D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S FA C U L D A D E D E M E D I C I N A
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- Fábio Peres Belmonte
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1 D I S C I P L I N A D E S E M I O L O G I A U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S FA C U L D A D E D E M E D I C I N A
2 A U L A 0 5 F E B R E
3 PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014, 1413 p.
4 C O N C E I T O F I S I O P A T O G E N I A S I G N I F I C A D O B I O L Ó G I C O C A R A C T E R E S S E M I O L Ó G I C O S C A S O S C L Í N I C O S
5 Diga-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu me lembro. Envolva-me e eu aprendo. (Benjamin Franklin)
6 CONCEITO 6 / 45 É a temperatura do corpo acima do normal Sinal S. GERAIS FEBRE S. ESPECÍFICOS
7 CONCEITO 7 / 45 F E B R E É a temperatura do corpo acima do normal. É um sinal de uma síndrome, um conjunto de sintomas e sinais. A síndrome febril pode cursar com cefaleia, convulsão, confusão, delírio, fotofobia, taquicardia, taquisfigmia, taquipneia, náusea, vômito, oligúria, mal-estar, astenia, inapetência, totalgia, calafrio e sudorese.
8 SIGNIFICADO BIOLÓGICO 8 / 45 Benefício versus malefício SINAL DE ALERTA (MECANISMO DE DEFESA NÃO SE CONFIGURA) PERDA DE LÍQUIDO PERDA DE PESO PERDA DE NITROGÊNIO
9 SIGNIFICADO BIOLÓGICO 9 / 45 B E N E F Í C I O V E R S U S M A L E F Í C I O É um sinal de alerta. Não configura mecanismo de defesa, visto que não acelera a fagocitose tão pouco a formação de anticorpos. Em sentido contrário, contribui para a perda de líquido (aumento da sudorese), perda de peso (aumento do metabolismo) e perda de nitrogênio (pelo que, aumenta a frequência cardíaca).
10 FISIOLOGIA 10 / 45
11 FISIOLOGIA 11 / 45 C O N T R O L E D E T E M P E R AT U R A O calor decorre do metabolismo. Sua liberação dá -se por evaporação, condução e convecção. O aumento da produção ocorre no hipertireoidismo. A diminuição da liberação, na ausência de glândulas sudoríparas, na insuficiência cardíaca e nas dermatoses. A lesão tecidual libera pirogênicos que agem pelos dois meios.
12 LOCAIS DE AFERIÇÃO 12 / 45 AXILAR OCO AXILAR 35,5 37ºC TIMPÂNICA MEMBRANA T ,5ºC BUCAL SUBLINGUAL 36 37,5ºC RETAL AMPOLA RETAL 36 37,5ºC
13 LOCAIS DE AFERIÇÃO 13 / 45 T E R M Ô M E T R O A temperatura bucal é aferida na região sublingual, a timpânica na membrana do tímpano, a axilar no cavo axilar e a retal na ampola do reto. Os valores normais estão entre 36 e 37,5ºC para as três primeiras e 35,5 e 37ºC para a última. Diferenças superiores a 0,5ºC indicam processos infecciosos naquelas localidades.
14 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 14 / 45 Quinteto INÍCIO INTENSIDADE DURAÇÃO EVOLUÇÃO TÉRMINO
15 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 15 / 45 S Ã O 5 A S E R E M I N V E S T I G A D O S No tocante à febre, seu completo aclaramento dimana da averiguação de cinco caracteres semiológicos, quais sejam o início, a intensidade, a duração, a evolução e o término do processo.
16 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 16 / 45 Início Lento INCIDIOSO Rápido SÚBITO
17 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 17 / 45 I N Í C I O A febre pode iniciar -se de maneira gradual ou súbita. No primeiro caso, a temperatura sobe pouco a pouco e pode ou não ser acompanhada de síndrome febril. Já na segunda situação, a temperatura sobe repentinamente, de maneira inesperada e a síndrome febril é corriqueira, evidenciando -se o calafrio.
