PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PREVIDENCIÁRIO PRÁTICA PROCESSUAL PREVIDENCIÁRIA

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1 PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PREVIDENCIÁRIO PRÁTICA PROCESSUAL PREVIDENCIÁRIA Professor: Rodrigo Sodero Facebook/FANPAGE: Rodrigo Sodero III e Professor Rodrigo Sodero

2 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Fundamentação: art. 109, da CF. Regra básica de competência: 1. Causas que discutem prestações de natureza comum e referente ao BAPC = JUSTIÇA FEDERAL. 2. Causas que discutem prestações de natureza acidentária (acidente do trabalho ou doenças equiparadas; vide arts. 19 a 23, da Lei 8.213/91) = JUSTIÇA ESTADUAL.

3 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Prestações comuns previdenciárias: Estabelece o art. 109, inciso I, da CF, que compete aos juízes federais processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. A competência em estudo é definida em razão da pessoa, cabendo, portanto, à Justiça Federal julgar os litígios em que estes entes estejam presentes, observadas a exceções mencionadas na parte final do dispositivo.

4 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Juizado Especial Federal JEF (art. 98, da CF e Lei /01): o valor da causa é critério de fixação da competência para julgamento das ações que tratam de benefícios de natureza comum. Se no foro de domicílio do autor houver JEF instalado e o valor da causa for de até 60 salários mínimos, a competência para julgamento da ação é do Juizado (art. 3º, da Lei /01; competência absoluta). Atenção: o JEF não é competente para julgamento de mandado de segurança (art. 3º, 1º, inciso I, da Lei /01).

5 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Atenção: diz a Súmula 689, do STF, que o segurado pode ajuizar ação contra a instituição previdenciária perante o juízo federal do seu domicílio ou nas varas da Capital do Estado- Membro.

6 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Prestações comuns previdenciárias e a competência federal delegada: Estabelece o art. 109, 3º, da CF, que poderão ser processadas e julgadas na Justiça Estadual, no foro do domicílio dos beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara de juízo federal.

7 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA O beneficiário pode escolher pelo ajuizamento da ação perante a Justiça Estadual ou na vara federal mais próxima de seu domicílio. Condição para utilização da competência federal delegada: inexistência de foro federal (JEF ou Justiça Federal comum) na comarca de domicílio do autor.

8 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Recurso contra a sentença de 1º grau nos casos de competência federal delegada: deve ser direcionado ao TRF! (art. 109, 4º, da CF) Atenção: no caso de mandado de segurança não é cabível a delegação de competência, já que é privativo da Justiça Federal o julgamento da ação mandamental contra ato de autoridade coatora federal (art. 109, inciso VIII, da CF).

9 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Ações acidentárias: Estabelece a parte final do art. 109, inciso I, da CF, que compete aos juízes estaduais processar e julgar as causas referentes à benefícios previdenciários de natureza acidentária (Súmula 15, do STJ e Súmula 501, do STF). Ação de revisão de benefício acidentário: a competência é da Justiça Estadual (precedente: STJ, AgRg no CC /RJ).

10 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Ação que envolve pensão por morte de origem acidentária: a competência é da Justiça Estadual (precedentes: STJ, CC /SP e STF, AgrAI /SC). Ação de acumulação de benefício comum com benefício acidentário: competência da Justiça Federal (precedente: STF, RE /SP).

11 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Acidente de trabalho do contribuinte individual: competência da Justiça Estadual (precedente: STJ, CC /DF). Dano moral previdenciário: independentemente da natureza do benefício, a competência da Justiça Federal (precedentes: STJ, CC /RJ e CC /RJ).

12 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Competência para declaração da morte presumida: quando requerida com o único objetivo de recebimento da pensão por morte é de competência da Justiça Federal, não se confundindo com a declaração de ausência prevista nos arts. 22 a 29 do CC e a 1.169, do CPC (precedente: STJ, CC /PI). JEF: O JEF não seria competente, pois haveria a necessidade de citação por edital do segurado ausente (precedente: STJ, CC /RJ).

13 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Ações referentes ao BAPC (art. 203, inciso V, da CF; Lei 8.742/93 - LOAS ): O art. 29, parágrafo único, da Lei 8.742/93, estabelece que o INSS será responsável pela execução e manutenção do benefício assistencial, razão pela qual, na forma do art. 109, inciso I, da CF, compete aos juízes federais processar e julgar as causas referentes a esta prestação. Atenção: a competência federal delegada é possível neste caso!

14 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Havendo conflito de competência entre juízes federais e estaduais caberá ao STJ dirimir a controvérsia. Quando o conflito se der entre juiz federal e juiz estadual investido na competência federal, é do TRF a competência para dirimi-lo (Súmula 3, do STJ).

15 COMPETÊNCIA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Se o conflito ocorrer entre juiz federal de vara comum e juiz federal de vara do JEF, a competência para decidi-lo também será do TRF (Súmula 428, do STJ). Já no que condiz ao conflito entre JEF s caberá à Turma Recursal do Estado o julgamento.

16 ENDEREÇAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL POSSIBILIDADES MAIS COMUNS Segundo o art. 319, inciso I, do CPC, a petição inicial indicará o juízo a que é dirigida. Possibilidade 01: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DA JUSTIÇA FEDERAL DE - Possibilidade 02: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE - Possibilidade 03: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE -

17 Art (...) PEC 6/2019 Proposta de Reforma da Previdência (...) I - as causas em que a União, a entidade autárquica ou a empresa pública federal for interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente, exceto as de falência e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; * Exclui das exceções as ações referentes a benefícios de natureza acidentária que passarão, se aprovada a alteração pelo Congresso Nacional, a ser de competência da Justiça Federal.

18 PEC 6/2019 Proposta de Reforma da Previdência (...) 3º Lei poderá autorizar que as causas de competência da Justiça Federal, em que forem parte instituição de previdência social e segurado, possam ser processadas e julgadas na justiça estadual, quando a comarca do domicílio do segurado não for sede de vara federal. * A competência federal delegada somente será possível, se aprovada a alteração, se a Lei autorizar.

19 PEC 6/2019 Proposta de Reforma da Previdência Art. 43. Permanecerão na justiça estadual as causas relativas a acidentes de trabalho que envolvam a União, entidade autárquica ou as empresas públicas federais, ajuizadas até a data de promulgação desta Emenda à Constituição, hipótese em que lei poderá dispor sobre a transferência dos processos em tramitação para a Justiça Federal. A lei poderá dispor sobre a transferência dos processos que tratam de benefícios de natureza acidentária, ajuizados antes da promulgação da Emenda, da Justiça Estadual para a Justiça Federal.

