OS REGISTROS E AS PREVISÕES PARA 2024 DOS ECONOMISTAS GAÚCHOS Alfredo Meneghetti Neto 1
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- Yago di Castro Penha
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1 1 OS REGISTROS E AS PREVISÕES PARA 2024 DOS ECONOMISTAS GAÚCHOS Alfredo Meneghetti Neto 1 INTRODUÇÃO O objetivo desse artigo é dar continuidade aos estudos já realizados sobre a categoria de economistas gaúchos, analisando os cadastros da Relação Anual de Informações Sociais RAIS de 2013 e do CORECON-RS. Além disso será apresentada uma previsão da quantidade de economistas registrados no CORECON-RS em 2024, através do estudo da pirâmide etária. Em um estudo anterior (Meneghetti Neto, 2014) foi argumentado que existiam distorções nas informações de economistas na RAIS de Em primeiro lugar, algumas empresas erraram no lançamento dos economistas com base no Código Brasileiro de Ocupações CBO, pois muitas vezes são funcionários com outras formações e que não trabalham na função de economistas. Em segundo lugar, ainda não existia, por parte da legislação brasileira, a obrigatoriedade para que as empresas privadas e principalmente públicas solicitem aos seus funcionários o cadastramento junto aos órgãos de fiscalização profissional. Em terceiro lugar, e o mais importante, existia falta de uma definição maior das atividades que compõem o campo profissional dos economistas, dos administradores e dos contadores que atuam na área financeira. O estudo concluiu que havia nos últimos anos, um aumento enorme de cargos genéricos como: assessores financeiros e investimentos; analistas financeiros; dirigentes de políticas e planejamento e dirigentes financeiros. Esse último item trazia várias consequências, dentre as quais: uma queda no registro nos órgãos de classe de economistas, administradores e contadores, e uma fragilidade do esforço dos Conselhos pela fiscalização e regulamentação de seus profissionais. Sem dúvida, essas áreas compartilhadas por esses profissionais podiam levar ao enfraquecimento na sua inserção no mercado de trabalho. Todas essas distorções continuam, até o presente momento, sendo que a única mudança se refere a obrigatoriedade do registro junto aos órgãos de classe. De acordo 1 Economista da FEE, Professor da PUCRS e Conselheiro do CORECON-RS. O autor agradece aos comentários dos colegas do CORECON-RS: Helena Edi Cruz, Antonio Hickmann e Inara dos Santos Betat. Além disso, o texto foi enriquecido pelo apoio do monitor de estatística da PUCRS, Felipe Vaz, que atualmente tem um canal no YouTube (Excel Stuff), voltado para a certificação em Microsoft Excel Os erros que eventualmente tenham permanecido são de inteira responsabilidade do autor.
2 2 com a Lei nº de 21/05/2014 nos concursos públicos do Estado do Rio Grande do Sul, fica exigida a comprovação de registro Conselho Profissional, quando a vaga for para cargo que exerça prerrogativas de profissões regulamentadas. Esse fato já mostra um avanço considerável, restando ainda outros encaminhamentos da legislação para cobrir mais amplamente as atividades profissionais dos economistas. Nesse sentido parece razoável supor que é fundamental atualizar a base de dados já disponíveis na atualidade, comparando os registros dos economistas da RAIS, com os do CORECON-RS e fazer as previsões por faixa etária para daqui a dez anos. Esse texto está organizado em quatro itens: a introdução, as fontes oficiais e os cruzamentos dos dados, as previsões para 2024 e as considerações finais. 1-AS FONTES OFICIAIS E OS CRUZAMENTOS DOS DADOS Investigando-se a Relação Anual de Informações Sociais RAIS de 2013 e confrontando-se com os dados de 2012 nota-se que houve um aumento do número de economistas de 13,2%, passando de 1,5 mil para 1,7 mil economistas cadastrados. Através da Tabela 1 é possível ver a distribuição dos economistas de acordo com o município onde a empresa está sediada. Nota-se que quase a metade dos economistas cadastrados pela RAIS se concentravam em cinco cidades: Porto Alegre, Caxias do Sul, Sapucaia do Sul, Triunfo e São Leopoldo. Além disso chama atenção o aumento de economistas em Montenegro (233%); Santa Maria (156%), Passo Fundo (127%), Canoas (121%) e Novo Hamburgo (111%) e Bento Gonçalves (100%). Pode-se argumentar que esse aumento de contratações de economistas nessas cidades deve estar relacionado com o desempenho da economia em 2013, em relação ao ano anterior. Especificamente o ano de 2013 teve um aumento de 2,3% do PIB em relação ao ano anterior, em função da safra recorde, que impactou o setor agropecuário e todos os outros setores econômicos gaúchos. E isso foi decisivo para as empresas sediadas nessas cidades, que haviam sofrido com a quebra da safra em 2012, com uma queda da queda do PIB de 1%.