18 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 18 / 45 Intensidade Axilar inferior a 37.5ºC LEVE Axilar entre 37,5 e 38,5ºC MODERADA Axilar superior a 38,5ºC ALTA
19 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 19 / 45 I N T E N S I D A D E Considerando -se a aferição axilar, a febre leve corresponde à temperatura cujo valor esteja entre 37 e 37,5ºC, a moderada entre 37,5 e 38,5ºC e a alta acima de 38,5ºC. A intensidade depende do fator causal e da capacidade de reação do organismo. Infecção grave em idoso ou depauperado pode cursar com febre leve.
20 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 20 / 45 Duração BACTÉRIAS > 1 SEMANA PROLONGADA PARASITAS
21 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 21 / 45 DURAÇÃO A febre é dita prolongada quando de duração superior a uma semana, contínua ou não. Pode decorrer de septicemia, endocardite, tuberculose, pielonefrite, linfoma, colagenoses, amebíase, esquistossomose, salmonelose, malária, tripanossomíase e brucelose.
22 Te m p e r a t u r a F E B R E CARACTERES SEMIOLÓGICOS 22 / 45 Evolução Normal Série ,3 36, , , , , D i a s e h o r á r i o s d e a f e r i ç ã o
23 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 23 / 45 E V O L U Ç Ã O O controle de temperatura é feito com o quadro térmico, um gráfico cartesiano dos dias e horários de aferição pelos valores aferidos. A temperatura é medida quatro vezes ao dia. A união dos valores mensurados dá origem à curva térmica. Em condições normais, os valores variam entre 36 e 37,5ºC.
24 Te m p e r a t u r a F E B R E CARACTERES SEMIOLÓGICOS 24 / 45 Evolução Febre Contínua Endocardite, pneumonia e salmonelose Série , , , , D i a s e h o r á r i o s d e a f e r i ç ã o
25 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 25 / 45 E V O L U Ç Ã O A febre contínua caracteriza -se pela ausência de períodos de apirexia. As oscilações costumam ser pequenas, de até 1ºC. Pode ocorrer na endocardite infecciosa, na pneumonia e na salmonelose.
26 Te m p e r a t u r a F E B R E CARACTERES SEMIOLÓGICOS 26 / 45 Evolução Febre Remitente Septicemia, pneumonia e tuberculose Série D i a s e h o r á r i o s d e a f e r i ç ã o
27 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 27 / 45 E V O L U Ç Ã O A febre remitente caracteriza -se pela ausência de período de apirexia e pelas grandes oscilações nos valores da temperatura, sempre superiores a 1ºC. Pode ocorrer na septicemia, na pneumonia e na tuberculose.
28 Te m p e r a t u r a F E B R E CARACTERES SEMIOLÓGICOS 28 / 45 Evolução Febre Irregular Septicemia, tuberculose e malária Série D i a s e h o r á r i o s d e a f e r i ç ã o
29 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 29 / 45 E V O L U Ç Ã O A febre irregular caracteriza -se pela presença de períodos de apirexia, pelos picos altos e pelo caráter acíclico, absolutamente imprevisível. Pode ocorrer na septicemia, na tuberculose, na malária, no abcesso pulmonar e no empiema vesicular, entre outras.
30 Te m p e r a t u r a F E B R E CARACTERES SEMIOLÓGICOS 30 / 45 Evolução Febre Intermitente Sepse, pielonefrite e linfoma Série D i a s e h o r á r i o s d e a f e r i ç ã o
31 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 31 / 45 E V O L U Ç Ã O A febre intermitente caracteriza -se por períodos de apirexia. Pode ser cotidiana (febre em um período e apirexia no outro), terçã (febre em um dia e apirexia no outro) ou quartã (febre em um dia e apirexia nos dois dias seguintes). Pode ocorrer na septicemia, na pneumonia e na tuberculose, entre outras.