20 PEC 6/2019 Proposta de Reforma da Previdência Art. 44. Até que seja publicada a lei a que se refere o 3º do art. 109 da Constituição, poderão ser processadas e julgadas na justiça estadual as causas previdenciárias, acidentárias ou não, ajuizadas pelos segurados ou por seus dependentes, de competência da Justiça Federal, quando a comarca de domicílio do segurado distar mais de cem quilômetros da sede de vara do juízo federal. Competência federal delegada permanece, se aprovada a emenda, até a edição de Lei, quando a comarca de domicílio do autor distar mais de cem quilômetros da sede de vara do juízo federal.

21 INTERESSE DE AGIR NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS A comprovação do indeferimento administrativo como condição da ação previdenciária (interesse de agir) é tema de debate frequente no Poder Judiciário. Condições da ação: art. 17, do CPC (interesse de agir e legitimidade de parte). Interesse de agir: necessidade + adequação = necessidade concreta da atividade jurisdicional e adequação de provimento e procedimento desejados. Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional: art. 5º, inciso XXXV, da CF.

22 INTERESSE DE AGIR NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Sem a comprovação do indeferimento administrativo ou da omissão de resposta no prazo legal (art. 49, da Lei 9.784/99; 30 dias + 30 dias; desde haja justificativa para esta prorrogação), não existiria interesse de agir do requerente na ação judicial. Consequência: extinção da ação sem apreciação de mérito (art. 485, inciso VI, do CPC).

23 INTERESSE DE AGIR NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Ações de concessão: O STF, na decisão proferida RE /MG (Tema 350), recurso com repercussão geral reconhecida, entendeu pela necessidade do prévio ingresso na via administrativa - com indeferimento ou omissão de resposta no prazo legal (art. 49, da Lei 9.784/99) - para a caracterização do interesse de agir nas ações previdenciárias de concessão de benefício. STJ: REsp repetitivo /SP (Tema 660; no mesmo sentido do entendimento do STF).

24 INTERESSE DE AGIR NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Atenção: no caso de lide presumida, o requerimento administrativo deve ser dispensado (STJ, AgRg no REsp /PR). Exemplos de lide presumida: concessão da aposentadoria especial com reconhecimento da especialidade de tempo de serviço de posterior a edição da Lei 9.032/95 para o contribuinte individual não cooperado (art. 259, inciso I, da IN INSS/PRES 77/2015); concessão do complemento acompanhante para aposentados em outras modalidades, diferentes da aposentadoria por invalidez (Tema REsp /RJ; REsp /RS).

25 INTERESSE DE AGIR NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Atenção para o Enunciado 79, do FONAJEF: A comprovação de denúncia da negativa de protocolo de pedido de concessão de benefício, feita perante a ouvidoria da Previdência Social, supre a exigência de comprovação de prévio requerimento administrativo nas ações de benefícios da seguridade social.

26 INTERESSE DE AGIR NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Demora para o ajuizamento da ação judicial: não é razoável exigir do segurado que o indeferimento administrativo formalizado pelo Poder Público seja recente. Uma vez indeferido o pedido administrativo, abre-se espaço para a revisão judicial de tal ato administrativo. (TNU, PEDILEF )

27 INTERESSE DE AGIR NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Ações de revisão de impugnação de ato de concessão ou de impugnação de ato de reajustamento: há evidente interesse de agir, pois só é cabível quando o INSS comete algum equívoco no cálculo da RMI ou no reajustamento da prestação previdenciária. Exceção: quando o pedido de revisão estiver fundamentado em fato desconhecido pelo INSS, ou seja, não apresentado à época do pedido de concessão, é necessário o prévio requerimento administrativo (ressalva do STF quando do julgamento do RE /MG Tema 350).

28 INTERESSE DE AGIR NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Ações de restabelecimento: há evidente interesse de agir da parte autora, pois o INSS pratica ato administrativo invasivo à esfera patrimonial e jurídica do mesmo, ou seja, deixa de pagar ilegalmente o benefício que lhe é devido. Importante: segundo a TNU o pedido de prorrogação do auxílio-doença não é necessário para a configuração do interesse de agir nas ações de restabelecimento deste benefício (PEDILEF , julgado em ). Ações de manutenção: está presente o interesse de agir, pois há perigo iminente de cessação, cancelamento, suspensão ou diminuição do valor do benefício.

29 INTERESSE DE AGIR NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Interesse processual superveniente: a contestação do INSS demonstrando contrariedade ao mérito da demanda, não apenas alegando a necessidade de prévio requerimento administrativo, faz surgir o interesse processual. (precedente: STJ, REsp /RS).

30 Data de início do pagamento das parcelas atrasadas quando da comprovação extemporânea do direito Posicionamento do STJ: PREVIDENCIÁRIO. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. APOSENTADORIA ESPECIAL. TERMO INICIAL: DATA DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO, QUANDO JÁ PREENCHIDOS OS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PROVIDO. O art. 57, 2º, da Lei 8.213/91 confere à aposentadoria especial o mesmo tratamento dado para a fixação do termo inicial da aposentadoria por idade, qual seja, a data de entrada do requerimento administrativo para todos os segurados, exceto o empregado.

31 Data de início do pagamento das parcelas atrasadas quando da comprovação extemporânea do direito 2. A comprovação extemporânea da situação jurídica consolidada em momento anterior não tem o condão de afastar o direito adquirido do segurado, impondo-se o reconhecimento do direito ao benefício previdenciário no momento do requerimento administrativo, quando preenchidos os requisitos para a concessão da aposentadoria.

32 Data de início do pagamento das parcelas atrasadas quando da comprovação extemporânea do direito 3. In casu, merece reparos o acórdão recorrido que, a despeito de reconhecer que o segurado já havia implementado os requisitos para a concessão de aposentadoria especial na data do requerimento administrativo, determinou a data inicial do benefício em momento posterior, quando foram apresentados em juízo os documentos comprobatórios do tempo laborado em condições especiais. 4. Incidente de uniformização provido para fazer prevalecer a orientação ora firmada. (Pet 9.582/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/08/2015, DJe 16/09/2015) (grifo nosso)

33 Data de início do pagamento das parcelas atrasadas quando da comprovação extemporânea do direito PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. RECONHECIMENTO DE LABOR RURAL. REVISÃO DA RENDA MENSAL INICIAL. TERMO INICIAL. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. INSUBSISTENTE AS ALEGAÇÕES DE INCIDÊNCIA DE SÚMULA 7/STJ E DE FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. 1. Cinge-se a controvérsia em saber o marco inicial para o pagamento das diferenças decorrentes da revisão do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição com o acréscimo resultante do reconhecimento do tempo de serviço rural nos termos em que fora comprovado em juízo.

