03/08/2014. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica DEFINIÇÃO - DPOC
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- Therezinha da Conceição Mota
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1 ALGUNS TERMOS TÉCNICOS UNESC FACULDADES - ENFERMAGEM PROFª.: FLÁVIA NUNES Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica Ortopneia: É a dificuldade respiratória (dispneia) que ocorre quando a pessoa está deitada. Dispneia de decúbito: Dispneia que surge em decúbito dorsal e que melhora ao assumir a posição ortostática. Dispneia paroxística noturna: Dispneia que surge algum tempo após o adormecer, com a pessoa acordando bruscamente com forte sensação de sufocação. Trepopneia: Dispneia com a pessoa deitada de lado. Platipneia: Dispneia na posição ortostática, que alivia com o decúbito. Apneia: Parada temporária da respiração. Hipopneia: Diminuição da frequencia e profundidade da respiração, abaixo das necessidades do organismo. Eupneia: É manutenção natural da frequência respiratória. DEFINIÇÃO - DPOC A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma classificação ampla para distúrbios, inclusive bronquite crônica e enfisema pulmonar. É uma condição irreversível, associada à dispnéia, ao esforço e fluxo aéreo reduzido para dentro ou para fora dos pulmões. A DPOC parece começar muito precocemente na vida e é um distúrbio lentamente progressivo, que está presente muitos anos antes do início dos sintomas clínicos e do comprometimento da função pulmonar 1
2 Anatomia e Fisiologia Vias aéreas Alvéolos 2
3 Enfisema DADOS EPIDEMIOLÓGICOS Afeta cerca de 25% da população. O processo do desenvolvimento da doença pode ocorrer durante um período de 20 a 30 anos. FISIOPATOLOGIA A obstrução da via aérea que causa a redução do fluxo de ar varia de acordo com a doença. Bronquite crônica: excessiva acumulação de muco e secreção que bloqueia a via aérea; Enfisema: a obstrução à troca de oxigênio e dióxido de carbono resulta da destruição das paredes do alvéolo causada pela hiperexpansão dos espaços aéreos no pulmão; 3
4 FATORES DE RISCO COMPLICAÇÕES A DPOC é considerada uma doença de interação genética e ambiental Fumo Poluição do ar Exposição ocupacional (algodão, carvão, grãos) Insuficiência / falência respiratória Atelectasia Pneumonia Pneumotórax Hipertensão pulmonar SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 1. Histórico de Enfermagem Consiste em cinco etapas inter-relacionadas: 1. Investigação / Histórico de Enfermagem; 2. Diagnóstico de Enfermagem; 3. Planejamento; 4. Implementação; 5. Avaliação / Evolução; A quanto tempo o paciente apresenta dificuldade respiratória? O esforço aumenta a dispnéia? Que tipo de esforço? Quais são os limites da tolerância do paciente ao exercício? Em que períodos durante o dia o paciente se queixa mais de fadiga e de dificuldade respiratória? Os hábitos de alimentação ou sono foram afetados? O que o paciente sabe a respeito da doença e de sua condição? 4
5 Dados adicionais através da observação e exame Os movimentos respiratórios são uniformes e sem esforço? Quais são as frequências de pulso e respiração? O paciente contrai os músculos abdominais durante a inspiração? O paciente utiliza músculos acessórios ao respirar? O paciente leva um longo período para exalar (expiração prolongada)? A cianose é visível? As veias do pescoço do paciente são ingurgitadas? O paciente apresenta edema periférico? O paciente está tossindo? Qual a cor, a quantidade e a consistência do escarro? Qual o nível de consciência do paciente? O estupor está aumentado? Apreensão? 2. Diagnóstico de Enfermagem Troca de gases prejudicada relacionada com a desigualdade ventilação-perfusão; Eliminação traqueobrônquica ineficaz relacionada com a broncoconstricção, produção aumentada de muco, tosse ineficaz e infecção broncopulmonar; Padrão respiratório ineficaz relacionado com a respiração curta, muco, broncoconstricção e irritantes das vias aéreas; Déficit de autocuidado relacionado com a fadiga secundária ao trabalho aumentado da respiração e com oxigenação e ventilação insuficientes; Intolerâncias à atividade relacionada a fadiga, hipoxemia e padrões respiratórios ineficazes; 5
6 3. Planejamento 4. Implementação Adaptação individual ineficaz relacionada com menor socialização, ansiedade, depressão, menor nível de atividade e incapacidade de trabalhar; Déficit de conhecimento acerca dos procedimentos de cuidados específicos a serem realizados no domicílio; PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM Melhorar a troca gasosa; Remover as secreções brônquicas; Prevenir as infecções broncopulmonares; Promover exercícios de respiração e treinamento respiratório; Encorajar o pte a realizar as atividades de autocuidado; Favorecer o condicionamento físico; 5. Avaliação / Evolução Promover as medidas de adaptação; Orientar o pte e sua família sobre os cuidados domiciliares; Monitorizar e tratar as complicações potenciais; RESULTADOS ESPERADOS Demonstra melhora na troca gasosa pelo uso de broncodilatadores e oxigenoterapia, conforme prescrito. Atinge a depuração das vias aéreas; Melhora o padrão respiratório; Realiza atividades de autocuidado dentro da faixa de tolerância; 6
7 UM EXEMPLO Atinge a tolerância à atividade, ao exercício e realiza as atividades com menor dificuldade respiratória; Adquire mecanismos efetivos de adaptação e participa de um programa de reabilitação pulmonar; Adere ao programa terapêutico; Apresenta ausência de complicações; Diagnóstico de enfermagem: Déficit de autocuidado relacionado à fadiga secundária, ao trabalho aumentado da respiração e a ventilação e oxigenação deficientes. Meta: Independência nas atividades da vida diária. Prescrições de enfermagem Justificativa 1. Ensinar o pte a coordenar a respiração diafragmática com a atividade (caminhar, flexionar); 2. Encorajar o pte a banhar-se, vestir-se, caminhar e beber líquidos; 3. Ensinar a drenagem postural, se apropriado; 1. Isto permite que ele seja mais ativo e que evite a fadiga excessiva e a dispnéia durante a atividade; 2. À medida que a condição melhora, o pte será capaz de efetuar mais coisas, mas precisa ser encorajado ou pode tornar-se dependente; 3. Encoraja o pte a se envolver em seu próprio cuidado. Constrói a auto estima e prepara o paciente para se controlar em sua residência; 7
8 Resultados esperados REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Utiliza a respiração controlada enquanto toma banho, flexiona e caminha; Coordena as atividades de vida diária, a fim de alternar com períodos de repouso, de modo a reduzir a fadiga e a dispnéia; Descreve as estratégias de conservação de energia; Pode realizar as mesmas atividades de cuidado pessoal que antes da internação; Realiza a drenagem postural corretamente; ALFARO-LEFEVRE, Rosalinda - Aplicação do Processo de Enfermagem: promoção do cuidado colaborativo. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 284 p BARROS, A. L. B. L. e cols. Anamnese e exame físico no adulto: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto Porto Alegre: Artmed, p , Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificações Porto Alegre: Artmed, Dicionário de Termos Técnicos de Saúde 1. ed. São Paulo: Conexão, 495 p RALPH, SS e TAYLOR, CM Manual de Diagnóstico de Enfermagem - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, SMELTZER, SC e BARE, BG Brunner e Suddarth: Tratado de Enfermagem Médicocirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
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