CRUZ AZUL. Revista. ANO 2017 Semestre Nº 15. Um Breve Olhar para a Codependência. Dependência Patológica de Internet.

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1 Revista CRUZ AZUL ANO 2017 Semestre Nº 15 Um Breve Olhar para a Codependência Relação de Ajuda, Aconselhamento e Psicoterapia Dependência Patológica de Internet Carta Pedagógica

2 O que é a Cruz Azul no Brasil A CRUZ AZUL NO BRASIL é uma federação de Comunidades Terapêuticas, fundada em 23 de junho de 1995, filiada à Cruz Azul Internacional ( International f Blue Cross - IFBC - integrando a rede Cruz Azul mundial presente em mais de 40 países desde Integra também a CONFENACT - Confederação Nacional de ComunidadesTerapêuticas, sendo uma das federações fundadoras desta. Além de ser uma federação de Comunidades Terapêuticas, atua também diretamente com os seguintes programas de atendimento: a) Programa de grupos de ajuda mútua; b) Programa de prevenção às drogas; c) Programa de educação continuada; d) Programa de orientação e apoio para dependentes de drogas e familiares (presencial e online); e) Programa de assessoramento e orientação a entidades sem fins lucrativos; f) Programa de edição de literatura; g) Programa de construção de políticas públicas sobre drogas. Missão - PROMOVER AVIDA: Sem álcool e outras drogas, visando ao bem-estar individual, familiar e social; Com a inclusão, a mútua ajuda e a abstinência; Com ações inovadoras de prevenção, acolhimento, tratamento, reinserção social, apoio e educação continuada; Acreditando na capacidade de mudança do ser humano: Fundamentando-se no poder salvífico e transformador de Jesus Cristo. Visão - SER REFERÊNCIA NA ÁREA DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS: Como movimento cristão de inclusão, mútua ajuda e abstinência, reconhecido por sua visão de ser humano integral; Em prevenção; Em educação continuada, conhecimento e inovação; Em rede de acolhimento e atendimento individual e familiar, de grupos de mútua ajuda e de comunidades terapêuticas; Em políticas públicas, assessoramento, defesa e garantia de direitos. Valores - NOSSOS VALORES: Crença no poder salvífico e transformador de Jesus Cristo e na capacidade de mudança do ser humano; Abstinência como sinal de apreço e solidariedade, instrumento efetivo de acolhimento, tratamento, prevenção e qualidade de vida; Movimento em rede de inclusão e mútua ajuda; Educação continuada e inovação; Ética e transparência. Proposta: promover uma vida sem drogas, visando a saúde física, psicológica e espiritual do ser humano para o bem-estar individual, familiar e social. Sede e Endereço da Secretaria Executiva: Rua São Paulo, n. 3424, Bairro Itoupava Seca, Blumenau, Santa Catarina Telefone/fax: (47) Site: cruzazul@cruzazul.org.br 02

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4 Normas de Publicação de Artigos na Revista Cruz Azul Online A revista possui interesse nos artigos vinculados nas seguintes temáticas: dependência química, comunidade terapêutica, grupos de apoio, prevenção ao uso de substâncias psicoativas, prevenção à recaída, codependência, políticas públicas sobre drogas e outros temas correlacionados, sendo possível o chamamento de submissões com temáticas específicas. Ao submeter um trabalho para o periódico, os autores devem ler e aceitar as condições que seguem: 1. O(s) nome(s) do(s) autor(es) deverão estar devidamente omitidos ao longo do texto (requisito para análise duplo-cego); 2. A contribuição deverá ser original e inédita, e não estar sendo avaliada para publicação por outro periódico; caso contrário, deverá ser justificada tal condição no corpo do no qual o trabalho será enviado; 3. O arquivo deverá ser submetido em formato Microsoft Word, obedecendo a seguinte estrutura básica para a organização do artigo: Título; Resumo; Introdução; Discussão; Conclusões; Referências bibliográficas. 4. Os títulos e subtítulos não podem exceder o total de 100 caracteres com espaço; 5. Apresentar resumo com no máximo 200 palavras e palavras-chave (de 3 a 6) em português; 6. O volume total de texto (incluindo título, resumo, notas de rodapé e referências bibliográficas) deve possuir no mínimo 20 mil e no máximo 40 mil caracteres com espaço; 7. O texto deverá ser escrito com espaçamento 1,5 cm entre linhas, fontetimes New Roman, tamanho 12; 8. O artigo não deve apresentar mais do que três autores; 9. As referências bibliográficas devem ser apresentadas no final do artigo em ordem alfabética, contendo exclusivamente as obras utilizadas para a construção do texto. A forma de apresentação das referências deve seguir o previsto na última atualização correspondente da Associação Brasileira de NormasTécnicas (ABNT); 10. Os autores devem certificar-se de que as referências citadas no texto constam da lista de referências bibliográficas, com datas exatas de publicação e nomes de autores corretamente grafados; 11. Em artigo que eventualmente apresente ilustrações (gráficos, fotografias, desenhos etc.), estas deverão ser numeradas sequencialmente, com algarismos arábicos e citadas como "Figuras". Devem ser suficientemente claras (alta resolução) para permitir a sua reprodução com qualidade para publicação. Deverão ser indicados os locais no texto onde as ilustrações serão inseridas; 12. Em arquivo à parte (folha de rosto) deverá ser informado o título do trabalho e o(s) nome(s) completo(s) e endereço do autor principal, incluindo rua, cidade, CEP, estado e país. Informar sua qualificação, nome da instituição e para contato; 13. Em caso de solicitação de ajustes, dúvidas e/ou informações adicionais o (s) autor (es) será (ão) comunicado via , possuindo o prazo de até 20 dias para responder com as devidas alterações, a contar da data do envio da mensagem solicitando a intervenção do autor. Em caso de descumprimento do prazo, o artigo poderá não ser será publicado; 14. Somente serão avaliados os artigos que estejam dentro das especificações solicitadas; 15. A autorização da publicação de trabalho se dá automaticamente no momento da submissão do trabalho; 16. Não há taxa para submissão e avaliação de artigo; 17. O trabalho, dentro das especificações apresentadas acima, deverá ser encaminhado para o publicacoes@cruzazul.org.br Revista Cruz Azul Online - 1º 04

5 Editorial - Três resumos e desafios na área da dependência química e uma carta pedagógica! 1. Vive-se numa era marcada pelos avanços tecnológicos, informações compartilhadas com muita velocidade, distâncias encurtadas por causa da internet e também pelos meios de transporte modernos. Porém, ao mesmo tempo, percebe-se o aumento dos índices de criminalidade e a diminuição do valor real do ser humano. A sociedade gira em torno de interesses e quando algum indivíduo deixa de dar lucro dentro de todo esse processo, ele é simplesmente deixado de lado. São pessoas que se tornam a escória da sociedade e acabam afetando também o meio familiar no qual convivem. Dentre elas, pode-se citar os dependentes químicos. É fato que em nosso país - e em muitos outros - não se sabe lidar com a problemática da dependência química. Apenas tomam-se medidas paliativas, que a longo prazo não demonstram eficácia. O primeiro artigo da revista é "um breve olhar para a codependência", e tem como objetivo apresentar de forma sucinta esse transtorno de personalidade, sua definição, características e fases. Por fim, propõe-se alguns meios concretos pelos quais se pode fazer o atendimento e acompanhamento de famílias codependentes pela sociedade em geral. 2. Na rotina das comunidades terapêuticas, a conversa de um profissional ou voluntário com o residente é reconhecida como uma ação comum e benéfica. No entanto, a identificação do procedimento utilizado nem sempre está clara para as pessoas que o desenvolvem. No encontro onde exista objetivo terapêutico, como se torna possível reconhecer a intervenção realizada ou a maneira como ocorre a comunicação? Quais as diferenças entre Relação de Ajuda, Aconselhamento Pastoral e Psicoterapia? A resposta para esses questionamentos é a proposta do segundo artigo da revista Cruz Azul Online. O texto ainda distingue os conhecimentos científicos que fazem parte das abordagens práticas com o objetivo de identificar tais técnicas psicológicas que são amplamente reconhecidas e utilizadas em comunidades terapêuticas. 3. Os problemas relacionados ao uso das tecnologias como computador, celular e internet são novos e demandam reflexões. Embora seja lícito que se use tais recursos, os problemas advindos dessas novas tecnologias podem se tornar graves ao trazer consequências negativas, sobretudo para crianças e adolescentes. Tendo esse contexto social como "pano de fundo," o terceiro artigo publicado na revista objetiva conhecer os termos básicos relacionados à dependência de internet; discutir sobre as vertentes fundamentais sobre a abordagem do problema; conhecer os fatores relevantes e os grupos de risco, bem como, os principais problemas advindos do abuso ou dependência patológica de internet. 4. Por fim, e não por último, uma "Carta Pedagógica", inspirada num estilo literário do educador Paulo Freire. Direcionada às lideranças de uma ONG que atua na área da dependência química, com grupos de apoio, acompanhamento de pais e filhos envolvidos com as drogas. Tenha uma excelente leitura! Cruz Azul no Brasil Luis Carlos Ávila Editor publicacoes@cruzazul.org.br 05

