Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Ciências Exatas e da Terra Departamento de Física

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Ciências Exatas e da Terra Departamento de Física"

Transcrição

1 Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Ciências Exatas e da Terra Departamento de Física Densidade Total de Energia-Momento e de Momento Angular Gravitacional do Universo de Gödel-Obukhov Sob a Perspectiva do Teleparalelismo Equivalente à Relatividade Geral por Aglezio Cardoso Silva Orientadora: Prof a. Dra. Rosângela Borges Pereira Co-orientador: Prof Dr. Adellane Araújo Sousa Dissertação apresentada ao Departamento de Física do ICET da Universidade Federal de Mato Grosso como parte para obtenção do título de mestre em física. Cuiabá, Fevereiro de 2007.

2 Livros Grátis Milhares de livros grátis para download.

3 Aglezio Cardoso Silva Densidade Total de Energia-Momento e de Momento Angular Gravitacional do Universo de Gödel-Obukhov Sob a Perspectiva do Teleparalelismo Equivalente à Relatividade Geral Orientadora: Prof a. Dra. Rosângela Borges Pereira Co-orientador: Prof Dr. Adellane Araújo Sousa Dissertação apresentada ao Departamento de Física do ICET da Universidade Federal de Mato Grosso como parte para obtenção do título de mestre em física. Cuiabá, Fevereiro de Departamento de Física - ICET - Universidade Federal de Mato Grosso

4 A coisa importante é não parar de questionar. A curiosidade tem suas próprias razões para existir. (... Nunca perca a sagrada curiosidade. (Albert Einstein i

5 ii Dedicatória Aos meus pais. E ao meu amigo Anatalino Neto que, ao nos abandonar neste mundo, deixou a mensagem de que nunca devemos ignorar as palavras de um amigo.

6 iii Agradecimentos Ao meu amigo Josiel, que enfrentou comigo todos os árduos caminhos que nos trouxeram até aqui. À Prof a. Rosângela e ao Prof. Adellane, por nos incentivar a ingressar no mestrado e pela orientação deste trabalho. Ao Prof. Alberto Arruda, por acreditar em minha capacidade e pelo apoio proporcionado. Aos novos amigos que estes anos de estudo me proporcionaram: Jannaíra e filhos, Alesandro e esposa, Ademilson e Reginaldo, Devair e Rosely, Robson e família, Celso Fanaía e família, Alessandro e família, Rogério e família. Enfim todos da turma do mestrado. À CAPES e a todos os Brasileiros que, pagando seus impostos, deram-me suporte financeiro. A todos os colegas, professores e funcionários do Mestrado e do ICLMA, cujos nomes não apareceram, pela amizade e apoio. A minha família, pelo apoio e compreensão nestes anos de estudos e afastamento.

7 iv Resumo Neste trabalho, mostramos a equivalência entre as equações de campo do Teleparalelismo Equivalente à Relatividade Geral (TERG as equações de Einstein da Relatividade Geral (RG considerando um fluido perfeito e a métrica de Gödel-Obukov. Essa métrica, que descreve um Universo em expansão e rotação, é uma generalização não-estacionária e sem curvas do tipo-tempo fechadas (CTC s, características da métrica original de Gödel. Também calculamos a densidade total de energia-momento e o momento angular gravitacional desse Universo em rotação. Para tanto utilizamos o formalismo do TERG, que se justifica por apresentar expressões covariantes para as grandezas consideradas. Em limites apropriados encontramos as conhecidas equações de campo de Friedmann, que descreve um Universo plano em expansão (sem rotação. Nossos resultados para a densidade de energia-momento e momento angular gravitacional estão em acordo com os resultados obtidos pela relatividade geral. Palavras Chaves: Rotação do Universo; Densidade de Energia-Momento; Momento Angular. Áreas do conhecimento: Gravitação e Cosmologia.

8 v Abstract In this research, we show equivalence between the field equations the Teleparallel Equivalent to General Relativity (TEGR and Einstein s equation of General Relativity (GR, considering a perfect fluid and the metric of Gödel-Obukov. Such metric, which describes a universe in expansion and rotation, is a non-stationary generalization and without closed time-like curves (CTC s, characteristics of the original metric of Gödel. Also we calculate the total density of energy-momentum and the gravitational angular momentum of this universe in rotation. For that, we use the formalism of the TERG, justified for presenting covariant expressions for the considered quantity. In appropriate limits, we develop the known field equations of Friedmann, for a flat universe in expansion (without rotation. Our results for the energy-moment density and gravitational angular moment are in agreement with the results gotten for general relativity. Keywords: Rotation of Universe; Densities de Energy-Momentum; Angular Momentum Areas of the knowledge: Gravitation and Cosmology.

9 vi Sumário Introdução p. 1 1 O Teleparalelismo Equivalente à Relatividade Geral (TERG p O campo de tétradas p O Equivalente Teleparalelo da Relatividade Geral p O Tensor de Energia-Momento Total p Momento Angular do Campo Gravitacional p O Modelo Cosmológico p O Modelo Padrão: Modelo de Friedmann-Lemaítre-Robertson-Walker p Modelo Estacionário de Gödel p O Modelo Gödel-Obukhov p O Universo Gödel-Obukhov Sob a Perspectiva da TERG p Cálculo das Tétradas p As Equações de Campo p. 28

10 Sumário vii 3.3 A Energia-Momento do Universo Gödel-Obukhov p O Momento Angular Gravitacional do Universo Gödel-Obukhov..... p. 38 Conclusão p. 41 Referências Bibliográficas p. 43 Apêndice A -- O Formalismo Tensorial p. 47 Apêndice B -- Cálculos dos campos de tétradas p. 56 Apêndice C -- Cálculo do Tensor Sigma p. 63

11 1 Introdução Com a apresentação da Teoria da Relatividade Geral, por Albert Einstein em 1916, iniciou-se, logo após, sua aplicação à soluções cosmológicas, ou seja, soluções que representassem o Universo como um todo. No entanto, ao contrário do que se poderia pensar, as equações relativísticas da gravitação não conduziam a uma única solução cosmológica. Havia, em princípio, várias descrições matemáticas possíveis. Surge, então, a necessidade de se analisar quais soluções matemáticas poderiam representar a realidade física do Universo, os chamados modelos cosmológicos. O primeiro modelo cosmológico moderno foi criado pelo próprio Einstein, que estabeleceu um modelo de Universo que, em grande escala, era homogêneo, isotrópico e estático (e infinito. Vale ressaltar que as soluções matemáticas encontradas por ele levavam a um Universo em expansão. Essa hipótese era absurda na época e, para adequar sua solução à realidade física do momento, ele introduziu a chamada constante cosmológica. O papel dessa constante, positiva para Einstein, seria a de uma força de repulsão opondo-se à gravidade e, desse modo, mantia o Universo estático. Assim que observações concluíram que o Universo estava se expandindo, a constante cosmológica de Einstein aparentemente perdeu sua função. No entanto, essa constante parece ser de extrema importância para a física contemporânea. Friedmann, poucos anos depois, apresenta um novo modelo cosmológico, oriundo de

12 Introdução 2 uma nova solução das equações de Einstein, que tem características bem diferentes do Universo de Einstein: um Universo dinâmico, finito e em expansão uniforme, além de não possuir constante cosmológica. A idéia de Friedmann, de um modelo de Universo em expansão, passa a dominar quando em 1929, o astrônomo americano Edwin Hubble observou que a luz proveniente das galáxias apresentava um desvio para o vermelho. Um indicativo de que elas estão se afastando, conseqüência de um Universo em expansão. O modelo mais utilizado atualmente é do Big Bang, que utiliza a métrica de Friedmann- Lemaître 1 -Robertson-Walker (FLRW e conhecido como modelo padrão. Apesar desse modelo fazer inúmeras predições que estão em acordo com observações experimentais, como a expansão do Universo, a existência da radiação cósmica de fundo, a abundância de vários elementos leves, há problemas que o modelo padrão não explica. Entre estes podemos citar a existência da singularidade inicial, na qual nenhuma física faz sentido; a própria homogeneidade e isotropia do Universo primordial; e a existência da matéria escura e da energia escura que estariam, neste momento, acelerando a expansão do Universo. Não poderia o Universo estar em rotação? Se a Terra gira sobre seu próprio eixo, a Lua gira em torno da Terra, a Terra gira em torno do Sol, o Sol em torno do centro da galáxia, a galáxia em torno de um cluster de galáxias e, até mesmo, o elétron em torno do núcleo, não poderia o Universo, como um todo, estar em rotação? Acreditando nisso passou-se à busca de modelos de Universos que também considerava rotação (além de expansão. Além disso, não poderia um Universo em rotação permitir a solução dos problemas apresentados acima, ou parte deles, e que um modelo sem rotação não explica? 1 Lemaître dá inúmeras contribuições na construção do modelo padrão.

13 Introdução 3 A idéia de um Universo em rotação deve-se à G. Gamow (GAMOW, No entanto, a solução exata da equação de Einstein para o modelo de um Universo homogêneo, estático e com rotação foi proposta por Gödel (GÖDEL, As equações encontradas por Gödel apresentavam sérios problemas, entre os quais a violação da causalidade do espaço-tempo. Vários novos modelos, baseado na idéia original de Gödel, foram criadas na tentativa de sanar os problemas por seu modelo (STEIN, 1970; PFARR, 1981; PI- MENTEL; CAMACHO; MACíAS, 1994; OBUKHOV, Entre estes ressaltaremos a generalização não-estacionária proposto por Obukhov (OBUKHOV, 2000, que apresenta expansão, além de rotação. Essa generalização é conhecida como modelo de Gödel- Obukhov ou modelo do tipo Gödel e não estaria em conflito com qualquer observação cosmológica. Apesar dos avanços nas predições teóricas, a rotação global ainda não foi detectada. No entanto, devemos ressaltar que, se por um lado há apenas fracas evidências observacionais que teriam como causa a rotação global, por outro não há dados que a proíbam (LI, 1998; GODLOWSKI et al., 2003; GODLOWSKI; SZYDLOWSKI, O que foi dito acima levou à motivação para este trabalho: o estudo de grandezas física fundamentais (energia, momento e momento angular de um Universo em rotação. No entanto, apesar do sucesso inquestionável da teoria da relatividade geral, não a utilizaremos na formalização de nosso problema. Nesse ponto mais uma vez citaremos Einstein. Ele próprio propõe uma teoria alternativa à teoria da relatividade geral, denominada paralelismo absoluto ou teleparalelismo. Essa teoria é uma descrição geométrica na qual a gravitação é atribuída à torção do espaçotempo e não mais à curvatura. Seu objetivo era conseguir a unificação entre a gravitação

14 Introdução 4 e o eletromagnetismo. Como não consegue a unificação essa teoria cai no esquecimento. No entanto, sempre houve fortes motivos para se buscar teorias alternativas à relatividade geral. Um desses motivos é a questão da localizabilidade da energia 2. Supostamente, a energia não poderia ser localizada. Matematicamente a impossibilidade de localização se manifestaria nas expressões não tensoriais (na verdade, pseudo-tensoriais para a energia. Movidos por essas questões várias propostas foram sendo construídas desde o paralelismo absoluto de Einstein, conforme evidenciaremos. Uma dessas construções - a que utilizaremos neste trabalho - é o formalismo conhecido como Teleparalelismo Equivalente à Relatividade Geral (TERG. O uso desse formalismo se justifica por apresentar expressões covariantes para a energia, momento e momento angular. O desenvolvimento deste trabalho se dará do seguinte modo: No primeiro capítulo, apresentamos o Teleparalelismo Equivalente à Relatividade Geral apresentando seus principais resultados, como as equações tensoriais para a energiamomento e momento angular do campo gravitacional. No segundo capítulo, apresentamos os modelos cosmológicos de Friedmann-Lemaître- Robertson-Walker, de Gödel e o de Gödel-Obukhov. No terceiro capítulo, aplicamos os resultados do TERG, descritos no capítulo 1, ao modelo de Gödel-Obukhov. No primeiro momento encontramos as equações de campo e, em seguida, calculamos a densidade total de energia-momento e do momento angular do campo gravitacional. Os resultados apresentados são então discutidos e comparados com os da literatura que são encontrados com o uso de pseudo-tensores. Dois apêndices são apresentados. Em um deles o objetivo é proporcionar uma breve 2 O outro motivo é já citada questão da unificação com outras interações fundamentais da natureza.

