DESENVOLVIMENTO DO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO. Cláudio Roberto Fernandes Décourt Vice-Presidente Executivo
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- Lavínia Neiva Lameira
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1 DESENVOLVIMENTO DO TRANSPORTE AQUAVIÁRIO Cláudio Roberto Fernandes Décourt Vice-Presidente Executivo Outubro / 2003
2 A MARINHA MERCANTE BRASILEIRA MMB ítens abordados: transporte internacional; cabotagem; Apoio marítimo.
3 POR QUE TER UMA MARINHA MERCANTE BRASILEIRA? A MARINHA MERCANTE BRASILEIRA RESPONDE HOJE : Por menos de 4% do transporte do nosso comércio exterior. Final da década de 70: transportou, em navios de registro brasileiro, cerca de 22%; Por apenas cerca de 14% da movimentação das cargas internas do País; Por apenas cerca de 15% das operações de apoio marítimo;
4 A MARINHA MERCANTE BRASILEIRA HOJE Evolução da frota própria brasileira TPB X , , , , , , ANO Fonte: DMM L. CURSO CABOTAGEM LC + CAB
5 A MARINHA MERCANTE BRASILEIRA HOJE: O Apoio Marítimo Composição da Frota da Navegação de Apoio Marítimo Bandeira Brasileira Bandeira Estrangeira 34% 66% Fonte: ABEAM - Novembro/2002
6 A MARINHA MERCANTE BRASILEIRA HOJE: O Apoio Marítimo Divisão da Receita Anual no Mercado Brasileiro de Apoio Marítimo Bandeira Estrangeira Bandeira Brasileira 15% 85% Fonte: ABEAM - Novembro/2002
7 Marinha Mercante Brasileira: características básicas mercado de transporte marítimo internacional Fretes gerados: US$ 5,8 bilhões / ano Tendência de crescimento Percentual do frete retido no País:. 2% considerando empresas brasileiras de navegação privadas ou. 3% se considerarmos também a participação da Petrobrás.
8 Marinha Mercante Brasileira: características básicas mercado de transporte marítimo internacional 6.000,00 Participação da bandeira brasileira no frete gerado (exportação + importação) 5.000, , ,00 60% 58% 57% 63% 63% 73% 74% 78% 78% 79% 80% 82% 2.000, ,00-20% 21% 24% 20% 20% 20% 22% 19% 17% 17% 19% 18% 16% 17% 16% 16% 15% 8% 8% 6% 5% 5% 4% 3% Fonte: DMM ANO 19% PRÓPRIOS AFRETADOS ESTRANGEIRA
9 Marinha Mercante Brasileira: características básicas mercado de transporte marítimo internacional Perspectivas para o futuro Aumentar a participação de empresas brasileiras de navegação no transporte do comércio exterior brasileiro; Meta possível: cerca de 15% de nossa carga geral internacional. No passado: chegamos a transportar cerca de 22% desse comércio.
10 Marinha Mercante Brasileira: características básicas mercado de Cabotagem Navegação de Cabotagem: segmentos principais. Carga Geral Granéis Transporte Interno no País Feeder Derivados petróleo Líquidos Químicos Sólidos
11 Marinha Mercante Brasileira: características básicas mercado de Cabotagem Perspectivas para o futuro (principalmente carga geral) Tendência de crescimento; Mercosul: expansão natural; Estimular o desenvolvimento da navegação de cabotagem (aqui incluído o setor de apoio portuário), de modo a que seja executada por embarcações de registro brasileiro; Meta possível: dobrar a quantidade de contêineres transportados na cabotagem.
12 A MATRIZ DE TRANSPORTES Percentual da carga transportada em toneladas-quilometro PAÍS AQUAVIÁRIO FERROVIÁRIO RODOVIÁRIO BRASIL * ESTADOS UNIDOS ALEMANHA FRANÇA RUSSIA Fonte: Ministério dos Transportes * No transporte aquaviário estão consideradas a cabotagem e o transporte hidroviário interior ior CONSEQÜÊNCIAS DO DESBALANCEAMENTO DA MATRIZ: Setor de transportes: responsável por cerca de 40% do consumo de derivados de petróleo e por 80% do consumo de óleo diesel; Roubo de cargas: causam prejuízos da ordem de R$ 500 milhões ao ano; Índice de mortes por Km no Brasil chega a ser 70 vezes superior aos índices verificados nos países ricos; número de mortes por ano equivale a um acidente fatal com um Boeing 737 lotado a cada 36 horas; Malha viária deteriorada demandando enormes recursos para sua manutenção.