34 Data de início do pagamento das parcelas atrasadas quando da comprovação extemporânea do direito A questão, no ponto, prescinde do exame de provas, porquanto verificar a correta interpretação da norma infraconstitucional aplicável ao caso envolve apenas matéria de direito. Assim, não subsiste a alegação de que o recurso especial não deveria ter sido conhecido em razão do óbice contido na Súmula nº 7/STJ. 2. Não prospera a alegação de falta de prequestionamento, porquanto, para a configuração do questionamento prévio, não é necessário que haja menção expressa do dispositivo infraconstitucional tido por violado, bastando que no acórdão recorrido a questão tenha sido discutida e decidida fundamentadamente.

35 Data de início do pagamento das parcelas atrasadas quando da comprovação extemporânea do direito 3. Comprovado o exercício de atividade rural, tem o segurado direito à revisão de seu benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, desde o requerimento administrativo, pouco importando se, naquela ocasião, o feito foi instruído adequadamente, ou mesmo se continha, ou não, pedido de reconhecimento do tempo de serviço rural. No entanto, é relevante o fato de àquela época, já ter incorporado ao seu patrimônio jurídico o direito ao cômputo a maior do tempo de serviço, nos termos em que fora comprovado posteriormente em juízo. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp /SC, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 26/06/2012, DJe 07/08/2012) (grifo nosso)

36 Data de início do pagamento das parcelas atrasadas quando da comprovação extemporânea do direito Argumentos: Afigura-se extremamente injusto que o beneficiário receba os valores decorrentes do pedido a partir da data da citação do INSS, pelo simples fato de não conseguido comprovar o seu direito quando do requerimento administrativo. A comprovação extemporânea da situação jurídica consolidada em momento anterior, não tem o condão de afastar o direito adquirido (art. 5º, inciso XXXVI, da CF e art. 6º da LINDB).

37 Data de início do pagamento das parcelas atrasadas quando da comprovação extemporânea do direito O entendimento restritivo proporciona o enriquecimento ilícito do INSS, pois, este entendimento é um incentivo para que a Autarquia Previdenciária aja de maneira a dificultar a comprovação do fato que lhe impõe o dever de pagar, possibilitando-se a violação do princípio de que ninguém pode valer-se da própria torpeza. Não há qualquer norma jurídica que condicione os efeitos de um direito adquirido ao momento de sua comprovação, não existindo base hermenêutica que permita a construção de um mecanismo de acertamento de relação jurídica que tenha por dado fundamental o momento em que o magistrado tem por comprovado determinado fato.

38 REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL Art. 319, do CPC. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.

39 REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL Atenção para o inciso II, que expressa que deve ser indicada a existência de união estável, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico do autor e do réu. Caso não disponha das informações, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. Em seu inciso VII diz que deve constar a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação (Mediação e conciliação nas ações previdenciárias? Necessidade de acordo prévio/autorização de Brasília. Somente matéria de fato depois da prova. Portarias PGF 109/2007, 915/2009, 06/2011).

40 REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL Sugestão: DA INVIABILIDADE DE REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO Como se sabe, o INSS não propõe solução consensual do conflito de forma antecipada. Assim sendo, em face do princípio da indisponibilidade do interesse público, o Requerente, tendo em vista que o Requerido trata-se de pessoa jurídica de direito público (Autarquia Federal), manifesta-se pela impossibilidade de realização de audiência de conciliação ou de mediação, atendendo ao disposto no art. 319, inciso VII, do CPC.

41 REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL Art. 320, do CPC: a petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. Atenção: a ausência de conteúdo probatório válido a instruir o processo implica na carência de pressupostos de constituição válidos do processo (art. 320, do CPC), que deverá ser extinto sem julgamento de mérito, de forma a possibilitar que o segurado ajuíze nova ação, nos termos do art. 486, do CPC, caso obtenha prova material hábil a demonstrar o exercício do labor rural para concessão da aposentadoria pleiteada. (REsp repetitivo /SP).

42 REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL Art. 321, do CPC: diz que o juiz deverá conceder 15 dias para que as irregularidades sejam sanadas, sendo emendada ou completada, a petição inicial sob pena de indeferimento da inicial. Art. 287, do CPC: a petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico.

43 RITO NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Rito Sumário (art. 275 e seguintes, do CPC de 1973): ações acidentárias (art. 129, inciso II, da Lei 8.213/91). Atenção: no CPC de 2015 não há Rito Sumário! Rito do JEF (Lei /01): valor da causa de até 60 salários mínimos.

44 A PETIÇÃO INICIAL - ANTES DO MÉRITO Prioridade de Tramitação: art , inciso I, do CPC: Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: I - em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadora de doença grave, assim compreendida qualquer das enumeradas no art. 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de Art. 9º, inciso VII, da Lei /15: A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de: (...) VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências.

45 A PETIÇÃO INICIAL - ANTES DO MÉRITO Justiça Gratuita: Lei 1.060/50 e art. 129, parágrafo único da Lei 8.213/91. Atenção para o JEF!!! No CPC: art. 99 e seguintes! Autenticação dos Documentos: art. 425, inciso IV, do CPC. Competência: art. 109, da CF. Prévio Requerimento Administrativo: RE /MG, dentre outras questões.

46 A PETIÇÃO INICIAL - ANTES DO MÉRITO Publicações: pode ser requerido que sejam feitas em nome de determinado advogado, sob pena de nulidade, na forma do art. 272, 2º, do CPC. Art. 272, 2º, do CPC: sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados.

47 A PETIÇÃO INICIAL - MÉRITO Dos fatos e do direito (causa de pedir remota e próxima): Fatos: devem ser narrados os fatos que tem repercussão jurídica de forma clara, objetiva (mais sucinta possível) e agradável. Direito: todos os fundamentos jurídicos devem ser expostos realizando-se uma conexão entre os fatos e o direito, citando-se moderadamente a doutrina e a jurisprudência.

48 TUTELA ANTECIPADA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Tutela antecipada (art. 300 e ss., do CPC): 1. Probabilidade do direito. 2. Perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

49 TUTELA ANTECIPADA EM MATÉRIA PREVIDENCIÁRIA Devolução dos valores em caso de revogação: STJ: Tema REsp /MT (ruim) e Embargos de Divergência em REsp /RS (dupla conformidade). STJ: Questão de Ordem no Tema 692. REsp repetitivo /SP e outros (representativos da controvérsia). Supensão das ações em todo o Brasil. STF: ARE /DF e AI /MS - não há que se falar devolução. TRF3: Processo ACP posicionamento do STJ não se aplica no caso de BPC.