15 Introdução 5 revisão sobre o formalismo tensorial. No outro os cálculos apresentados no capítulo 3 são mostrados em detalhes. Na última parte apresentamos nossas conclusões.

16 6 1 O Teleparalelismo Equivalente à Relatividade Geral (TERG Einstein em 1928 (EINSTEIN, 1928, na tentativa de unificação da gravitação com o eletromagnetismo, propôs uma descrição geométrica do campo gravitacional através de tétradas definidas como uma base do espaço-tempo, formada por um conjunto de quatro vetores linearmente independentes em substituição ao tensor métrico, introduzindo, assim, a noção de paralelismo absoluto (ou teleparalelismo no espaço-tempo de Weizenböck, caracterizado por possuir o tensor de Riemann nulo (R µνρσ = 0, e o tensor de torção não nulo (T µνρ 0. No entanto, sua tentativa de unificação fracassou, uma vez que não havia solução de Schwarzschild nesta equação de campo. O teleparalelismo foi esquecido até a década de 60, quando foi retomado principalmente através dos trabalhos de Møller (MØLLER, A formulação de Møller, que apresenta invariância por transformações de Lorentz globais SO(3,1, foi estabelecida com o intuito de abordar o problema da localização da energia do campo gravitacional. Na relatividade geral afirma-se, de acordo com o princípio da equivalência, que a energia do campo gravitacional não pode ser localizada. Møller, entretanto, conseguiu obter uma expressão local, covariante, para a energia e o momento do campo gravitacional. Pellegrini e Plebansky (PELLEGRINI; PLEBANSKI, 1962 mostraram que os campos espinoriais poderiam ser introduzidos naturalmente na teoria e apresentaram um formalismo Lagran-

17 1 O Teleparalelismo Equivalente à Relatividade Geral (TERG 7 geano para o teleparalelismo. Em 1963, Schwinger (SCHWINGER, 1963, utilizando o formalismo das tétradas, obteve uma expressão para a energia total do campo gravitacional. Em 1967, Hayashi e Nakano (HAYASHI; NAKANO, 1967 formularam uma teoria de gauge para o grupo de translações do espaço-tempo, que se mostrou estar intrinsecamente relacionada com o teleparalelismo. Hayashi e Shirafuji (HAYASHI; SHIRAFUJI, 1979, em 1979, uniram esta teoria com a estrutura do teleparalelismo e desenvolveram uma teoria denominada por eles de nova relatividade geral. Entre 1979 e 1980, Schweizer e Straumann (SCHWEIZER; STRAUMANN, 1979, Nitsch e Hehl (NITSCH; HEHL, 1980, e Schweizer et. al (SCHWEIZER; STRAUMANN; WIPF, 1980 demonstraram a equivalência, do ponto de vista observacional, entre a teoria da relatividade geral e o teleparalelismo. A partir daí, vários trabalhos foram publicados mostrando a equivalência entre estas duas abordagens. Maluf (MALUF, 1994 apresenta uma formulação Hamiltonina do teleparalelismo, obtendo equações de campo equivalentes àquelas da relatividade geral. Em seguida (MA- LUF, 1995, demonstra que no contexto do teleparalelismo equivalente à relatividade geral (TERG 1, a densidade de energia do campo gravitacional, para espaço-tempo assintoticamente plano, possui expressão simples e natural. A partir daí o TERG vai sendo construído em uma série de trabalhos posteriores(maluf et al., 2002; MALUF, 2005; MALUF et al., 2006 nos quais novas expressões covariantes são apresentadas para a densidade total de energia-momento e momento angular gravitacional. Esses trabalhos demonstram que o TERG é uma descrição geométrica alternativa viá- 1 A expressão teleparalelismo equivalente à relatividade geral, TERG, aparece pela primeira vez no trabalho de Maluf de 1995.

18 1.1 O campo de tétradas 8 vel da relatividade geral de Einstein em termos do campo de tétradas (HEHL, Também tem sido objeto de várias investigações atuais (ITIN, 2002; OBUKHOV; PEREIRA, 2003; OBUKHOV; RUBILAR, 2006, entre vários outros. Uma das principais constribuições do TERG está na maneira como a energia do campo gravitacional é definida através de uma equação tensorial. Essas conquistas do TERG sugerem que o campo de tétradas seja o campo apropriado para discutir esse problema (MALUF; VEIGA; ROCHA-NETO, No desenvolvimento deste capítulo detalharemos o teleparalelismo equivalente à relatividade geral que o utilizaremos, de acordo com os trabalhos de Maluf {(MALUF, 1994-(MALUF; VEIGA; ROCHA-NETO, 2006}. A notação a ser utilizada neste e nos próximos capítulos é a seguinte: os índices µ,ν,... do espaço-tempo e os índices a,b,... do grupo SO(3,1 variam de 0 a 3. Na decomposição (3 + 1, os índices latinos do meio do alfabeto em diante indicam índices espaciais, de acordo com µ = 0, i, a = (0,(i. O campo de tétradas é denotado por e a µ. O tensor métrico do espaço-tempo plano de Minkowski eleva e abaixa os índices das tétradas e é fixado por η ab = e aµ e bν g µν = ( As quantidades e µ a são as inversa de e a µ e o determinante do campo de tétradas é representado por e = det ( e a µ. 1.1 O campo de tétradas Iniciaremos esta seção introduzindo o conceito de campos de tétradas como uma base do espaço-tempo, formada por um conjunto de quatro vetores linearmente independentes e a µ(x, onde a = (0,(1,(2,(3 identifica cada um dos vetores, que satisfazem a relação e a µe bµ = η ab, (1.1

19 1.1 O campo de tétradas 9 onde η ab é a métrica de Minkowski. Assim, temos que e (0 µ é um vetor do tipo tempo e e (k µ, com k = 1,2,3, são vetores do tipo espaço. Os índices do grupo SO(3,1 dos campos de tétradas são abaixadas e levantados com η ab e η ab, de acordo com as relações e e aµ = η ab e b µ, (1.2 e aν = η ab e ν b, (1.3 η ab η ab = δ c a, (1.4 onde δ a b é o delta de Kronecker. Temos as tétrada inversas, construídas a partir das relações Multiplicando a relação (1.6 por e ν a ee b σ, encontramos e µ a e bµ = η ab, (1.5 e a µe µ b = δ a b. (1.6 e ν a e a µ = δ ν µ. (1.7 A métrica g µν abaixa os índices de espaço-tempo das tétradas e a µ = g µλ e aλ. (1.8 Multiplicando a relação acima por e aν, teremos finalmente com a ajuda de (1.7, que g µλ e aλ e aν = e a µe aν, (1.9

20 1.2 O Equivalente Teleparalelo da Relatividade Geral 10 de modo que g µν = e a µe aν. (1.10 Convém observar que temos um conjunto infinito de tétradas para uma mesma métrica. 1.2 O Equivalente Teleparalelo da Relatividade Geral Assim como as equações de campo da relatividade geral podem ser obtidas de uma formulação Lagrangeana, isso também ocorre no TERG. Dada uma variedade dotada com um conjunto de campos de tétradas e a µ e uma conexão de spin ω µab que garante a simetria SO(3,1 local é possível definir: o tensor métrico g µν = e a µe aν, (1.11 o tensor de torção T a µν(e,ω = µ e a ν ν e a µ + ω a µ be b ν ω a ν be b µ, (1.12 o tensor de curvatura, R a bµν (ω = µω a ν b νω a µ b + ω a µ cω c ν b ω a ν cω c µ b, (1.13 e o escalar de curvatura, R(e,ω = e aµ e bν R abµν (ω. (1.14 A equação (1.12 que define o tensor de torção pode ser resolvida para ω µab, se conside-

21 1.2 O Equivalente Teleparalelo da Relatividade Geral 11 rarmos a conexão métrica de Levi-Civita, dada por 0 ω µab = 1 2 ec µ (Ω abc Ω bac Ω cab, (1.15 onde Ω abc = e aν ( e µ b µe ν c e µ e o tensor de contorção definido usualmente por c µ e ν, (1.16 b K µab = 1 e a λ e ν ( b Tλ 2 µν + T νλ µ + T µλν. (1.17 Após algumas manipulações algébricas obtemos a identidade ω µab = 0 ω µab (e + K µab, (1.18 A substituição da eq.(1.18 na eq.(1.14 produz uma identidade que relaciona o escalar de curvatura dado por (1.14 com o escalar de curvatura R( 0 ω R(e construído a partir do campo de tétradas e a µ, er(e,ω = er(e +e ( 1 4 T abc T abc T abc T bac T a T a 2 µ (et µ, (1.19 onde T a = T b ba = T µ µa (1.20 e T abc = e µ b e ν c T aµν. (1.21 Como usual, os campos de tétradas convertem índices do espaço-tempo em índices de Lorentz e vice-versa.

22 1.2 O Equivalente Teleparalelo da Relatividade Geral 12 A partir dos tensores T abc podemos construir o tensor Σ abc dado por Σ abc = 1 4 ( T abc + T bac T cab + 1 ( η ac T b η ab T c, ( tal que Σ abc T abc = 1 4 T abc T abc T abc T bac T a T a, (1.23 e, deste modo, podemos reescrever eq.(1.19 como er(e,ω = er(e +eσ abc T abc e µ (et µ. (1.24 Portanto, fazendo o tensor de curvatura R a bµν (ω igual a zero, e conseqüentemente o escalar de curvatura (1.14, isso implica na equivalência da densidade escalar de curvatura er(e, que define a densidade Lagrangeana para a relatividade geral de Einstein, com a combinação quadrática do tensor de torção. por A densidade Lagrangeana L (e,ω,λ para a TERG com simetria local SO(3,1 é dada L (e,ω,λ = k e ( 1 4 T abc T abc T abc T bac T a T a + λ abµν R abµν (ω L M L (e,ω,λ k eσ abc T abc + λ abµν R abµν (ω L M, (1.25 onde k = 1/(16πG, e L M é a densidade Lagrangeana do campo de matéria. { λ abµν} são multiplicadores de Lagrange garantindo que o tensor de curvatura R abµν (ω seja igual a zero. Para espaço-tempo assintoticamente plano a variação do escalar Σ abc T abc em relação a e aµ é bem definida. Todos os termos superficiais que surgem na integração por parte são iguais a zero no infinito espacial devido às condições assintóticas em e aµ e, portanto, não existe necessidade de adição de termos de superfície. Variações arbitrárias de L em

23 1.2 O Equivalente Teleparalelo da Relatividade Geral 13 relação a e aµ, ω µab e λ abµν produzem, respectivamente, e aλ e bµ D ν ( eσ bλν e ( Σ bν at bνµ e aµt bcd Σ bcd = e 4k T aµ, (1.26 Σ aµb Σ bµa 1 e D µ ( eλ abµν = 1 2 Sµab, (1.27 R abµν (ω = 0 (1.28 Nas equações (1.26, (1.27 e (1.28 temos as seguintes definições D ν ( eσ bλν = ν ( eσ bλν +eω b ν cσ cλν, D ν ( eλ abµν = ν ( eλ abµν +e ( ω b ν cλ acµν + ω a ν cλ cbµν, δl M δe aµ = et aµ, (1.29 δl M δω µab = es µab. (1.30 A densidade Lagrangeana L bem como as equações de campo (1.26, (1.27 e (1.28 são invariantes sobre transformações de Lorentz locais SO(3, 1 e transformações gerais de coordenadas. No intuito de verificar a equivalência das equações (1.26 com as equações de Einstein, substituímos ω µab dado pela eq.( em 0 = R aµ (e,ω 1 2e aµ R(e,ω (relembrando que R abµν (ω = 0. Obtemos ( e aλ e bµ D ν eσ bλν e ( Σ bν at bνµ + 1 e aµt bcd Σ bcd = e [ R aµ (e 1 e ] aµr(e 4 2 (1.31 A expressão que aparece no lado esquerdo da equação acima é precisamente a mesma do lado esquerdo da eq.(1.26. Já o termo no lado direito da equação acima são as equações de Einstein escritas na forma de tétradas. Portanto, esse fato estabelece a equivalência da TERG com a relatividade geral de Einstein. 2 É importante observar que a equação (1.18 é escalar e a equação (1.31 não.

