UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS DE DOM PEDRITO CURSO ZOOTECNIA. Aula - Período seco
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- Raphaella Clementino Barateiro
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS DE DOM PEDRITO CURSO ZOOTECNIA Aula - Período seco Prof. Luciane Rumpel Segabinazzi Bovinocultura de Leite II 1º sem. 2016
2 Secagem da vaca 1. O que é o secar a vaca??
3 - O que é Secagem Secagem da vaca - Interromper a lactação. Objetivo da secagem - Preparar nova lactação; - Recuperação do tecido secretor de leite; - Priorizar o crescimento do feto; - Formação do colostro;
4 Parto Parto Quando secar?? Duas situações: 60 dias antes do parto (7 meses de gestação); Baixa produção (produtor define); Ciclo produtivo (12 meses) Lactação PS = 60 d 75 dias 280 dias Período de serviço Gestação
5 Como fazer a secagem??? -Intermitente (ordenha um dia e outro não), -Incompleta (reduz o número de ordenha) - Abrupta (cessa abruptamente) Reduzir estímulos p/produção de leite; Reduzir concentrado; Esgotar o úbere; Aplicar antibiótico; Transferir vaca para lote das vacas secas;
6 Manejo das vacas secas Dividir em dois grupos: 1 a a 5 a semana Três últimas semana Exigências nutricionais diferentes X Manejos diferentes
7 O que ocorre no período seco? - Aumento do grau de exigência nutricional da vaca - Redução da ingestão de MS; - Alterações endócrinas e depressão do sistema imune da vaca
8 Manejo nutricional pré e pós parto Elevar a densidade energética da dieta 21 dias antes do parto Aumentar a ingestão de concentrado na dieta. - Adaptar os microrganismos do rúmen a uma dieta rica em amido - Favorece o desenvolvimento das papilas ruminais - Aumenta aporte de energia, amenizando os efeitos do balanço energético negativo. - Diminui os problemas metabólicos
9 Fazer uso de sais aniônicos (Sulfato de Amônio, Sulfato de Cálcio, Sulfato de Magnésio, Cloreto de Amônio, Cloreto de Cálcio e Cloreto de Magnésio) estimulam hormônios que causam mobilização de cálcio nos ossos absorção intestinal excreção urinária hipocalcemia
10 Melhorar a condição corporal das vacas. Ideal 3,5 a 3,75 no momento do parto Vacas muito magras (EC<3,5): Poucas reservas corporais Produção e problemas reprodutivos Vacas supercondicionadas (EC>4,0): Consomem menos MS/PV Maior mobilização de reservas corporais Problemas metabólicos
11 Tabela 1. Exigências nutricionais sugeridos (em 100 % de MS) para vacas no período seco (PS). Vacas secas Grupo I Grupo II (Primeiras cinco semanas do PS) (Três últimas semanas anteriores ao parto) Consumo MS(Kg/dia) 13, ELL (Mcal/Kg)1 1,35-1,47 1,5-1,55 Gordura (%) 3 4 Proteína bruta (%) PNDR(% da PB) FDA(%) FDN(%) FDN- Forragem (%) CNF (%) Cálcio (%) 0,55-0,60 0,50 (1,20)* Magnésio (%) 0,14-0,16 0,22 (0,40)* Fósforo (%) 0,27-0,30 0,30 (0,40)* Potássio (%) 0,60-0,65 0,68 (0,65)* Enxofre (%) 0,18-0,22 0,22 (0,40)* Sódio (%) 0,11-0,12 0,15 (0,05)* Cloro (%) 0,16-0,20 0,22 (0,80)* Vitamina A (UI/dia) Vitamina D (UI/dia) Vitamina E (UI/dia) Adaptado de Oetzel (1993), NRC (1989), NRC (2001).
12 Dieta aniônica
13 Mecanismo de Ação das Dietas Aniônicas Leve Acidose metabólica; concentrações de Bicarbonato (HCO3-) na corrente sanguínea; Ocorre uma leve queda no ph sanguíneo.
