Poder Judiciário. Estado do Rio de Janeiro Décima Nona Câmara Cível

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1 Agravo Nº: Agravante: JAQUELINE MOREIRA DA COSTA Agravado: INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE RESENDE RJ - RESENPREVI Juízo de origem: 1ª Vara Cível da Comarca de Resende Relator: DESEMBARGADOR LÚCIO DURANTE AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO INDENIZATÓRIA CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER. REVISÃO DE BENEFÍCIO. APOSENTADORIA INTEGRAL. DOENÇA GRAVE INCAPACITANTE. INDEFERIMENTO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. Demanda objetivando a revisão dos proventos para que a Autora passe a receber a aposentadoria por invalidez de forma integral. Decisão agravada que indeferiu a Antecipação dos Efeitos da Tutela por entender o juízo a quo não estarem presentes os requisitos para a concessão da Tutela. Documentação aos autos que comprova que a Autora, ora Agravante, sofre de doença grave e incapacitante, com sintomas análogos ao de doenças elencadas no rol da Lei Municipal nº 2335/2002, que não deve ser tido como taxativo. Precedentes desta Corte e do Colendo Superior Tribunal de Justiça. Demonstração da verossimilhança das alegações autorais e do periculum in mora. Possibilidade de deferimento da antecipação de tutela contra a fazenda pública, em causas de natureza previdenciária. Inteligência da Súmula 729 do STF. Recurso conhecido e provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Agravo de Instrumento em epígrafe, 1

2 ACORDAM, por unanimidade, os Desembargadores que integram a 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em dar provimento ao Agravo nos termos do Voto do Relator. RELATÓRIO Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por JAQUELINE MOREIRA DA COSTA nos autos da ação de indenização c/c obrigação de fazer, objetivando a revisão de seus proventos para que receba a aposentadoria por invalidez na forma integral, ajuizada em face do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE RESENDE RJ - RESENPREVI, ora Agravado, contra a decisão do Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de Resende, que considerou não estarem presentes os requisitos do art.273 do CPC para a concessão da Antecipação dos Efeitos da Tutela, uma vez que a incapacidade do Autor para o exercício da atividade laborativa depende de prova a ser feita na instrução do processo, não havendo nos autos, no momento, prova inequívoca de suas alegações. Em suas razões recursais a Agravante aduz que pretende ver reformada a decisão que indeferiu a Antecipação dos Efeitos da Tutela, com a concessão imediata do pagamento de seus proventos em valor integral. Alega a Agravante que é professora da rede municipal e que, em 15/02/2011, sofreu acidente cardiovascular, com lesão de grande área do lóbulo frontal, o que resultou em sequelas, com a afasia de boca, pelo que foi aposentada por invalidez, por não ser possível sua readaptação. Ocorre que, em seu laudo médico pericial, foi definido que teria direito à aposentadoria proporcional e não integral, por não se enquadrar sua doença no rol das que ensejam a aposentadoria por invalidez com proventos integrais, conforme especificado no artigo 102 da Lei Municipal n 2335/2002. Aduz que o rol das doenças não pode ser considerado taxativo e que ou uma doença é incapacitante ou não é, de forma que em 2

3 atenção aos princípios da isonomia e da dignidade da pessoa humana deve receber seus proventos de forma integral, conforme entendimento atual do Superior Tribunal de Justiça e da PEC 170/2012, que modifica o teor do inciso I do parágrafo 1º do artigo 40 da CRFB. Ressalta que sua remuneração sofreu redução de quase 50% (cinquenta por cento) justo em momento que sua saúde se encontra abalada, com necessidade de maiores gastos, motivo pelo qual tem urgência no provimento. Alega que, quanto à irreversibilidade do provimento, deve ser esta mitigada quando diante de bem de valor maior, como a vida e o respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana. Prossegue afirmando que comprovou os requisitos para a concessão da Antecipação da Tutela e destaca o disposto na Súmula 729 do STF. Requer o efeito suspensivo ativo, com o deferimento imediato da Tutela e sua confirmação, ao final, com o provimento do recurso e reforma da decisão agravada. Antecipação da Tutela. Decisão desta Relatoria às fls.20 deferindo a Contrarrazões da Agravada às fls.25/34. Informação do Juízo a quo às fls.36, noticiando a manutenção da decisão agravada em Juízo de retratação, bem como o cumprimento do disposto no art. 526 do CPC. Às fls.39, certidão da Secretaria informando que houve a intimação tácita do Ministério Público, conforme informação do sistema. 3