24 1.3 O Tensor de Energia-Momento Total 14 Uma vez que o formalismo não apresenta dinâmica para as conexões de spin, é possível fixar o gauge ω µab = 0 (CASTELLO-BRANCO; MALUF, 2000 sem prejuízo para o TERG. Sendo assim, o tensor de torção pode ser simplificado para T a µν(e = µ e a ν ν e a µ, (1.32 e a identidade (1.19 é reescrita na forma ( 1 er(e = 4 T abc T abc T abc T bac T a T a + 2 µ (et µ. (1.33 Considerando a eq.(1.23 é possível definir a densidade Lagrangeana L(e, L(e = k eσ abc T abc L M 2k eλ, (1.34 construída a partir dos campos de tétradas e aµ e de matéria, onde Λ é a constante cosmológica. As equações de campo obtidas a partir das variações arbitrárias de L(e em relação a e aµ são dadas por e aλ e bµ ν ( eσ bλν e ( Σ bν at bνµ e aµt bcd Σ bcd ee aµλ = e 4k T aµ, (1.35 onde T aµ é dado pela Equação (1.29 e T aµν pela Equação ( O Tensor de Energia-Momento Total A busca por uma expressão consistente para a energia gravitacional é, indubitavelmente, um problema remanescente na Relatividade geral e tem sido perseguida desde seus primórdios (LANDAU; LIFSHITZ, Møller (MØLLER, 1961 foi provavelmente o primeiro a noticiar a descrição do campo gravitacional por meio de um campo de tétradas. Tal descrição, permite um tratamento mais satisfatório para energia-momento

25 1.3 O Tensor de Energia-Momento Total 15 gravitacional. Na formulação Hamiltoniana do TERG, implementada por Maluf e Rocha-Neto (MA- LUF; ROCHA-NETO, 2001, em um espaço-tempo vazio o vínculo Hamiltoniano H 0 e o vínculo vetorial H i, podem ser arranjados de modo a determinar os vínculos C a = e a0 H 0 + e ai F i que podem ser escritos como C a = i Π ai e ai F i, onde Π ai é o momento canônico conjugado a e ai, e F i é definida como a parte remanescente de C a. A forma integral das equações de vínculo C a = 0 é interpretada como uma equação que define a energia-momento gravitacional do vácuo P a, sendo V um volume arbitrário do espaço e, P a = d 3 x j Π a j (1.36 V Π a j = 4k eσ a0 j. (1.37 A eq(1.36 é invariante sob transformações de coordenadas ou variedade do tipo-espaço, e transforma-se como um vetor sobre o grupo SO(3,1 global. As equações de campo (1.35, podem ser reescritas sem constante cosmológica em função do tensor energia-momento gravitacional t λ µ e do tensor energia-momento da matéria T λ µ, como ( ν eσ aλν = 1 ( 4k eea µ t λ µ + T λ µ, (1.38 onde t λ µ = k ( 4Σ bcλ T µ bc g λ µ Σ bcd T bcd, (1.39 da qual resulta na lei de conservação de energia-momento λ [ ee a µ (t λ µ + T λ µ] = 0. A

26 1.4 Momento Angular do Campo Gravitacional 16 equação (1.36 com a ajuda da equação (1.38 pode ser escrita alternativamente como P a = V d 3 xee a µ ( t 0µ + T 0µ. (1.40 Porém, para finalidades práticas, a expressão (1.36 é mais adequada. 1.4 Momento Angular do Campo Gravitacional Fenômenos rotacionais, no contexto da Relatividade Geral, ainda não são completamente compreendidos. Isso faz com que o momento angular do campo gravitacional seja tratado na literatura por meio de diferentes técnicas. As primeiras técnicas são baseadas em pseudo-tensores, Landau e Lifshitz (LANDAU; LIFSHITZ, 1939 e Bergmann e Thomson (BERGMANN; THOMSON, Dirac (DIRAC, 1964, pág.3 afirmou que sempre alguma informação é perdida na formulação Lagrangeana e que pode ser recuperada na abordagem Hamiltoniana. No contexto do TERG é possível uma formulação hamiltoniana SO(3,1 global sem a fixação do time gauge de Schwinger. A partir dessa formulação, as densidades de energia, momentum e momentum angular, oriundas das estruturas dos vínculos, decorrem naturalmente. Ela é obtida reescrevendo a densidade Lagrangeana na forma L = p q H, em termos de e ai, Π ai e multiplicadores de Lagrange. A transformada de Legendre pode ser realizada com sucesso, e a forma final da densidade Hamiltoniana é dada como H = e a0 C a + α ik Γ ik + β k Γ k, (1.41 mais um termo de superfície, que é desprezado. As quantidades C a, Γ ik e Γ k são vínculos de primeira classe, e as quantidades α ik e β k são multiplicadores de Lagrange que são identificados como α ik = 1 2 (T i0k + T k0i e β k = T 00k.

27 1.4 Momento Angular do Campo Gravitacional 17 Os parênteses de Poisson entre duas quantidades de campo F e G são dados por {F,G} = ( δf d 3 x δe ai (x δg δπ ai (x δf δg δπ ai (x δe ai (x. (1.42 Os parênteses de Poisson { Γ i j (x,γ kl (y } reproduzem a álgebra de momento angular. Podemos reescrever os vinculos Γ ik e Γ k em uma forma mais apropriada através das relações, onde Γ ik = e i a e k b Γab, Γ k Γ 0k = e 0 a e k b Γab, Γ ab = M ab + 4k e ( Σ a0b Σ b0a. (1.43 com M ab = e a µe b νm µν, M ab = M ba, sendo M µν definido por M ik = 2Π [ik] = e i a Π ak e k a Π ai, (1.44 M 0k = Π 0k = e 0 a Π ak. (1.45 Dessa forma a densidade Hamiltoniana H pode ser reescrita como H = e a0 C a λ abγ ab, (1.46 sendo que λ ab = λ ba são multiplicadores de Lagrange que são identificados como λ ik = α ik e λ 0k = λ k0 = β k. A forma integral da equação de vínculo Γ ab = 0 possibilita definir uma possível expressão para o momento angular do campo gravitacional. Fazendo Γ ab = 0 na equação

28 1.4 Momento Angular do Campo Gravitacional 18 (1.43, resulta em M ab = 4k e ( Σ a0b Σ b0a. (1.47 De onde segue a integral L ab = V d 3 xe a µe b νm µν, (1.48 que é definida como o tensor momento angular do campo gravitacional 3. Sendo portanto, anti-simétrico L ab = L ba. Essa expressão é invariante sob transformação de coordenadas do espaço tridimensional. As expressões P a e L ab são separadamente invariantes sob transformações gerais de coordenadas do espaço tridimensional e sob reparametrizações temporais, como esperado na formulação Hamiltoniana da teoria. Além disso, essas quantidades se transformam covariantemente sob transformações de coordenadas SO(3, 1 global. 3 Diferente da definição apresentada anteriormente, na equação (6.3 em (MALUF et al., 2002.

29 19 2 O Modelo Cosmológico Um modelo cosmológico pode ser definido pelo princípio cosmológico - O Universo é isotrópico e homogêneo em grande escala - e por uma métrica que descreve o Universo em termos de sua configuração do espaço-tempo. O primeiro modelo cosmológico, conhecido como modelo estático de Einstein, foi apresentado por Einstein em Uma predição teórica imediata desse modelo era o fato do universo estar em expansão. Essa predição estava em total desacordo com o que se acreditava na época; o universo era estático. Para adequar seus resultados teóricos às observações da época ele acrescentou em seu modelo uma constante, a chamada constante cosmológica, que conservava o universo estático. Logo após, em 1917, Willem de Sitter encontrou a primeira solução geral para as equações de Einstein no vácuo, tendo como resultado um modelo de um Universo plano e com densidade zero. Esse modelo é tão simples que foi considerado como uma diminuição no status da teoria cosmológica de Einstein. O modelo, apesar de não ser real, uma vez que as galáxias indicam a existência de matéria em todo o Universo, é muito interessante por facilitar o estudo de como se comportaria o Universo em situações extremas. O Universo de Einstein, que contém matéria, mas não tem movimento, e o Universo de de Sitter, que tem movimento, mas não tem matéria, foram os primeiros modelos

30 2.1 O Modelo Padrão:Modelo de Friedmann-Lemaítre-Robertson-Walker 20 cosmológicos propostos.vários outros modelos surgiram a partir de soluções das equações de Einstein com incremento de condições sobre o Universo. Veremos então, com um pouco mais de detalhes, dois desses modelos: O primeiro é o modelo de Friedmann-Lemaítre-Robertson-Walker, que considera as possíveis curvaturas do espaço-tempo e a expansão do Universo representando o que atualmente se observa e por isso é considerado o modelo padrão. O segundo é uma expansão do modelo original de Gödel, o modelo de Gödel-Obukhov, que apresenta um Universo em expansão e rotação. O Universo de Gödel-Obukhov apresenta resultados muito interessantes, além de estar de acordo com a percepção de que tudo está em movimento de rotação, a Terra sobre si mesma, a Lua em torno da Terra, a Terra em torno do Sol, o Sol em torno do centro da Galáxia, a Galáxia em torno de um cluster de Galáxias... E possivelmente, o Universo em torno de si mesmo. 2.1 O Modelo Padrão: Modelo de Friedmann-Lemaítre-Robertson-Walker Alexander Friedmann foi o primeiro a perceber que havia um erro - a possibilidade de um Universo em expansão - no artigo sobre cosmológia publicado por Einstein em Em 1922, Friedmann publicou um artigo sobre curvatura do espaço, e em 1924, publicou outro artigo sobre a possibilidade de um Universo com curvatura constante e negativa, preenchido com matéria que se comporta como um fluído perfeito. Esses dois artigos foram essenciais para o desenvolvimento da cosmologia moderna, gerando duas equações de campo independentes. Posteriormente, de forma independente, George Lemaître ( Foi esse suposto erro que levou Einstein a conclusão que o Universo comportava-se necessariamente de modo estático, quando uma constante Λ era introduzida nas equações relativísticas da gravitação, e assim estar de acordo com o que se acreditava na época.

31 2.1 O Modelo Padrão:Modelo de Friedmann-Lemaítre-Robertson-Walker 21 publicou um trabalho sobre a expansão do Universo redescobrindo as equações encontradas por Friedmann, ficando esse modelo cosmológico conhecido como modelo de Friedmann ou de Friedmann-Lemaître. por A métrica de Friedmann-Lemaítre-Robertson-Walker,FLRW, (HARTLE, 2003 é dada [ dr ds 2 = dt 2 + a 2 2 (t 1 kr + ( 2 r2 dθ 2 + sin 2 θdφ 2 ], (2.1 onde a(t é o fator de escala e o fator k é o parâmetro de curvatura que pode assumir os valores: +1 se for um Universo fechado, 1 se for um Universo aberto, 0 se for um Universo plano. (2.2 Essa métrica descreve a evolução temporal de um espaço-tempo homogêneo e isotrópico, que é diretamente proporcional ao fator de escala a(t. Ao ser aplicada às equações de Einstein resulta nas duas equações encontradas por Friedmann. Ao se solucionar as equações de Einstein, R µν 1 2 Rg µν Λg µν = 8πGT µν, (2.3 considerando a métrica de FLRW, eq.(2.1, e o tensor energia-momento para o fluido perfeito, dado por T µν = (ρ + pu µ u ν + pg µν, (2.4

32 2.2 Modelo Estacionário de Gödel 22 obtem-se as duas equações independentes de Friedmann, 3ȧ 2 (t + 3 k a 2 (t 2a(tä(t + ȧ 2 (t + k a 2 (t Λ = 8πρ, (2.5 Λ = 8π p. (2.6 Onde usamos unidades relativísticas 2, e o ponto, nas eq(2.5 e eq(2.6, indica a derivada temporal. Nas equações (2.4-(2.6, ρ é a densidade de materia, p é a pressão e u α = (1,0,0,0 são as componentes da velocidade. 2.2 Modelo Estacionário de Gödel Em 1946, Gamow em seu artigo intitulado Expanding Universe and the Origin of Elements (Universo Expandindo e a Origem dos Elementos(GAMOW, 1946 lançou a idéia inicial da possibilidade de um Universo em rotação. No entanto, foi Kurt Gödel, em 1949, que encontrou a solução exata das equações de Einstein para um modelo de um Universo homogêneo, sem expansão e com rotação, que foi apresentado em seu artigo intitulado An Example of a New Type of Cosmological Solutions of Einstein s Field Equations of Gravitation (Um Exemplo de um Novo Tipo de Solução Cosmológica das Equações de Campo de Einstein para a Gravitação (GÖDEL, O espaço-tempo é apresentado por Gödel por meio da métrica (coordenadas {t, x, y, z}, a = const: ds 2 = a 2 ( dt 2 + 2e x dtdy e2x dy 2 dx 2 dz 2. (2.7 Exibindo as seguintes propriedades: Apresenta homogeneidade e é estacionário, porém não estático 3. 2 Nas unidades relativística as constantes universais c e G são igualadas a um. 3 Uma esfera pode ser estacionaria e ainda girar sobre si mesma.

