Função primordial da perícia é identificar se o segurado está incapaz ou não para o trabalho.

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1 RESUMO DA AULA 22 DE ABRIL DE 2019 PROF. JOÃO BAPTIST OPITZ NETO PERÍCIA MÉDICA E O DIREITO PREVIDENCIÁRIO INCAPACIDADE LABORATIVA Função primordial da perícia é identificar se o segurado está incapaz ou não para o trabalho. Resolução INSS 637/2018 manual de perícia médica, um novo manual da previdência social Todo mundo que lida com benefício por incapacidade precisa ser esse manual, pois traz tudo o que perito vai utilizar, conceitos, perícia conclusiva, o que é DII, DIB entre outros. DOIS PILARES Não conseguir e não dever; posso estar incapaz porque não consigo exercer minha atividade, ou incapaz porque não devo exercer, porque pode ter risco de agravamento, posso colocar em risco a vida de terceiros e para si; Exemplo: consultoria para empresa de vigilância, e nessa um segurado com esquizofrenia, que é vigilante armado; ele consegue exercer a atividade, sob remédio sem aparente problema.. mas, não se sabe quando ele terá um surto psicótico e isso pode trazer problema à sociedade. A forma de abordagem pericial é diferente; então não pergunto se consegue trabalhar, mas sim se a medicação isenta de ter novo surto no futuro; se ele oferece risco, se haverá agravamento. Impossível ter êxito numa demanda, se eu não sei o que o segurado faz em sua atividade habitual e profissional. Por isso que é difícil a identificação da atividade laboral ao doméstico e facultativo. Devemos entender a profissiografia do nosso cliente. Focar na palavra: específica, dentro do conceito de fazer a avaliação da função específica; e se sabe isso, os riscos ocupacionais, pela entrevista com o cliente, obtendo o máximo de informações possíveis sobre função, material, movimentação, tempo gasto na atividade, uso do EPI, e já se deduz qual o risco que está exposto. Cuidado com as nomenclaturas genéricas da função do segurado; auxiliar de..., ajudante de... e a função por vezes é o somente o que está na CTPS; e quando o laudo não considerou o risco da função, cabe impugnação. A questão do que o segurado faz é fundamental no direito previdenciário. QUANTO AO GRAU, temos:

2 Parcial ou total; QUANTO À DURAÇÃO, temos: Temporária ou indefinida; indefinido porque eu não consigo prever quando ocorrerá o retorno ao trabalho, quando cessa a incapacidade laboral; Conceito da alta programada; a ideia é estimar o tempo de recuperação, considerando aspectos genéricos que não se aplica a todos. QUANTO À PROFISSÃO, temos: Uni, multi ou omniprofissional; Conforme o que o perito coloca, será um tipo de benefício que o segurado fará jus. Um perito não pode concluir qual benefício será oferecido ao segurado. Essa matéria é do juiz. O juiz natural da causa é o magistrado e não se pode delegar ao perito julgar o processo. Se o perito define que a DII é a data da pericia, já há entendimento judicial de que deve ser da propositura da ação, e o professor entende que deve ser da negativa administrativa. A prova pericial é uma prova técnica; INVALIDEZ A questão da suscetibilidade da reabilitação é muito importante; Para o professor, é o pior serviço do INSS é a reabilitação profissional, porque não atende de forma alguma à finalidade; cursos que estão sendo oferecidos de modo online; sem se adequar à realidade do segurado e ambiente laboral; Hérnia: saindo do lugar correto (hérnia de disco, hérnia inguinal, hérnia umbilical e outros); No caso prático o que o professor quer chamar a atenção: - atividade que está alterando a dor; - alteração genética; Na legislação brasileira temos uma portaria que nos socorre nas atividades, NRs, NR 7 trata do ASO; Pela NR 17, trabalhar com pallete é chamado de transporte manual de carga;