50 TUTELA ANTECIPADA NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Portaria Conjunta nº 2 PGF-INSS, de : Cobrança nos próprios autos ou nos autos da rescisória; após o trânsito o procurador solicita a elaboração dos cálculos. Caso o procedimento acima seja obstaculizado ou infrutífero, o INSS deverá promover a cobrança administrativa, salvo se houver decisão judicial que proíba: notifica com a GRU para pagamento à vista ou parcelado e se não pagar, desconta do benefício. Caso não obtenha sucesso o débito é inscrito na dívida ativa.

51 TUTELA ANTECIPADA NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Recomendação Conjunta nº 01/2015 do CNJ/AGU/MTPS: antecipação das perícias. Justificação prévia (art. 300, 2º, do CPC): fragilidade da prova/pedido de realização de audiência.

52 O PEDIDO NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS O advogado deve ter especial atenção com o pedido nas ações previdenciárias. Quando da formulação do pedido deve se lembrar da classificação das ações previdenciárias, da fixação da DIB (nas ações de concessão) e do pleito de pagamento das parcelas vencidas e vincendas. Roteiro: justiça gratuita, prioridade de tramitação, tutela antecipada/multa e desobediência, citação, pedido, juros e correção, honorários de sucumbência.

53 O PEDIDO NAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Espécies de pedido: 1. Alternativo (art. 325 e 326, parágrafo único, do CPC). Exemplo: Concessão da aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição (ambas, eventualmente com o mesmo valor). 2. Subsidiário (art. 326, caput, do CPC). Exemplo: Concessão da aposentadoria especial, ou, subsidiariamente, da aposentadoria por tempo de contribuição. 3. Cumulativo (art. 327, do CPC). Exemplo: Restabelecimento do auxílio-doença e dano moral.

54 FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS POR INCAPACIDADE Benefícios previdenciários por incapacidade e seus fatos geradores: aposentadoria por invalidez, auxíliodoença e auxílio-acidente. Benefício Assistencial de Prestação Continuada e seu fato gerador. O que pleitear nas ações previdenciárias que tratam da incapacidade ou deficiência (as vezes coincidente com a incapacidade): Aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, auxílio-acidente ou BAPC?

55 FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS POR INCAPACIDADE Art. 492, do CPC e o julgamento extra petita ou ultra petita: Art É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.

56 FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS POR INCAPACIDADE Saída técnica para o reconhecimento do benefício por incapacidade diverso do que foi pedido: Art. 493, do CPC. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão. Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as partes sobre ele antes de decidir.

57 FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS POR INCAPACIDADE As alegações são: a perícia concluiu por fato gerador diverso daquele que ensejou o pedido, o que acarreta a aplicação do art. 493, do CPC - e que cuidando-se de matéria previdenciária, o pleito inicial deve ser analisado com certa flexibilidade.

58 FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS POR INCAPACIDADE Jurisprudência: PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DEFERIDO AUXÍLIO-DOENÇA EM VEZ DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. DECISÃO EXTRA PETITA. NÃO-OCORRÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. 1. A sentença, restabelecida pela decisão em sede de recurso especial, bem decidiu a espécie, quando, reconhecendo o preenchimento dos requisitos necessários à concessão do benefício de auxílio-doença, deferiu-o ao segurado, não obstante ter ele requerido aposentadoria por invalidez. 2. Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp /SP, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 16/10/2008, DJe 17/11/2008)

59 FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS POR INCAPACIDADE PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. DEFERIDO BENEFÍCIO ASSISTENCIAL EM VEZ DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ OU AUXÍLIO-DOENÇA. DECISÃO EXTRA PETITA. NÃO-OCORRÊNCIA. JUROS DE MORA. RECURSO PROVIDO. 1. Cuidando-se de matéria previdenciária, o pleito contido na peça inaugural deve ser analisado com certa flexibilidade. In casu, postulada na inicial a concessão de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença, incensurável a decisão judicial que reconhece o preenchimento dos requisitos e concede ao autor o benefício assistencial de prestação continuada. 2. Os juros moratórios, em se tratando de benefício previdenciário, devem ser fixados à razão de 1% (um por cento) ao mês em face de sua natureza alimentar, a partir da citação, conforme o disposto no art. 3º do Decreto-Lei 2.322/ Recurso especial provido. (REsp /SP, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 07/10/2008, DJe 01/12/2008)

60 FUNGIBILIDADE DAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS: OUTROS CASOS INTERESSANTES Jurisprudência do STJ: Caso 01: pedido de aposentadoria por tempo de contribuição e concessão de aposentadoria por idade mais vantajosa. O Direito Previdenciário não deverá ser interpretado como uma relação de Direito Civil ou Direito Administrativo no rigor dos termos, mas sim como fórmula ou tutela ao hipossuficiente, ao carecido, ao excluído. Este deve, também, ser um dos nortes da jurisdição previdenciária. (AgRg no REsp /RJ). Caso 02: pedido de restabelecimento da aposentadoria por idade rural e concessão de aposentadoria por idade híbrida, na forma do art. 48, 3º, da Lei 8.213/91(AgRg no REsp /RS).

61 APOSENTADO NO CURSO DO PROCESSO JUDICIAL Imaginem o caso: O segurado ajuíza ação previdenciária visando a concessão de sua aposentadoria por tempo de contribuição. Antes que o processo termine, o segurado preenche os requisitos necessários para a concessão do benefício. Requer a aposentadoria administrativamente e PIMBA: aposenta-se. Posteriormente a ação é julgada procedente.

62 APOSENTADO NO CURSO DO PROCESSO JUDICIAL Problema: o benefício concedido judicialmente é inferior ao que o segurado está recebendo. O juiz, na fase de execução, determina que o segurado opte por um dos benefícios, sendo certo que, caso escolha a prestação concedida administrativamente não receberá os atrasados do benefício garantido pela decisão judicial transitada em julgado. Por outro lado, se escolher o benefício concedido judicialmente a renda mensal da aposentadoria será inferior.

63 APOSENTADO NO CURSO DO PROCESSO JUDICIAL E agora!? 1. Vejam que o Poder Judiciário reconheceu a ILEGALIDADE, praticada pelo INSS e condenou o INSS a conceder a aposentadoria ao segurado. 2. Entendemos que somente assegurando a percepção dos atrasados decorrentes do benefício deferido judicialmente (período correspondente à DIB deste benefício até a DIB da aposentadoria concedida administrativamente mais vantajosa) é que se prestigiará a aplicação correta do Direito ao caso concreto e se justificará a movimentação do Poder Judiciário, já que o INSS indeferiu indevidamente o pedido de aposentadoria realizado pelo segurado.