33 2.3 O Modelo Gödel-Obukhov 23 Apresenta simetria rotacional. A fonte do campo gravitacional é um fluido perfeito, ou seja, matéria com baixa pressão conjuntamente com uma constante cosmológica negativa (sinal contrário ao introduzido por Einstein. Não apresenta singularidade e é geodesicamente completo (completamente regular. Nesta solução, a velocidade angular ω da rotação cósmica é dada por ω 2 = 1 2a 2 = 4πGε = Λ, onde G é a constante gravitacional de Newton. Apesar de ser um boa solução das equações de Einstein, este modelo foi muito criticado por não considerar a expansão do Universo e apresentar curvas tipo-tempo fechadas (CTCs - que permitia a violação da causalidade no espaço-tempo. Apesar da importância deste modelo que é uma solução sólida das equações de Einstein, este se tornou apenas uma base para muito outros pesquisadores que, acreditando na rotação, buscavam descrições mais físicas para um Universo em rotação. 2.3 O Modelo Gödel-Obukhov Algum tempo depois, o próprio Gödel (GÖDEL, 1952 esboçou algumas generalizações mais físicas tomando como base a métrica original (2.7, embora sem dar soluções explícitas. Mais tarde um número considerável de modelos exatos e aproximados com rotação e com ou sem expansão foram desenvolvidos. Obukhov (OBUKHOV, 2000 propôs uma nova métrica do tipo Gödel descrita pelo elemento de linha 4 ds 2 = dt σa(te mx dtdy + a 2 (t ( dx 2 + ke 2mx dy 2 + dz 2, (2.8 4 Assinatura diferente da introduzida por Obukhov

34 2.3 O Modelo Gödel-Obukhov 24 onde m,σ,k são parâmetros constantes e a(t é o fator de escala dependente do tempo. Uma análise geral das propriedades cinemáticas do espaço-tempo, apresentadas por Maitra (MAITRA, 1966 e depois por Obukhov (OBUKHOV, 2000, mostra que as CTCs não existem quando k > 0 ( por definição σ > 0 e escolhemos m > 0. A métrica (2.8 é chamada usualmente de métrica Gödel-Obukhov ou métrica do tipo Gödel. A métrica usual de Gödel é obtida fazendo a(t = cte = a, σ = 1, m = 1 e k = 1/2. Fazendo uso da relação do tensor métrico (1.11 ds 2 = g µν dx µ dx ν, (2.9 podemos encontrar as componentes g µν do tensor métrico na forma matricial g µν = 1 0 a(t σ e mx 0 0 a(t a(t σ e mx 0 a(t 2 k e 2mx a(t 2, (2.10 A matriz inversa de g µν, é dada por g µν = k k+σ 0 σe mx a(t(k+σ a(t σe mx a(t(k+σ 0 e 2mx a(t 2 (k+σ a(t 2 0. (2.11

35 25 3 O Universo Gödel-Obukhov Sob a Perspectiva da TERG Apresentaremos a seguir a aplicação do formalismo do TERG a um espaço-tempo em rotação e em expansão, definido pela métrica de Gödel-Obukhov (OBUKHOV, No desenvolvimento de nossos cálculos faremos uso de todo formalismo conceitual e formal apresentados no capítulo Cálculo das Tétradas Seja a métrica de Gödel-Obukhov (OBUKHOV, 2000 ds 2 = dt 2 + 2a(t σe mx dtdy + a(t 2 ( dx 2 + ke 2mx dy 2 + dz 2, (3.1 com as componentes g µν dadas por (2.10. Ao usarmos a relação e a µe b νη ab = g µν, (3.2 e a simetria do tensor metrico g µν, obtemos um sistema com 10 equações: e (0 0e (0 0 +e(1 0e (1 0 +e(2 0e (2 0 +e(3 0e (3 0 = 1 ; e (0 0e (0 1 +e(1 0e (1 1 +e(2 0e (2 1 +e(3 0e (3 1 = 0 ; e (0 0e (0 2 +e(1 0e (1 2 +e(2 0e (2 2 +e(3 0e (3 0 = a(t σe mx ;

36 3.1 Cálculo das Tétradas 26 e (0 0e (0 3 +e(1 0e (1 3 +e(2 0e (2 3 +e(3 0e (3 0 = 0 ; e (0 1e (0 1 +e(1 1e (1 1 +e(2 1e (2 1 +e(3 1e (3 1 = a(t 2 ; e (0 1e (0 2 +e(1 1e (1 2 +e(2 1e (2 2 +e(3 1e (3 2 = 0 ; e (0 1e (0 3 +e(1 1e (1 3 +e(2 1e (2 3 +e(3 1e (3 3 = 0 ; e (0 2e (0 2 +e(1 2e (1 2 +e(2 2e (2 2 +e(3 2e (3 2 = a(t 2 ke 2mx ; e (0 2e (0 3 +e(1 2e (1 3 +e(2 2e (2 3 +e(3 2e (3 3 = 0 ; e (0 3e (0 3 +e(1 3e (1 3 +e(2 3e (2 3 +e(3 3e (3 3 = a(t 2. Este sistema ainda não poderá ser resolvido, pois possui 16 variáveis. No entanto, se usarmos a simetria espacial e (i j = e ( ji, as 16 variáveis se reduzem para 13. Utilizando o gauge temporal de Schwinger e (0 i = e (0i = 0, passaremos a ter apenas 10 variáveis, tornando possível a sua resolução. Existem várias possibilidades de solução para o sistema, o que leva a diferentes possibilidades de tétradas. Escolhemos a solução que satisfaz as condições acima (ver detalhes no apêndice B e leva à seguinte tétrada: e a µ = k+σ k a(t 0 0 σk 0 a(t ke mx a(t, (3.3

37 3.1 Cálculo das Tétradas 27 cujo determinante é dado por ( e = det e a µ = a(t 3 k + σe mx. (3.4 Usando o tensor métrico de Minkowski η ab, para abaixar o índice da tétrada (η ab e b µ = e aµ, obtemos e aµ = k+σ k a(t 0 0 σk 0 a(t ke mx a(t. (3.5 Sendo e a µ a matriz inversa de e a µ, definida pela relação ( e a µ = g µν e aν, temos k k+σ 0 σ e mx k(k+σ a(t 0 e a µ 0 1/a(t 0 0 =. (3.6 e 0 0 mx a(t 0 k /a(t Usando tensor métrico de Minkowski η ab, para elevar o índice da tétrada ( η ab e µ b = eaµ, obtemos e aµ = k k+σ 0 σ k(k+σ e mx a(t 0 0 1/a(t e mx a(t k /a(t 0. (3.7 Esses são os campos de tétradas definidos pelo TERG.

38 3.2 As Equações de Campo As Equações de Campo Seja o tensor de torção definido pela Equação (1.32. Usando o tensor métrico de Minkowski η ba para baixar o índice a, temos T bµν = µ e bν ν e bµ. (3.8 Usando o campo de tétradas (3.5 obtemos as seguintes componentes (diferentes de zero: T (101 = T (110 = T (303 = T (330 = ȧ, (3.9 T (202 = T (220 = ȧ ke mx, (3.10 T (212 = T (221 = ma ke mx. (3.11 Todos os demais termos são iguais a zero. Considerando as definições (1.20 e (1.21, ou seja T a = T b a b = T µ a µ e T abc = η ad e bµ e cν T dµν, o tensor Σ abc = 1 4 ( T abc + T bac T cab + 1 ( η ac T b η ab T c, 2 definido por (1.23, pode ser reescrito como Σ abc = (η da e bµ e cν T dµν + η db e aµ e cν T dµν η dc e aµ e bν T dµν (η ac e dµ e bν T dµν η ab e dµ e cν T dµν. (3.12 Com isso, podemos encontrar as componentes do tensor Σ abc, utilizando o campo de tétradas (3.7 e as componentes (3.9, (3.10 e (3.11 do tensor de torção. As componentes

39 3.2 As Equações de Campo 29 que são diferentes de zero (veja detalhes no apêndice C são dadas por: Σ (0(1(0 = Σ (0(0(1 = m 2a, (3.13 Σ (3(3(1 = Σ (3(1(3 = m 2a, (3.14 Σ (0(1(2 = Σ (0(2(1 = m σ 4a k + σ, (3.15 Σ (1(2(0 = Σ (1(0(2 = m σ 4a k + σ, (3.16 Σ (2(1(0 = Σ (2(0(1 = m σ 4a k + σ, (3.17 Σ (1(0(1 = Σ (1(1(0 = ȧ k a k + σ, (3.18 Σ (2(0(2 = Σ (2(2(0 = ȧ k a k + σ, (3.19 Σ (3(0(3 = Σ (3(3(0 = ȧ k a k + σ. (3.20 A equação de campo do TERG, com a constante cosmológica Λ, é dada por (1.35 e aλ e bµ ν ( eσ bλν e ( Σ bν at bνµ e aµt bcd Σ bcd ee aµλ = e 4k T aµ, (3.21 sendo que os tensores Σ bλν e Σ bν a, podem ser definidos em termos de Σ abc através das relações: e λ c e ν d Σbcd = Σ bλν, (3.22 e ν c η ad Σ bcd = Σ bν a. (3.23 O tensor T aµ é tal que T aµ = e ν a T νµ, (3.24 onde T νµ é o tensor energia-momento de matéria.

40 3.2 As Equações de Campo 30 Com essas modificações podemos reescrever a equação (3.21 como e aλ e bµ ν ( ee λ c e ν d Σbcd e ( e ν c η ad Σ bcd T bνµ e aµe ν c e λ d T bνλ Σ bcd ee aµλ = 1 4k ee ν a T νµ. (3.25 Considerando a matéria como um fluido perfeito o tensor de momento-energia da matéria é dado por (OBUKHOV; PEREIRA, 2003: T νµ = (ρ + pu ν u µ + pg νµ, (3.26 onde u µ e u ν são componentes da velocidade. Considerando a matéria comovente com o espaço, as componentes da velocidade são dadas por u α = δ α 0, (3.27 que em notação covariante é escrita como u µ = g µα δ α 0. Ao efetuarmos os cálculos encontramos que as componentes do tensor de momentoenergia de matéria 1 diferentes de zero, são: T 00 = (ε + pu 0 u 0 + pg 00 = ε, (3.28 T 02 = (ε + pu 0 u 2 + pg 02 = T 20 = a σe mx ε, (3.29 T 11 = (ε + pu 1 u 1 + pg 11 = pa 2, (3.30 T 22 = (ε + pu 2 u 2 + pg 22 = a 2 e 2mx [εσ + p(σ + k], (3.31 T 33 = (ε + pu 3 u 3 + pg 33 = pa 2, (3.32 e as componentes das velocidades são u 0 = 1, u 1 = u 3 = 0 e u 2 = a σe mx. ( Todas as demais componentes iguais a zero.