6 Um breve olhar para a codependência Júlia Dolla¹ Introdução Vive-se numa era marcada pelos avanços tecnológicos, informações compartilhadas com muita velocidade, distâncias encurtadas por causa da internet e também pelos meios de transporte modernos. Porém, ao mesmo tempo, percebe-se o aumento dos índices de criminalidade e a diminuição do valor real do ser humano. A sociedade gira em torno de interesses e quando algum indivíduo deixa de dar lucro dentro de todo esse processo, ele é simplesmente deixado de lado. São pessoas que se tornam a escória da sociedade e acabam afetando também o meio familiar no qual convivem. Dentre elas, pode-se citar os dependentes químicos. É fato que em nosso país - e em muitos outros - não se sabe lidar com a problemática da dependência química. Apenas tomam-se medidas paliativas, que a longo prazo não demonstram eficácia. Este artigo tem como objetivo apresentar brevemente a codependência, sua definição, características e fases. Por fim, propõese alguns meios concretos pelos quais se pode fazer o atendimento e acompanhamento de famílias codependentes pela sociedade em geral. Palavras-Chave: Codependência, Triângulo de Karpman. ¹ Júlia Dolla Granduanda em Teologia pela Faculdade Luterana de Teologia - FLT de São Bento do Sul, SC. julia.dolla@flt.edu.br 06

7 Um breve olhar para a codependência 1.1 Conceito A codependência geralmente pode ser encontrada em famílias que possuem dependentes químicos, indivíduos com doenças crônicas, em pessoas que não assumem suas responsabilidades, além de famílias que possuem crianças com problemas de comportamento e saúde. A codependência ocorre quando uma pessoa toma conta de um indivíduo usuário e dependente de uma substância psicoativa ou problemático, criando um vínculo que asfixia e 2 que gera um esforço imenso fadado ao insucesso. 2 Ainda segundo Sanda: Codependência é um quadro caracterizado por um distúr bio mental acompanhado de ansiedade, angústia, e uma compulsividade obsessiva em relação a tudo o que envolve a vida do dependente. O codependente deixa de viver sua própria vida e passa a viver na dependência dos acontecimentos que ocorrem na vida do 3 dependente químico. Na maioria das famílias codependentes químicas, é comum que haja a ausência paterna e, como consequência disso, um apego exagerado à figura 4 materna. Ao se falar da família de origem do dependente químico, pode-se distinguir dois tipos de família: as simbióticas e as cismáticas. Os integrantes do sistema simbiótico estão agrupados uns na vida dos outros, agem sem discriminação de limites entre homens e mulheres, adultos e crianças, jovens e velhos, mundo externo e mundo interno, fantasia e realidade. M a r i a A p a r e c i d a Z a m p i e r i c o n c e i t u a codependente como: Uma pessoa que por qualquer motivo crônico vive uma prolongada relação parentelizada na família de origem, assumindo precocemente responsabilidades inadequadas para a idade e contexto cultural. Caracteriza-se por um jogo de c o m p o r t a m e n t o s m a l a d a p t a t i v o s e compulsivos, apreendidos na convivência familiar, a fim de sobreviver ao se encontrarem 7 sob grande estresse ou imensa e prolongada dor. Melody Beattie define: Codependência é uma condição emocional, p s i cológica e compor t a m e n t a l q u e s e desenvolve como resultado da prática e da exposição prolongada do indivíduo a regras opressivas, que impedem a expressão aberta de sentimentos e a discussão direta de problemas 8 pessoais e interpessoais. (...) Codependente é uma pessoa que tem deixado o comportamento de outra afetá-la, e é obcecada em controlar o comportamento dessa outra 9 pessoa. Hemfelt, Minirth e Meier afirmam que Codependência pode ser definida como uma adicção a pessoas, comportamento ou coisas (...) o próprio sentido de identidade pessoal o eu é brutalmente restringido, superlotado pelos problemas e pela identidade dessa outra pessoa. A preocupação com as famílias dos dependentes químicos teve seu início em 1877, na Suíça, com o surgimento do trabalho da Cruz Azul Internacional. 10 2SANDA, Dr. Luiz Ossamu. A Codependência. Revista Comunidade Terapêutica & Dependência Química em Pauta! Cruz Azul no Brasil. Ano II, nº4. p SANDA, Dr. Luiz Ossamu. A Codependência. Revista ComunidadeTerapêutica & Dependência Química em Pauta! Cruz Azul no Brasil. Ano II, nº4. p KRÜGER, Rolf Roberto. ComunidadeTerapêutica: como acolher egressos de instituições de recuperação de dependentes químicos? Um exemplo da IECLB em Florianópolis f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Teologia) IEPG, São Leopoldo, p DSPA é uma sigla usada pelo autor para designar Dependente de Substância Psicoativa ou Dependência de Substância Psicoativa. 6 KRÜGER, Rolf Roberto. ComunidadeTerapêutica: como acolher egressos de instituições de recuperação de dependentes químicos? Um exemplo da IECLB em Florianópolis f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Teologia) IEPG, São Leopoldo, p ZAMPIERI, Maria Aparecida Junqueira. Codependência: o transtorno e a intervenção em rede. São Paulo, SP: Ágora, p SUBBY, Robert. Inside the Chemically Dependent Marriage: Denial and Manipulation. In Co-dependency, an emergency issue. Hollywood, FL: Health Communications, p. 26. Apud. BEATTIE, Melody. Codependência nunca mais: pare de controlar os outros e cuide de você mesmo. 8.ed. Rio de Janeiro: Record, p BEATTIE, Melody. Co-dependência nunca mais: pare de controlar os outros e cuide de você mesmo. 8.ed. Rio de Janeiro: Record, p. 49. HEMFELT. Apud. KRUGER, M. Rolf Roberto. Co-dependência. Seminário Curso SPA Cruz Azul Revista Cruz Azul Online - 1º

8 JÚLIA DOLLA - Um breve olhar para a codependência Esta instituição está presente em mais de 40 países 11 do mundo. Em 1940, a partir de iniciativa dos Alcoólicos Anônimos, surgiram os grupos de Al- Anon 12. O interesse por esse tema se alastrou, e entre 1978 e 1988 havia mais de 400 estudos publicados 13 sobre o assunto. O termo codependência surgiu em 1979, e tinha o sentido de pessoas cuja vida se tornara incontrolável como resultado de viverem num relacionamento comprometido com um 14 alcoólico. 1.2 Características da Codependência Ao se tratar da dependência química, pode-se perceber que as pessoas que convivem com o dependente também tornam-se doentes, pois precisam encarar a realidade de seu sofrimento sem fazer uso de uma substância psicoativa. Por isso, muitas vezes anestesiam seus sentimentos e sofrem em dobro. A vida do codependente é resumida em atender as necessidades do dependente, em controlar seus sentimentos e atitudes. O codependente esquece-se de sua própria vida e seus sentimentos. Segundo Zampieri, os sintomas somáticos, psicológicos e interpessoais variam, desde per turbações no desempenho profissional, perturbação no desempenho escolar dos filhos, conflitos, infidelidade, depressão, isolamento social, ansiedade e distúrbios físicos em todos os membros 15 do sistema familiar. Abaixo algumas das carac terísticas do 16 codependente: Tomar conta: acredita que suas atitudes são responsáveis pelas atitudes da outra pessoa (sentimentos, escolhas, ações, necessidades, bem-estar, etc). Baixa autoestima: culpa a si mesmo por tudo, rejeita elogios, sente-se vítima, etc. Repressão: procura afastar os pensamentos e suas emoções para fora de sua consciência por medo e culpa, além de parecer rígido e controlado. O b s e s s ã o : torna-se obsessivo pelo comportamento alheio, concentra suas energias nos problemas dos outros, preocupa-se demasiadamente com coisas rotineiras, etc. C o n t r o l e : t e n d e a c o n t r o l a r o s acontecimentos e as pessoas através de impotência, culpa, coerção, ameaças, aconselhamento, manipulação ou domínio. Negação: finge que os problemas não estão acontecendo, busca não pensar muito sobre o assunto, mente para si mesmo, etc. AVILA, Luis Carlos; AVILA, Maria Roseli Rossi. Cruz Azul: proposta inovadora e histórica na área da dependência química no Brasil e no mundo. In.: Comunidades Terapêuticas: Cenário de Inovação em Santa Catarina/ Maria de Lourdes de Souza e Paulo Scarduelli, organizadores. Florianópolis: FAPESC/Insular, 2015, pp Os Grupos Familiares Al-Anon são uma associação de parentes e amigos de alcoólicos que compartilham sua experiência, força e esperança, a fim de solucionar os problemas que tem em comum. Acreditam que o alcoolismo é uma doença que atinge a família e que uma mudança nas próprias atitudes pode ajuda na recuperação. Disponível em: Acesso em 08/07/15. Cf. ZAMPIERI, Maria Aparecida Junqueira. Codependência: o transtorno e a intervenção em rede. São Paulo, SP: Ágora, p. 63. BEATTIE, Melody. Co-dependência nunca mais: pare de controlar os outros e cuide de você mesmo. 8.ed. Rio de Janeiro: Record, p. 47. ZAMPIERI, Maria Aparecida Junqueira. Codependência: o transtorno e a intervenção em rede. São Paulo, SP: Ágora, p. 58. BEATTIE, Melody. Co-dependência nunca mais: pare de controlar os outros e cuide de você mesmo. 8.ed. Rio de Janeiro: Record, p

