. CONSUMO DE ÓLEO DIESEL
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- Thomaz Santos Weber
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1 TRANSPORTES Os transportes têm como finalidade o deslocamento e a circulação de mercadorias e de pessoas de um lugar para outro. Nos países subdesenvolvidos, cuja economia sempre foi dependente dos mercados externos, a organização dos transportes reflete muito bem essa subordinação, ou seja, as redes de transporte são quase sempre periféricas, isoladas e convergentes para o litoral, para os portos exportadores. Os principais meios de transporte e vias de comunicação estão altamente concentrados no Hemisfério Norte, sobretudo nas regiões e nos países mais desenvolvidos. Meios de transporte Os principais meios de transporte e vias de circulação são: Terrestres: ferroviário, rodoviário e metroviário. Aquáticos ou hidroviários: marítimo, fluvial e lacustre. Aéreos. Modal de Transporte Ferroviário, rodoviário, hidroviário, dutoviário, aéroviário. Modal ou Unimodal => envolve apenas uma modalidade. Intermodal => envolve mais de uma modalidade e para cada trecho / modal é realizado um contrato. Multimodal => envolve mais de uma modalidade, porém regido por um único contrato. Segmentado => envolve diversos contratos para diversos modais. Nos países desenvolvidos de grande ou pequena extensão territorial, o transporte de mercadorias é feito predominantemente por meio de ferrovias e hidrovias. No Brasil e em outros países subdesenvolvidos, onde a influência da indústria automobilística tem sido predominante, verifica-se o predomínio do transporte rodoviário. Comparação entre meios de transporte Os transportes ferroviário e hidroviário proporcionam uma maior capacidade de carga e são mais econômicos. Já o transporte rodoviário oferece pequena capacidade de carga, maior consumo proporcional de combustível e dependência de petróleo, sendo, portanto, bem mais caro que o ferroviário e o hidroviário. CONSUMO DE ÓLEO DIESEL (1 litro) Vias de transporte Toneladas transportadas por Km Rodovia 30 Ferrovia 125 Hidrovia 575
2 Transporte fluvial É um dos mais antigos meios de transporte, tendo desempenhado importante papel na penetração, no povoamento e na ocupação do interior dos continentes. Nesses casos, os rio funcionaram como caminhos naturais. A navegação fluvial é praticada com maior ou menor intensidade em todo o mundo. Destacase, no entanto, na Europa, onde grandes e importantes obras foram construídas para permitir melhor aproveitamento no transporte de mercadorias. Vantagens do transporte fluvial: - grande capacidade de carga - é muito econômico para grandes distâncias; - apresenta relativamente pequeno consumo de energia. - rios de planície são ótimos para navegação. - rios de planalto podem ser navegáveis com a construção de eclusas. Desvantagens: - as áreas muito frias costumam congelar durante o inverno. - nas áreas com estiagens prolongadas a navegação e prejudicada. Transporte marítimo Apesar de ter sido suplantado pelo avião no transporte de passageiros, o marítimo continua sendo o principal meio de transporte de mercadorias a longas distâncias, como entre os continentes. O transporte marítimo depende principalmente de fatores como disponibilidade, qualidade e capacidade de embarcações, bem como de instalações e eficiência portuárias. Poucos são os portos que têm condições de receber navios de 300 mil toneladas ou mais. No Brasil, um dos principais problemas que afetam o transporte marítimo é a ineficiência portuária, responsável pelos grandes congestionamentos e pela deterioração de muitos produtos, acarretando enormes prejuízos. O transporte marítimo divide-se em dois tipos: - internacional ou de longo curso - navegação costeira ou de cabotagem (ao longo do litoral) Transporte ferroviário Foi o principal meio de transporte do século XIX, tendo sofrido grande expansão mundial até a segunda metade do século XX, principalmente na Europa e América do Norte. Entre 1940e 1960, verificou-se, em escala global, certa estagnação e até mesmo o declínio das ferrovias, chegando muitas delas a ser desativadas. A causa dessa estagnação foi a expansão das estradas de rodagem, em conseqüência do uso de novas fontes energéticas.
3 Entretanto, a partir de 1970 deu-se uma reativação do transporte sobre trilhos em razão das novas conjunturas, decorrentes de fatores como a crise do petróleo, o desenvolvimento tecnológico no setor de transportes (trens modernos e velozes, metrô), a expansão populacional e urbana. Vantagens do transporte ferroviário. Desvantagens - grande capacidade no transporte de cargas e de passageiros. - é mais econômico que o rodoviário. - possui diversas opções energéticas (vapor, diesel, gasolina, eletricidade) - o material rodante é de longa duração. - os trens modernos podem atingir grandes velocidades. - é mais utilizado nos países desenvolvidos. - no Brasil, tiveram grande expansão até 1920, com aproximadamente Km. - grande influência do quadro natural; terreno, relevo. - alto custo de implantação. - pequena flexibilidade. - diferença de bitolas. Transporte rodoviário A utilização do automóvel como meio de transporte data do início do século XX. Sua produção em maior escala iniciou-se na Alemanha em 1902 e em 1903 nos EUA. No início o transporte rodoviário funcionou basicamente como complemento do transporte ferroviário. Entretanto, com o passar do tempo, tornou-se concorrente das ferrovias, acarretando inclusive a desativação de inúmeras delas, que se tornaram deficitárias. As principais causas da preferência do transporte rodoviário no caso de médias e pequenas distâncias, em alguns países, são: - o caminhão possui maior flexibilidade e facilidade de acesso aos diversos lugares. - o caminhão pode entregar a mercadoria de porta em porta. - as operações de despacho (papéis) e de carga e descarga de mercadorias são mais simplificadas em relação à ferrovia. - pode haver maior rapidez na entrega das mercadorias. Desvantagens: - menor capacidade de carga - bastante poluidor - pode causar transtornos de trânsito - manutenção contínua da via.
