa; este é inversamente proporcional ao número de iterações, ou seja, quanto maior o número de iterações, menor será o erro. Entretanto, vale ressaltar as principais limitações deste método, que são: representa um sistema com circunstâncias específicas, não considerando mudanças com a passagem do tempo (BANKS & CARSON II, 2004) e, por vezes considerado um fator restritivo, temos o grande esforço computacional requerido (GARCIA et al., 2006). 3. Metodologia Para realização do estudo, buscaram-se realizar os seguintes passos: a) Determinar as variáveis de desempenho dos modelos de estoque que serão estudados; b) Determinar o produto que será alvo do estudo (Curva ABC); 5

6 c) Determinar a situação do modelo de estocagem real nas variáveis de desempenho; d) Realizar as simulações com os modelos propostos; e) Analisar a situação dos modelos propostos nas variáveis de desempenho; f) Escolher o melhor modelo baseado em uma análise conjunta das variáveis de desempenho; g) Comparar o modelo selecionado com o modelo real. 4. Estudo de Caso O estudo foi realizado com o objetivo de determinar qual a situação real do modelo de estocagem em relação às quatro variáveis de dimensionamento do desempenho do modelo, as quais são ligadas: aos custos do modelo, ao nível de satisfação que será praticado junto ao cliente, aos pedidos emitidos pelo departamento de compras e ao estoque médio do produto. Em seguida, é feita uma comparação do modelo real com um modelo proposto, sempre baseada na análise conjunta dos quatro fatores. Os indicadores adotados foram: a) Custo total do modelo de estocagem; b) Nível de Serviço; c) Número de pedidos emitidos; d) Estoque médio. A empresa atua no ramo de comercialização de produtos alimentícios naturais em conserva como pimenta e, sobretudo, palmito, os quais são comercializados no Brasil e, no exterior, para países como Japão, Líbano, Estados Unidos e alguns países da Europa. Sua fundação ocorreu em 1960 na cidade de São Francisco do Sul em Santa Catarina. Em 1980, a sede foi transferida para a cidade de Ananindeua no Estado do Pará, área metropolitana de Belém. Atualmente, a empresa está realizando suas operações na cidade de Belém, capital do Estado. Cerca de 40% do faturamento da empresa se deve ao mercado de exportação. O processo de produção da empresa é bem simplificado e ocorre em um layout por processo. A empresa não realiza nenhum tipo de manipulação alimentícia, apenas a rotulagem das embalagens dos alimentos já envasados vindos dos fornecedores. A figura a seguir descreve a linha de produção da empresa: Figura 2 layout representativo do processo 6

7 O modelo real utilizado pela empresa não obedece qualquer padrão no que diz respeito a duas perguntas básicas que devem ser respondidas por uma política de estoques: quanto pedir e quando pedir. Essas indagações podem ser expressas da seguinte maneira, respectivamente: a) Qual a quantidade que deve ser pedida aos fornecedores? Na empresa estudada, a resposta é determinada unicamente por experiência do funcionário do setor de compras responsável, juntamente com a necessidade no estoque e crescimento ou queda no volume de vendas; b) Quando se deve pedir o produto ao fornecedor e qual a periodicidade do pedido? No presente estudo de caso, semelhante à quantidade pedida, o tempo em que deve ocorrer o pedido também não possui qualquer padrão, sendo determinado pela necessidade em estoque, status das vendas ou possíveis variáveis logísticas, como disponibilidade de freteiros e outros. Determinado o estado do modelo de estocagem adotado para a empresa, deve-se, em seguida, determinar, através da curva ABC, qual produto que será alvo do estudo, já que, como a empresa possui cerca de oito produtos no seu portfólio, foi adotada essa estratégia no intuito de reduzir esforços, determinando a viabilidade do estudo antes de uma implementação prática. A curva ABC, baseada na margem de contribuição dos produtos, revelou o seguinte: Figura 3 Curva ABC dos produtos da empresa baseada na margem de contribuição Constatou-se, portanto, que o item de maior margem de contribuição é o produto 1, o qual é descrito por Palmito Pote 300g marca MEG. Logo, este será o item que será estudado. Definido o produto, foi feito um levantamento dos custos do departamento de compras da empresa durante o período de janeiro a maio de O levantamento será utilizado para determinar uma das variáveis do modelo real (Custo Total do Modelo), o qual é descrito logo em seguida na figura 6. A seguir, a representação dos custos do departamento de compras: 7

8 Figura 4 Situação real dos custos do departamento de compras para o produto 1 A contribuição do produto para os custos fixos e variáveis pode ser representada da seguinte maneira: Figura 5 Custos fixos versus variáveis do departamento de compras Feito o levantamento dos custos do departamento de compras, é de suma importância citar a situação real do modelo de estocagem nas quatro variáveis de desempenho da política de estoque, durante o período estudado, com informações rateadas para o produto selecionado. Esse rateio foi baseado no número de pedidos emitidos para pedir o produto 1 em relação ao total de pedidos emitidos pelo departamento de compras da empresa durante o período. A seguir, os custos do modelo real de compras do produto 1: 8