4 Parecer da Procuradoria de Justiça às fls.42/48, opinando pelo provimento do recurso, com a reforma da decisão agravada. É o relatório. VOTO O recurso merece ser conhecido, eis que presentes os requisitos de admissibilidade. Não cabe, neste momento processual, qualquer apreciação quanto ao mérito da demanda originária, mas tão somente perquirir a presença dos elementos autorizadores da tutela antecipada vindicada pela Autora, ora Agravante. Dispõe o artigo 273 do CPC que o Juiz, a requerimento da parte, poderá antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação, bem como haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ou fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório do Réu. Cumpre, neste ponto, observar ser pacífico o entendimento tanto no STJ quanto no STF acerca da possibilidade de concessão de tutela antecipada em face da Fazenda Pública, em hipóteses excepcionais, em face da possibilidade de graves danos resultantes da demora na efetivação da liminar, especialmente quando em risco a vida e a saúde de pessoas carentes. 729 do STF, in verbis: Nesse sentido a Súmula 60 desta Corte e a Súmula 4

5 Súmula n 60 - TJRJ "Admissível a antecipação de tutela de mérito, mesmo conta a fazenda pública, desde que presente os seus pressupostos." Referência: Súmula da Jurisprudência Predominante nº Julgamento em 04/11/2002. Relator: Desembargador Amaury Arruda de Souza. Votação unânime. Registro do Acórdão em 26/11/2002. Súmula n 729 STF A DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE 4 NÃO SE APLICA À ANTECIPAÇÃO DE TUTELA EM CAUSA DE NATUREZA PREVIDENCIÁRIA.. No caso em tela, a concessão da Tutela tem por escopo a concessão, de forma imediata, do pagamento da aposentadoria da Agravante de forma integral, uma vez que, apesar da doença incapacitante e irreversível, foi aposentada de forma proporcional, por não estar sua doença elencada na Lei Municipal de n 2.335/2002 (fls.75 dos autos originários). Conforme documentação acostada aos autos (fls.38, 39, 40, 41 dos autos originários) verifica-se que a Autora, ora Agravante, sofreu grave AVC isquêmico, com lesão de grande área do lóbulo frontal, ficando com sequelas permanentes e irreversíveis, após dois anos de tratamento, com prejuízo na fala e na parte motora, não tendo mais condições de exercer o magistério e nem de ser readaptada. O artigo 102 da Lei Municipal nº 2335/2002, citado para negar a aposentadoria integral dispõe: [...]Art A licença a servidor acometido de tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de paget (osteíte deformante) e síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) será concedida, quando o exame médico não concluir pela concessão imediata da aposentadoria.[...] 5

6 Vê-se que a doença da Autora tem sintomas similares à paralisia irreversível e incapacitante, uma vez que teve lesão neurológica, que resultou em deficiência de sua capacidade motora, prejudicando a escrita e afetando também a fala, sem perspectiva de cura, após dois anos de tratamento (fls.75). A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e desta Corte tem entendido que o rol de doenças trazido nas leis que definem as doenças graves, para efeito de aposentadoria integral, não deve ser considerado de forma taxativa, sob pena de se negar o conteúdo valorativo da norma inserta no artigo 40, 1, I, da CRFB/88, resultando em violação ao princípio da isonomia, ante a impossibilidade do legislador prever todas as doenças graves e incuráveis, de forma que presente o fumus bonis iuris para a concessão da medida. Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. REVERSÃO PARA INTEGRAL. DOENÇA GRAVE E INCURÁVEL. ART. 186 DA LEI 8.112/90. ROL EXEMPLIFICATIVO. PROVENTOS INTEGRAIS. POSSIBILIDADE. 1. Não se pode considerar taxativo o rol de doenças descrito no art. 186, I, 1º, da Lei n /90, ante a impossibilidade de se prever todas as doenças consideradas graves, contagiosas e incuráveis, sob pena de ofensa ao Princípio da Isonomia e de "negar o conteúdo valorativo da norma inserta no inciso I do art. 40 da Constituição Federal" (Precedentes: REsp /DF, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 26/08/2010 e REsp /RS, Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 29/03/2010). 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp /RJ, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/08/2012, DJe 08/08/2012). 6