3 3 Tabela 1 Número de economistas nos municípios gaúchos de acordo com a RAIS em 2012 e 2013 Variação em MUNICÍPIOS relação ao ano anterior (%) PORTO ALEGRE ,1 CAXIAS DO SUL ,2 SAPUCAIA DO SUL ,9 TRIUNFO ,3 SAO LEOPOLDO ,3 HORIZONTINA ,8 ESTEIO ,0 GRAVATAI ,6 CACHOEIRINHA ,8 CANOAS ,1 FARROUPILHA ,6 SANTA CRUZ DO SUL ,8 MONTENEGRO ,3 MARAU ,0 BENTO GONCALVES ,0 ELDORADO DO SUL ,0 PASSO FUNDO ,3 SANTA ROSA ,6 NOVO HAMBURGO ,1 SANTA MARIA ,6 OUTROS ,1 TOTAL ,2 FONTE: RAIS de 2012 e 2013 Já o cadastro do CORECON-RS sugere que deve haver muito mais economistas ocupando cargos em empresas (no RS e demais estados), pois existem quatro vezes mais registros do que a RAIS, de acordo com a Tabela 2, que mostra a quantidade de economistas em cada um dos municípios nos anos de 2014 e Nota-se que quase a metade dos economistas cadastrados pelo CORECON-RS se concentravam em cinco cidades: Porto Alegre, Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas e Canoas. O maior aumento de economistas foi em Cachoeirinha (81%), Gravataí (73%), Canoas (42%) e Ijuí (32%). As explicações dessas variações estão atreladas aos esforços da fiscalização do CORECON-RS e também das Coordenações dos 18 Cursos de Ciências Econômicas do RS ao incentivar os registros no Conselho de seus formandos. Talvez também é possível associar, embora de forma mais discreta, ao
4 4 desempenho econômico das cidades, que eventualmente tiveram reflexos positivos da boa safra agrícola do ano de Tabela 2 Número de economistas gaúchos registrados no CORECON-RS em 2014 e 2015 MUNICÍPIOS 2014 Variação em relação ao 2015 ano anterior (%) PORTO ALEGRE ,6 CAXIAS DO SUL ,3 SANTA MARIA ,3 PELOTAS ,7 CANOAS ,8 RIO GRANDE ,1 PASSO FUNDO ,0 NOVO HAMBURGO ,8 BENTO GONCALVES ,8 SAO LEOPOLDO ,5 SANTA CRUZ DO SUL ,0 ALEGRETE ,8 BAGE ,8 CRUZ ALTA ,0 IJUI ,0 LAJEADO ,3 VIAMAO ,5 GRAVATAI ,7 SAO GABRIEL ,0 CACHOEIRINHA ,3 OUTROS ,0 TOTAL ,24 FONTE: CORECON-RS A Tabela 3 mostra a síntese das divergências dos economistas inscritos nas duas fontes oficiais, com uma diferença de 2,4 mil. O próximo passo é cruzar as informações das duas fontes. Como existem dados dos economistas por: CPF, nome da empresa onde trabalha, PIS, data de admissão e vínculo com a empresa, é possível relacionar as duas fontes para checar se os 1,7 mil economistas da RAIS estão registrados adequadamente no CORECON-RS. Fazendo-se isso verificou-se que somente 244 economistas constavam nas duas listagens, número esse que é bem inferior aos 441 economistas checados no estudo anterior (Meneghetti Neto, 2014).
