Economia Internacional
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- Angélica Stachinski Fernandes
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1 Economia Internacional Arilton Teixeira Bibliografia Krugman, P. e Murice Obstfeld(2000), caps 13. Grabbe(1996), cap 1. Arranjos Monetários Internacionais Como evolui o sistema de pagamentos internacionais ao longo do tempo? 3 1
2 Evolução do Sistema Monetário Internacional Bimetalismo (pré 1875). Padrão ouro clássico ( ). Período entre guerras ( ). Sistema de Bretton Woods ( ). Regime de câmbio flexível (1973-presente). 4 O Padrão Ouro Clássico Durante esse período, observaram-se os seguintes itens nos principais países: Somente o ouro tinha cunhagem irrestrita. Existia dupla convertibilidade entre o ouro e a moeda nacional a uma taxa estável. Ouro podia ser livremente exportado ou importado. A taxa de câmbio entre dois países era determinada pela razão entre os seus conteúdos de ouro. 5 O Padrão Ouro Clássico Por exemplo, se o preço do ouro nos EUA é US$ 30 por onça e o preço do ouro na Inglaterra é $ 6 por onça, a taxa de câmbio dólar/libra é igual a US$ 5 por $1. 6 2
3 O Padrão Ouro Clássico As taxas de câmbio praticamente estáveis proporcionaram um ambiente favorável a comércio e investimento internacionais. Desalinhamentos cambiais e desequílibro no balanço de pagamentos eram automaticamente corrigidos pelo mecanismo de price-specie-flow. 7 Mecanismo de Price-Specie-Flow Suponha que, temporariamente, o Brasil exporte mais para o resto do mundo do que o resto do mundo para o Brasil Isto não pode persistir no padrão ouro, pois: O superávit brasileiro determinará um influxo de ouro para o Brasil. Tal influxo levará a um aumento na quantidade de moeda em circulação no Brasil. Haverá inflação no Brasil e deflação no resto do mundo. Essa mudança nos preços relativos determinará uma queda no saldo comercial brasileiro. 8 O Padrão Ouro Clássico Problema: a oferta de ouro novo é tão limitada que o crescimento de comércio e investimento internacionais podem ser prejudicados pelo pequeno crescimento da oferta monetária. 9 3
4 O Período entre Guerras Taxas de câmbio oscilavam e países utilizavam a desvalorização de suas moedas como meio de se tornarem competitivos no mercado internacional. Houve tentativas fracassadas de retornar para o padrão ouro. Participantes não estavam dispostos a seguir a regra do jogo. Comércio e investimento internacionais foram severamente prejudicados. O Acordo de Bretton Woods Antes do fim da guerra, USA e UK começam a negociar acordos para preparar o arranjo institucional do pós-guerra. Os USA são representados por Dexter White e o UK por John Maynard Keynes. As diretrizes defendidas pelos americanas são: Regimes cambiais fixos (Bretton Woods e FMI); Cooperação internacional (ONU); Expansão do comércio (GATT) Estes princípios foram colocados nos acordos assinados na cidade de Bretton Woods (New Hampshire, USA). 4
5 Bretton Woods FMI: fundo criado para ajudar os países a estabilizar as taxas de câmbio. Dolar: definido como reserva de valor e como meio de troca internacional (padrão ouro-dolar) Cada membro do FMI deveria fixar sua paridade com o dolar. Cada membro só poderia mudar sua taxa de câmbio com permissão do Fundo. O preço do ouro foi fixo em dolar: U$ 35 por onça. Cada membro só poderia mudar sua taxa de câmbio com permissão do Fundo. O preço do ouro foi fixo em dolar: U$ 35 por onça. Após um período de transição todas as moedas deveria se tornar conversíveis Guerra Fria Os americanos inicialmente mantiveram a postura isolacionista. A crescente tensão entre os aliados europeus levam os USA a abandonar esta postura: European Recovery Plan (Plano Marshall): proposto pelo secretario de estado Marshall in OECD USA da suporte a liberalização comercial bilateral na Europa: criação da Comunidade Economica Européia. 5
