A incapacidade é total e permanente, e permanente não pra vida toda, e sim indeterminado.
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1 RESUMO DA AULA PÓS PREVIDENCIÁRIO DE NOVEMBRO DE 2018 PROF. RODRIGO SODERO BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE NO RGPS Aposentadoria por invalidez BENEFICIÁRIOS Segurados de todas as categorias Obrigações do aposentado por invalidez: A incapacidade é total e permanente, e permanente não pra vida toda, e sim indeterminado. Artigo 101 da Lei de Benefícios submeter-se a exame médico a cargo da perícia periódica, em regra. Processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado Não estão obrigados a realizar tratamento cirúrgico e transfusão de sangue. Quando o segurado não estará obrigado a comparecer às pericias médicas do INSS: 1 - Aposentado por invalidez que possui 60 anos de idade ou mais, não está obrigado a comparecer na perícia; Pericia de verificação para constatação da incapacidade laboral para o trabalho; 2 - Segurado (a) com 55 anos de idade ou mais e* com no mínimo, 15 anos de benefício por incapacidade (*requisitos cumulativos), e quando trato de benefício por incapacidade, aposentadoria por invalidez, soma de aposentadoria + auxílio doença. Na operação pente fino, o INSS convocou os beneficiários que atendiam aos requisitos do artigo 101 da lei de benefícios; o que fazer: impetrar mandado de segurança, com fundamento no artigo citado, se estiver no prazo de 120 do ato coator, ok (Lei /2009); preciso provar provas neste MS (dilação probatória neste caso)? Não tenho dilação probatória, porque provo idade e duração do benefício; MS é impetrado contra entidade coatora, que no caso é FEDERAL,INSS; neste caso, artigo 109, VIII da CF onde a competência para julgamento será sempre da esfera federal; o JEF não é competente para julgar MS, e assim, na federal sempre, independente do valor da causa. A lei de benefícios já autorizava a convocação para perícias médicas, desde sempre.
2 Mas em 2017 vem uma lei, que organiza melhor a convocação do beneficiários de auxílio doença há mais de 2 anos e por invalidez. Chamados de benefício por incapacidade de longa duração BILD. Todo mundo que está sem perícia periódica a mais de 2 anos. No decreto 3048, havia prescrição de perícia bienal, ou seja, sempre foi possível. Lei de 2017, altera a lei de benefícios, passando a prever a convocação pra perícia, inclusive para benefícios concedidos por via judicial (inclusive no auxílio doença); alterou o parágrafo 4º do artigo 43 da Lei de Benefícios. Indicação de doutrina: livro: BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE E APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, André Bitencourt, editora Alteridade. DIREITO PROCESSUAL PREVIDENCIÁRIO, José Antonio Savaris, Editora Alteridade. COMPÊNDIO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO, José Antonio Savaris, Editora Alteridade Indicação de artigo: autor: PAULO AFONSO BRUM VAZ Reflexão sobre o tema: Para o professor, ainda que a lei tenha sido alterada, e ainda que administrativamente o benefício poderá ser cessado Paralelismo das formas: benefício concedido na via judicial, cessado somente se por via judicial. Não concorda que administrativamente o benefício seja cessado. Somente uma decisão da mesma natureza poderá revogar outra decisão já proferida. Artigo 505 do CPC, inciso I - neste caso, o juiz poderá modificara situação de fato, no trato continuado; nesse caso, deveria então o INSS ingressar com ação judicial. Temos um conflito, onde a lei de benefícios diz que pode mudar, e o CPC diz que só por outra ação judicial. Artigo 71, parágrafo único da Lei de Custeio: cabível liminar se proposta ação rescisória ou revisional. Cabe ao INSS ingressar com medida judicial para rever tal benefício que fora concedido judicialmente. Aí tenho o conflito com o artigo 43 da lei de benefícios. Provocação do professor: apelar para a norma maior, CONSTITUIÇÃO, princípios, para correta interpretação do nosso ordenamento jurídico; para o professor, na prática, segurado teve benefício concedido na via judicial, e a segurança jurídica virá pelo paralelismo das formas, artigo 505, I do CPC. Dignidade da pessoa humana é outro fundamento, ainda que o artigo 43 da lei de benefício esteja em vigência; Fundamentos: princípio da segurança jurídica + dignidade