9 Figura 6 Situação do modelo real de compras do produto 1 nas quatro variáveis de desempenho É importante ressaltar a diferença entre custo total do modelo de estocagem e os custos do departamento de compras. O primeiro é calculado baseado em informações como custo de oportunidade, custo do pedido e custo da falta de mercadoria, já o segundo é calculado em dados de despesas reais da empresa, como fretes, ligações telefônicas e viagens a serviço de funcionários do departamento de compras. No custo total do modelo, observa-se que existem quatro tipos diferentes de subcustos que deverão compor o custo total do modelo, os quais são: a) Custos de oportunidade de Estoque Médio e de Crédito a Fornecedores: o primeiro é calculado com base no capital vinculado ao estoque médio do produto e o segundo no capital vinculado ao crédito dado aos fornecedores, seja dado em forma de pagamento de fretes pela empresa, seja dado em forma de vasilhames que são enviados às fábricas dos fornecedores para envasamento do palmito. Ambos os custos de oportunidades foram calculados conforme uma taxa de oportunidade do capital (considerado 4,58% ao mês); b) Custo total de pedidos: é o número de pedidos emitidos pelo modelo multiplicado pela custo da emissão de um pedido, que foi citado na figura 4; c) Custo da falta: é o custo da falta de mercadorias em caso de pedidos de clientes. É considerado como nulo, já que o nível de serviço está em 100%; d) Custos fixos do departamento de compras: para executar uma política de estocagem, é necessário que haja pessoas e recursos, e o custo desses fatores é representado pelos custos fixos do departamento de compras anteriormente checado na figura 4. Determinada a situação do modelo de estocagem para o produto, é possível simular modelos de estocagens de forma que se possa obter resultados melhores na análise conjunta das quatro variáveis já citadas (Custo total, Nível de Serviço, Número de pedidos emitidos e Estoque médio). Tal simulação foi realizada através do método de Monte Carlo, utilizando o software Crystal Ball juntamente com o Microsoft Office A simulação deve prever algumas variáveis como condições básicas, as quais são: a) Quantidade pedida (Quanto pedir?); b) Ponto de pedido (Quando pedir?); c) Nível de serviço em 100%, invariavelmente. A simulação foi gerada no software Crystall Ball com mil replicações, tomando como variáveis de entrada a quantidade pedida e o ponto de pedido, sendo que ambos foram 9

10 otimizados pela ferramenta OptQuest. Já as variáveis de saída foram: o custo total do modelo, o nível de serviço (restrito para 100%) e o estoque médio gerado pelo modelo. Além disso, foi elaborada uma planilha para coletar as informações de saída (Custo Total do Modelo, Nível de Serviço, Número de pedidos e Estoque Médio) que foram geradas pelo relatório de simulações do Crystall Ball. Os dados de demanda foram ajustados a uma distribuiçao normal por meio do método de ajuste de curva. Determinadas as condições das simulações, foram simulados três modelos de estocagem: Ponto de Pedido, Ponto de Pedido com Estoque de Segurança e Reposição Fixa. É importante destacar que, para os três modelos a serem testados, foi calculada uma quantidade de pedido de 6581 unidades, número que foi obtido através do cálculo de lote econômico de compra. Já nos casos de Ponto de Pedido e Ponto de Pedido com Estoque de Segurança, o ponto de pedido foi determinado através da otimização realizada pelo Crystall Ball, de modo a minimizar o custo total. O modelo de Reposição Fixa teve seu tempo de reposição determinado para 15 dias, já que esse valor foi observado como prazo de entrega médio (lead time) dos fornecedores. Além disso, para utilização dos três modelos, foram coletados dados de demanda do produto 1 em 16 meses de operação da empresa, bem como o seu preço médio. Com isso, já é possível expor os resultados obtidos: Variável valores médios Crystal Ball Ponto de Pedido Ponto de Pedido com estoque de segurança Reposição Fixa Custo R$ 5.267,94 R$ 5.556,77 R$ 4.434,15 Nível de Serviço 100% 100% 100% Nº de pedidos Estoque Médio Tabela 1 Simulações dos três modelos de estoque Conforme observado na figura, através de uma análise conjunta das variáveis, obtém-se o modelo de reposição fixa como o mais adequado. A seguir, uma comparação do modelo escolhido com o modelo real: Variável valores médios Reposição Fixa Real Crystal Ball Custo R$ 4.434,15 R$ 7.443,70 Nível de Serviço 1 1 Nº de pedidos 9 35 Estoque Médio Tabela 2 Comparação do modelo escolhido com o modelo real Apesar de gerar um estoque médio maior, o modelo se demonstra viável devido à sensível redução no seu custo total (cerca de 40%) e no número de pedidos emitidos, já que emitir um número de pedidos 74% menor pode gerar uma série de reduções de custos, seja como redução de mão-de-obra direta no setor, seja com a economia de outros recursos, como fretes e ligações telefônicas. Conforme solicitado, o modelo atende ao nível de serviço de 100%, como todos os outros, já que é uma condição básica das simulações, haja vista que um modelo proposto que fornecesse um nível de serviço menor em relação ao real não seria viável. A seguir, temos a representação da projeção da geração de custos para o departamento de 10