13 Marinha Mercante Brasileira: características básicas Cabotagem O Circulo Vicioso do Transporte Rodoviário de Cargas Pequenas Barreiras de Entrada Altas Barreiras de Saída O Círculo Vicioso do Transporte Rodoviário Aumento da oferta Sobre Peso Sobre Jornada Baixo Valor dos Fretes Baixa Renovação Baixa Manutenção Fonte: COPPEAD O Caminho para o transporte no Brasil CONSEQÜÊNCIAS: Malha viária deteriorada; Alto consumo de óleo diesel; Agravamento do CUSTO BRASIL.
14 A MARINHA MERCANTE BRASILEIRA HOJE: O Apoio Marítimo Perspectivas para o futuro Aumentar a participação de embarcações brasileiras no setor de apoio marítimo. Meta possível: participaçã ção o das empresas brasileiras na receita anual do setor crescer para cerca de 50%.
15 A MARINHA MERCANTE BRASILEIRA HOJE Mesmo com essa inexpressiva participação: Gera diretamente cerca de empregos (empregados das empresas de navegação brasileiras, operando em terra e na tripulação dos navios de bandeira brasileira); Gera encomendas à indústria de construção naval brasileira, setor intenso em mão-de de-obra que emprega hoje, diretamente, cerca de pessoas, mas que já chegou a empregar cerca de na década de 70; Propicia economia de combustíveis derivados de petróleo, consumindo óleo residual pesado ao invés de óleo diesel; Contribui para uma menor deterioração da nossa malha viária.
16 Marinha Mercante Brasileira: medidas necessárias à retomada da competitividade Retomada do desenvolvimento depende de COMPETITIVIDADE Melhoria das condições de competitividade é o aspecto prioritário para a revitalização da marinha mercante nacional O Fundo da Marinha Mercante é o principal instrumento a ser utilizado para tornar possível a retomada da COMPETITIVIDADE. retomada da COMPETITIVIDADE. Recursos do FMM circulam no sistema (conta vinculada)
17 A MARINHA MERCANTE BRASILEIRA COMO COMPETIR COM A EMPRESA ESTRANGEIRA? Mais de 60% da frota mercante mundial está registrada sob registros abertos; Quase toda a frota mundial recebe subsídios e incentivos;
18 A necessidade de termos uma marinha mercante competitiva: custos operacionais maiores que os praticados por seus principais concorrentes. PAÍS DE TIPOS DE SUBSÍDIOS PRATICADOS (1996) % BANDEIRA DOMICÍLIO T % NACIONAL Grécia % Japão % Noruega % Estados Unidos % China Sem Informações 52% Alemanha % Hong Kong (China) Sem Informações 51% 7 PAÍSES: 62% DA CAPACIDADE MUNDIAL (EM TPB) República da Coréia % Taiwan % Reino Unido % Singapura % Dinamarca % Federação Russa % Itália % Índia % Arábia Saudita % Turquia % Brasil % Obs: Dados de frota UNCTAD/ PAÍSES: 22% DA CAPACIDADE MUNDIAL (EM TPB)
19 Marinha Mercante Brasileira: características básicas Tipos de Subsídios Praticados pelas Marinhas Mercantes Mundiais: 1) Subsídios à Construçã ção - fundos e verbas para operaçõ ções em andamento, reestruturaçã ção o de operaçõ ções e produçã ção, crédito p/ sucateamento e entrega do navio como parte do pagamento e, programas de taxa cambial; 2) Programas de Financiamento - empréstimos a taxas reduzidas e garantias de empréstimos aos estaleiros ou diretamente aos compradores de navio, por meio de governos ou instituiçõ ções afins; 3) Acordos Bilaterais - acordos de gov.. p/ facilitar a navegaçã ção o entre países envolvidos ou possibilitando acesso à carga prescrita dos mesmos (de forma recíproca ou não), n ou visando crescimento/fortalecimento de suas marinhas mercantes; 4) Créditos à Exportaçã ção - empréstimos a taxas reduzidas e garantias de empréstimos para compradores externos de navios e reduçã ção o de tarifas de frete a embarcadores; 5) Depreciaçã ção o e Taxas c/ Beneficiamento - programas de depreciaçã ção o acelerada (visando renovaçã ção da frota e incentivando a construçã ção o de grandes navios) e de crédito, deferimento ou isençã ção fiscal para estaleiros ou empresas de navegaçã ção; 6) Tratamento Fiscal Diferenciado Mediante Reduçã ção o de Impostos 7) Empresa de Navegaçã ção o Governamental