6 Escassez de Dólar Ate o ano de 1958, este período na Europa é conhecido como de escassez de dólar (excassez de capital); A escassez de dólares era fruto da elevada demanda por bens de capital e bens intermediários necessários a reconstrução européia. Em 1958 as principais moedas a conversão das moedas é reintroduzida. Conversão Moedas estrangeiras poderiam ser compradas e vendidas livremente desde que associadas ao comércio internacional de bens e serviços (liberalização da conta corrente do balanço de pagamentos). Após liberalização, países europeus que tinham acumulado muitas reservas poe fim a idéia de escassez de dólares. A quantidade de reservas em dolar indicavam também a necessidade de aumento do preço do ouro (desvalorização do dólar). Déficit do Balanço de Pagamentos O continuo déficit do BP mantido pelos americanos (particularmente após a conversibilidade), levava ao acúmulo de reservas pelos Europeus. Devido ao sistema de câmbio fixo, havia exportação da inflação americano para os parceiros europeus. 6
7 Restrições Americanas Para tentar conter os deficits do BP americanos que geravam incertezas quanto a paridade ouro dolar, restrições são importas: Julho/1963 é introduzido o IET (interest equalization tax): aplicado a qualquer compra pelos americanos de titulos estrangeiros. Fev/1965 introduzido o FCRP (Foreign Credit Restraint Program): são estabelecidas quotas para os empréstimos dos bancos americanos a multinacionais americanas engajadas em investimento estrangeiro. Desenvolvimento do Euromercado É o depósito em moeda estrangeira num banco fora do país onde a moeda é utilizada. Eurodólar: deposito em dólar em bancos fora dos USA. Com isto, as restrições são superadas. Os bancos e as empresas são capazes de emprestar e tomar emprestado na moeda que desejarem. Colapso de Bretton Woods A sustentabilidade de Bretton Woods dependia das políticas monetária e fiscal americana. Durante os anos 60 estas políticas se mostraram incompatíveis com a manutenção da paridade dólar/ouro e a conversibilidade. Agosto/1971: conversibilidade dólar-ouro é abandonada. Fev/1973 Bretton Woods é abandonado. 7
8 Taxa de Câmbio e Bretton Woods Marcos/U$ Abandono do Sistema de Taxas Fixas Variação Cambial: Marco/Dollar Variacao % do Marco/Dollar Abandono do Sistem Fixo -12 Fonte: Ipeadata 23 A Crise Mexicana de 1994 Em 20/12/1994 o governo mexicano anunciou um plano de desvalorizar o peso em 14%. Esse anunciou afetou as expectivas sobre o futuro valor do peso. Investidores agiram como uma manada. Em conseqüência das massivas ordens de venda de peso, a moeda mexicana chegou a cair 40%. Queda do PIB em 1995: 6,2% (fonte: INEGI) 24 8
9 A Crise Mexicana de 1994 Essa crise foi talvez a primeira marcada principalmente pela fuga para o exterior de capital financeiro. Duas lições: Pode ser desejável ter um rede de segurança internacional para resguardar o sistema financeiro mundial do contágio. Um influxo de capital estrangeiro pode determinar uma excessiva apreciação da moeda doméstica. 25 Crise Mexicana e o Brasil México R$/U$ A Crise Asiática de 1997 Em 02/07/1997 a moeda tailandesa, que estava até então pegged ao dólar, foi subitamente desvalorizada. Aquilo que parecia ser um problema restrito à Tailândia atingiu rapidamente outros países da região. Diversos países não asiáticos também foram afetados. 27 9
10 A Crise Asiática de 1997 Em termos de contágio e desaceleração da economia, essa crise foi ainda mais séria que a crise mexicana de Várias firmas com dívida em moeda estrangeira foram à bancarrota. Quedas % dos PIB s em 1998: Hong Kong 5,3; Malásia 7,4; Indonésia 13,1; Coréia do Sul 6,7 e Tailândia,2 (fonte: Jorge R. Sandes). 28 Crise Asiática e o Brasil México Ásia R$/U$ A Crise da Rússia e a Crise do Brasil México Ásia Rússia R$/U$ 20 Brasil
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