41 3.2 As Equações de Campo 31 Agora podemos encontrar as equações de campo do TERG para o modelo de Universo em rotação de Gödel-Obukhov. No que se segue mostraremos em detalhes os passos utilizados quando fazemos a = (0 e µ = 0. O que chamamos de 1 a parte, 2 a parte,..., são cada um dos cinco termos que aparecem na equação ( a parte = e (0λ e b0 ν ( ee λ c e ν d Σbcd. = e (00 e (00 1 ( ee 0 (0 e 1 (1 Σ(0(0(1 +e (00 e (2(0 1 ( ee 0 (0 e 1 (1 Σ(2(0(1 = m2 ae mx (k + σ 2 k + m2 ae mx σ 4 k 2 a parte = ee ν c η (0d Σ bcd T bν0. = e ( e 1 (1 Σ(1(1(0 T (110 +e 2 (2 Σ(2(2(0 T (220 +e 3 (3 Σ(3(3(0 T (330 = 3ȧ 2 a k 3 a parte = 1 4 ee (00e λ c e ν d T bλνσ bcd = 1 4 ee (00 ( 2e 0 (0 e 1 (1 T (101Σ (1(0(1 + 2e 0 (0 e 2 (2 T (202Σ (2(0(2. + 2e 2 (0 e 1 (1 T (221Σ (2(0(1 + 2e 3 (3 e 0 ( = e 3ȧ 2 ake mx (00 2 k + σ m2 aσe mx 8 k + σ (0 T (330Σ (3(3(0 = 3ȧ2 a ke mx 2 + m2 aσe mx 8 k 4 a parte = 1 ee 2 (00Λ = a3 (k + σe mx 2 Λ k. 5 a parte = 1 4k ee ν (0 T ν0 = 1 4k e( e 0 (0 T 00 +e 2 (0 T 20 = a3 e mx ε(k + σ 4k k

42 3.2 As Equações de Campo 32 Somando os resultados de todas as cinco partes, encontramos 3ȧ 2 a 2 ( ( k 4k ω 2 k + σ σ + 1 Λ = 8πGε, (3.34 onde o ponto indica derivada temporal 2 e ω é a grandeza da rotação global (OBUKHOV, 2000, com o valor ω = m2 σ 4a (k + σ. (3.35 Repetindo o procedimento para as outras componentes de a e µ obtemos as equações abaixo. São elas: Para a = (0 e µ = 2: ( 4k ω 2 = 8πG(ε + p; (3.36 σ Para a = (1 e µ = 0: ȧ mσ a 2 = 0; (3.37 (k + σ Para a = (1 e µ = 1: 2aä + ȧ 2 a 2 ( k ω 2 Λ = 8πGp; (3.38 k + σ Para a = (1 e µ = 2: ȧ mk σe mx = 0; (3.39 a (k + σ 2 Lembrando que o fator de expansão a é função do tempo [a = a(t].

43 3.2 As Equações de Campo 33 Para a = (2 e µ = 0: 2aä + ȧ 2 a 2 ( ( k 4k ω 2 k + σ σ + 1 Λ = 8πGε; (3.40 Para a = (2 e µ = 1: ȧ m kσ = 0; (3.41 a (k + σ Para a = (2 e µ = 2: 2aä + ȧ 2 ( k 2 a 2 k + σ + 3kω 2 kλ = 8πG[σε + p(k + σ]; (3.42 Para a = (3 e µ = 3: 2aä + ȧ 2 a 2 ( ( k 4k ω 2 k + σ σ + 3 Λ = 8πGp. (3.43 As outras possibilidades de a e µ, levam à equações identicamente nulas. As equações (3.37, (3.39 e (3.41 revelam a impossibilidade de haver rotação e expansão simultaneamente para o fluido perfeito. As equações de campo (3.34-(3.43 representam o Universo Gödel-Obukhov no contexto do TERG. Nos limites m = 0, σ = 0 e k = 1 as equações (3.34-(3.43, reduzem-se às equações de Friedmann para o Universo plano com curvatura nula: 3ȧ 2 a 2 Λ = 8πGε, 2aä + ȧ 2 Λ = 8πGp. a 2 Também, estão de acordo com os trabalhos de Krechet e Panov (Krechet; Panov,

44 3.3 A Energia-Momento do Universo Gödel-Obukhov , e de Korothii e Obukhov (KOROTKII; OBUKHOV, 1992, quando se considera um fluido perfeito, mostrando mais uma vez resultados em acordo com aqueles que usam a relatividade geral. 3.3 A Energia-Momento do Universo Gödel-Obukhov O quadri-vetor de energia-momento total é dada pela equação (1.36, a saber P a = d 3 x i Π ai. V Substituindo na equação acima a expressão para Π ai dada por (1.37 podemos reescrevêla como onde P a = d 3 ( x i 4k eσ a0i, (3.44 V Σ a0i = e 0 b e i c Σ abc. (3.45 A expresão para Σ abc é dada pela equação (3.12. Seu componentes diferentes de zero já foram apresentados nas equações ( (3.20. No que segue vamos fixar o índice a e apresentar o resultado para cada componente. Para a = (0, temos que P (0 = 4k = 4k V V d 3 x i ( ee 0 b e i c Σ (0bc d 3 x i ( ee 0 (0 e i c Σ (0(0c

45 3.3 A Energia-Momento do Universo Gödel-Obukhov 35 = 4k V = 2k am 2 k que é a expressão para a energia total. d 3 x 1 ( ee 0 (0 e 1 V (1 Σ(0(0(1 d 3 xe mx, (3.46 Assim, a densidade de energia é dada por p (0 = ε (0 = am2 k 8πG emx. (3.47 Para a = (1 temos que P (1 = 4k = 4k = 4k V V V = 4k ȧamk k + σ d 3 x i ( ee 0 b e i c Σ (1bc d 3 x i ( ee 0 (0 e i c Σ (1(0c d 3 x 1 ( ee 0 (0 e 1 (1 Σ(1(0(1 V d 3 xe mx. (3.48 Assim, a densidade para a componente a = (1 de momento é dada por p (1 = aȧmk 4πG k + σ emx. (3.49 Para a = (2 temos que P (2 = 4k = 4k = 4k V V V = k am 2 kσ k + σ d 3 x i ( ee 0 b e i c Σ (2bc d 3 x i ( ee 0 (0 e i c Σ (2(0c d 3 x 1 ( ee 0 (0 e 1 (1 Σ(2(0(1 V d 3 x e mx (3.50

46 3.3 A Energia-Momento do Universo Gödel-Obukhov 36 Assim, a densidade para a componente a = (2 de momento é dada por p (2 = am2 kσ 16πG k + σ emx. (3.51 Para a = (3, temos que P (3 = 4k = 4k = 4k V V V d 3 x i ( ee 0 b e i c Σ (3bc d 3 x i ( ee 0 (0 e i c Σ (3(0c d 3 x 3 ( ee 0 (0 e 3 (3 Σ(3(0(3 = 0. (3.52 Assim, a densidade para a componente a = (3 de momento é dada por p (3 = 0. (3.53 Podemos observar nas equações obtida acima que para x, ou seja, a integração realizada em todo o espaço a energia tende para o infinito. Esse resultado está de acordo com o trabalho de Carneiro (CARNEIRO, 2002 que mostra que, para tempos a métrica de Gödel-Obukov se comporta como o Universo aberto de Friedmann. Nesse caso, como mostra Vargas (VARGAS, 2004 a energia seria infinita. Podemos agora confrontar nossos resultados com aqueles obtidos nos trabalhos de Rybní cková (RYBNíCKOVá, 2001, Aydogdu et al.(aydogdu; SALTI; KORUNUR, 2005 e Dabrowski e Garecki (DABROWSKI; GARECKI, Aydogdu et al. considerando os pseudo-tensores de Bergmann-Thomson obtiveram

47 3.3 A Energia-Momento do Universo Gödel-Obukhov 37 que e ε (0 = Λ 00 = kmaemx 8π k + σ, ε (0 = eb 00 = kmaemx 8π k + σ, na relatividade geral e na gravidade teleparalela, respectivamente. Por sua vez, Rybnickova obteve a densidade de energia total, ω 0, utilizando o superpotencial de Komca (G = 1 como sendo ε (0 = ω 0 = aσm2 e mx 16π k + σ. Dabrowski e Garecki utilizaram o pseudo-tensor de Einstein e a métrica de Gödel estacionária e chegaram a um resultado nulo para a densidade de energia total. Os resultados de Aydogdu e Rybnickova estão de acordo com o nosso, conforme demonstra a equação (3.47, diferindo por um fator constante. Em particular, apenas no limite m = 0 e k = 0 todos os resultados são idênticos a zero: ε (0 = Λ 00 = B 00 = ω 0 = 0 que é o resultado para o Universo plano de Friedmann-Lemaítre-Robertson-Walker (FLRW. Esses resultados para o Universo plano também foram encontrados por Rosen (RO- SEN, 1994, Cooperstock (COOPERSTOCK, 1994 e Garecki (GARECKI, 1995.

48 3.4 O Momento Angular Gravitacional do Universo Gödel-Obukhov O Momento Angular Gravitacional do Universo Gödel-Obukhov Maluf et al. (MALUF et al., 2006 definem o tensor momento angular do campo gravitacional pela expressão L ab = V d 3 xe a µe b νm µν, (3.54 onde M ab = e a µe b νm µν = 4k e ( Σ a0b Σ b0a, (3.55 com Σ a0b = e 0 c Σ acb. Utilizando o campo de tétradas (3.6, o determinante do campo de tétradas (3.4 e as componentes conhecidadas do tensor Σ abc ( (3.20 podemos encontrar o momento-angular do Universo Gödel-Obukhov. Reescrevendo (3.54 em termo de quantidades conhecidas obtemos L ab = 4k V d 3 xe ( e 0 c Σ acb e 0 c Σ bca. (3.56 Lembrando que L ab é anti-simétrico, ou seja, L ab = L ba, temo que L aa = 0. Assim L (0(0 = L (1(1 = L (2(2 = L (3(3 = 0. Agora fixando os índices a = (0 e b = (1, obtemos: L (0(1 = 4k L (0(1 = 4k L (0(1 = 2k ma 2 k V V d 3 xe ( e 0 c Σ (0c(1 e 0 c Σ (1c(0 d 3 xee 0 (0 Σ(0(0(1 V d 3 xe mx. (3.57 Portanto, a densidade de momento angular para as componentes a = (0 e b = (1, será L (0(1 = ma2 k 8πG emx. (3.58

49 3.4 O Momento Angular Gravitacional do Universo Gödel-Obukhov 39 Fixando os índices a = (0 e b = (2, nos quais as componentes das tétradas e/ou sigmas são reconhecidamente iguais zero, obtemos: L (0(2 = 4k V d 3 xe ( e 0 c Σ (0c(2 e 0 c Σ (2c(0 L (0(2 = 0. (3.59 Fixando os índices a = (0 e b = (3, nos quais as componentes das tétradas e/ou sigmas são reconhecidamente iguais zero, obtemos: L (0(3 = 4k V d 3 xe ( e 0 c Σ (0c(3 e 0 c Σ (3c(0 L (0(3 = 0. (3.60 Fixando os índices a = (1 e b = (2, nos quais as componentes das tétradas e/ou sigmas são reconhecidamente iguais zero, obtemos: L (1(2 = 4k L (1(2 = 4k L (1(2 = 4k V V V d 3 xe ( e 0 c Σ (1c(2 e 0 c Σ (2c(1 d 3 xe ( e 0 (0 Σ(1(0(2 e 0 (0 Σ(2(0(1 d 3 xe ( e 0 (0 Σ(1(0(2 e 0 (0 Σ(1(0(2 L (1(2 = 0. (3.61 Fixando os índices a = (1 e b = (3, nos quais as componentes das tétradas e/ou sigmas são reconhecidamente iguais zero, obtemos: L (1(3 = 4k V d 3 xe ( e 0 c Σ (1c(3 e 0 c Σ (3c(1 L (1(3 = 0. (3.62 Fixando os índices a = (2 e b = (3, nos quais as componentes das tétradas e/ou

Cosmologia Básica: 2 - as equações de Friedmann-Lemaitre

Cosmologia Básica: 2 - as equações de Friedmann-Lemaitre 1 Cosmologia Básica: 2 - as equações de Friedmann-Lemaitre Laerte Sodré Jr. August 15, 2011 Cosmologia Relativística equações de Einstein: estabelecem uma relação entre a geometria do espaço-tempo e a

Leia mais

Energia e Momento Angular do Universo de Friedmann-Lemaître-Robertson-Walker na Gravidade Teleparalela

Energia e Momento Angular do Universo de Friedmann-Lemaître-Robertson-Walker na Gravidade Teleparalela Universidade Federal de Mato Grosso Instituto de Ciências Exatas e da Terra Departamento de Física Energia e Momento Angular do Universo de Friedmann-Lemaître-obertson-Walker na Gravidade Teleparalela

Leia mais

Lista 3 - FIS Relatividade Geral Curvatura, campos de Killing, fluidos, eletromagnetismo.