7 ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ DECORRENTE DE MOLÉSTIA GRAVE OU INCURÁVEL - PROVENTOS INTEGRAIS - MATÉRIA PACIFICADA - ANTECIPAÇÃO DE TUTELA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA - CAUSA PREVIDENCIÁRIA - POSSIBILIDADE - SÚMULA 729/STF. 1. A Terceira Seção deste Tribunal Superior pacificou o entendimento de que a Emenda Constitucional nº 41/2003, ao extinguir o cálculo integral para os benefícios concedidos nos termos do art. 40, 3º (aposentadorias) e 7º (pensões) da Carta Magna e da Lei /04, excetuou, expressamente, as hipóteses em que o pagamento deve ser percebido integralmente, como no caso de servidor público aposentado por invalidez permanente, decorrente de doença grave, prevista no rol taxativo da legislação regente. 2. No caso, o Tribunal a quo reconheceu expressamente a comprovação de moléstia grave e incurável que acometeu a autora, não havendo controvérsia instaurada nos autos a respeito. 3. Esta Corte Superior de Justiça, adotando entendimento do Supremo Tribunal Federal, firmou jurisprudência no sentido da possibilidade de concessão de tutela antecipada contra a Fazenda Pública nas causas de natureza previdenciária. Inteligência da Súmula 729/STF. (g.n). 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp /RS, Rel. Ministra DIVA MALERBI (DESEMBARGADORA CONVOCADA TRF 3ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA, julgado em 13/11/2012, DJe 23/11/2012) APOSENTADORIA DE SERVIDOR PUBLICO INVALIDEZ PERMANENTE DOENCA GRAVE PROVENTOS DA APOSENTADORIA DIREITO A INTEGRALIDADE Apelação Cível. Ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos morais. Aposentadoria por invalidez permanente decorrente de doença grave. Esquizofrenia. Servidor estadual. Concessão com base no 1º, inciso I, do artigo 40 da Constituição Federal, combinado com o inciso I, alínea "b", do art. 219 do Decreto nº 2479/79. Direito do autor apelante à percepção da aposentadoria na forma integral. A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que a Emenda Constitucional nº 41/2003, ao extinguir o cálculo integral para os benefícios concedidos nos termos do art. 40, 3º (aposentadorias) e 7º (pensões) da Carta Magna e da Lei /04, excetuou expressamente os casos em que o pagamento deve ser 7