20 Marinha Mercante Brasileira: características básicas Tipos de Subsídios Aplicados pelas Marinhas Mercantes Mundiais: 8) Reserva de Cabotagem 9) Auxílio à Pesquisa e Desenvolvimento 10) Reserva de Carga e Preferência de Bandeira - apoio no que se refere à regulamentaçã ção o e comercializaçã ção o através s de reserva de carga, conferência/acordos ncia/acordos de tráfego, operaçõ ções de propriedade governamental ou dirigidas pelo governo, acordos bilaterais, taxaçõ ções, restriçõ ções e isençõ ções de impostos alfandegários e restriçõ ções sobre a cabotagem; 11) Subsídios Operacionais 12) Auxílio Seguro Marítimo 13) Auxílio à Construçã ção o e Sucateamento 14) Programas Sociais ou Econômicos - programas internos, em geral, tais como escola para treinamento de oficiais, e isençã ção o do imposto de seguro social, o que efetivamente reduz o custo operacional ou preço o de navios para a indústria marítima de qualquer país s que esteja concorrendo por cargas internacionais; 15) Registros Abertos / Segundo Registro 16) Auxílio de Reestruturaçã ção 17) Outros Tipos de Auxílio
21 Marinha Mercante Brasileira: características básicas Características da frota mundial TPB X Evolução da frota mundial Fonte: UNCTAD ANO BAND. NACIONAL BAND. ESTRANGEIRA TOTAL
22 A MARINHA MERCANTE BRASILEIRA COMO REVERTER ESTE DIFÍCIL QUADRO? Para que o FMM possa contribuir para a solução dos problemas do setor é necessário, além da aplicação ágil e inteligente desses recursos, que: permaneça como fundo vinculado e com aplicações exclusivamente ligadas ao desenvolvimento da marinha mercante, tendo em conta que seus recursos são gerados pelo setor; seja definitiva e totalmente desvinculado dos eventuais contingenciamentos orçamentários da União.
23 Marinha Mercante Brasileira: Principais entraves Contingenciamento do Fundo da Marinha Mercante FMM; Solução: que seja definitiva e totalmente desvinculado dos eventuais contingenciamentos orçament amentários da União, por ter recursos próprios prios e aplicaçõ ções específicas previstas em Lei, todos gerados e vinculados ao setor de marinha mercante. Taxas de juros para financiamentos de novas embarcações às empresas brasileiras de navegação variando entre 4 e 6%; Soluçã ção: que os juros sejam fixados, para permitir que os planejamentos s de longo prazo sejam feitos com juros conhecidos Demora na aprovaçã ção o dos projetos e contrataçã ção o dos financiamentos pelo BNDES; Solução: promover maior celeridade na aprovação dos contratos pelo BNDES. Crescimento das isenções de AFRMM; Solução: ressarcir r as empresas de navegaçã ção, através s do FMM, das isençõ ções previstas no Decreto Lei 2.404/87. A União, os Estados e Municípios cobram das empresas brasileiras de apoio marítimo tributos que não n o incidem sobre as receitas das empresas estrangeiras que operam no Brasil. Solução: criar isonomia tributária entre empresas brasileiras de apoio marítimo e suas concorrentes estrangeiras que operam no Brasil.
24 Marinha Mercante Brasileira: o futuro Medida provisória em estudo pontos acordados: Aumento da participação da EBN (+ 75% do AFRMM recolhido - por 5 anos) - cabotagem - graneis longo curso Ressarcimento de 75% das isenções (acordos internacionais por 7 anos); Conseqüências: Maior oxigenação do setor; Recursos circulam no sistema sempre retornam ao FMM; Melhoram condições de competitividade renovação e ampliação da frota.
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