4 Transporte aéreo A utilização do avião no transporte de passageiros data de Na Primeira Guerra Mundial, o avião começou a ser utilizado para fins bélicos e no final da década de 1920 a aviação comercial já estava definitivamente estabelecida. Cresceu muito nos últimos anos, é o mais caro sendo utilizado principalmente para o transporte de cargas leves, perecíveis, urgentes e/ou valiosas. É mais rápido, seguro e cômodo. Desvantagens - elevada poluição sonora, - elevado consumo de combustíveis - dependência das condições atmosféricas. - custo elevado da sua infraestrutura. - capacidade de carga menor que a dos modais marítimo e ferroviário. Modal dutoviário - utiliza tubulações (dutos); - cresce no mundo todo; - não há necessidade de se usar embalagens; - indicada para o transporte de produtos perigosos; - demanda pouca mão de obra; - elevado custo de implantação; - pequena flexibilidade; - não é indicado para pequenos volumes e curtas distâncias. Os transportes no Brasil Até a primeira metade do século XIX eram o marítimo (navegação de cabotagem), o fluvial (pequenas embarcações) e o terrestre (carruagens e lombo de animal). Os transportes modernos (ferroviário e rodoviário) foram implantados a partir da segunda metade do século XIX, na seguinte ordem: Estrada de Ferro Mauá (construída pelo Barão de Mauá) tinha 15 Km de extensão e ligava a Baía da Guanabara à raiz da Serra de Petrópolis (RJ) Construção da primeira rodovia (governo de Washington Luís) ligava São Paulo ao Rio de Janeiro. Única rodovia interestadual pavimentada até Início da aviação comercial com a criação da VARIG (Viação Aérea Rio-Grandense) Início do transporte metroviário em São Paulo.
5 Transporte ferroviário no Brasil O desenvolvi mento do transporte ferroviário no Brasil está ligado à expansão da cafeicultura, primeiro no Estado do Rio de Janeiro, ligando o Vale do Paraíba até o Porto do Rio de Janeiro, e a seguir no Estado de São Paulo, do interior até o Porte de Santos. As primeiras ferrovias do café foram a Estrada de Ferro D.Pedro II (1855, Rio de Janeiro) e a Estrada de ferro Santos-Jundiaí (1868, São Paulo). O período de maior expansão ferroviária situou-se entre 1870 e 1920, quando a extensão das ferrovias passou de 745 Km para Km. A partir daí, e principalmente após a crise da cafeicultura, o ritmo de expansão das ferrovias diminuiu. A decadência do transporte ferroviário decorreu dos problemas inerentes ao seu próprio desempenho e, principalmente, da concorrência com o transporte rodoviário. Isso porque: - Com a presença de montadoras de veículos, a partir de 1950, houve uma pressa de multinacionais para aumentar os investimentos públicos em rodovias, desconsiderando que o transporte ferroviário é mais barato para grandes distâncias. - Direcionadas quase sempre no sentido interior litoral para escoar a produção agrícola, as ferrovias não integraram as regiões do país. - Desde 1930, quando a economia começava a transformar-se de agroexportadora em predominantemente industrial, alterando com isso o tipo de carga, as ferrovias não foram estruturadas para atender com rapidez e eficiência à nova realidade do país. - Não houve investimentos para eliminar problemas que as ferrovias apresentavam como: bitolas (espaço entre os trilhos) diferentes, o que não permitia a integração das ferrovias; a correção de traçados confusos ou sinuosos, resultando em grande morosidade no transporte de pessoas e mercadorias. Diante da decadência das ferrovias, em 1957 o governo federal criou a Rede Ferroviário Federal S.A. (RFFSA), que encampou grande parte das ferrovias do país. Em 1971, com a criação da FEPASA (Ferrovias Paulistas S.A.), foi a vez de o governo do Estado de São Paulo encampar a maioria das ferrovias paulistas. No entanto, por falta de investimentos o ramo ferroviário continuou com graves problemas, como: elevados déficits, material obsoleto, administração ineficiente, morosidade no transporte. A partir de 1996, grande parte da malha ferroviária, principalmente relacionada com o transporte de cargas, foi repassada por concessão à iniciativa privada. Dez anos depois do início das privatizações, as ferrovias ampliaram a sua presença na economia brasileira. Hoje respondem por 26% do transporte geral de cargas e podem aumentar a participação. Novos trechos, como a Ferrovia Trans-nordestina, estão começando a sair do papel. A demanda de cargas pelas ferrovias está aumentando.
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