IMPROVIMENTO DO APELO. noturno aos vencimentos; 3. Manutenção do decisum.

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1 9ª CÂMARA CÍVEL RELATOR: DE. ADOLPHO ANDRADE MELLO DIREITO ADMINITRATIVO. ERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE BARRA DO PIRAÍ. LEGALIDADE DA INTEGRAÇÃO DE HORA EXTRA E ADICIONAL NOTURNO NA BAE DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. IMPROVIMENTO DO APELO. 1. Recurso contra sentença de procedência parcial em ação que se objetiva a integração das horas extras e adicional noturno aos vencimentos; 2. A Lei 326/97 define remuneração como o vencimento do servidor acrescidos das vantagens pecuniárias permanentes e temporárias a que o servidor tenha direito; 3. Manutenção do decisum. 1

2 VITO, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CÍVEL, em que é Apelante MUNICÍPIO DE BARRA DO PIRAÍ e ADELCIR DA ILVA CORTE. ACORDAM, por unanimidade de votos, os Desembargadores que integram a Nona Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em NEGAR provimento ao recurso, pelas razões que seguem. Relatório às fls. a irresignação recursal. Em que pesem as razões de apelação, não merece ser acolhida Isso porque a jurisprudência desta Corte é dominante no sentido de ser devida a integração dos valores relativos às horas extras e aos adicionais de insalubridade e noturno, tanto nas férias, quanto no 13º salário dos servidores do Município de Barra de Piraí. A Lei Municipal nº 326/97, em seu art.68, estabelece que: Remuneração é o vencimento do cargo ou função, acrescido das vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias, estabelecidas em Lei. 2

3 Portanto, os adicionais noturno e de insalubridade, bem como as horas extraordinárias integram a remuneração do servidor, devendo ser incluídos na base de cálculo da verba devida a título de férias e de 13º salário. Neste sentido, os seguintes precedentes deste Tribunal: APELAÇÃO CÍVEL. ADMINITRATIVO. ERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE BARRA DO PIRAÍ. NTEGRAÇÃO DE HORA EXTRA NA BAE DE CÁLCULO DE FÉRIA E DÉCIMO TERCEIRO ALÁRIO. ervidora pública do Município de Barra do Piraí que pretende sejam incluídas na base de cálculo das férias e décimo terceiro salário as horas extras trabalhadas. entença de procedência. Previsão expressa, na Lei Municipal nº 326/97, de cômputo das vantagens pecuniárias no cálculo das férias e gratificação natalina. Precedentes deste Tribunal. NEGADO EGUIMENTO AO RECURO. (APELACAO Nº RELATORA: DE. LEILA ALBUQUERQUE - Julgamento: 23/02/ DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL). Apelação Cível. Direito administrativo. ervidor público. Hora extra. 13º salário. Férias. Inclusão na base de cálculo. Nos termos dos incisos VIII e XVII do artigo 7º da Carta Magna, são 3

4 direitos dos trabalhadores a percepção do décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria e o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário nominal. No caso específico do Município de Barra do Piraí, a Lei 326/1997 que disciplina o regime jurídico e o plano de carreira dos servidores públicos municipais, garante a estes idêntico direito. A gratificação natalina é disciplinada no artigo 90 da Lei 326/1997, restando determinado que sua base de cálculo será a remuneração do servidor. Relativamente às férias, o artigo 125 da referida lei garante o recebimento pelo servidor, além do vencimento, de todas as vantagens que percebia no momento em que passou a usufruir do período de férias. No que tange à incorporação das horas extras no cálculo do 13º salário, cabível com fulcro do artigo 68 da Lei 326/97, uma vez que este define remuneração como o vencimento do servidor acrescidos das vantagens pecuniárias permanentes e temporárias a que este tenha direito. Idêntica conclusão é necessária ao se analisar a pretensão de inclusão das horas extras no cálculo do adicional de férias, uma vez que, como anteriormente afirmando, garantese ao servidor o recebimento de seu vencimento e todas as vantagens pecuniárias que lhe são pertinentes, o que certamente engloba as horas extras eventualmente recebidas. 4

5 Recurso ao qual se nega seguimento. (APELACAO DE. MARIO AI GONCALVE. Julgamento: 20/12/2011. TERCEIRA CAMARA CIVEL). Apelação cível. Ação de cobrança. ervidor Público do Município de Barra do Piraí. Inclusão de horas extras e adicional noturno nas férias e 13º salário. Possibilidade. Previsão legal. Lei Municipal n 326/97, que estabelece o Regime Jurídico Único dos servidores daquela Municipalidade. Recurso a que se nega seguimento, nos termos do artigo 557, caput, do CPC. (APELACAO n DE. LUCIANO RINALDI - Julgamento: 29/11/ ETIMA CAMARA CIVEL). Não havendo, ainda, em que se falar em transitoriedade do pagamento de horas extraordinárias e do adicional noturno, já que os contracheques demonstram uma habitualidade (fls. 19/24). Ademais, correta a aplicação do divisor de 200 na base de cálculo das horas extraordinárias, eis que no caso em tela a jornada de trabalho é de 40 horas semanais. O uperior Tribunal de Justiça, cuidando da situação de servidor público federal, no que se refere ao cálculo do divisor de horas extraordinárias, tem 5

6 firmado o entendimento sempre partindo da premissa da jornada máxima prevista em lei, e não exatamente da jornada de fato eventualmente cumprida de modo diferenciado, conforme precedente a seguir: PROCEUAL CIVIL E ADMINITRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURO EPECIAL. ERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL NOTURNO. BAE DE CÁLCULO. 200 HORA MENAI. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o adicional noturno deve ser calculado com base no divisor de 200 (duzentas) horas mensais, tendo em conta que a jornada máxima de trabalho dos servidores públicos federais passou a ser de 40 (quarenta) horas semanais com o advento da Lei n /90. Precedentes: REsp /PR, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Quinta Turma, DJ 26/6/2006; REsp /R, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, DJe 20/4/2009; AgRg no REsp /R, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Quinta Turma, D.Je 28/3/2011; e AgRg no Ag /PR, Rel. Ministro Cesar Asfor Rocha, egunda Turma, DJe 29/6/ Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp /R, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVE, PRIMEIRA TURMA, julgado em 04/10/2011, DJe 06/10/2011). 6

7 À conta do acima, nega-se provimento ao recurso, na linha da fundamentação. Rio de Janeiro, 02 de setembro de DE. ADOLPHO ANDRADE MELLO RELATOR 7