64 APOSENTADO NO CURSO DO PROCESSO JUDICIAL 3. Há de ressaltar também que o segurado forçosamente trabalhou por um período adicional até que fosse reconhecido o seu direito à aposentadoria administrativamente! 4. E mais: esperou o término da ação para o recebimento dos valores devidos pelo INSS, certamente por alguns anos! 5. Seria justo não receber nenhum valor em decorrência do direito não reconhecido oportunamente pelo INSS?

65 APOSENTADO NO CURSO DO PROCESSO JUDICIAL 6. É claro que não. Entendimento contrário premiaria o INSS, que se beneficiaria do ilegal ato administrativo de indeferimento da aposentadoria do segurado. 7. Restaria configurada também a negativa de vigência aos princípios que norteiam a administração pública, especialmente, aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da eficiência (art. 37 da CF).

66 APOSENTADO NO CURSO DO PROCESSO JUDICIAL 8. O direito adquirido do segurado (art. 6º, 2º, da LINDB) seria violado! 9. Segundo o STJ, o segurado pode optar por receber o valor dos atrasados do benefício concedido judicialmente e também optar pela manutenção do mais vantajoso. O TRF3 possui precedente neste mesmo sentido. STJ: REsp /PR e REsp /SC. TRF3: AI

67 Comprovação da dependência econômica: Alguns dependentes de 1ª classe e os dependentes de 2ª e 3ª classe, na forma dos arts. 16 e 76, da Lei 8.213/91, devem comprovar a dependência econômica para fins de recebimento de pensão por morte e auxílioreclusão. Na esfera administrativa há a necessidade de apresentação de 03 documentos, na forma do art. 22, 3º, do Decreto 3.048/99 e do art. 135, da IN INSS/PRES 77/2015.

68 No entanto, não existe norma jurídica LEGAL a condicionar a comprovação da dependência econômica à apresentação de 03 documentos. Segundo o art. 16, 5º, da Lei 8.213/91, alterado pela MP 871/19, para a comprovação da dependência econômica, deve ser apresentado início de prova material, sendo inadmitida a prova exclusivamente testemunhal.

69 Comprovação da união estável: A companheira ou companheiro devem comprovar a dependência econômica (pensão por morte/auxílioreclusão) para com o segurado(a) falecido(a). Na esfera administrativa, do mesmo modo que ocorre com a dependência econômica, há a necessidade de apresentação de 03 documentos, na forma do art. 22, 3º, do Decreto 3.048/99 e do art. 135, da IN INSS/PRES 77/2015.

70 Entretanto, não existe norma jurídica LEGAL a condicionar a comprovação de união estável à apresentação de 03 documentos. Segundo o art. 16, 5º, da Lei 8.213/91, alterado pela MP 871/19, para a comprovação da união estável para fins previdenciários, deve ser apresentado início de prova material, sendo inadmitida a prova exclusivamente testemunhal. Atenção: Caso haja ao menos um documento é possível o processamento de J.A. para a comprovação da dependência econômica e da união estável, na forma do art. 135, 2º, da IN INSS/PRES 77/2015!!!

71 Comprovação do tempo trabalhado em atividade especial: A aposentadoria especial é um benefício que visa proteger o segurado que trabalha sujeito a condições prejudiciais à sua saúde ou integridade física, proporcionando-lhe a retirada da atividade nociva antes que efetivamente sofra os efeitos da mencionada exposição.

72 São pressupostos de concessão da aposentadoria especial: 1. 15, 20 ou 25 anos trabalhados em atividade nociva à saúde e/ou integridade física (especificidades serão abordadas oportunamente). 2. Carência de 180 contribuições ou tabela do art. 142, da LB.

73 Com relação à caracterização da atividade como especial devemos observar o princípio do tempus regit actum (art. 70, 1º, do Decreto 3.048/99), tendo em vista o direito adquirido (art. 5º, inciso XXXVI, da CF e art. 6º, da LINDB) Ou seja, para se averiguar se a atividade deve ser considerada ou não especial deve-se observar a legislação vigente à época da prestação do serviço.

74 As normas mais importantes para a caracterização da atividade como especial são: 1. Lei 3.807/60 e Decreto /64 (Quadro Anexo a que se refere o seu art. 2º) e /79 (Anexos I e II), 2. Artigos 57 e 58, da Lei 8.213/91; 3. Lei 9.032/95 e Decreto 2.172/97 (Anexo IV), e 4. Decreto 3.048/99 (Anexo IV).

75 Os Decretos /64 e /79 traziam em seus quadros anexos róis de atividades profissionais de agentes agressivos à saúde e/ou integridade física que davam ao segurado que se enquadrasse em uma dessas profissões ou que se expunha à algum dos agentes, o direito ao cômputo do tempo trabalhado, como especial. O entendimento jurisprudencial é pacificado, no sentido de que os decretos acima referidos podem ser simultaneamente invocados.

76 Assim, as atividades exercidas durante a vigência dos referidos decretos podem ser consideradas como especiais pela ATIVIDADE PROFISSIONAL (prova: art. 270, IN INSS/PRES 77/2015) ou pela EXPOSIÇÃO AOS AGENTES NOCIVOS (formulários*: AGENTES INSALUBRES, PENOSOS OU PERIGOSOS). Segundo a Súmula 198, do extinto TFR, e remansosa jurisprudência, o rol de profissões e de agentes nocivos dos referidos decretos não são exaustivos ou taxativos, mas, sim, meramente exemplificativos ou elucidativos. Vide o art. 277, 3º, da IN INSS/PRES 77/2015 quanto ao Anexo IV do RPS: EXEMPLIFICATIVO.

77 Neste sentido, vejamos: Súmula 70, da TNU: A atividade de tratorista pode ser equiparada à de motorista de caminhão para fins de reconhecimento de atividade especial mediante enquadramento por categoria profissional. Precedentes do STJ: AgRg no REsp e AgRg no REsp

78 Outro ponto importante é aquele que diz respeito à data limite de vigência dos Decretos /64 e /79 e, por conseguinte, da caracterização da atividade como especial de acordo com a atividade profissional (presunção jures et de jure de especialidade). Possível até a edição da Lei 9.032/95!!!