Lista 3 - FIS Relatividade Geral Curvatura, campos de Killing, fluidos, eletromagnetismo. Lista 3 - FIS 404 - Relatividade Geral Curvatura, campos de Killing, fluidos, eletromagnetismo. 2 quadrimestre de 2017 - Professor Maurício Richartz Leitura sugerida: Carroll (seções 3.1-3.4,3.6-3.8),

Leia mais

SOBRE O MOMENTO ANGULAR DO CAMPO GRAVITACIONAL

SOBRE O MOMENTO ANGULAR DO CAMPO GRAVITACIONAL UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE FÍSICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SOBRE O MOMENTO ANGULAR DO CAMPO GRAVITACIONAL SÉRGIO COSTA ULHOA ORIENTADOR: JOSÉ WADIH MALUF Brasília, 18 de maio de 2007 Resumo O

Leia mais

UMA EXPRESSÃO REGULARIZADA PARA O MOMENTO-ENERGIA GRAVITACIONAL NO CONTEXTO DO EQUIVALENTE TELEPARALELO DA RELATIVIDADE GERAL

UMA EXPRESSÃO REGULARIZADA PARA O MOMENTO-ENERGIA GRAVITACIONAL NO CONTEXTO DO EQUIVALENTE TELEPARALELO DA RELATIVIDADE GERAL UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE FÍSICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO UMA EXPRESSÃO REGULARIZADA PARA O MOMENTO-ENERGIA GRAVITACIONAL NO CONTEXTO DO EQUIVALENTE TELEPARALELO DA RELATIVIDADE GERAL MARCUS

Leia mais

Formulação Covariante do Eletromagnetismo

Formulação Covariante do Eletromagnetismo Capítulo 12 Formulação Covariante do Eletromagnetismo O objetivo deste capítulo é expressar as equações do Eletromagnetismo em forma manifestamente covariante, i.e. invariante por transformações de Lorentz

Leia mais

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 2 p. 1

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 2 p. 1 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 2 Victor O. Rivelles Instituto de Física Universidade de São Paulo rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/ rivelles/ XXI Jornada de Física Teórica 2006 INTRODUÇÃO

Leia mais

COSMOLOGIA RELATIVÍSTICA

COSMOLOGIA RELATIVÍSTICA COSMOLOGIA RELATIVÍSTICA A GEOMETRIA DO ESPAÇO Idéias da Teoria da Relatividade Geral! Não se define intensidade da gravidade e sim CURVATURA DO ESPAÇO-TEMPO Deve-se pensar em termos de geometria do universo

Leia mais

Aula 2: Cosmologia Relativística

Aula 2: Cosmologia Relativística Aula 2: Cosmologia Relativística Primeira Escola de Ciências Física Brasil-Cabo Verde 3-13 de abril 2017 Oliver F. Piattella Universidade Federal do Espírito Santo Vitória, Brasil Abordagem matemática

Leia mais

5.1 Espaço euclidiano tridimensional

5.1 Espaço euclidiano tridimensional Capítulo V Espaço-Tempo de Minkowski O propósito deste capítulo é fazer uma breve incursão na geometria e na nomenclatura do espaço-tempo quadridimensional de Minkowski, onde as equações relativísticas

Leia mais

Simetrias e grandezas conservadas

Simetrias e grandezas conservadas Capítulo 1 Simetrias e grandezas conservadas Na Mecânica Clássica, o teorema de Noether nos ensinou que simetrias em sistemas físicos levavam a correspondentes grandezas conservadas durante o movimento.

Leia mais

O MOMENTO ANGULAR DO CAMPO GRAVITACIONAL E O GRUPO DE POINCARÉ

O MOMENTO ANGULAR DO CAMPO GRAVITACIONAL E O GRUPO DE POINCARÉ UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE FÍSICA TESE DE DOUTORADO O MOMENTO ANGULAR DO CAMPO GRAVITACIONAL E O GRUPO DE POINCARÉ SÉRGIO COSTA ULHOA ORIENTADOR: JOSÉ WADIH MALUF Brasília, 22 de fevereiro de

Leia mais

Capítulo II Relatividade Newtoniana

Capítulo II Relatividade Newtoniana Capítulo II Relatividade Newtoniana A mecânica newtoniana é baseada nas três leis de Newton, (1) a lei da inércia, (2) a lei da força e (3) a lei da ação e reação, válidas nos referenciais inerciais. Esses

Leia mais

Cinemática relativística et al. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

Cinemática relativística et al. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I Cinemática relativística et al. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I 1 1 Transformações de Lorentz e cinemática relativística Postulados da relatividade especial As leis da natureza são as

Leia mais

Universidade de Brasília Programa de Pós-Graduação em Física Instituto de Física. Breytner Ribeiro Morais

Universidade de Brasília Programa de Pós-Graduação em Física Instituto de Física. Breytner Ribeiro Morais Universidade de Brasília Programa de Pós-Graduação em Física Instituto de Física Breytner Ribeiro Morais Aceleração e termodinâmica do horizonte aparente da métrica de FLRW no contexto do TEGR Brasília

Leia mais

Mecânica Clássica 1 - Lista de natal - Ho Ho Ho Professor: Gabriel T. Landi

Mecânica Clássica 1 - Lista de natal - Ho Ho Ho Professor: Gabriel T. Landi Mecânica Clássica 1 - Lista de natal - Ho Ho Ho Professor: Gabriel T. Landi O campo vetorial 1 Aquecimento: quadri-potencial e os campos elétrico e magnético O objeto fundamental do eletromagnetismo é

Leia mais

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA Victor O. Rivelles Aula 1 Instituto de Física da Universidade de São Paulo e-mail: rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/~rivelles Escola Norte-Nordeste

Leia mais

Tópicos Especiais em Física

Tópicos Especiais em Física Tópicos Especiais em Física Vídeo-aula 2: cosmologia e relatividade geral Vídeo-aula 2: cosmologia e relatividade geral 18/06/2011 Cosmologia: aspectos históricos Fundamentos da Relatividade Geral Cosmologia

Leia mais

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA Victor O. Rivelles Aula 2 Instituto de Física da Universidade de São Paulo e-mail: rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/~rivelles Escola Norte-Nordeste

Leia mais

Cosmologia a partir da teoria de Kaluza-Klein

Cosmologia a partir da teoria de Kaluza-Klein Cosmologia a partir da teoria de Kaluza-Klein Pedro H.R.S. Moraes, Orientador: Dr. Oswaldo D. Miranda DAS/INPE Pedro Moraes (DAS/INPE) Workshop - DAS/2012 1 / 13 1 Introdução 2 O modelo gravitacional de

Leia mais

FÍSICA-MATEMÁTICA RUDI GAELZER (INSTITUTO DE FÍSICA - UFRGS)

FÍSICA-MATEMÁTICA RUDI GAELZER (INSTITUTO DE FÍSICA - UFRGS) FÍSICA-MATEMÁTICA RUDI GAELZER (INSTITUTO DE FÍSICA - UFRGS) Apostila preparada para as disciplinas de Física- Matemática ministradas para os Cursos de Bacharelado em Física do Instituto de Física da Universidade

Leia mais

Tensores (Parte 1) 15 de abril de Primeira aula sobre tensores para a disciplina de CVT 2019Q1

Tensores (Parte 1) 15 de abril de Primeira aula sobre tensores para a disciplina de CVT 2019Q1 Tensores (Parte 1) 15 de abril de 2019 Primeira aula sobre tensores para a disciplina de CVT 2019Q1 Introdução Procuramos generalizar a ideia de escalares e vetores introduzindo esse novo conceito que

Leia mais

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF I. Introdução. Aula I II. Visão geral de estrelas compactas. III. Física nuclear relativística. Aula II IV. Estrelas de Nêutrons no contexto da física nuclear.

Leia mais

A teoria geométrica-escalar da gravitação e sua aplicação à cosmologia

A teoria geométrica-escalar da gravitação e sua aplicação à cosmologia A teoria geométrica-escalar da gravitação e sua aplicação à cosmologia Júnior Diniz Toniato Instituto de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica - ICRA Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas - CBPF Rio

Leia mais

Teoria Clássica de Campos

Teoria Clássica de Campos Teoria Quântica de Campos I 7 No passo (1) o que estamos fazendo é quantizar (transformar em operadores) uma função definida em todo espaço (um campo) e cuja equação de movimento CLÁSSICA é de Dirac ou

Leia mais

COSMOLOGIA QUÂNTICA NA GRAVIDADE TELEPARALELA Alexandre da Silva Fernandes

COSMOLOGIA QUÂNTICA NA GRAVIDADE TELEPARALELA Alexandre da Silva Fernandes UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE FÍSICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO COSMOLOGIA QUÂNTICA NA GRAVIDADE TELEPARALELA Alexandre da Silva Fernandes Brasília - DF 2017 UNIVERSIDADE

Leia mais

Gil de Oliveira Neto

Gil de Oliveira Neto Gil de Oliveira Neto 1. Motivações; 2. Relatividade Geral Quântica; 3. Cosmologia Quântica; 4. Um Modelo para o Início do Universo; 5. Conclusões. 1. Relatividade Geral Clássica; 2. Cosmologia Moderna;

Leia mais

Física dos Sistemas Dinâmicos

Física dos Sistemas Dinâmicos Física dos Sistemas Dinâmicos Trabalho Prático nº 1 Equação de Friedmann Trabalho de: Marcos Liberal (ei04050) 1 Índice: Introdução 3 Um pouco de história 4 Equação de Friedmann 5 Análise geral 6 Análise

Leia mais

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 1

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 1 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL Victor O. Rivelles Instituto de Física Universidade de São Paulo rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/ rivelles/ XXI Jornada de Física Teórica 2006 INTRODUÇÃO

Leia mais

Eq. de Dirac com campo magnético

Eq. de Dirac com campo magnético Eq. de Dirac com campo magnético Rafael Cavagnoli GAME: Grupo de Médias e Altas Energias Eletromagnetismo clássico Eq. de Schrödinger Partícula carregada em campo mag. Eq. de Dirac Partícula carregada

Leia mais

OS ESPINORES foram introduzidos para obter todas as representações

OS ESPINORES foram introduzidos para obter todas as representações Sobre uma extensão de cálculo espinorial (I) Mario Schönberg OS ESPINORES foram introduzidos para obter todas as representações lineares irredutíveis do grupo das rotações e reviramentos de um espaço euclidiano.

Leia mais

A Energia Escura. Eduardo Cypriano. June 24, 2009

A Energia Escura. Eduardo Cypriano. June 24, 2009 June 24, 2009 Aceleração Cósmica A evidêcias obtidas através da RCF e principalmente das SNe tipo Ia indicam que o Universo está numa fase de expansão acelerada. Esse tipo de comportamento não pode ser

Leia mais

Notas de aula - Espaço Tempo

Notas de aula - Espaço Tempo Notas de aula - Espaço Tempo Prof. Ronaldo Carlotto Batista 5 de abril de 019 1 Revisão da Mecânica Newtoniana Quantidade elementares: posição: r t) = x t), y t), z t)) velocidade: v = d dt r momento linear

Leia mais

Relatividade Especial & Geral

Relatividade Especial & Geral Relatividade Especial & Geral Roteiro Relatividade Especial: Conceitos básicos e algumas conseqüências Paradoxo dos gêmeos Relatividade Geral: Conceitos básicos, conseqüências e aplicabilidade. Relatividade

Leia mais

VIII Workshop da Pós-graduação em Astrofísica DAS INPE 2015

VIII Workshop da Pós-graduação em Astrofísica DAS INPE 2015 VIII Workshop da Pós-graduação em Astrofísica DAS INPE 2015 PERTURBAÇÕES COSMOLÓGICAS - Perturbações primordiais no fluido cósmico que evoluíram e deram origem à forma atual do Universo que observamos.