32 Te m p e r a t u r a F E B R E CARACTERES SEMIOLÓGICOS 32 / 45 Evolução Febre Recorrente Brucelose e linfomas (Hodgkin) Série , , , , D i a s e h o r á r i o s d e a f e r i ç ã o
33 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 33 / 45 E V O L U Ç Ã O A febre recorrente caracteriza -se por apresentar períodos de apirexia, que podem estender -se de dias até semanas e períodos de febre, sem grandes oscilações, geralmente inferiores à 1ºC. Pode ocorrer na brucelose, assim como na Doença de Hodgkin.
34 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 34 / 45 Término Normalização gradual LISE Normalização súbita CRISE
35 CARACTERES SEMIOLÓGICOS 35 / 45 T É R M I N O Quando em lise, a normalização da temperatura é gradual e geralmente assintomática, o que ocorre na maioria das doenças. Por outro lado, quando em crise, a normalização da temperatura é súbita e no mais das vezes sintomática, cursando com sudorese profusa e prostração, o que acontece no acesso malárico.
36 CASO CLÍNICO 36 / 45 Doenças infecciosas FARINGITE ENDOCARDITE PNEUMONIA GECA PIELONEFRITE Dor garganta Fadiga Febre Náuseas Lombalgia Hiperemia Edema Tosse Vômitos Disúria Exsudato Sopro Dispneia Diarreia Hematúria
37 CASO CLÍNICO 37 / 45 D O E N Ç A S I N F E C C I O S A S A febre se acompanha de sintomas e sinais indicativos do órgão afetado, facilitando o reconhecimento da enfermidade. Exemplificando, na faringite há dor de garganta (sintoma) e hiperemia de orofaringe (sinal). Essas doenças constituem a causa mais comum de febre, mas, não a única. Antibiótico com parcimônia.
38 CASO CLÍNICO 38 / 45 Doenças neurológicas TCE AVC TRM Embotamento físico e mental Embotamento físico e mental Variável conforme altura
39 CASO CLÍNICO 39 / 45 D O E N Ç A S N E U R O L Ó G I C A S No acidente vascular cerebral há embotamento físico e psíquico. No traumatismo crânio -encefálico isto se repete. Neles, a febre costuma ser diretamente proporcional ao grau de lesão tecidual, assim como ao prognóstico. No traumatismo raquimedular cervical alto a febre é elevada e no baixo instala -se a hipotermia.
40 CASO CLÍNICO 40 / 45 Doenças hematológicas ANEMIA FALC. ANEMIA IMUNE HEMOFILIA PTI Fadiga Fadiga Hemorragia Hemorragia Palidez Palidez Homens Púrpuras Taquicardia Taquicardia 50 anos Homens
41 CASO CLÍNICO 41 / 45 D O E N Ç A S H E M AT O L Ó G I C A S Na mesma medida, a febre se avizinha de sintomas e sinais que corroboram para o diagnóstico. Meditemos, tomando por exemplo, a hemofilia que é duas vezes mais incidente nos homens, que manifesta -se especialmente na quinta década de vida e que cursa com episódios os mais variados de hemorragias.
42 CASO CLÍNICO 42 / 45 Doenças neoplásicas malignas BRÔNQUIOS FÍGADO RINS LINFOMA LEUCEMIA Tosse Icterícia Hematúria Adenomega Infecções Hemoptise Dor HD Dor flanco Sudorese Hemorragia Perda peso Massa HD Perda peso Prurido Perda peso
43 CASO CLÍNICO 43 / 45 D O E N Ç A S N E O P L Á S I C A S M A L I G N A S Febre constante, prolongada e sem causa evidente impõe sempre a investigação do câncer. Mais uma vez, os sintomas e sinais norteiam o médico para o órgão assaltado. Por exemplo, o câncer brônquico, comumente, se faz escoltar da perda de peso significativa, da tosse constante e da hemoptise.
44 C E FA L E I A CONCLUSÃO 46 / 47 CONCEITO GÊNESE SIGNIFICADO CARACTERES CASOS
45 F I M
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