79 FORMULÁRIOS: IS SSS /71: Anexo I, da Seção I, do BS/DS 38, de ISS-132: Anexo IV, da parte II, do BS/DG 231, de SB-40: OS/SB 52.5, de DISES BE 5235: Resolução INSS/PR 58, de

80 DSS-8030: OS/INSS/DSS 518, de DIRBEN 8030: IN 39, de PPP: IN/INSS/DC 99, de (a partir de informações falsas: falsidade ideológica (art. 297, do CP) e multa (art. 68, 6º c/c art. 283, do RPS).

81 AGENTES: Químicos, físicos, biológicos, psicológicos, ergonômicos, perigosos (Processo , TNU e REsp repetitivo /SC, STJ) ou associação desses agentes. Hoje, o Anexo IV, do Decreto 3.048/99, é quem traz a quantidade de anos de exposição necessários para a concessão da aposentadoria especial (vide art. 252, da IN INSS/PRES 77/2015). Vejamos: 15 anos: trabalhos em mineração subterrânea, em frentes de produção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos. (4.0.2, do Anexo IV, ao Decreto 3.048/99).

82 20 anos: asbestos; trabalhos em mineração subterrânea, afastados das frentes de produção, com exposição à associação de agentes físicos, químicos ou biológicos. (itens e 4.0.1, do Anexo IV, ao Decreto 3.048/99). 25 anos: demais casos. A Lei 9.732, de (advinda da conversão da MP 1.729/98, publicada em ), trouxe a questão da qualidade e da quantidade para definir se o agente presente no ambiente laboral é ou não nocivo, quando autorizou que a legislação trabalhista fosse parâmetro para o enquadramento das atividades especiais (art. 58, 1º, da Lei 8.213/91).

83 Agente qualitativo: nocividade presumida; constantes nos Anexos 6, 13, 13-A e 14, da NR 15 e no Anexo IV, do Decreto 3.048/99, para agentes iodo e níquel. São agentes qualitativos: Ar comprimido e pressão atmosférica anormal (6), agentes químicos (13), benzeno (13-A) e agentes biológicos(14). Observação: art. 278, 1º, inciso I, da IN INSS/PRES 77/2015.

84 Agente quantitativo: considerado pela ultrapassagem dos limites de tolerância ou doses, dispostos nos Anexos 1, 2, 3, 5, 8, 11 e 12, da NR 15. São agentes quantitativos: Ruído (1), ruído de impacto (2), calor (3), radiações ionizantes (5), vibrações (8), agentes químicos quantitativos (11), poeiras minerais(12). Observação: art. 278, 1º, inciso II, da IN INSS/PRES 77/2015.

85 A Responsável pela análise: Nos termos do art. 297, da IN INSS/PRES 77/2015, o Perito Médico Previdenciário - PMP realizar análise técnica dos períodos de atividade exercida em condições especiais com exposição a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, quando requisitado tanto em processos administrativos, quanto em processos judiciais, avaliando as informações: a) dos formulários de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais, conforme o caso, observando o disposto no art. 260, da IN 77/2015, confrontando as informações com os documentos contemporâneos apresentados; e b) do LTCAT ou documentos substitutivos informados no art. 261, da IN 77/2015, confrontando com os documentos apresentados, observando o art. 262, da mesma IN.

86 É atribuição do PMP solicitar esclarecimentos, remetendo às solicitações ao servidor administrativo para os devidos encaminhamentos, caso identifique inconsistência, divergência ou falta de informações indispensáveis ao reconhecimento do direito de enquadramento de período de atividade exercido em condições especiais e emitir parecer técnico através do preenchimento do formulário denominado Análise e Decisão Técnica de Atividade Especial - Anexo LII, da IN 77/2015, de forma clara, objetiva e legível, com a fundamentação que justifique a decisão e realizar o enquadramento no sistema do(s) período(s) de atividade exercido em condições especiais por exposição à agente nocivo.

87 Na forma do art. 298, da IN INSS/PRES 77/2015, o PMP poderá, sempre que julgar necessário, solicitar as demonstrações ambientais (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR; Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT; Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PCMSO; Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT; e Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP) e outros documentos pertinentes à empresa responsável pelas informações, bem como inspecionar o ambiente de trabalho.

88 CONCEITO DE PERMANÊNCIA: Em regra, trabalho permanente é aquele em que o segurado, no exercício de suas funções, esteve efetivamente exposto a agentes nocivos. Exigência trazida pela Lei 9.032/95 ( 3º, do art. 57, da LB).

89 O Decreto 4.882/03, alterou alguns dispositivos do Decreto 3.048/99, evidenciando uma nova realidade quanto à concessão do benefício. A principal alteração diz respeito à não haver mais a necessidade de exercício da atividade laboral de forma habitual e contínua com agentes nocivos para se ter direito ao benefício, mas sim, de atividade PERMANENTE.

90 De acordo com a nova redação dada ao art. 65, do Decreto 3.048/99, considera-se trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço.

91 Com isto, o Decreto 3.048/99 permite uma flexibilização da necessidade de cumprimento de jornada integral para fins de obtenção do benefício. Precedente: TNU, Processo /SC e TRF4, Processo /SC.

92 Neste sentido, também vejamos: Súmula 49, da TNU: Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de , a exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma permanente. Precedente do STJ: REsp /SC, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, SEXTA TURMA, julgado em 18/10/2005, DJ 21/11/2005.

93 No que diz respeito aos períodos de gozo de auxíliodoença ou aposentadoria por invalidez, que sucedem período de exercício de atividade especial, o parágrafo único, do art. 65, do Decreto 3.048/99, diz que o período de afastamento deve ser computado como especial, desde que o benefício tenha natureza acidentária.

94 No mesmo sentido dispõe o art. 291, da IN INSS/PRES 77/2015: São considerados períodos de trabalho sob condições especiais, para fins desta Subseção, os períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, os de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como os de recebimento de saláriomaternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.

95 O parágrafo único do referido artigo determina que: Os períodos de afastamento decorrentes de gozo de benefício por incapacidade de espécie não acidentária não serão considerados como sendo de trabalho sob condições especiais.

96 Entendemos que o afastamento deve ser computado como especial desde que o benefício por incapacidade suceda interregno no qual houve exercício de atividade especial, independentemente da espécie do benefício. (O Decreto afronta o art. 84, inciso IV, da CF e o art. 29, 5º, da Lei 8.213/91)

97 TNU dos JEF`s: nos autos do Processo nº a TNU determinou a suspensão de todos os processos que tramitam pelo JEF sobre o tema. STJ: considerou o tema como repetitivo no Recurso Especial (Tema 998). TRF4: IRDR no Processo , julgado favoravelmente aos segurados.