9 Um breve olhar para a codependência Dependência: não se ama, busca a aprovação dos outros, não se sente feliz, procura a felicidade fora de si mesmo, teme que as outras pessoas venham a deixá-lo, etc. Falta de comunicação: culpa, ameaça, coage, implora, suborna, leva-se a sério demais ou não se leva a sério, fala demais, acredita que suas opiniões não importam, c o m e ç a a f a l a r d e m a n e i r a c í n i c a, autodegradante ou hostil, etc. Limites fracos: deixa que os outros o magoem, aumenta gradualmente sua tolerância até suportar coisas que antes não suportaria, etc. Falta de confiança: não confia em si mesmo, em seus sentimentos, decisões, em outras pessoas, acha que Deus o abandonou, perde a fé e a confiança em Deus. Raiva: sente-se muito medroso, magoado e raivoso, acredita que as outras pessoas o abandonarão se ele sentir raiva, reprime seus sentimentos, chora muito, fica deprimido, come demais, fica doente, etc. Problemas sexuais: faz sexo quando não quer, controla o que se passa no quarto, sente repulsa do parceiro, perde interesse em sexo, não fala sobre o assunto, etc. 1.3 Fases da Codependência 17 Assim como a dependência química tem suas 18 fases,,,, a codependência passa por alguns estágios ao longo dos anos. O primeiro deles, assim como na dependência química, é a negação. Essa fase consiste em média de três a cinco anos. Os familiares notam certa diferença no comportamento do dependente, mas não acreditam que isso possa ser resultante do abuso no uso da substância. Em muitos casos o familiar até reconhece o uso da droga, mas o denomina como ocasional. Portanto, o codependente não quer aceitar a dependência química de um dos membros da família. A fase da depressão ocorre após a constatação da dependência química no familiar. Ela é caracterizada por sensações desagradáveis como tristeza, vontade de chorar, de gritar pela dor, vazio e culpa. Essas sensações prejudicam o tratamento de forma que o codependente age de maneira inadequada perante os problemas que surgem nesse período. Após a fase da depressão, o codependente comumente faz negociações com o dependente. Barganhas como promessas de presentes caso o dependente faça o tratamento. Isso também prejudica o processo de tratamento, pois a única motivação do mesmo deve ser a saúde física, psíquica e mental do dependente, bem como o seu bem-estar. 19 Cf. SANDA, Dr. Luiz Ossamu. A Codependência. Revista Comunidade Terapêutica & Dependência Química em Pauta! Cruz Azul no Brasil. Ano II, nº4. p Cf. SERPA, Ivone. Apostila de Capacitação para facilitadores em grupo de apoio SC. Blumenau, Março/2015, p. 42. As fases consistem em: negação (nega ser um dependente químico), contemplação (começa a refletir em suas perdas e a perceber o problema), determinação (faz planos concretos para mudanças de atitudes), ação (coloca em prática seus planos), manutenção (já parou de usar as drogas e já tem um maior domínio sobre a dependência química) e recaída (volta a usar drogas, identifica onde estão os erros de seu tratamento). Cf. MARQUES, Ana Cecília Petta Roselli. RIBEIRO, Marcelo (Orgs.). Guia prático sobre uso, abuso e dependência de Substâncias Psicotrópicas para educadores e profissionais da saúde. Prefeitura da cidade de São Paulo. São Paulo: Secretaria de Participação e Parceria, Há uma diferença entre uso nocivo, abusivo e dependência. O consumo de álcool em baixas doses e cercado das precauções necessárias para a prevenção de acidentes é considerado um consumo de baixo risco. O consumo eventual em doses maiores, quase sempre estará acompanhado de complicações (acidentes, brigas, perda de compromissos) é denominado uso nocivo ou abuso. Por fim, quando o consumo é frequente, compulsivo, destinado à evitação de sintomas de abstinência e acompanhado por problemas físicos, psicológicos e sociais, fala-se em dependência.. p

10 JÚLIA DOLLA - Um breve olhar para a codependência Os sentimentos dentro da família do dependente químico podem ser alternados. Enquanto um sente vergonha, o outro pode estar num estágio depressivo, enquanto o terceiro pode estar com raiva. A raiva também é uma fase da codependência. A dependência química faz com que haja muitas perdas na vida, sejam elas financeiras, da qualidade de vida e saúde, de emprego, etc. Esses fatores fazem com que a raiva seja sentida pelos codependentes. A raiva é um sentimento ruim que acaba dificultando o habilidade de resolver as situações que aparecem ao longo do processo terapêutico. Muitas ações do codependente podem facilitar o consumo de substâncias pelo dependente. Minimizar o problema é uma dessas facilitações. O codependente busca apaziguar a situação, como por exemplo dizer que o envolvimento do dependente com drogas é algo típico da fase de vida que ele está passando. Tentar controlar todas situações também facilita que o consumo da droga se perpetue na vida do dependente químico. Q u a n d o o c o d e p e n d e n t e a s s u m e responsabilidades que não lhe são devidas faz com que o dependente não arque com as consequências de suas atitudes, e isso também é um facilitador para que o dependente permaneça em sua dependência. O codependente compactuar com a dependência também faz com o que o dependente se aprofunde ainda mais no uso de drogas. A aceitação é a fase final da codependência. Aceitar é um processo doloroso e difícil, mas enfrentar a crise e tentar tirar algum proveito dela pode ser o início do processo terapêutico. Aceitar a codependência já é um grande passo para a cura. 1.4 O Triângulo de Karpman Conhecido como o Triângulo do Drama, foi criado 20 por Steven Karpman para explicar o processo de autovitimização através das três faces da vítima. Esse processo é comumente encontrado em pessoas codependentes, que as vezes assumem o papel de vítima, as vezes o papel de perseguidor ou então de salvador. Isso faz parte do que pode-se chamar de Jogos Psicológicos. Eles ocorrem quando a comunicação não é direta, mas cheia de mensagens ocultas. 21 O codependente assume a posição de Salvador quando acredita que é sua função ajudar todo mundo e essas atitudes tomam proporções que se t o r n a m d o e n t i a s. E l e c o s t u m a a s s u m i r a responsabilidade alheia. O papel do Salvador podese denominar como sufocante. As atitudes do Salvador são de proteção e mediação. Tenta consertar os problemas, mesmo que não tenha sido chamado para isso. 22 Após salvar, o codependente passa para o estado de vítima. Karpman nasceu emwashington, D.C. Seu pai era psicanalista e sua mãe era assistente social psiquiátrica. Karpman estudou medicina na Universidade de Duke em Durham, na Carolina do Norte. (...) Karpman usou o Triângulo do Drama durante dois anos com os seus clientes antes de escrevê-lo. Cf. Acesso em 08/07/15. Tradução feita pela autora. Cf. Dr. Kátia Ricardi Abreu, psicóloga especialista clínica em Análise Transacional. Para mais informações, encontra-se disponível em: Acesso em: 09/07/15. Para mais informações, disponível em: Acesso em: 09/07/

