Auditoria. Controle e Auditoria Conceitos. Professor Marcelo Spilki.
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- Cláudio Salazar Caires
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1 Auditoria Controle e Auditoria Conceitos Professor Marcelo Spilki
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3 Auditoria CONTROLE E AUDITORIA: CONCEITOS Controle Teoria da administração: planejamento, organização, direção e controle 4ª função do ciclo administrativo Funções interagem de forma dinâmica Funções integradas, formando um processo cíclico Teoria do controle: o controle também é um processo cíclico, cujas fases são: definição de padrões e critérios (desempenho e normas) observações do processo (busca de informações precisas do que é controlado) comparação com padrões/critérios (identificação de desvios) Implementação de ações corretivas (manter operações dentro da normalidade para alcançar objetivos). Agente corretivo. Ex: Disjuntor, termostato, piloto automático Controle Interno e Governança Controle interno: conjunto de atividades e processos que garantem que uma organização atinja de forma razoável seus objetivos com administração dos riscos inerentes a suas atividades. As instituições identificam os riscos associados à consecução dos seus objetivos e implantam diversos processos para controlar e/ou mitigar essas ameaças Faz parte do conceito de governança corporativa, que pode ser definido como o conjunto dos princípios básicos de transparência, equidade, prestação de contas, e responsabilidade corporativa. 3
4 Governança corporativa, gestão de riscos e controles internos são usados por instituições públicas e privadas para a edição de normas e modelos para implantação de controles internos e gestão de riscos. Tipos de controles Controle preventivos: impedem a ocorrência de informações incorretas e devem ser enfatizados no projeto de processos. São os mais eficientes, mas em geral não provam evidência documentada de seu benefício. Exemplos: controle de acessos a locais e sistemas, autorizações, segregação de funções Controle de detecção: são complementos aos controles preventivos que fornecem evidência de que erros são impedidos. Exemplos: conciliação, conferência de estoque. Custo x benefício: O custo do controle deve ser inferior ao benefício gerado. O resultado dos controles internos pode ser de difícil mensuração. Pressão por benefícios pode forçar a administração a evitar custos que não produzam retorno imediato. Mesmo bem mensurados, certos controles podem ser eliminados baseados nessa premissa. Decreto Lei 200/67: Art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de processos e supressão de controles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco. Classificação quanto ao momento: Controle prévio Anterior à execução do ato administrativo Exemplo: análise prévia de edital de licitação pública Vantagem: Verificação dos atos antes de serem praticados, podendo evitar erros ou fraudes Desvantagens: Restrição do fluxo dos processos (gargalo) Excesso de trabalho, análise superficial, comprometimento do controle Alto custo Controle concomitante: Exercido durante a execução do ato administrativo Exemplo: fiscalização de uma obra em andamento 4
5 Auditoria Controle e Auditoria - Conceitos Prof. Marcelo Spilki Vantagens e desvantagens: as mesmas do controle prévio, mas o uso de sistemas de informação e de critérios adequados de seleção de processos baseados em riscos possibilita grande eficiência no controle Controle posterior ou subsequente (a posteriori) Exercido após a execução do ato administrativo, permitindo a sua confirmação Exemplo: homologação de licitação ou concurso público, correção (convalidação de um ato administrativo maculado com vício sanável) ou desfazimento (anulação de ato ilegal) Em geral é a forma de controle mais utilizada Baseado na responsabilização do gestor, já que erros ou fraudes muitas vezes não poderão ser corrigidos após os atos já terem sido praticados Grande dificuldade para a recuperação de valores e punição dos responsáveis Atividades de Controle Interno Segregação de funções: busca evitar que indivíduos sejam postos em situações que possam cometer e encobrir fraudes. Ex: autorização de transação, registro e custódia física