14 Mecanismo de Ação das Dietas Aniônicas Manutenção da neutralidade elétrica, para isto aumenta a excreção de HCO3 - (Bicarbonatos) para o lúmen intestinal.
15
16 Mecanismo de Ação das Dietas Aniônicas 1- Com o na excreção de HCO3-, os ossos, para compensar o dreno bicarbonato para o intestino, libera Ca na circulação, disponibilizando este para a Glândula mamária.
17 Mecanismo de Ação das Dietas Aniônicas 2 - na atividade de vitamina D 3 e PTH mobilizando Ca para a circulação; O hormônio da paratireoide (PTH ou paratormônio) é um hormônio secretado pelas glândulas paratireoide. Ele atua aumentando a concentração de cálcio no sangue, ao passo que a calcitonina (um hormônio produzido pelas células parafoliculares da tireoide) atua diminuindo a concentração de cálcio no sangue.
18 Mecanismo de Ação das Dietas Aniônicas Quando se utiliza dietas para vacas no pré-parto com DCAD (Diferença Cation-Aniônica da Dieta) negativo, a absorção ativa de Ca é diminuída. Desta forma, as concentrações de Ca na dieta pré-parto deve ser aumentada objetivando principalmente compensar esta falha no mecanismo de absorção intestinal de Ca. Este manejo nutricional é diferente daquele adotado quando não se utiliza dietas aniônicas, onde a concentração de Ca na dieta é diminuída no pré-parto perfazendo um aumento nas concentrações sanguíneas de PTH (paratormônio) e Vit. D3.
19 Mecanismo de Ação das Dietas Aniônicas Com a inclusão de dietas aniônicas, observa-se aumento na ingestão de matéria seca pós-parto; Com isso, reduz a intensidade do Balanço Energético Negativo, favorecendo as váriaveis reprodutivas, tais como: taxa de concepção, menor IEP, etc;
20 Mecanismo de Ação das Dietas Aniônicas Uma dieta é considerada aniônica quando os resultados do cálculo acima fica entre -10 e 20 meq/100 g de MS. Neste nível, provavelmente haverá uma leve acidose sanguínea e redução na incidência de distúrbios metabólicos.
21 Tabela Cálculo da diferença cátion-aniônica da dieta, baseado nas recomendações de Na, K, Cl e S para vacas no pré-parto, de acordo com o NRC (1989).
22 Principais sais aniônicos Tabela 5 Composição química de fontes aniônicas disponíveis (% e concentração de miliequivalentes na matéria original)
23 Principais sais aniônicos Tabela 6 Palatabilidade de alguns sais aniônicos, relativo ao controle.
24 Passos para formular uma dieta aniônica 1 Todos os ingredientes da dieta devem ser analisados para Na, K, Cl e S. Sabe-se da dificuldade de analisar o íon Cloro, mas apenas em último caso deve-se utilizar valores de Tabela. - É importante também quantificar os % de Ca, P e Mg. - Com base nas análises encontradas e na dieta fornecida, calcule as concentraçoes de K, Na, Cl e S da dieta oferecida e o BCA (balanço catiônicoaniônico).
25 Passos para formular uma dieta aniônica 1 Vale lembrar que todas as demais fontes de macrominerais da dieta devem ser retiradas, inclusive sais minerais à vontade no cocho. - O uso de Na Cl deve ser o mínimo possível para atender as exigências de Na.
26 Passos para formular uma dieta aniônica 1 Escolher alimentos, particularmente forragens para a formulação da dieta basal com baixos teores de K, pois é o cátion mais importante na formulação de dietas aniônicas. - Atenção para feno de alfafa e para a adubação com k para pastagens de vacas no periodo pré-parto;
27 Tabela 7 Teores de Na, K, Cl e S, e o balanço catiônico-aniônico dos principais alimentos utilizados na formulação de dietas para vacas leiteiras pré-parto.