11 Um breve olhar para a codependência É comum ficar ressentido e irado com a pessoa que ele salvou, pois ao agir desse modo, o codependente fez o que não era de sua incumbência, ignorando seus próprios desejos e vontades. Essas atitudes mantêm a irresponsabilidade do dependente tornam o codependente como Perseguidor. É importante ressaltar que, apesar de apenas um dos papéis ser chamado Vítima, todos os três se originam e terminam nele. Nessa posição, o codependente sente que foi usado e que não é reconhecido por aquilo que faz. Assim, o codependente começa a negar sua capacidade de resolver os problemas, sente-se impotente, errado e a mercê do que pode acontecer. Conclusão A codependência química acarreta muitas consequências pessoais e até mesmo sociais ao indivíduo. Neste sentido, é de suma importância que as atitudes nocivas do codependente sejam tratadas por meio de atendimentos psicológicos, pastorais, grupo de apoio, terapia familiar ou até mesmo trabalhando conceitos importantes, como por 24 exemplo a resiliência. 23 e É importante ressaltar que os impactos do tratamento de famílias codependentes serão para o benefício de toda a sociedade. Conforme estudos realizados, o álcool contribui especialmente para o aumento da violência no Brasil. Na violência entre casais o álcool está presente em mais de 45% dos casos. Cerca de mortes ocorrem no trânsito todos os anos no Brasil e pelo menos metade dessas 25 mortes são devidas ao consumo de álcool.,,, Também um estudo realizado pela UNIFESP, que acompanha há 15 anos os primeiros 131 usuários de crack identificados no começo dos anos 90 na cidade de São Paulo, mostrou que cerca de 30% 26 deles morreram nos primeiros cinco anos. A maior parte das mortes foi por homicídio. Os dados demonstrados são alarmantes e devem servir como um estímulo para que a sociedade em geral, através de medidas cabíveis apresentem um caminho diferente para essas pessoas e através disso dar uma nova esperança de vida a cada um. Sabe-se que a maioria dos problemas sociais encontrados hoje em nosso país são frutos da falta de estrutura familiar. Ao se apoiar famílias codependentes, na verdade se está lidando diretamente com o fortalecimento e reestruturação das famílias, questão tão discutida na sociedade atual. Portanto, ao se tratar de dependência química o foco não deve estar apenas no tratamento do dependente em si, mas também de seus familiares, que podem estar tão doentes quanto o mesmo. Uma família fortalecida e resiliente possui mais subsídios para ajudar seu familiar dependente Cf. SANDA, Dr. Luiz Ossamu. A Codependência. Revista Comunidade Terapêutica & Dependência Química em Pauta! Cruz Azul no Brasil. Ano II, nº4. p. 21. Resiliência pode ser definida como a capacidade de vencer, viver, desenvolver-se positivamente, de maneira socialmente aceitável, apesar do estresse ou de uma adversidade que normalmente comportam o grave risco de uma saída negativa. Cf. VANISTENDAEL. Apud. POLETTI, Rosette; DOBBS, Barbara. A resiliência: a arte de dar a volta por cima. Petrópolis, RJ:Vozes, p. 13. Outra definição para resiliência é a capacidade de se renascer da adversidade fortalecido e com mais recursos. É um processo ativo de resistência, reestruturação e crescimento em resposta à crise e ao desafio. Cf. WALSH, Froma. Fortalecendo a resiliência familiar. São Paulo: ROCA, p. 4. Para mais informações: Acesso em 29/07/15. Ibid. 11

12 JÚLIA DOLLA - Um breve olhar para a codependência REFERÊNCIAS ABREU, Katia Ricardi. O triângulo dramático de Karpman. Brasil: katiaricardi.com.br, D i s p o n í v e l e m : Acesso em 09/07/15. AVILA, Luis Carlos; AVILA, Maria Roseli Rossi. Cruz Azul: proposta inovadora e histórica na área da dependência química no Brasil e no mundo. In.: ComunidadesTerapêuticas: Cenário de Inovação em Santa Catarina/ Maria de Lourdes de Souza e Paulo S c a rduelli, o r g a n i z a d o res. Fl o r i a n ó p o l i s : FAPESC/Insular, BEATTIE, Melody. Co-dependência nunca mais: pare de controlar os outros e cuide de você mesmo. 8.ed. Rio de Janeiro: Record, CARVALHO, Eduardo. Segundo pesquisa, 28 milhões têm algum parente dependente químico. Brasil: g1.globo.com, Disponível em: h t t p : / / g 1. g l o b o. c o m / c i e n c i a - e - saude/noticia/2013/12/28-milhoes-tem-algumfamiliar-dependente-quimico-diz-pesquisa.html. Acesso em 16/07/15. KARPMAN, Stephan. Feature star: Stephen Karpman. EUA: D i s p o n í v e l e m y.html. Acesso em 08/07/15. arte de dar a volta por cima. Petrópolis, RJ: Vozes, SANDA, Dr. Luiz Ossamu. A Codependência. Revista Comunidade Terapêutica & Dependência Química em Pauta! Cruz Azul no Brasil. Ano II, nº4. SERPA, Ivone. Apostila de Capacitação para facilitadores em grupo de apoio SC. Blumenau, Março/2015. SUBBY, Robert. Inside the Chemically Dependent Marriage: Denial and Manipulation. In Codependency, an emergency issue. Hollywood, FL: Health Communications, TELLEZ, Glória. Coaching para o sucesso: triângulo do drama. Brasil, 2009: coaching4u.wordpress.com. D i s p o n í v e l e m angulo-do-drama/. Acesso em 09/07/15. VANISTENDAEL. Apud. POLETTI, Rosette; DOBBS, Barbara. A resiliência: a arte de dar a volta por cima. Petrópolis, RJ:Vozes, WALSH, Froma. Fortalecendo a resiliência familiar. São Paulo: ROCA, Z A M P I E R I, M a r i a A p a r e c i d a J u n q u e i r a. Codependência: o transtorno e a intervenção em rede. São Paulo, SP: Ágora, KRÜGER, M. Rolf Roberto. Co-dependência. Seminário Curso SPA Cruz Azul MARQUES, Ana Cecília Petta Roselli. RIBEIRO, Marcelo (Orgs.). Guia prático sobre uso, abuso e dependência de Substâncias Psicotrópicas para educadores e profissionais da saúde. Prefeitura da cidade de São Paulo. São Paulo: Secretaria de Participação e Parceria, POLETTI, Rosette; DOBBS, Barbara. A resiliência: a 12

13 Relação de Ajuda, Aconselhamento Pastoral e Psicoterapia em Comunidades Terapêuticas Therezinha Moura Jorge¹ Resumo Na rotina das comunidades terapêuticas, a conversa de um profissional ou voluntário com o residente é reconhecida como uma ação comum e benéfica. No entanto, a identificação do procedimento utilizado nem sempre está clara para as pessoas que o desenvolvem. No encontro onde exista objetivo terapêutico, como se torna possível reconhecer a intervenção realizada ou a maneira como ocorre a comunicação? Quais as diferenças entre Relação de Ajuda, Aconselhamento Pastoral e Psicoterapia? O texto ainda distingue os conhecimentos científicos que fazem parte das abordagens práticas com o objetivo de identificar tais técnicas psicológicas que são amplamente reconhecidas e utilizadas em comunidades terapêuticas. Palavras-Chave: Comunidade Terapêutica, Relação de Ajuda, Aconselhamento Pastoral, Psicoterapia. 1Therezinha Moura Jorge Psicóloga (CRP 08/04315) e Analista Transacional Clínica no Revitacentri - Espaço Terapêutico. Curitiba, PR. Especialista em Dependência Química e ComunidadeTerapêutica pela Faculdade Luterana deteologia - FLT e Cruz Azul no Brasil. fale@theremoura.com.br 13

14 THEREZINHA MOURA JORGE - Relação de Ajuda, Aconselhamento Pastoral e Psicoterapia em CTs 1.1 Relação de Ajuda A Relação de Ajuda constitui-se na simplicidade de oportunizar o bem-estar para as pessoas que precisam, com base no diálogo e no encontro entre pessoas. O foco volta-se para o sofrimento cotidiano e o público-alvo constitui-se de pessoas, sem qualquer distinção entre si. Afinal, quem ainda não passou por momentos de dor no corpo ou na alma? Estudioso brasileiro reconhecido mundialmente em razão de suas respeitáveis autorias e graduações, Frei Carlos Mesters se dedica aos estudos sobre relacionamentos. Afirma (2010, p.57) que só a verdadeira escuta leva à compreensão e a clareza, e que sem clareza não há movimento, sem movimento não há transformação. Acredita na prática da Relação de Ajuda por meio da sabedoria que se revela em palavras simples. Lembra que É conversando que as pessoas se convencem, se convertem. A conversa produz conversão e se torna fonte de felicidade para muita gente! (MESTERS; MIRANDA, 2010, p.15). O autor traduz de maneira singela o objetivo da Relação de Ajuda, a qual chama também de Escuta Amorosa. Procedimento constituído de lucidez, interação e de um amor que, mais do que sentimentos, revela as atitudes de comprometimento com o outro. Das produtivas conversas entre Frei Carlos Mesters e Marcio de Miranda, além de outros colaboradores, surgiu a obra denominada Jesus da Escuta Amorosa (2010). Tal obra revela-se como um fruto que emana agradável sabor na medida em que se experimenta a leitura de páginas recheadas de histórias de pessoas comuns, entendidas a partir das bemaventuranças de Jesus Cristo. É onde são encontradas sabedorias como esta gerada pelo Frei Carlos Mesters: Bem-aventurado quem for capaz de uma boa conversa; ele vai encontrar alívio para sua dor! O conjunto dessa obra foi desenvolvido com base no Humanismo e na valorização da Relação de Ajuda. Entre os detalhes da obra, vale ressaltar a contracapa e a folha de rosto, onde estão a foto de um encontro entre os residentes da Comunidade Terapêutica Mosteiro Monte Carmelo, que está em Curitiba, Paraná. Essa escolha não foi obra do acaso, mas sim pelo fato dos dois autores conhecerem a Comunidade e, em épocas distintas, terem desenvolvido trabalhos sobre Relação de Ajuda, solidariedade e outros conhecimentos que permanecem nos comentários das pessoas que fazem parte dessa Comunidade. 2. Aconselhamento Pastoral Metodologia que se faz presente na vida de um considerável número de pessoas e se mostra atravessando séculos de existência, ganhando adeptos e estudos em distintos grupos cristãos, nos mais diferentes países. Ao mencionar tal abordagem, torna-se prudente remeter-se às ações de um homem reconhecido pela comunidade cristã pela sua significativa conversão, deixando cair por terra suas convicções, seus valores, após ter ouvido a voz que dizia Saulo, Saulo, porque me persegues? (BÍBLIA, N. T. At 22:7). Palavra dirigida inteiramente a ele, expressando seu nome e o amor em plenitude num questionamento, levando-o a se tornar o apóstolo Paulo. Em cartas dirigidas a diferentes comunidades e em suas ações posteriores ele é percebido como um Curadàlma. Este termo era designado para quem detinha o poder da cura e atenção para aqueles que necessitavam. 14