3 da pessoa humana + artigo 505 I do CPC = paralelismo das formas; artigo 1º, inc. III da CF (dignidade da pessoa humana). Depois da edição da lei o STF já julgou o caso, mas de uma situação que tenha ocorrido após a edição, sob a égide desta lei, com o fundamento do paralelismo das formas. PRECEDENTE DO STJ Resp /SC RMI Não se aplica o mínimo divisor no cálculo da aposentadoria por invalidez; não pode ser inferior ao salário mínimo, nem superior ao teto do regime geral de previdência social. COMPLEMENTO ACOMPANHANTE Acréscimo de 25% Artigo 45 da lei de benefícios e artigo 45 do decreto e o anexo I traz uma relação exemplificativa de situações em que o complemento é devido. É possível que tenhamos um assistente médico acompanhando uma perícia previdenciária, o que faz toda a diferença. Soma do complemento + aposentadoria poderá ser superior ao teto previdenciário; sofre reajuste ao mesmo tempo que o benefício principal; cessa com o óbito do beneficiário (ou seja, se com o óbito resultar pensão por morte, não refletirá neste); STJ, julgou recurso repetitivo RS, extensivo a outras modalidades de aposentadoria, ainda que não seja por invalidez. Matéria ainda não definida, porque pode ser que o STF se manifeste. TNU também precedentes no mesmo sentido; não se faz agendamento desse requerimento, portanto deve-se ir direto na APS. Na concepção do professor, não preciso de agendamento administrativo, no caso de requerimento sobre outras aposentadorias (salvo por invalidez); no caso, o INSS entende que só pode ser aos aposentados por invalidez, portanto, há pretensão resistida presumida do INSS. No caso, abre-se preliminar na inicial, com base no que dispõe o artigo da norma administrativa IN 77/2015. Afronta ao princípio da isonomia quando entendo que esse complemento seja apenas aos aposentados por invalidez; Esse complemento não se estende ao pensionista. Sobre o BPC mesmo tratamento: não. Extraordinário MG quando a lide é presumida interesse de agir em matéria previdenciária DIB data de início do benefício
4 Se empregado 16º dia; demais segurados, a contar do requerimento DIB judicialmente será da citação válida (Súmula 576 STJ). Ressalva a essa súmula; nem sempre será como a súmula decidiu; porque pode ocorrer desta DIB ser em momento anterior ou precedida de benefício anterior. A aplicação da súmula só se não for possível constatar o início da incapacidade. Cessação quando a recuperação ocorrer no prazo de 5 anos Parcelas de recuperação Quando o benefício foi cessado pela perícia, porém os valores mensais continuam no seu pagamento; é uma possibilidade do segurado se reinserir no mercado de trabalho. Previsão no artigo 47 da LB: 1 - Empregado com cessação de benefício no prazo de cinco anos, contados do auxílio ou aposentadoria, se puder voltar a exercer a mesma função antes do afastamento não tem parcela de recuperação. 2 - Para os demais segurados: o pagamento do benefício durará quantos meses tenha durado tal benefício; Quando a recuperação ocorrer após o prazo de 5 anos, ou apto a nova função diversa da que exercia habitualmente no afastamento; ocorrerá a volta ao trabalho, com manutenção do pagamento de forma integral por seis meses, com redução de 50% por mais seis meses e redução de 75% pelos últimos seis meses ou seja, durante 18 meses o benefício será mantido no pagamento, mas com redução gradual. Durante o pagamento das mensalidades de recuperação, pode-se ingressar com a ação judicial para manutenção do benefício previdenciário. OPERAÇÃO PENTE FINO O INSS não tem respeitado essa questão da redução gradual das mensalidades de recuperação durante o período de 18 meses. As parcelas de recuperação são cumuladas com o auxílio acidente? O professor entende que a natureza dos dois pagamentos são distintas, e assim é possível acumular sim, porque não se trata de manutenção de uma aposentadoria, mas sim garante-se uma mensalidade de recuperação.
5 AUXÍLIO DOENÇA Incapacidade temporária para o trabalho. Incapaz para o trabalho ou atividade habitualmente exercida. Incapacidade parcial (porque pode ser para minha atividade) ou total (toda e qualquer atividade laborativa; e temporária, com tempo mesmo, perdurar por mais de 15 dias. O risco social a ser tutelado pelo Estado quando a incapacidade for superior a 15 dias. Carência 12 meses Isenção se for acidente de qualquer natureza, doença profissional, do trabalho, concausa, proveniente de doença grave. B91 decorrente de acidente do trabalho carência nunca será exigido B31 incapacidade não relacionada ao trabalho e que eventualmente poderá haver dispensa de carência Qualidade de segurado sempre será exigida na data de início da incapacidade - DII Artigo 27A Alta programada prorrogação nos 15 dias que antecederem a DCB na prática, é o agendamento de uma perícia; (essa possibilidade existe 9 de agosto de 2015). Alta programada judicial seria possível diante da Lei / dias se não fixada; Impuganação da decisão de indeferimento recurso ordinário (30 dias) para a junta de recursos. Sempre o segurado deve nos 15 dias que antecede a cessação, pedir a prorrogação.
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