28 Passos para formular uma dieta aniônica 3 Inclusão de sais aniônicos: A primeira escolha deve ser: Sulfato de magnésio; Sulfato de cálcio; Sulfato de amônio; objetivando atingir até 0,4% da MS de S.
29 Passos para formular uma dieta aniônica 4 Adicionar o cloreto de Cálcio, de amônio ou de magnésio para atingir: 10 a -15 meq/100 g. 5 Manter o nível de fósforo da dieta entre 30 e 35 g/dia.
30 Passos para formular uma dieta aniônica - Se possível atingir -10 a -15 meq/100g; - A maioria dos pesquisadores acredita ser fundamental elevar o nível de Ca para 1,4-1,8% da MS total, ou aproximadamente g/vaca/dia (Valor bem acima das recomendações tradicionais).
31 Tabela 8 Composição da dieta para vacas da raça Holandesa pesando 600kg de PV 21 dias antes do parto.
32 DCAD (meq/100gms) = [(% Na / 0,023) + (% K / 0,039) (% Cl / 0,0355) + (% S / 0,016)] DCAD (meq100g/ms) = [(0,043 / 0,023) + (1,195 / 0,039) (0,081 / 0, ,165/0,016)], DCAD (meq/g/ms) = + 19,9195 Pode apresentar problemas no metabolismo do Ca após o parto. Reduzir a DCAD desta dieta para 12 meq/100 g/ms
33 DCAD (meq/g/ms) = + 19,9195 DCAD desta dieta para 12 meq/100 g/ms Diferença: - 31, elementos = -7,98 Sulfato de Magnésio Sulfato de Amônia Cloreto de Cálcio Cloreto de Amônio - 7,98-7,98-7,98-7,98
34 Sulfato de magnésio: 7,98 meq de S 0,1 kg de MS / dieta x 10,50 kg MS consumida/dia x = 837,90 meq de S na dieta total (em 10,5 kg de MS) 1 meq de S 0,016 g de S (ver primeira tabela) 837,90 meq x x = 13,43 g de S na dieta total (em 10,5 kg de MS) 100 g de Sulfato de Magnésio 13,0 g de S x 13,43 g de S x = 103,30 g de Sulfato de Magnésio misturado em 10,5 kg de MS (total da dieta consumida/dia;
35
36 Desta forma, a vaca deverá ingerir por dia 265,11 g de sais aniônicos.
37 Tabela 4 Cálculo da diferença cátion-aniônica da dieta, baseado nas recomendações de Na, K, Cl e S para vacas no pré-parto, de acordo com o NRC (1989).
38 Principais sais aniônicos Tabela 5 Composição química de fontes aniônicas disponíveis (% e concentração de miliequivalentes na matéria original)
39 Principais sais aniônicos Tabela 6 Palatabilidade de alguns sais aniônicos, relativo ao controle.
40 Por que muitas vezes os sais aniônicos não funcionam? Não sabe o DACD da dieta; O DCAD não esta suficiente baixo;
41 Qual categoria animal? Vacas secas em gestação; 4 semanas antes do parto.
42 Mecanismo de Ação das Dietas Aniônicas Se o cálculo resultar em valores mais positivos do que + 30 meq/100 g MS, a dieta é considerada altamente catiônica, sendo prejudicial para vacas secas, embora ideal para vacas em lactação. Dietas catiônicas predispõe as vacas a Hipocalcemia. O potássio parece ser o maior problema, pois é o cátion presente em maior qtidade nas dietas pré-parto.
43 Mecanismo de Ação das Dietas Aniônicas Antigamente, se pensava ser a alta concentração de Ca presente no feno de alfafa o grande causador da febre do leite. Mas atualmente está claro que é o alto teor de potássio no feno de alfafa predispõe vacas leiteiras a Hipocalcemia.
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