15 Relação de Ajuda, Aconselhamento Pastoral e Psicoterapia em CTs Por meio das considerações de Krüger (2010b), verifica-se que os conceitos presentes na Bíblia mostram o ser humano como alguém que necessita de cuidado e, portanto, apresentado na figura da ovelha. As passagens também remetem ao Deus que cuida. Nos tempos neotestamentários, aparece a figura do pastor de ovelhas, considerada uma atividade humilde e desfavorecida da época. Esse título foi adotado por Jesus (BÍBLIA, N. T. Jo 10:1-30), além de ser delegado a Pedro (BÍBLIA, N. T. Jo 21:16ss) e aparecer no livro bíblico Atos dos Apóstolos, referindo-se Paulo a pastorear a igreja de Deus (BÍBLIA, N. T. At 20:28). Em todas essas passagens, pastorear representava acompanhar e exercer o cuidado por completo. O Acompanhamento Pastoral ocorre por meio do diálogo, a partir da visão ampla do ser humano, considerando-o pertencente à comunidade dos fiéis. Todo cristão é chamado a exercer esse cuidado, independente da sua área de trabalho. Significa que na doença, por exemplo, o conselheiro não age como médico, mas como ouvidor do sofrimento e incentivador do tratamento. Como argumenta Wachholz (2010, p.216), Se Deus se apresenta de forma dialogal em Cristo, o aconselhamento somente pode ter essa dimensão, jamais um caráter d e i n f o r m a ç ã o e d e s p e j o d e v e r d a d e s desencarnadas e opressoras com roupagens bíblicas. Na perspectiva de Krüger (2010b), esse cuidado enxerga o todo e oportuniza o Aconselhamento Pastoral, procedimento definido por Hurding como: Uma atividade com o objetivo de ajudar os outros em todo e qualquer aspecto da vida, dentro de um relacionamento de cuidado. Considera-se que não é o conselho que causa impacto, mas sim o conselheiro, a partir de sua postura e capacidade de olhar junto com o aconselhando para frente, para a infinitude, para Deus, e trilhar o caminho de fé. - HURDING apud WACHHOLZ (2010, p.216). O termo aconselhamento vem sendo questionado para definir tal metodologia. Já o termo pastoral se tornou referência ao trabalho que se limita à igreja, à alma, a uma parte do ser humano. Atualmente a a b o r d a g e m e s t á s e n d o e n t e n d i d a c o m o direcionamento, de maneira a ser iniciada de maneira não diretiva e, na continuidade do caminho, ser conduzido para o diretivo. Desta forma apresenta-se um autêntico Curadàlma, um Pastor. Pastores são pessoas que, a partir de atitudes maduras e saudáveis, tornam possível o trabalho fraterno. O Aconselhamento Pastoral é um dos caminhos que leva a pessoa a ser autônoma em sua caminhada. Esse caminho envolve uma atuação diretamente ligada à visão ampla do ser humano e ao imaginário sobre Deus. 3. Psicoterapia breve A palavra psicoterapia tem a sua origem no termo grego therapon que significa servo e pode ser entendido como: ser útil à psique. O termo foi utilizado pela primeira vez por Tuke, na Inglaterra em A partir desse marco histórico, foi desenvolvida uma multiplicidade de modelos psicoterapêuticos e de conceitos para definir essa abordagem. Segundo as considerações de Inghilleri (2005, p.1): A atual variedade de intervenções não permite encontrar uma definição unitária para o que seria oportuno entender com o termo psicoterapia, [...] porque cada profissional, em última análise, interpreta de modo pessoal a própria orientação, a aplica de maneira peculiar. 15

16 THEREZINHA MOURA JORGE - Relação de Ajuda, Aconselhamento Pastoral e Psicoterapia em CTs Trazendo essa concepção para as abordagens consideradas neste estudo, verifica-se que, para Rogers, por exemplo, a empatia, a aceitação incondicionada e a autenticidade da parte do psicoterapeuta são elementos necessários no processo psicoterapêutico. Já para a Análise Transacional, são impor tantes: o Contrato Terapêutico, os conceitos de Script, Permissão, Proteção, Poder e Jogos Psicológicos. Como lembra Paul Tournier (Feldman e Miranda, , p. 4 6 ) : É i m p o s s í ve l d e s c re ve r-se a necessidade imensa que têm as pessoas de serem realmente ouvidas, levadas a sério, compreendidas. A Psicologia de nossos dias nos tem, cada vez mais, chamado a atenção para esse aspecto. Uma constante em meio aos diversos olhares atuais se faz na busca pela resolução. Seja a resolução de um problema ou a busca do aprimoramento pessoal ou do autoconhecimento, as pessoas que desenvolvem o processo psicoterapêutico esperam encontrar a resposta das questões que lhe incomodam. Em comunidades terapêuticas (CTs), o processo psicoterápico se apresenta como intervenção possível e adequada por meio da orientação psicodinâmica, também chamada de Psicoterapia Breve. As referências à realidade, contratos sobre objetivos e estratégias de solução, desenvolvimento de alternativas comportamentais, mesmo somente como tentativa, são fatores que determinam o andamento desse trabalho. Schlegel (1997/1998, p. 8) esclarece a necessidade de cliente e terapeuta estarem no mesmo patamar de importância, de i g u a l d a d e e m g r a u d e s a b e r e s e d e responsabilidades, apenas com papéis diferentes. É n e s s e c e n á r i o t e r a p ê u t i c o q u e o c o r r e a transformação como proposta do tratamento. A importância da psicoterapia em CTs se torna evidente aos profissionais e organizações competentes no assunto. De Leon, reconhecido como autoridade na pesquisa sobre CTs, esclarece que a mudança de vida dos residentes em CT e a maneira como elas ocorrem são decorrentes da evolução do indivíduo como pessoa única, de acordo com seu crescimento pessoal, sua personalidade e sua função psicológica (DE LEON, p. 332). Entende como necessária a experiência de cura emocional, a qual atenua os sentimentos de dor e desconforto emocional, que abrange medos, raivas, culpas, mágoas e solidão vividos pelos residentes. Esses sentimentos estão ligados a danos psicológicos e isolamento pessoal e social, que necessitam de intervenção adequada. Torna-se e v i d e n t e a n e c e s s i d a d e d o P r o c e s s o Psicoterapêutico em CTs. Como De Leon conclui, a pessoa transformar-se integralmente significa integrar os comportamentos, cognições, emoções, experiências e percepções do indivíduo. (ibid., p. 371) Outra particularidade é verificada. Para quem já participou das psicoterapias em CT, fica evidente que não é possível conceber esse trabalho da mesma forma como se procede na rotina do consultório particular. As diferenças ocorrem desde a rotina da CT, que convida à vida social, até as atitudes do profissional de psicologia que são diariamente observadas. Como afirma Rolf Kruger (2011): Temos a vantagem de cuidar melhor de nosso comportamento ético. Não precisamos ser uma imagem de perfeição; precisamos ser naturais, mas fazer de tudo para não quebrar nossa confiabilidade. convida à vida social, até as atitudes do profissional de psicologia que são diariamente observadas. 16