de ativo Procedimentos de autorização: garantem que somente sejam realizadas transações permitidas e que pessoas sem autorização não tenham acesso a transações registradas, nem tenham poder de alterá-las. As autorizações correspondem à responsabilidade pela tarefa/função. Ex: crédito x vendas Documentação adequada: gera evidência das autorizações, da existência das transações, da fundamentação de lançamentos e das obrigações financeiras. Ex: documentos prenumerados Acesso aos ativos: protegem contra destruição acidental, deliberada ou furto. Ex: controle de acesso a estoques, equipamentos e centrais de computação; cofres Conciliações: conferência de registros e transações. Ex: saldo bancário e registro contábil, contagens físicas de ativos e registro Controles de TI: acesso e alterações em dados, sistemas, equipamentos, downloads Auditoria A auditoria é um exame sistemático formado por um conjunto de procedimentos técnicos estruturados que busca avaliar de forma independente se determinados atos e fatos correspondem a critérios estabelecidos. Aplicada a uma organização, parte dela ou processo Técnica milenar Provas arqueológicas de inspeções/verificações de registros de 4500 a.c. Imperador Nero (58-64 d.c.) sugeriu ao Senado auditoria sobre arrecadação de impostos 5
6 Inglaterra 1314, França 1318 cargos de auditor do tesouro Brasil Erário Régio 1808 acompanhamento da execução da despesa Evolução da auditoria Empresas familiares, fechadas Necessidade de alavancar e ampliar negócios Captação de recursos com investidores (bancos, acionistas) Publicação das demonstrações contábeis Necessidade de avaliação independente sobre dados financeiros e contábeis para investidores avaliarem segurança, rentabilidade e liquidez dos investimentos Surgimento da auditoria como é hoje Considerada por muitos autores como técnica contábil Aprimorada ao longo do tempo, avançando sobre outros campos de atuação além das Ciências Contábeis: sistemas informatizados, engenharia, meio ambiente, recursos humanos, qualidade, programas, etc. Valorizada com casos de fraudes nas últimas décadas. Salto evolutivo. COSO ICF e ERM (1992, 2004, 2013 e 2017), Lei Sarbanes-Oxley (2002). Gerenciamento de riscos, governança corporativa, reformulação das práticas contábeis internacionais (International Accounting Standards Board IASB), convergência mundial das normas de contabilidade e auditoria (International Financial Reporting Standards IFRS) 6
7 Auditoria Controle e Auditoria - Conceitos Prof. Marcelo Spilki Auditor clássico Missão clara, sem grande necessidade de visão estratégica e criatividade Inspeciona e revê atuações e decisões passadas Auditor do presente Deve alinhar suas atividades às expectativas dos clientes e ao planejamento estratégico da organização Deve conhecer os objetivos da organização, o negócio, os processos e os seus riscos Deve ter compromisso com o futuro da organização Deve aplicar seus conhecimentos de gestão de riscos e de controle interno nas áreas que possam impactar significativamente o sucesso da organização Antes de auditores, devem ser bons profissionais de negócio Benefícios da auditoria Administração Verifica os controles internos Avalia a adequação do objeto auditado (demonstrações contábeis, setor, processo) Dificulta erros e fraudes Informações sobre a situação da empresa Investidores Análise sobre a continuidade dos negócios, retorno e liquidez Maior exatidão nos resultados apurados Administração Tributária Maior grau de exatidão nas demonstrações e resultados Maior observância ao cumprimento da legislação Parâmetro para direcionamento dos trabalhos Sociedade Credibilidade às demonstrações contábeis Tranquilidade social: atividade econômica, emprego, etc. Reflete economia da região e do país 7
8 Classificação Privada x Pública ou Governamental Conformidade x Operacional (regularidade x desempenho) Interna x Externa Quanto ao objeto: contábil, fiscal, obras, TI (sistemas, segurança da informação, governança de TI, dados), ambiental, qualidade, etc. Os objetivos específicos das auditorias podem ser diferentes, mas de modo geral o objetivo comum de todas as auditorias é emitir uma opinião independente sobre uma organização ou parte dela 8
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