3 PERÍCIA MÉDICA O que é? Área comum entre o direito e a medicina; finalidade de contribuir com as autoridades; Perícia não é só na área médica: contábil, química, entre outras. CPC 2015: Artigo 473, artigo mais importante; conteúdo obrigatório do laudo pericial; discute-se a aplicação deste artigo no JEF, pois atualmente sequer temos prazo para manifestação sobre o laudo; discussão também no processo administrativo, em razão do disposto no artigo 15 (do CPC); verificar se preliminarmente o perito seguiu os incisos deste artigo; I objeto da perícia; o que será discutido no trabalho pericial; II o que foi verificado, documentos, alegações com o que existe na literatura médica; confrontar a alegação com o que relato médico; buscar elementos objetivos que comprovem a alegação; III o que o perito considerou para sua conclusão; IV responder a todos os quesitos; não cabe ao perito indeferir ou citar prejudicado, vide item tal entre outros; cabe ao advogado fazer quesitos do caso concreto e não repetir os que já foram apresentados pelo magistrado e procuradoria; Par. 1º: linguagem simples; Par. 2º: não pode emitir opinião pessoal; Par. 3º: (o perito não é obrigado a acatar atestado médico; isso é falácia, por isso que se tem a perícia; o perito deve justificar o porque que não concorda com o que está no atestado; lei 605 de 1949, hierarquia dos atestados; isso de que um médico não pode ir contra o outro é mentira; a ordem dos atestados deve obedecer o que está na lei, e a lei é a de 1949; pela hierarquia, primeiro vem o perito do INSS, segundo o médico do trabalho e terceiro o médico assistente; o juiz tem autonomia para dizer qual atestado tem validade para sua decisão); DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS Informações escritas por um médico por qualquer razão, em que matéria médica de interesse jurídico é relatada. Documento médico é o que escrito por médico; só médico, e nisso não se enquadra fisio, fono, entre outros. DIFERENÇAS Atestado ou parecer: solicitado por pessoa interessada, paciente, após a consulta; quem olha o documento vê com outros olhos, em relação ao laudo; de confiança da parte, que está pagando; por isso que poderá inclusive ser o assistente da parte autora, mas não pode ser perito, como auxiliar da Justiça;

4 Laudo pericial: feito por pessoa imparcial; determinado por autoridade competente (juiz, delegado, etc); (o sigilo se restringe ao interesse processual, daí porque saber avaliar se determinado fato deve ser trago ao processo); Atestado médico: sem formalidade, basta que o interessado solicite ao profissional que emita ao requerente (CFM 1658 de 2002); atestar não significa afastar do trabalho; médico passar para documento público a pedido do paciente, informações sobre a consulta; declaração do médico sobre o que foi feito; Intervenção compulsória: pessoas que eram tiradas do convívio social, porque transmitiam doença; RESOLUÇÃO CFM 1658 DE 2002 A emissão do atestado faz parte do ato médico, da consulta, obrigado a fornecer, e não pode ter preço variável, com emissão de atestado ou não; Ao pegar o atestado, é preciso ter um registro no prontuário, ou seja, esse atendimento é registrado num prontuário, e pode ser que o atestado está com pouca informação, mas no prontuário poder estar melhor, com mais detalhes; Atestado sem data, não cumpre com o que está na resolução; Não se pode exigir CID no atestado (a empresa não pode fazer essa exigência); no caso a empresa deve encaminhar ao médico dela, ou disponibilizar serviço médico; O par. Único do artigo 3º da resolução é importante pra nós: o que o atestado deverá conter: analisar os incisos; PRONTUÁRIO MÉDICO Resolução CFM 1638 de 2002 Onde se registra os atendimentos: queixas, diagnósticos, prognóstico etc.. Artigo 2º: contém as responsabilidades pelo prontuário médico; é o diretor técnico que responde legalmente pelos prontuários, ele que deve ser notificado. Em casos de doença mental, o prontuário é muito mais importante;

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