17 Relação de Ajuda, Aconselhamento Pastoral e Psicoterapia em CTs Na CT Mosteiro Monte Carmelo, por exemplo, e n c o n t r a - s e a t u a l m e n t e u m a e q u i p e d e profissionais de psicologia responsável pelo atendimento de todos os residentes, que representam mais de 80 pessoas. Este fato pode ser entendido como um ícone representando realidades similares que trabalham na saúde integral do ser humano a partir da valorização de seus métodos. 4. Conclusão Relação de Ajuda, Aconselhamento Pastoral e Psicoterapia podem ser entendidos como ramificações que a psicologia oportuniza e que se re velam ú teis n o t ratamento d e p e s s o a s dependentes de SPAs. As diferentes abordagens aparecem como sustentação terapêutica, conforme se percebe nos relatos dos profissionais das CTs que se manifestam favoráveis a tais procedimentos, reconhecendo-os como positivos e eficazes. A conceituação acima apresentada de cada uma das técnicas tem por objetivo facilitar e clarear o que cada CT identifica como fazendo parte do seu Programa Terapêutico. Assim ocorreu, por exemplo, na CT Mosteiro Monte Carmelo que, a partir deste caminho, sistematizou s eus procedimentos e identificou na Relação de Ajuda o que é chamado atualmente na instituição de Escuta Terapêutica. Esta ferramenta foi reconhecida por seu fundador como o oxigênio de respiração das Casas. Na Relação de Ajuda, múltiplos conhecimentos e visões enriquecem a abordagem, que pode até ser vista como uma simples conversa de meia hora. As pessoas que atuam nesse trabalho identificamn o como u m c a m p o p ro m i s s o r, t a nto n o aprimoramento dos métodos utilizados pelos atuais profissionais de CTs, quanto na sistematização dos trabalhos, deixando assim a contribuição para aqueles que se disporem a dar continuidade à história. 17

18 THEREZINHA MOURA JORGE - Relação de Ajuda, Aconselhamento Pastoral e Psicoterapia em CTs REFERÊNCIAS B Í B L I A. Po r t u g u ê s. B í b l i a d o Pe r e g r i n o. Coordenação Editorial Paulo Bazaglia. São Paulo: Paulus, DE LEON, George. A comunidade terapêutica. São Paulo: Edições Loyola, FALCÃO, Guilherme. Disciplina: Teorias Humanas e Existencialistas ministrada no curso de Pós Graduação em Dependência Química da Faculdade Luterana deteologia. 24 de abril de FELDMAN, Clara; MIRANDA, Marcio Lucio de. Construindo a relação de ajuda. 12ª ed. Belo Horizonte: Crescer, MESTERS, Frei Carlos; MIRANDA, Márcio Lúcio de. Jesus da escuta amorosa: as bem-aventuranças ontem e hoje. 1ª ed. Belo Horizonte: O Lutador: CEAP editora; São Leopoldo: CEBI; São Paulo: Paulus, WA C H H O L Z, W i l h e l m. C o n t r i b u i ç õ e s d a hermenêutica filosófica para a poimênica e o aconselhamento pastoral. Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 nº 2 p jul./dez WONDRACEK, Karin H. K. Aconselhamento em Te m p o s d e B a r b á r i e: S ofrimento, Vida e Encarnação, Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p jul./dez HURDING, Roger F. A Árvore da Cura: Modelos de Aconselhamento e Psicoterapia, Tradução Márcio Loureiro Redondo. São Paulo: Ed.Vida Nova, INGHILLERI, M. R i fl e s s i o n e s u i p roblemi epistemologici in psicoterapia: verso una scientificità del qualitativo. Disponível em: < eri1.htm> Acesso em 27 nov KRÜGER, Rolf Roberto. Estrutura de um projeto de pesquisa. Faculdade Luterana de Teologia. (Texto). Florianópolis, 2010a.. Formatação de um projeto. Faculdade Luterana deteologia. (Texto). Florianópolis, Teoria e Prática do Aconselhamento (Apostila). Florianópolis, 2010b.. Disciplina: Aconselhamento Pastoral ministrada no curso de Pós Graduação em Dependência Química da Faculdade Luterana de Teologia. 29 e 30 de abril de

19 Dependência Patológica de Internet Marcos Roberto Gehring¹ Resumo Os problemas relacionados ao uso das tecnologias como computador, celular e internet são novos e demandam novas reflexões. Embora seja lícito que se use tais recursos, os problemas advindos dessas novas tecnologias podem se tornar graves ao trazer consequências negativas, sobretudo para crianças e adolescentes. Ao ter essas questões como preocupação principal, os principais objetivos do presente artigo Dependência Patológica de Internet são: conhecer os principais termos básicos relacionados à dependência de internet; discutir sobre as principais vertentes fundamentais sobre a abordagem do problema; conhecer os principais fatores relevantes e os grupos de risco, bem como os principais problemas advindos do abuso ou dependência patológica de internet. Palavras-Chave: Dependência patológica, internet, nomofobia, fatores de risco, prevenção. ¹ Marcos Roberto Gehring Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista de Ijuí, RS. Pós graduação latu sensu em Dependência Química pela UNIFESP, SP. Mestrado em Ciências Sociais pela UNESP de Marília. Cursa licenciatura em Ciências Sociais pela Ulbra RS. Trabalha como pesquisador do Instituto de Desenvolvimento Familiar Chieko Nishimura, de Pompeia, SP, onde elabora cursos e palestras voltados à proteção e prevenção contra as drogas químicas e não químicas. 19

20 MARCOS ROBERTO GEHRING - Dependência Patológica de Internet Introdução A dependência química tem sido o alvo das preocupações e das políticas públicas em razão da associação das substâncias químicas com doenças e m o r t a l i d a d e s, i n c l u s i v e v i o l e n t a s. M a i s recentemente, alguns pesquisadores têm se preocupado com o uso abusivo e as dependências não químicas. Esses tipos de dependências relacionam-se principalmente ao uso de tecnologia como internet, jogos eletrônicos e celulares, mas referem-se também ao consumismo, ao sexo e outras atividades que podem gerar prazer e resultar em problemas para a pessoa. O presente artigo se propõe a tratar sobre Dependência Patológica de Internet. Esse tipo de dependência, assim como as demais dependências tecnológicas (celular, computador, videogame, etc...), ainda é pouco estudada e não há unanimidade sobre o termo mais adequado para denominar o problema. A partir das pesquisas sobre os problemas do uso excessivo de internet surgem perguntas como: qual definição que se deve usar para caracterizar o problema? Há um tipo de dependência normal e um tipo de dependência problemática de internet? Quais são os principais problemas a que estão sujeitas as pessoas que fazem uso problemático de internet? Quais são os principais fatores de risco para o uso abusivo de internet? Há alguma maneira mais eficaz de proteger, principalmente as crianças e adolescentes, de um uso de internet considerado nocivo? Essas são as principais perguntas que buscaremos responder. Definições e características da dependência tecnológica Na contemporaneidade é muito difícil viver sem internet. Enquanto ferramenta, ela revolucionou a maneira de as pessoas se relacionarem. A internet viabiliza o lazer e o compartilhamento de informações e bens virtuais como livros, músicas, filmes, programas, etc..., inclusive para locais remotos, para onde esses e outros recursos não chegariam se não fosse pelo uso dessa tecnologia. Mesmo diante das vantagens apresentadas, há possíveis efeitos colaterais que todos que usam essa ferramenta estão sujeitos, desde excesso de tempo despendido em redes sociais, até serem vítimas de crimes de preconceito, racismo, abuso sexual e cyberbullying. Ainda que o uso de internet nem sempre seja para fins socialmente corretos, diante dos benefícios proporcionados por ela, seria incoerente demonizá-la. Pesquisadores salientam que o problema não é a internet em si enquanto ferramenta tecnológica, mas o uso abusivo dela. Diante disso, é possível afirmar que há um uso ou uma dependência considerada normal quando se trata de tecnologia e há um tipo de uso considerado problemático (ABREU et al., 2008). Dependência normal de internet Segundo Young (2011), diferentemente da dependência química, a internet oferece muitos benefícios, portanto não deve ser uma tecnologia criticada como adictiva (geradora de dependência). Segundo a pesquisadora, há muitos livros que descrevem os benefícios psicológicos e funcionais da internet na vida das pessoas. Além disso, o álcool e as drogas não são uma parte essencial na vida das pessoas e não oferecem benefícios diretos como ocorre com o uso da internet. A internet gera uma dependência natural relacionado ao trabalho, pesquisa, relacionamentos sociais, trocas de , etc... Nesse aspecto, o termo dependência não assume um significado que remete para algo nocivo ou prejudicial como ocorre com a dependência de álcool e outras drogas. 20