11 compras originados pelo produto 1 com o modelo simulado: Figura 7 Projeção da divisão de custos do departamento de compras para o produto 1 Entretanto, algumas restrições existentes no modelo podem ser citadas, a saber: a) Capacidade de produção dos fornecedores: haveria um aumento de 2250 unidades para 6581 unidades da quantidade pedida por pedido do produto 1 com a implementação do modelo, gerando uma possível restrição no número de fornecedores que possuem capacidade para enviar esta quantidade. Entretanto, isto é possível na prática, já que existem fornecedores capazes de atender esta demanda e, caso seja necessário, é possível estabelecer relações de exclusividade com alguns fornecedores, de forma que a quantidade enviada por pedido aumente; b) Aumento de 82% no estoque médio do item: haveria um aumento de 4221 para 7683 unidades no estoque do item com a implementação do modelo. Logo, o espaço físico de armazenagem necessário somente para este item seria maior. Entretanto, apesar de haver outros produtos no estoque, o item selecionado é o que mais contribui para a rentabilidade da empresa e possui uma certa prioridade em termos de volumes estocados e vendidos. 5. Conclusão O gerenciamento dos estoques nas empresas é de fundamental importância para a redução dos custos. Estoques mal dimensionados e administrados oneram o preço final dos produtos, bem como representam uma aplicação indevida do capital de giro das empresas. Portanto, a competitividade das organizações exige a correta gestão desse ativo, sendo fundamental manter as quantidades necessárias para a produção e monitorar os demais custos de compras, a fim de ter o menor custo total, com a maior disponibilidade possível. Através da simulação, foi possível determinar o modelo de política de estoque de Reposição Fixa como viável na prática e com sensíveis reduções de algumas variáveis importantes para a competitividade da empresa, como: a) Redução do custo total do modelo de reposição de mercadorias para o item 1 em, aproximadamente, 40% ( R$ 3009,55 em 5 meses); b) Redução do número de pedidos do produto 1 em 74%; c) Redução de 40% no custo variável do departamento de compras. Apesar de em alguns casos ser considerado mais viável reduzir os custos fixos das operações 11

12 ao máximo possível, a redução do custo variável pode ser vista como benéfica, haja vista que para que sejam feitas reduções de custos fixos, é necessário, primeiramente, efetuar reduções de desperdícios nos custos variáveis, o que é proposto com esse trabalho. Além disso, há mais benefícios que podem ser gerados com a implementação do modelo, como a expansão de aplicação para mais de um produto, gerando outras reduções de custos, apesar de, provavelmente, demandar um espaço físico de armazenagem maior. No entanto, o processo de ampliação já está no planejamento da empresa, o que, se for de fato realizado, eliminará o risco de excesso de armazenamento e estocagem inadequada. Referências ANTONIO, C.A. Curva ABC o que é, como e porque fazer e usar. Disponível em: < Acesso em: 21 de mar AROZO, R. Monitoramento de desempenho na gestão de estoque. Rio de Janeiro: Artigos CEL-Coppead UFRJ. Disponível em:< Acesso em: 01 de mar BALLOU, R.H. Logística Empresarial. São Paulo: Atlas, BANKS, J. & CARSON II, J.S. Discrete-Event System Simulation. New Jersey: Prentice Hall, COSTA, J.C.L. Introdução à Administração de Materiais em Sistemas Informatizados. São Paulo: Ieditora, DAVIS, M.M.; AQUILANO, N. & CHASE, B.R. Fundamentos da Administração da Produção. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, GARCIA, E.S.; REIS, L.M.T.V.; MACHADO, L.R. & FERREIRA, V.J.M. Gestão de Estoques: Otimizando a Logística e a Cadeia de Suprimentos. Rio de Janeiro: E-Papers Serviços Editoriais, GURGEL, F.A. & FRANCISCHINI, P.G. Administração dos Materiais e do Patrimônio. São Paulo: Pioneira Thomson, NOGUEIRA, A. Classificação ABC para Melhor Gestão do Estoque. Disponível em: < Acesso em: 21 de mar SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTORN, R. & BETTS, A. Gerenciamento de Operações e de Processos: Princípios e Prática de Impacto Estratégico. Porto Alegre: Bookman, SÓBOL, I.M. Lecciones Populares de Matemáticas Método de MonteCarlo. Moscou: MIR, SUCUPIRA, C.A.C. Gestão de Estoque e Compras no Varejo. Disponível em: < Acesso em: 25 de fev

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