Leia mais

Teorias Alternativas de Gravitação - Implicações nos Estudos de Ondas Gravitacionais

Teorias Alternativas de Gravitação - Implicações nos Estudos de Ondas Gravitacionais Teorias Alternativas de Gravitação - Implicações nos Estudos de Ondas Gravitacionais Orientada por: Dr. José Carlos N. de Araujo Co-orientada por: Dr. Márcio Alves INPE 2 de maio de Relatividade Geral

Leia mais

Cosmologia 1 Vera Jatenco IAG/USP

Cosmologia 1 Vera Jatenco IAG/USP Cosmologia 1 Vera Jatenco IAG/USP Agradecimentos: Prof. Gastão B. Lima Neto - IAG/USP Hubble Ultra Deep Field-HST/ACS AGA 210 / 2010 Cosmologia História e estrutura do universo Como se distribui a matéria?

Leia mais

Bilineares do Campo de Dirac. Analogamente:

Bilineares do Campo de Dirac. Analogamente: Teoria Quântica de Campos I 133 ( eq. 133.1 ) Analogamente: ( eq. 133.2 ) Bilineares do Campo de Dirac Claramente, qualquer grandeza observável vai ter que ser composta do produto de um número par de campos

Leia mais

Descrição de Fluidos através de Potencial de Velocidade*

Descrição de Fluidos através de Potencial de Velocidade* Descrição de Fluidos através de Potencial de Velocidade* FELIPE TOVAR FALCIANO CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FíSICAS Rua Dr. Xavier Sigaud 150, Rio de Janeiro - RJ * Texto extraído da dissertação de mestrado

Leia mais

Quantização de um campo fermiônico

Quantização de um campo fermiônico Teoria Quântica de Campos II 54 p linhas ( eq. 54.1 ) Um exemplo trivial seria: Quantização de um campo fermiônico (Nastase 12 e 13; Peskin 3.1-3.4 [campo clássico], 3.5 [quant. canônica], 9.5 [quant.

Leia mais

Equações de Maxwell e densidades Lagrangiana e Hamiltoniana do eletromagnetismo clássico

Equações de Maxwell e densidades Lagrangiana e Hamiltoniana do eletromagnetismo clássico Equações de Maxwell e densidades Lagrangiana e Hamiltoniana do eletromagnetismo clássico André Juan Ferreira Martins de Moraes Resumo Estas notas se baseiam na Seção 1.1 do artigo 1, na qual as equações

Leia mais

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF I. Introdução. Aula I II. Visão geral de estrelas compactas. III. Física nuclear relativística. Aula II IV. Estrelas de Nêutrons no contexto da física nuclear.

Leia mais

O espectro medido da maior parte das galáxias, em todas as direções no céu, apresenta linhas com deslocamento para s

O espectro medido da maior parte das galáxias, em todas as direções no céu, apresenta linhas com deslocamento para s LEI DE HUBBLE O espectro medido da maior parte das galáxias, em todas as direções no céu, apresenta linhas com deslocamento para s maiores em relação ao em repouso (REDSHIFT). Efeito observado em grandes

Leia mais

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL Victor O. Rivelles Instituto de Física da Universidade de São Paulo e-mail: rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/~rivelles ROTEIRO Relatividade Restrita Geometria

Leia mais

Eletromagnetismo I - Segundo Semestre de 2017

Eletromagnetismo I - Segundo Semestre de 2017 4302303 - Eletromagnetismo I - Segundo Semestre de 2017 25 de agosto de 2017 invariante vs. covariante muda, mas de um jeito legal ação/escalar de SO(1,3) eq. do movimento ( d 2 x µ 2 =0 ) Partícula relativística

Leia mais

Capítulo I Introdução

Capítulo I Introdução Capítulo I Introdução No contexto filosófico e científico atual, é consenso que o ser humano não ocupa nenhuma posição privilegiada no universo, assim como nada indica que haja alguma orientação espacial

Leia mais

A radiação de uma estrela cai com quadrado da distância, enquanto o número de estrelas aumenta com o quadrado da distância,

A radiação de uma estrela cai com quadrado da distância, enquanto o número de estrelas aumenta com o quadrado da distância, Cosmologia Observação Cosmológicas : 1)Paradoxo de Olbers. A mais simple observação cosmológica e que a noite e escura. Este fato chamou a atenção de Kepler, Galileo, Halley. Olbers em 1826, explicou que

Leia mais

Física IV. Décima segunda lista de exercícios

Física IV. Décima segunda lista de exercícios 4302212 Física IV Décima segunda lista de exercícios 1. Os dois princípios sobre os quais Einstein fundamentou a Teoria da Relatividade Restrita nos dizem basicamente que: I. as leis físicas são as MESMAS

Leia mais

MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 2015

MAT2457 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 2015 MAT27 ÁLGEBRA LINEAR PARA ENGENHARIA I Gabarito da 2 a Prova - 1 o semestre de 201 Nesta prova considera-se fixada uma orientação do espaço e um sistema de coordenadas Σ (O, E) em E 3, em que E é uma base

Leia mais

Equação Geral do Segundo Grau em R 2

Equação Geral do Segundo Grau em R 2 8 Equação Geral do Segundo Grau em R Sumário 8.1 Introdução....................... 8. Autovalores e autovetores de uma matriz real 8.3 Rotação dos Eixos Coordenados........... 5 8.4 Formas Quadráticas..................

Leia mais

Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana

Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana 1 Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana Laerte Sodré Jr. August 15, 2011 objetivos: abordagem rápida dos principais conceitos de cosmologia foco no modelo cosmológico padrão veremos como

Leia mais

CONCEITOS DE RELATIVIDADE RESTRITA

CONCEITOS DE RELATIVIDADE RESTRITA 1. Introdução. O Experimento de Michelson-Morley 3. Postulados da Relatividade Restrita 4. Transformações de Lorentz 5. A Dilatação Temporal e a Contração Espacial 6. A Massa, a Energia e o Momento Linear

Leia mais

Sistemas de equações lineares com três variáveis

Sistemas de equações lineares com três variáveis 18 Sistemas de equações lineares com três variáveis Sumário 18.1 Introdução....................... 18. Sistemas de duas equações lineares........... 18. Sistemas de três equações lineares........... 8

Leia mais

Um Sonho de Einstein:

Um Sonho de Einstein: Um Sonho de Einstein: A Unificação da Leis da Física Victor O. Rivelles rivelles@fma.if.usp.br Instituto de Física Universidade de São Paulo Um Sonho de Einstein: p. 1 Einstein e Teorias Unificadas De

Leia mais

Campo Escalar Complexo

Campo Escalar Complexo Finalmente consideremos: Teoria Quântica de Campos I 60 operador na representação de Schödinger, basta partir de 59.2 e usar lembrando que: É uma superposição de vários estados de uma partícula (cada um

Leia mais

(loops de férmions geram traços) temos que trazer o último campo para a primeira posição e então aplicar as derivadas:

(loops de férmions geram traços) temos que trazer o último campo para a primeira posição e então aplicar as derivadas: (Espaço das posições, Euclid.) ( eq. 144.3 ) Teoria Quântica de Campos I 144 ( eq. 144.1 ) (Espaço das posições, Euclid.) (Mink.) ( eq. 144.2 ) A importância do ordamento do campo fermiônico cria uma importante

Leia mais

PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME

PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME ANO LETIVO Centro: CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS - CCE Departamento: FÍSICA 2016 CÓDIGO 2FIS068 PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME MECÂNICA GERAL CURSO FÍSICA 3ª SÉRIE CARGA HORÁRIA SEM. DE OFERTA HABILITAÇÃO(ÕES)

Leia mais

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 3. M a r t í n M a k l e r CBPF

Curso de Cosmologia. 2013B Parte I. Aula 3. M a r t í n M a k l e r CBPF Curso de Cosmologia 2013B Parte I Aula 3 M a r t í n M a k l e r CBPF Universo Multicomponente Universo Multicomponente Equação de Friedmann Universo Multicomponente Equação de Friedmann Copyleft Martín

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA MARCIO SIQUEIRA PEQUENO NASCIMENTO DISSERTAÇÃO DE MESTRADO COSMOLOGIA INFLACIONÁRIA VIA CAMPOS

Leia mais

Eletromagnetismo II. 5 a Aula. Professor Alvaro Vannucci. nucci

Eletromagnetismo II. 5 a Aula. Professor Alvaro Vannucci. nucci Eletromagnetismo II 5 a Aula Professor Alvaro Vannucci nucci Na aula passada, das Equações de Maxwell,, vimos: 1 o ) Conservação de Energia n da = S S ( E H ) ˆ (Vetor de Poynting) 1 + + H B E D V dv t

Leia mais

produto completamente antissimétrico Definindo a terminologia, dado um bilinear texto pseudo-vetor ou vetor axial tensor antissimétrico

produto completamente antissimétrico Definindo a terminologia, dado um bilinear texto pseudo-vetor ou vetor axial tensor antissimétrico E exigindo a normalização: Teoria Quântica de Campos I 136 Rigorosamente: Temos a relação de completeza: Que leva a uma eq. equivalente a 135.3: ( eq. 136.1 ) Dada a base 135.4, não precisamos nos preocupar

Leia mais

Parte 1 - Matrizes e Sistemas Lineares

Parte 1 - Matrizes e Sistemas Lineares Parte 1 - Matrizes e Sistemas Lineares Matrizes: Uma matriz de tipo m n é uma tabela com mn elementos, denominados entradas, e formada por m linhas e n colunas. A matriz identidade de ordem 2, por exemplo,

Leia mais

Mecânica Analítica. Dinâmica Hamiltoniana. Licenciatura em Física. Prof. Nelson Luiz Reyes Marques MECÂNICA ANALÍTICA PARTE 2

Mecânica Analítica. Dinâmica Hamiltoniana. Licenciatura em Física. Prof. Nelson Luiz Reyes Marques MECÂNICA ANALÍTICA PARTE 2 Mecânica Analítica Dinâmica Hamiltoniana Licenciatura em Física Prof. Nelson Luiz Reyes Marques Princípio de Hamilton O caminho real que uma partícula percorre entre dois pontos 1 e 2 em um dado intervalo

Leia mais

O que é Supersimetria?