21 Dependência Patológica de Internet De acordo com Abreu et al (2008, p. 157) embora esses fenômenos ainda sejam pouco estudados, a maioria dos autores sugere que o uso excessivo de videogame e da Internet pode se tratar de um novo transtorno psiquiátrico. Em se tratando de um novo transtorno psiquiátrico, o uso excessivo do videogame e de Internet seria de ordem primária, não necessitando de outro transtorno como depressão, ansiedade ou fobia social para ser desencadeado.em se tratando de um novo transtorno psiquiátrico, o uso excessivo do videogame e de Internet seria de ordem primária, não necessitando de outro transtorno como depressão, ansiedade ou fobia social para ser desencadeado. Embora aceita por muitos, essa primeira abordagem não é unânime entre estudiosos da área. Há um grupo de pesquisadores que compreende a dependência patológica de tecnologias como um problema secundário. O termo geralmente utilizado é nomofobia. Esse termo surgiu na Inglaterra a partir da expressão no-mobile que significa sem celular, e fobia, que originalmente significa medo. Dessa maneira, nomofobia é uma palavra nova que é utilizada para definir o medo de ficar sem celular, computador e internet. Na nomofobia, a dependência patológica das tecnologias citadas não é primária e sim secundária. Significa que, para uma pessoa ser considerada dependente patológica, é preciso que sua dependência esteja necessariamente ligada à um diagnóstico primário como um transtorno de ansiedade, por exemplo. Nesse caso, a pessoa diagnosticada com o transtorno recorreria ao abuso da tecnologia como uma forma de tentar lidar com as dificuldades provenientes do seu quadro ansioso, como o medo e a insegurança (KING; NARDI, 2014a). Motivos para o desenvolvimento da dependência patológica e grupos de risco Para o desenvolvimento da dependência, seja química ou não, é necessário que haja motivos ou condições que favoreçam isso. Essas condições significam riscos para o indivíduo. De forma geral, pesquisadores apontam vários motivos para o uso abusivo e a dependência patológica de internet. Algumas das razões são semelhantes às da dependência química. Os principais motivos são: a) busca de pertencimento; b) fuga da realidade; c) depressão d) baixa autoestima; e) múltiplas dependências; f) atividades dos pais. a) Busca de pertencimento O espaço social online, como sites de relacionamentos e jogos, oportuniza uma espécie de pertencimento necessário aos adolescentes (AZEVEDO; PEREIRA, 2014) a qual pode ser suprido por meio da tecnologia. Muitas pessoas, incluindo os adolescentes, não conseguem estabelecer uma relação mais próxima face a face com seus pares. Dessa maneira o uso excessivo ou problemático da internet tem origem frequente em dificuldades interpessoais como introversão ou problemas sociais. Outras pessoas buscam a comunicação online por sentirem que não conseguem se comunicar bem em situações face a face (YOUNG, 2011). b) Fuga da realidade Há pesquisadores que relacionam o uso da internet com fuga da realidade e de situações problemáticas. O fato é que, em razão do rápido crescimento e expansão da internet, os mais jovens, com apenas um clique, estão mais expostos aos sites de violência, pornografia e preconceito (AZEVEDO; PEREIRA, 2014). Uma pessoa em atendimento psicológico e que foi dependente de salas de sexo virtual por três anos, afirmou que sempre pensava sobre sexo pela internet quando estava sob estresse ou sobrecarregada no trabalho. Ela admitiu: 21

22 MARCOS ROBERTO GEHRING - Dependência Patológica de Internet De acordo com King e Nardi (20114a), para o uso nocivo de tecnologia se usa o termo dependência patológica, que é aquela que pode comprometer a vida das pessoas em razão do uso indevido e que traz consequências indesejáveis. Os pesquisadores salientam ainda que, em relação as tecnologias, pode-se considerar dependência normal aquela que permite tirar proveito das inovações a fim de obter crescimento pessoal, de trabalho e nos relacionamentos sociais. Dependência patológica de internet Há na literatura diversos termos que são utilizados para definir o uso abusivo de computadores. Os principais termos utilizados são: uso patológico de internet, vício em internet, uso compulsivo de internet e dependência patológica de internet (ABREU et al, 2008). Em 1991 houve a primeira designação para descrever pessoas que apresentavam uso problemático de tecnologia. O termo usado foi D ependência de Computador, a par tir da observação de que certas pessoas obtinham constante excitação intelectual ao interagir com as máquinas. Em 1995 Mark Griffiths propôs o uso do termo dependência tecnológica. Esse termo foi usado em razão do resultado da interação não química entre o homem e a máquina. No ano de 1996 a psiquiatra norte americana Kimberly Young apresentou, durante uma conferência na cidade de Toronto no Canadá, uma das primeiras pesquisas sobre vício em Internet intitulada Dependência de internet: o surgimento de um novo transtorno. Para a criação de seu primeiro esboço conceitual sobre o assunto, Young utilizou como parâmetro os critérios do DSM-4 para Dependência Química. ² Nesse estudo que é considerada a primeira pesquisa empírica sobre dependência de internet, foram avaliados 496 estudantes, dos quais, 396 relataram prejuízos significativos em suas rotinas (ABREU, 2013). Em outro estudo empírico mais recente conduzido por Shapira et al., foi usada a expressão uso problemático da internet em razão de essa denominação explicar melhor a dependência em relação ao uso abusivo e seus aplicativos, ao invés de dependência em si (ABREU et al, 2008). A dependência patológica de internet vai além de uma necessidade normal e deve ser acompanhada por uma inadequação e apresentar sintomas a fim de ser determinada. Significa que, quando a pessoa fica sem seu objeto de dependência que pode ser o celular ou o computador a fim de se comunicar, passa a apresentar sintomas e alterações comportamentais, cujos principais sintomas são nervosismo, ansiedade, angústia, suor e tremores (VIEIRA JUNIOR, 2011). A dependência patológica de internet ocorre em todas as faixas etárias em razão de ser um recurso que ocupa os espaços e a rotina das pessoas. Estimase que 10% da população dos usuários de internet já tenham desenvolvido esse tipo de dependência (ABREU et al, 2008). Dependência patológica de internet enquanto problema primário ou secundário Além dos diversos termos usados para tentar definir os problemas relacionados à internet, a compreensão sobre tais problemas serem de ordem primária ou secundária também trazem certas dificuldades para os pesquisadores, principalmente para os profissionais da saúde. ² DSM é uma sigla inglesa que significa Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Esse manual lista as categorias de transtornos mentais e os critérios para diagnosticá-los. É utilizado principalmente por profissionais da saúde mental. Atualmente o DSM está em sua quinta versão. 22

23 Dependência Patológica de Internet Eu sempre prometo que só ficarei por meia hora ou uma hora no máximo, mas o tempo simplesmente voa. Sempre que me desconecto prometo que nunca farei isso novamente. Eu me odeio por todo o tempo desperdiçado que passo conectado. Fico fora algumas semanas e então a pressão interna começa a aumentar. Tento me enganar, dizendo a mim mesmo que só um pouquinho não fará mal. Ninguém vai saber o que estou fazendo. Às vezes, eu realmente acredito que estou no controle. Então acabo vencido, e todo o processo começa novamente. Eu me sinto derrotado, temo jamais conseguir me livrar desses sentimentos (YOUNG, 2011, p. 46). Em algum nível as pessoas, de modo geral, buscam fugir de suas próprias realidades. Uma pescaria ou uma conversa com amigos poderia ser exemplo de um meio seguro para essa fuga. Entretanto, para algumas pessoas o encontro com o outro ou a realização de uma atividade prática de lazer pode ser mais difícil e até ameaçadora. Nesse caso a internet, enquanto espaço de atividades, pode ser uma escolha que se faz a fim de fugir dos dramas pessoais. c) Depressão Pesquisadores suspeitam que pessoas depressivas usem a tecnologia para aliviar os sintomas depressivos. Essas pessoas representam grupo de risco ao terem maiores chances de desenvolverem dependência do que pessoas não depressivas (LEMOS; SANTANA, 2012). d) Baixa Auto Estima Outro grupo de risco são pessoas com baixo autoestima. Para essas pessoas, a internet e jogos online com possibilidade de conversação possibilitam oportunidades de conversas com menor risco de rejeição. Nesse caso, o risco diminuído de rejeição potencializa o desenvolvimento e a manutenção da psicopatologia (LEMOS; SANTANA, 2012). e) Múltiplas Dependências Segundo Young (2011), geralmente as pessoas dependentes de internet sofrem com múltiplas dependências (cigarro, álcool, drogas, comida, sexo, etc...). Para essas pessoas, ser dependente de internet é mais seguro do que ser dependente de álcool e outras drogas. f) Atividades dos Pais Possivelmente a atividades dos pais seja a principal desencadeadora dos problemas relacionados às tecnologias, principalmente entre crianças e adolescentes. Em estudos recentes, pais justificam o uso da TV como uma atividade tranquilizante e segura para seus filhos, permitindo que possam cozinhar e se preparar para o trabalho. A Academia Americana de Pediatria por sua vez, recomenda a permanência de crianças não mais que duas horas assistindo TV, mas é normal que passem 4 horas ou mais. O mesmo pode ser aplicado às outras tecnologias. Ela defende que crianças menores de dois anos não sejam expostas às mídias ao defender que há mais prejuízos do que benefícios educacionais para crianças dessa faixa etária (AZEVEDO; PEREIRA, 2014). Problemas decorrentes da Dependência Patológica de Internet Estudos comprovam que a dependência de internet compromete o dia-a-dia das pessoas, levando-as a desenvolver problemas físicos relacionados à problemas de visão, privação do sono, fadiga, problemas com alimentação e desconforto musculoesquelético (ABREU et al, 2008). Em estudo realizado com 1078 estudantes buscouse compreender de que maneira o uso de internet afetava a vida deles nas áreas acadêmica, social e no estilo de vida. 23