98 Aposentadoria Especial: Permanência Alguns outros precedentes: Apelação /RS, julgada pelo TRF4. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. CONVERSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA EM AUXÍLIO- ACIDENTE. SUBSTITUIÇÃO DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO EM APOSENTADORIA ESPECIAL. CONVERSÃO NÃO RECONHECIDA. APOSENTADORIA ESPECIAL CONCEDIDA.

99 APELAÇÃO DA PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDA. 1. O pedido da parte autora se funda na conversão do auxílio-doença em auxílio-acidente para a contagem deste como período especial e a conversão da aposentadoria por tempo de serviço em aposentadoria especial. 2. O período em que o segurado esteve em gozo de auxílio-doença pode ser considerado como tempo de serviço especial, desde que precedido de labor especial. 3. O segurado que estiver em gozo do benefício de auxílio-doença tem direito a computá-lo como tempo de serviço especial, fazendo jus à sua conversão para comum, uma vez que existe expressa autorização legislativa contida no artigo 63 do Decreto nº 2.172/97, no sentido de se tomar como especial o interregno em gozo de auxílio-doença, quando esse se situar entre dois lapsos temporais assim qualificados, o que é o caso dos autos.

100 4. Ainda que não reconhecido a conversão do período de auxílio-doença em auxílio-acidente, considerando que não há documentos suficientes a demonstrar que o afastamento do autor se deu exclusivamente ao fato do acidente ocorrido, deve o INSS averbar como atividade especial o período de 16/04/2005 a 12/12/2005, período em que o autor estava em auxíliodoença, tendo em vista que o trabalho por ele exercido antes e após o referido auxílio fora reconhecido como período especial na empresa "ferrobran", de 29/08/1981 a 30/08/ Computado o período de 16/04/2005 a 12/12/2005 como atividade especial, acrescido aos demais períodos reconhecidos e já averbado pelo INSS, até a data do requerimento administrativo (20/11/2008) perfaz-se um total de 25 anos e dois dias de trabalho exercido em atividade especial, suficientes para o deferimento da aposentadoria especial, nos termos dos artigos 57 e 58 da Lei nº 8.213/91.

101 6. O segurado à revisão de benefício previdenciário de aposentadoria por tempo de serviço para sua conversão em aposentadoria especial, vez que preenchidos os requisitos para seu deferimento, bem como ser mais vantajosa à parte autora, conforme requerido na inicial. 7. Observar a prescrição quinquenal das parcelas que antecedem o quinquênio contado do ajuizamento da ação e a obrigatoriedade da dedução, na fase de liquidação, dos valores eventualmente pagos à parte autora na esfera administrativa. 8. Apelação da parte autora parcialmente provida. (TRF 3ª Região, SÉTIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL , Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL TORU YAMAMOTO, julgado em 06/03/2017, e-djf3 Judicial 1 DATA: 14/03/2017)

102 PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. COMPROVAÇÃO DE EXPOSIÇÃO À TENSÃO ELÉTRICA SUPERIOR A 250 VOLTS. OBSERVÂNCIA DA LEI VIGENTE À ÉPOCA PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. IMPLANTAÇÃO IMEDIATA DO BENEFÍCIO. I - No que tange à atividade especial, a jurisprudência pacificou-se no sentido de que a legislação aplicável para sua caracterização é a vigente no período em que a atividade a ser avaliada foi efetivamente exercida, devendo, portanto, no caso em tela, ser levada em consideração a disciplina estabelecida pelos Decretos n /64 e /79, até e, após, pelo Decreto n /97, sendo irrelevante que o segurado não tenha completado o tempo mínimo de serviço para se aposentar à época em que foi editada a Lei nº 9.032/95.

103 II - Quanto à conversão de atividade especial em comum após , por exposição à eletricidade, o E. Superior Tribunal de Justiça, através do RESP nº SC (Relator Ministro Herman Benjamin, julgado em , DJe ,), entendeu que o artigo 58 da Lei 8.213/91 garante a contagem diferenciada para fins previdenciários ao trabalhador que exerce atividades profissionais prejudiciais à saúde ou à integridade física (perigosas), sendo a eletricidade uma delas, desde que comprovado mediante prova técnica. III- No caso dos autos, houve comprovação de que o autor esteve exposto à tensão elétrica superior a 250 volts, que, por si só, justifica o reconhecimento da especialidade pleiteada.

104 Ademais, em se tratando de exposição a altas tensões elétricas, que tem o caráter de periculosidade, a caracterização em atividade especial independe da exposição do segurado durante toda a jornada de trabalho, pois que a mínima exposição oferece potencial risco de morte ao trabalhador, justificando o enquadramento especial. IV - A percepção de benefício de auxílio-doença não elide o direito à contagem com acréscimo de 40%, tendo em vista que o autor exercia atividade especial quando do afastamento do trabalho. V - Honorários advocatícios arbitrados em 15% sobre o valor das prestações vencidas até a data da sentença, em conformidade com a Súmula 111 do STJ.

105 Aposentadoria Especial: Permanência VI - Nos termos do artigo 497 do Novo Código de Processo Civil, determinada a imediata implantação do benefício de aposentadoria especial. VII - Apelação da parte autora provida. (TRF 3ª Região, DÉCIMA TURMA, AC - APELAÇÃO CÍVEL , Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO NASCIMENTO, julgado em 11/10/2016, e-djf3 Judicial 1 DATA:19/10/2016)

106 Aposentadoria Especial: Permanência Dica Prática: Sempre que formos realizar a contagem do tempo especial devemos requerer o CNIS do segurado e eventual(ais) carta(s) de concessão de auxílio(s)- doença(s) e aposentadoria por invalidez.

107 Permanência implícita no PPP: O PPP trata-se de um histórico laboral do trabalhador, indicando o setor, a função, o cargo, a CBO (Classificação Brasileira de Ocupação), bem como indicando de forma pormenorizada as atividades exercidas, não restando dúvida, portanto, de que, se o trabalhador não exerceu outra função e/ou atividade em outro setor, e se naquele setor indicado no PPP esteve exposto a agentes nocivos, o critério da permanência encontra-se implícito neste documento.

108 Utilização de EPI de modo contínuo: O PPP traz a informação de que o EPI foi utilizado de modo contínuo. Assim sendo, obviamente, que a exposição se deu de modo permanente. Prova testemunhal: A prova testemunhal pode ser utilizada para comprovação da permanência na exposição aos agentes nocivos.