8 percebido integralmente, como no caso de servidor público aposentado por invalidez permanente, decorrente de doença grave, prevista no rol taxativo da legislação regente. Jurisprudência da E. Corte Superior de Justiça tem se inclinado a considerar o rol legal meramente exemplificativo, e não taxativo. Sentença de improcedência do pedido que se reforma, na esteira de precedentes do STJ e desta Corte. Provimento do recurso, n/f do 1º-A do artigo 557 do CPC, para julgar procedente o pedido autoral, e condenar o réu a revisar os proventos de aposentadoria do autor para que corresponda a 100% do que recebia quando estava na ativa, bem como ao pagamento dos atrasados, observada a prescrição quinquenal. Ementário: 08/ N. 2-07/08/2013 (Apelação Cível n DES. LUCIANO RINALDI - Julgamento: 03/06/ SETIMA CAMARA CIVEL). DIREITO ADMINISTRATIVO. RITO ORDINÁRIO. DECLARATÓRIA DE NULIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO QUE CONCEDEU A APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PERMANENTE DO SERVIDOR MUNICIPAL COM VENCIMENTOS PROPORCIONAIS, EM RAZÃO DE DOENÇA NÃO INCLUÍDA NO ROL DE ENFERMIDADES PREVISTO NA LEGISLAÇÃO COMPETENTE. PEDIDDO DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA COM VENCIMENTOS INTEGRAIS, E DE RESTITUIÇÃO DA DIFERENÇA APURADA DESDE A DATA DE APOSENTARIA. O LAUDO PERICIAL ELABORADO NOS AUTOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE CULMINOU COM A APOSENTADORIA DO SERVIDOR FOI CONCLUSIVO NO SENTIDO DE QUE O MESMO POSSUI DOENÇA CRÔNICA GRAVE NA COLUNA CERVICAL, DE CARÁTER FÍSICO DEFINITIVO E PROGRESSIVO LIMITANTE, BEM COMO QUE, DEVIDO À LIMITAÇÃO, NÃO APRESENTA CONDIÇÕES CLÍNICAS DE READAPTAÇÃO E REDUÇÃO DE CARGA HORÁRIA. AINDA QUE A DOENÇA QUE ACOMETEU O AUTOR NÃO ESTEJA EXPRESSAMENTE PREVISTA NA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL PERTINENTE, A JURISPRUDÊNCIA MAIS RECENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DE JUSTIÇA AFIRMA NÃO SER TAXATIVO O ROL DE DOENÇAS TIDAS COMO GRAVES E INCURÁVEIS, PARA FINS DE RECEBIMENTO DE PROVENTOS INTEGRAIS, TENDO EM VISTA A INVIABILIDADE DE A NORMA PREVER TODAS AS DOENÇAS CONSIDERADAS PELA MEDICINA COMO GRAVES, CONTAGIOSAS E INCURÁVEIS, DEVENDO O ROL DO ART. 8

9 179 DO ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM (LC 17/98) SER CONSIDERADO EXEMPLIFICATIVO, E NÃO TAXATIVO, SOB PENA DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. PRECEDENTES DO C. STJ E DESTE E. TRIBUNAL. CONDENAÇÃO DO MUNICÍPIO E DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM AO PAGAMENTO DE PROVENTOS INTEGRAIS DA APOSENTADORIA CONCEDIDA AO AUTOR, BEM COMO A RESTITUIR AS DIFERENÇAS DEVIDAS A PARTIR DE SUA INATIVIDADE, OBSERVADA A PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. PROVIMENTO DO RECURSO, NA FORMA DO ART. 557, 1º-A, DO CPC. (APELAÇÃO CÍVEL N DES. HELENA CANDIDA LISBOA GAEDE - Julgamento: 02/07/ DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL). AGRAVO DE INSTRUMENTO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PEDIDO DE RESTABELECIMENTO DA INTEGRALIDADE DOS VALORES DOS PROVENTOS. DECISÃO AGRAVADA QUE INDEFERIU O PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, SOB O FUNDAMENTO DE QUE O ART. 1º DA LEI 9494/97 VEDA A SUA CONCESSÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA NA HIPÓTESE DE MAJORAÇÃO SALARIAL OU EXTENSÃO DE VANTAGENS. REFORMA DO DECISUM. CONJUNTO PROBATÓRIO NOS AUTOS QUE ATESTAM A PLAUSIBILIDADE DAS ALEGAÇÕES A JUSTIFICAR O PLEITO LIMINAR. APLICAÇÃO DO VERBETE SUMULAR Nº 60 DESTE E. TRIBUNAL. RECURSO A QUE SE DÁ PROVIMENTO, COM FULCRO NO ART. 557, 1º-A, DO CPC. (AGRAVO DE INSTRUMENTO N DES. MARCIA ALVARENGA - Julgamento: 27/06/ DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL). Encontra-se presente, ainda, o periculum in mora que recomenda a concessão imediata da antecipação da tutela, uma vez que a redução nos vencimentos compromete a sobrevivência da Agravante, devendo ser temperada a questão da irreversibilidade, conforme admitido pela Súmula 729 do STF. 9

10 Em face do exposto, dá-se provimento ao Agravo para, confirmando a Antecipação da Tutela Recursal de fls.20, deferir a Antecipação dos Efeitos da Tutela, determinando que o Réu efetue o pagamento da aposentadoria por invalidez da Autora de forma integral. Rio de Janeiro, 01 de julho de LÚCIO DURANTE DESEMBARGADOR RELATOR 10