24 MARCOS ROBERTO GEHRING - Dependência Patológica de Internet Aqueles que utilizavam a internet por mais de 400 minutos por dia afirmaram que percebiam apenas alteração em relação ao padrão de sono. Apesar dessa resposta, o pesquisador concluiu em seu estudo que 9,8% dos estudantes apresentavam sinais de dependência de internet, e que esse padrão de alto uso afetava os estudos, a vida social no sentido de conhecer novas pessoas, e o padrão de sono. A diferença entre a percepção de estudantes que faziam alto uso de internet e a conclusão do autor parece indicar que esse público, da mesma maneira como os que são dependentes de álcool e outras drogas, possui baixa autocrítica em razão de não conseguir perceber os impactos negativos sobre seus corpos e suas rotinas (ABREU et al, 2008). Em um estudo conduzido por Shaphira e outros r e a l i z a d o c o m 2 0 p e s s o a s a d u l t a s q u e apresentavam uso problemático de internet, percebeu-se que 95% delas apresentaram problemas similares em razão do uso excessivo de i n t e r n e t. D e n t r e o s e n t r e v i s t a d o s, 6 0 % apresentaram angústia significativa, 40% apresentaram fracasso na faculdade, diminuição de produtividade no trabalho e perda do emprego, 40% tiveram problemas financeiros e por fim, 10% tiveram problemas legais. Embora a amostra de pesquisados seja pequena, as conclusões do estudo sugerem associações importantes entre sintomas físicos e psicossociais e a dependência de internet (ABREU et al, 2008). Na adolescência, o uso abusivo ou dependência da internet estaria associado a diversos prejuízos como: baixo rendimento escolar, sedentarismo, obesidade, relações familiares empobrecidas, prejuízos sociais, problemas emocionais e psiquiátricos (AZEVEDO; PEREIRA, 2014, p. 261). Segundo um estudo realizado no Brasil em escolas públicas e privadas, crianças de um nível social mais alto utilizam por mais tempo computadores, jogos eletrônicos e televisão em relação às crianças de um extrato social mais baixo, tendo assim, maior propensão ao sedentarismo. Um estudo realizado por pesquisadores de outros países, comprovou a associação da dependência da internet com o sexo masculino com ausência de hobbies, depressão e autopercepção negativa (AZEVEDO; PEREIRA, 2014). Considerações finais Como foi possível observar, a dependência patológica de internet é um problema novo e há divergências entre os pesquisadores sobre o termo correto a ser utilizado na definição dessa nova patologia, bem como o problema ser de ordem primária ou secundária. Apesar dessas divergências, os pesquisadores são unânimes em afirmar que há problemas do uso abusivo ou dependência patológica de internet. Tais problemas devem ser alvo de maior atenção, tanto da iniciativa privada, como dos órgãos governamentais ou ONGs (organização não governamental). O foco das políticas de prevenção e tratamento no Brasil ainda é dirigido à dependência química, entretanto, cada vez mais é necessário se criar políticas de prevenção e tratamento relacionadas ao uso abusivo e dependência patológica de internet, principalmente por não haver uma faixa etária específica para o desenvolvimento dessa patologia. Entretanto, é necessário ter atenção para o fato de que crianças e adolescentes são mais suscetíveis aos abusos, principalmente sexuais relacionados à internet, o que torna o problema ainda mais alarmante. O tratamento é a tentativa de solucionar o problema quando ele já foi instalado, o que torna o processo mais caro e doloroso. A prevenção sempre é a alternativa mais barata, e deve começar em casa. 24

25 Dependência Patológica de Internet Podemos perceber que a busca de pertencimento do adolescente, os problemas de baixa autoestima e atividades dos pais são sérios fatores de risco para o desenvolvimento da dependência de internet. Cabe p r i m e i r a m e n te a o s p a i s o u responsáveis protegerem seus filhos, ao estabelecer um clima sadio que evidencie atenção, envolvimento afetivo e noção de responsabilidade. relacionados às tecnologias, diminui os fatores de risco e é a mais acessível estratégia preventiva. Somado à isso, os pais ou responsáveis devem intercalar o uso de tecnologias com outras atividades que possibilitam o desenvolvimento das crianças. É importante que sejam realizadas atividade de esporte, lazer, passeios, etc..., afim de que percebam que o computador é apenas uma opção entre tantas outras King e Nardi (2014b). REFERÊNCIAS ABREU, C. N. Dependência de internet. In: ABREU, C. N; EISENSTEIN, E.; ESTEFENON, S. G. B. (Org.). Vivendo esse mundo digital: impactos na saúde, na educação e nos comportamentos sociais. Porto Alegre: Artmed, p ABREU, C. N.; KARAM, R. G. GÓES, D. S.; SPRITZER, D. T. Dependência de internet e de jogos eletrônicos: uma revisão. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 30, n. 2, p Jun Disponível em: < t&pid=s >. Acesso em: 10 jul AZEVEDO, R. C. S; PEREIRA, B. A. A. X. O desafio da nova era: prevenção das dependências não químicas. In: Diehl, A.; FIGLIE, N. B. (Org.). Prevenção ao uso de álcool e drogas: o que cada um de nós pode e deve fazer? Porto Alegre: Artmed, p KING, A. L. S.; NARDI, A. E. As novas tecnologias e os impactos clínicos, cognitivo-comportamentais, sociais e ambientais no cotidiano dos indivíduos. In: KING, A. L. S.; NARDI, A. E. CARDOSO, A. (Org.). Nomofobia: dependência do computador, internet, redes Sociais? dependência dotelefone Celular. São Paulo: Atheneu, 2014b. p KNG, A. L. S.; NARDI, A. E. O que é nomofobia? Histórico e conceito. In: KING, A. L. S.; NARDI, A. E.; CARDOSO, A. (Org.). Nomofobia: dependência do c o m p u t a d o r, i n t e r n e t, r e d e s S o c i a i s? dependência do Telefone Celular. São Paulo: Atheneu, 2014a. p LEMOS, I. L.; SANTANA, S. M. Dependência de jogos eletrônicos: a possibilidade de um novo diagnóstico psiquiátrico. Revista psiquiatria clínica, São Paulo, v.39, n.1, p , D i s p o n í v e l e m : < t&pid=s >. Acesso em: 12 ago VIEIRA JUNIOR, A. Panorama das Dependências não Químicas. (p. 3-13). In: NIEL, M.; JULIÃO, A. M.; SILVEIRA, D. X. (Org.). Dependências não químicas e compulsões modernas, v. 3. São Paulo: Atheneu, p YOUNG, K. S. Avaliação clínica de clientes dependentes de internet. In:YOUNG, K. S. et al (Org.). Dependência de internet: manual e guia de avaliação e tratamento p Porto Alegre: Artmed, 25

26 Carta Pedagógica: Gilberto e Rúbia: Pelo abraço de acolhimento terapêutico. Rolf Krüger¹ ² Queridos Gilberto e Rúbia, recebi o desafio de escrever uma carta pedagógica. Trata-se de um estilo literário incentivado por Paulo Freire. Inicialmente tive o impulso de escrever para as igrejas cristãs em geral. O conteúdo tenderia na direção do que falta na igreja: maior apoio aos dependentes químicos e seus familiares. Porém, tal apelo seria ouvido? Quando um apelo é feito a todos, quantos aderem? Adianta dar um puxão de orelha generalizado? Aliás, a carta tenderia a ser negativa. Seria crítica crítica desesperada pela necessidade do acolhimento que muitos dependentes químicos em recuperação numa Comunidade Terapêutica precisam receber. E a demanda aumenta quando se tem um olhar sistêmico que percebe o enredo familiar. Direciono esta carta a vocês para abandonar a tônica negativa e olhar para aquilo que está acontecendo através do vosso trabalho. O ministério RENOVAR, vocês sabem, nasceu de um sonho. O sonho de ver pessoas sendo abraçadas em meio ao seu sofrimento. 1Rolf Roberto Krüger. Professor e Doutor emteologia através do PPG da Faculdades EST (Escola Superior deteologia). Pesquisou o tema: A diaconia como serviço-mediação e a vida em seu autocuidado: a pessoa dependente de substâncias psicoativas e seu acolhimento em comunidades terapêuticas. Coordenador do Projeto RENOVAR, São Bento do Sul, SC. rolf.kruger@flt.edu.br. 2Esta carta pedagógica foi escrita em Revista Cruz Azul Online - 1o 26

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