109 BENEFICIÁRIOS: Para o INSS, somente o empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual cooperado (art. 247, da IN INSS/PRES 77/2015). Todos os segurados, no nosso entendimento!!!

110 Nos casos de contribuinte individual, nos termos do inciso I, do art. 259, da IN INSS/PRES 77/2015, o INSS deve reconhecer o período trabalhado em atividade especial, por categoria profissional, até , mediante apresentação de documentos que comprovem, ano a ano, a permanência na atividade exercida (não seria necessário o PPP ou qualquer formulário).

111 Com relação ao período trabalhado após a edição da Lei 9.032/95, entretanto, é aconselhável que o contribuinte individual não cooperado - se possível - contrate uma empresa especializada para laudar o ambiente de trabalho e confeccionar o PPP, pois o INSS não reconhece o tempo trabalhado como especial (art. 259, inciso II, da IN INSS/PRES 77/2015). Além disso, outras provas podem ser produzidas!!!

112 Súmula 62, da TNU: O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de atividade especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física." (DOU ) Precedente: TRF4, APELREEX , Rel. Luís Alberto D Azevedo Aurvalle. D.E

113 STJ (dentista):... A Primeira Turma desta Corte, ao examinar o tema, no julgamento do REsp /RS, Relator o Ministro Sérgio Kukina, afirmou que o art. 57, que trata da aposentadoria especial, não faz distinção entre os segurados, estabelecendo como requisito para a concessão do benefício o exercício de atividade sujeita a condições que prejudiquem a saúde ou a integridade física do trabalhador (...) Concluiu-se, também, por equivocado o argumento de que a contribuição específica realizada pelo empregador em razão da submissão dos empregados a condições especiais de trabalho, prevista no art. 22, II, da Lei n /91, não pode também financiar a aposentadoria especial dos segurados individuais, pois o sistema contributivo, adotado no RGPS, tem como pressuposto a repartição de receitas de um fundo único que arrecada e financia os benefícios.

114 Por fim, foi destacado que o segurado individual não está excluído do rol dos beneficiários da aposentadoria especial, mas cabe a ele demonstrar o exercício de atividades consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física, nos moldes previstos à época em que realizado o serviço - até a vigência da Lei n /95 por enquadramento nos Decretos /1964 e /1979 e, a partir da inovação legislativa, com a comprovação de que a exposição aos agentes insalubres se deu de forma habitual e permanente (STJ. Resp , Rel. Min. Sérgio Kukina. DJ 20/03/2017)

115 Algumas provas: 1. Notas Fiscais de compras de produtos específicos da atividade; 2. Certidão do órgão de classe (CRO, CRM, CNH profissional, etc.); 3. Diploma Universitário, informando a graduação na atividade especial, se for o caso; 4. Certificados de Especialização de cursos durante a vida laboral; 5. Inscrição na prefeitura e respectivos impostos (ISS, TL); 6. Contratar empresa de saúde e segurança do trabalho para elaboração de PPRA e PCMSO;

116 7. Testemunhas; 8. Prova Perícia Judicial; 9. Contrato de Prestação de serviço; 10. Laudo da empresa tomadora do serviço; 11. Fretes (no caso de motorista de caminhão); 12. Inscrição no INSS de autônomo; 13. Fichas dos pacientes atendidos (uma por ano), no caso de dentista ou médico.

117 LAUDO TÉCNICO: A Lei 9.528, de , alterou a redação do art. 58, 1º, da Lei 8.213/91, passando a exigir que o formulário comprobatório do tempo especial fosse emitido com base em Laudo Técnico - LTCAT. O lastreamento em Laudo sempre foi exigido para o agente nocivo ruído (segundo algumas decisões, também para frio e calor).

118 STJ: Pet /RS É lícito concluir que apresentado o PPP, mostra-e desnecessária a juntada do LTCAT, exceto quando suscitada dúvida objetiva e idônea pelo INSS quanto à congruência entre os dados do PPP e do próprio laudo que o tenha embasado!

119 O art. 258 e ss., da IN INSS/PRES 77/2015, trata de uma maneira geral, da documentação necessária para caracterização do exercício de atividade sujeita a condições especiais. Em suma, o segurado empregado ou trabalhador avulso deverá apresentar, original ou cópia autenticada da Carteira Profissional - CP ou da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, acompanhada do Formulário emitido até mais Laudo ou PPP (SEM LAUDO!!!).

120 Em que pese a existência do PPP, entendemos que o tempo especial pode ser comprovado por todos os meios de prova, como a realização de perícia no local de trabalho, em estabelecimento similar, através de sentença trabalhista que reconheceu o trabalho em exposição à agentes nocivos, etc. Perícia indireta ou por similaridade como meio de prova do tempo especial: REsp /RS, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, /RS. DJe e AgRg no REsp

121 Quanto à necessidade de que os documentos comprobatórios do exercício da atividade especial sejam contemporâneos à época da prestação do serviço, nota-se que tal exigência é completamente desarrazoada. É evidente que o fato de os documentos terem sido fornecidos após o término da prestação dos serviços não pode prejudicar o segurado do Regime Previdenciário, sendo legítima a utilização do laudo e documento fornecido pela empresa ou órgão público, de acordo com as informações constantes em seus dados arquivados.

122 Neste sentido, vejamos: Súmula 68, da TNU: O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade especial do segurado. Precedente do TRF3: Processo , Turma Suplementar da 3ª Seção, Rel. Juíza Convocada Louise Filgueiras, DJF3 de

123 EPI e o tempo especial: A matéria foi apreciada pelo STF, em , quando do julgamento do ARE /SC, com repercussão geral reconhecida pela Corte Suprema (Rel. Min. Luiz Fux). O STF firmou, para os efeitos do art. 543-B, do CPC, duas teses que veremos a seguir.

124 TESE GERAL: O direito à aposentadoria especial (art. 201, 1º, da CF) pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo. Se o EPI é eficaz para neutralizar, o tempo de atividade não se caracteriza como especial. O ônus da prova seria do INSS, segundo nosso entendimento! TESE ESPECÍFICA: Em se tratando de exposição do segurado ao agente nocivo ruído, acima dos limites de tolerância, a eficácia do EPI NÃO DESCARACTERIZA a atividade especial para fins de aposentadoria.

125 DICA PRÁTICA: ATENÇÃO AO CERTIFICADO DE APROVAÇÃO (C.A.) DO EPI!!! CONSULTA PELA INTERNET (TIPO DE EPI E VALIDADE). DICA PRÁTICA: RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS PARA RETIFICAÇÃO DO PPP, EM DETERMINADAS SITUAÇÕES SÃO INTERESSANTES!

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