O que é Supersimetria? O que é Supersimetria? Victor O. Rivelles Instituto de Física Universidade de São Paulo e-mail:rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/~rivelles Convite à Física 11/08/10 Simetria Senso impreciso

Leia mais

( eq. 12.1) No caso de um campo com várias componentes, se a transformação for linear em φ, podemos escrever:

( eq. 12.1) No caso de um campo com várias componentes, se a transformação for linear em φ, podemos escrever: Temos então a corrente conservada: Teoria Quântica de Campos I 12 ( eq. 12.1) No caso de um campo com várias componentes, se a transformação for linear em φ, podemos escrever: De forma que : ( eq. 12.2)

Leia mais

Aula 5: Gravitação e geometria

Aula 5: Gravitação e geometria Aula 5: Gravitação e geometria A C Tort 1 1 Departmento de Física Teórica Instituto Física Universidade Federal do Rio de Janeiro 12 de Abril de 2010 Tort (IF UFRJ) IF-UFRJ Informal 1 / 20 Massa Inercial

Leia mais

Cosmologia. Sandra dos Anjos

Cosmologia. Sandra dos Anjos Cosmologia Sandra dos Anjos Vimos até aquí, em aulas anteriores, aspectos observacionais que ajudaram a construir modelos físicos que explicam, total ou parcialmente, as observações. Este foi o traçado

Leia mais

FIS Cosmologia e Relatividade

FIS Cosmologia e Relatividade FIS02012 - Cosmologia e Relatividade Profa. Thaisa Storchi Bergmann Bibliografia: baseado no capítulo 4 do livro de Barbara Ryden Dinâmica Cósmica Num Universo isotrópico em expansão, as quantidades fundamentais

Leia mais

Renato Martins Assunção

Renato Martins Assunção Análise Numérica Renato Martins Assunção DCC - UFMG 2012 Renato Martins Assunção (DCC - UFMG) Análise Numérica 2012 1 / 84 Equação linear Sistemas de equações lineares A equação 2x + 3y = 6 é chamada linear

Leia mais

Ney Lemke. Departamento de Física e Biofísica

Ney Lemke. Departamento de Física e Biofísica Revisão Matemática Ney Lemke Departamento de Física e Biofísica 2010 Vetores Sistemas de Coordenadas Outline 1 Vetores Escalares e Vetores Operações Fundamentais 2 Sistemas de Coordenadas Coordenadas Cartesianas

Leia mais

PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME

PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME ANO LETIVO Centro: CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS - CCE Departamento: FÍSICA 2015 CÓDIGO 2FIS066 PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME MECÂNICA GERAL CURSO FÍSICA 3ª SÉRIE CARGA HORÁRIA SEM. DE OFERTA HABILITAÇÃO(ÕES)

Leia mais

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 4 p. 1

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 4 p. 1 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 4 Victor O. Rivelles Instituto de Física Universidade de São Paulo rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/ rivelles/ XXI Jornada de Física Teórica 2006 INTRODUÇÃO

Leia mais

NEUTRINOS SOLARES DEISE DAVID OLIVEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE FÍSICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA

NEUTRINOS SOLARES DEISE DAVID OLIVEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE FÍSICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE FÍSICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA TORÇÃO DO ESPAÇO-TEMPO E OSCILAÇÃO DE NEUTRINOS SOLARES DEISE DAVID OLIVEIRA Orientador: Prof. Dr. Adellane Araujo

Leia mais

Momento Angular. 8.1 Álgebra do Momento Angular

Momento Angular. 8.1 Álgebra do Momento Angular Capítulo 8 Momento Angular Neste capítulo vamos estudar os autovalores e autovetores do momento angular. Este problema também pode ser analisado com o uso do método de operadores, o que faremos na primeira

Leia mais

Cinemática da partícula fluida

Cinemática da partícula fluida Cinemática da partícula fluida J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v.1 Cinemática da partícula fluida 1 / 16 Sumário 1 Descrição do movimento 2 Cinemática

Leia mais

Aula 3 A Reta e a Dependência Linear

Aula 3 A Reta e a Dependência Linear MÓDULO 1 - AULA 3 Aula 3 A Reta e a Dependência Linear Objetivos Determinar a equação paramétrica de uma reta no plano. Compreender o paralelismo entre retas e vetores. Entender a noção de dependência

Leia mais

Cosmologia 1. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Cosmologia 1. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Aspectos históricos Princípio cosmológico Base teórica Expansão do Universo Lei de Hubble Parâmetros cosmológicos Evolução do Universo Cosmologia 1 Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210

Leia mais

Aula 7: Geometria das superfícies bidimensionais II; gravitação e geometria

Aula 7: Geometria das superfícies bidimensionais II; gravitação e geometria Aula 7: Geometria das superfícies bidimensionais II; gravitação e geometria A C Tort 1 1 Departmento de Física Teórica Instituto Física Universidade Federal do Rio de Janeiro 18 de Maio de 2010 Tort (IF

Leia mais

pelo sistema de coordenadas Cartesianas. Podemos utilizar também o sistema de coordenadas

pelo sistema de coordenadas Cartesianas. Podemos utilizar também o sistema de coordenadas A. Coordenadas Curvilineares. Teorema de Gauss em coordenadas curvilineares Para especificar a posição, utilizamos a base e x, e y, e z e x r = y z pelo sistema de coordenadas Cartesianas. Podemos utilizar

Leia mais

PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME

PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME ANO LETIVO Centro: CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS - CCE Departamento: FÍSICA 2013 CÓDIGO 2FIS034 RELATIVIDADE RESTRITA PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME CURSO FÍSICA 3ª SÉRIE CARGA HORÁRIA SEM. DE OFERTA HABILITAÇÃO(ÕES)

Leia mais

4 SOLUÇÕES ANALÍTICAS

4 SOLUÇÕES ANALÍTICAS 4 SOLUÇÕES ANALÍTICAS 4 Desenvolvimento Dentre os mais diversos tipos de estruturas que fazem uso de materiais compósitos, os tubos cilindricos laminados são um caso particular em que soluções analíticas,

Leia mais

Sumário e Objectivos. Mecânica dos Sólidos não Linear Capítulo 2. Lúcia Dinis 2005/2006

Sumário e Objectivos. Mecânica dos Sólidos não Linear Capítulo 2. Lúcia Dinis 2005/2006 Sumário e Objectivos Sumário: Deformações. Sólido Uniaxial. Descrição Lagrangeana e Euleriana. Gradiente de Deformação. Decomposição Polar. Tensores das Deformações de Green e Lagrange. Deformação de Corte.

Leia mais

Simetrias C, P e T para férmions

Simetrias C, P e T para férmions Teoria Quântica de Campos I 152 ( eq. 152.1 ) No entanto a corrente axial: só é conservada se o férmion em questão não tiver massa: Simetrias C, P e T para férmions ( eq. 152.2 ) Além da simetria de Lorentz

Leia mais

Classificação de Modelos Cosmológicos Homogéneos

Classificação de Modelos Cosmológicos Homogéneos Classificação de Modelos Cosmológicos Homogéneos Manuel Santos (79172) 20 de Julho de 2016 Resumo As equações de Einstein apenas descrevem localmente o espaço-tempo, pelo que não caracterizam a sua topologia,

Leia mais

Cosmologia. Antonio C. C. Guimarães. Departamento de Astronomia Universidade de São Paulo

Cosmologia. Antonio C. C. Guimarães. Departamento de Astronomia Universidade de São Paulo Cosmologia Antonio C. C. Guimarães Departamento de Astronomia Universidade de São Paulo São Paulo, 23/07/2010 O que é cosmologia? Cosmologia é a ciência que estuda o Universo. A cosmologia busca responder

Leia mais

OS PRIMEIROS MODELOS COSMOLÓGICOS MODERNOS. Anderson Moraes

OS PRIMEIROS MODELOS COSMOLÓGICOS MODERNOS. Anderson Moraes OS PRIMEIROS MODELOS COSMOLÓGICOS MODERNOS Anderson Moraes Modelos Cosmológicos modernos. Einstein De Sitter Lemaitre Friedmam Eddington COSMOLOGIA Cosmologia é o estudo em larga escala do Universo, sua

Leia mais

Relatividade O Espaço de Minkowski: Escalares, Vetores e Tensores de Lorentz

Relatividade O Espaço de Minkowski: Escalares, Vetores e Tensores de Lorentz Relatividade O Espaço de Minkowski: Escalares, Vetores e Tensores de Lorentz Relatividade» O Espaço de Minkowski: Escalares, Vetores e Tensores de Lorentz 1 Introdução O segundo postulado da teoria de

Leia mais

JORNADA DE FÍSICA TEÓRICA INSTITUTO DE FÍSICA TEÓRICA U.N.E.S.P. 19 a

JORNADA DE FÍSICA TEÓRICA INSTITUTO DE FÍSICA TEÓRICA U.N.E.S.P. 19 a JORNADA DE FÍSICA TEÓRICA 2010 INSTITUTO DE FÍSICA TEÓRICA U.N.E.S.P. 19 a 23-07-2010 Monday, July 19, 2010 1 CAMPOS CLÁSSICOS, QUÂNTICOS, DE CALIBRE E POR AÍ AFORA JORNADA DE FÍSICA TEÓRICA 2010 Instituto

Leia mais

2 Propagação de ondas elásticas em cilindros

2 Propagação de ondas elásticas em cilindros 2 Propagação de ondas elásticas em cilindros 2.1 Elastodinâmica Linear As equações que governam o movimento de um corpo sólido, elástico e isotrópico são: τ ij,j + ρf i = ρ ü i (2-1) τ ij = λ ε kk δ ij

Leia mais

O LADO ESCURO DO UNIVERSO. Pedro Abreu LIP/IST, Lisboa Escola de Profs no CERN em Língua Portuguesa 2013

O LADO ESCURO DO UNIVERSO. Pedro Abreu LIP/IST, Lisboa Escola de Profs no CERN em Língua Portuguesa 2013 O LADO ESCURO DO UNIVERSO Pedro Abreu LIP/IST, Lisboa Escola de Profs no CERN em Língua Portuguesa 2013 (Heinrich Wilhelm Olbers, 1823) Universo Porque é que o Universo é escuro? E porque era isto um paradoxo?

Leia mais

Cosmologia 1. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Cosmologia 1. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Aspectos históricos Princípio cosmológico Base teórica Expansão do Universo Lei de Hubble Parâmetros cosmológicos Evolução do Universo Cosmologia 1 Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210

Leia mais

SISTEMAS DE REFERÊNCIA LOCAIS NO ESPAÇO-TEMPO

SISTEMAS DE REFERÊNCIA LOCAIS NO ESPAÇO-TEMPO Universidade de Brasília Instituto de Física Pós-graduação em Física SISTEMAS DE REFERÊNCIA LOCAIS NO ESPAÇO-TEMPO Felipe França Faria Tese de Doutorado Brasília 07 de julho de 2009 Universidade de Brasília

Leia mais

Cosmologia 1. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Cosmologia 1. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP. Aspectos históricos Princípio cosmológico Base teórica Expansão do Universo Lei de Hubble Parâmetros cosmológicos Evolução do Universo Cosmologia 1 Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP www.astro.iag.usp.br/~aga210

Leia mais

SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA!

SÓ EU SEI O QUE VAI CAIR NA PROVA! O início de tudo E o que seria necessário para inventar o Universo? - Simples, um Big Bang. E o que seria um Big Bang? - O Big Bang (Grande expansão) é uma expressão utilizada pelos astrônomos para descrever

Leia mais

IFT RELATIVIDADE DE DE SITTER E A MECÂNICA QUÂNTICA. Cristhian Said Osorio Mayor. Orientador. José Geraldo Pereira. Co-orientador

IFT RELATIVIDADE DE DE SITTER E A MECÂNICA QUÂNTICA. Cristhian Said Osorio Mayor. Orientador. José Geraldo Pereira. Co-orientador IFT Instituto de Física Teórica Universidade Estadual Paulista DISSERTAÇÃO DE MESTRADO IFT D.001/08 RELATIVIDADE DE DE SITTER E A MECÂNICA QUÂNTICA Cristhian Said Osorio Mayor Orientador José Geraldo Pereira

Leia mais

Diagramas de Feynman para a Matriz S

Diagramas de Feynman para a Matriz S Teoria Quântica de Campos I 186 Diagramas de Feynman para a Matriz S ( Nastase 20; Peskin 4.6 ) Agora queremos calcular a matriz S da mesma forma que fizemos para as funções de Green, passando para o quadro

Leia mais

No caso do campo, mesmo dentro de um volume finito, a energia total dada pela soma de todos estes modos zero é infinita: ( compare com 33.

No caso do campo, mesmo dentro de um volume finito, a energia total dada pela soma de todos estes modos zero é infinita: ( compare com 33. número de partículas Teoria Quântica de Campos I 34 pois veremos que cada um destes modos de excitação do campo corresponde a uma partícula (de momento k) Espaço de Fock O espaço de Hilbert construído

Leia mais

Regras de Feynman para uma teoria Bosônica em geral

Regras de Feynman para uma teoria Bosônica em geral Teoria Quântica de Campos I 106 mente pois tratamos os estados iniciais e finais com mais detalhe (ainda que de forma heurística), como ondas planas. Veremos que na versão final da história, quando estivermos

Leia mais

Mecânica II - FFI0111: Lista #3

Mecânica II - FFI0111: Lista #3 Mecânica II - FFI0111: Lista #3 Fazer até 11/04/2011 L.A.Ferreira ; Seg.Qua. 10:10 11:50 Estagiário: Gabriel Luchini 1 Problema 1 A equação de Newton é de segunda ordem no tempo. Você aprendeu que, para

Leia mais