5 5 Tabela 3 Número de economistas gaúchos de acordo com a RAIS de 2013 e CORECON-RS de 2015 FONTES OFICIAIS NÚMERO DE ECONOMISTAS RAIS CORECON-RS FONTE: CORECON-RS e RAIS Com base nessa constatação, a Comissão de Fiscalização encaminhou inúmeras correspondências às empresas no sentido de questionar se os profissionais estavam efetivamente ocupando cargos de economistas, pois ainda não possuíam registro no Conselho. 2 As empresas sistematicamente vêm informando ao CORECON-RS que tem havido erro de lançamento do Código Brasileiro de Ocupação CBO apresentando além dessa, outras explicações. 3 Além disso tem sido muito comum por parte das empresas a utilização de cargos genéricos no Brasil. Isso é fácil constatar fazendo-se um levantamento no IBGE dos profissionais das áreas financeiras ocupando cargos genéricos. A Tabela 4 mostra a quantidade surpreendente de profissionais com cargos genéricos, que têm relação com o campo profissional do economista. Pode-se notar que quase 13 mil profissionais foram cadastrados no IBGE ocupando cargos genéricos nas empresas do RS. São assessores financeiros (1,2 mil), analistas financeiros (7,6 mil) e dirigentes financeiros (3,4 mil), o que dá a verdadeira dimensão da dificuldade de se enquadrar adequadamente as atividades dos economistas. São as chamadas áreas sombras em que atuam economistas, administradores de empresas e contadores. 4 2 É sabido que as empresas devem informar a relação dos funcionários graduados em Ciências Econômicas que atuam na empresa, com a indicação do cargo ocupado e a descrição das atividades desempenhadas pelos mesmos. Além disso devem indicar os cargos da área econômico-financeira na empresa, com descrição das atividades desempenhadas e seus atuais ocupantes, bem como a formação escolar de cada um desses profissionais. 3 Geralmente elas justificam o erro, argumentando que: o funcionário não pertence mais ao quadro; ele tem graduação em outra profissão (em Ciências Contábeis ou Administração de Empresas) e ele está envolvido em atividades de ensino médio (como auxiliar de cobrança, ou fiscal e assistente administrativo) e que por isso essas atividades não requerem graduação superior. 4 A Classificação Brasileira de Ocupações dispõe de uma área vasta relacionada ao cargo de economista. As ocupações são as seguintes: gestores públicos, diretores gerais, diretor de operações de serviços em instituição de intermediação financeira, diretores administrativos e financeiros, diretores de pesquisa e desenvolvimento, gerentes de operações de serviços em instituição de intermediação financeira, gerentes administrativos, financeiros, de riscos e afins, gerentes de comercialização, marketing e comunicação, gerentes de pesquisa e desenvolvimento afins, pesquisador em economia, professor de economia, auditor (contadores e afins), profissionais de administração econômico-financeira, profissionais de comercialização e consultoria de serviços bancários, corretores de valores, ativos financeiros, mercadorias
6 6 Tabela 4 Número de profissionais que ocupavam cargos genéricos no RS em 2010 CARGOS GENÉRICOS NÚMERO Assessores financeiros e investimentos Analistas financeiros Dirigentes de políticas e planejamento 734 Dirigentes financeiros Total FONTE: IBGE Não há dúvidas que se torna necessário obter mais informações da RAIS, não somente dos profissionais que ocupam cargos de economistas em empresas, mas principalmente de outros cargos nas áreas financeiras. Após esses dados estarem disponíveis, poderão existir mais cobranças das empresas, uma vez que se entende que existe um contingente maior de profissionais ocupando cargos de economistas, do que informa a RAIS, e o que é mais grave, sem ter registro no CORECON-RS. 2-AS PREVISÕES PARA 2024 Analisando-se a faixa etária da categoria dos economistas listados pelo CORECON-RS, a Tabela 5, mostra que a população masculina representa quatro vezes mais do que a feminina, pois cerca de 3,2 mil são homens e 852 são mulheres. Um fato que chama atenção é que mais do que metade do total (2,5 mil economistas) têm idades que variam de 40 a 75 anos, sendo que a média é de 56 anos para o gênero masculino e de 45 anos para o feminino. Tabela 5 Número de economistas cadastrados no CORECON-RS em 2015 FONTE: CORECON-RS e derivativos, analistas de comércio exterior, analista de exportação e importação, supervisores de serviços financeiros, de câmbio e de controle.
7 7 Vaz (2015) em um estudo estatístico dos economistas cadastrados pelo CORECON-RS organizou uma pirâmide etária, onde é possível verificar através da Figura 1, os dois conjuntos de barras (azul e verde), que representam o sexo e a idade dos economistas. Figura 1 Pirâmide etária dos economistas inscritos no CORECON-RS em 2015 VAZ, F. Pirâmide Etária do CORECON-RS, Decênio, Curso de Estatística, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, p. (Mimeo). Fica visível a faixa etária dos economistas masculinos, de 52 a 56 anos, como sendo a mais representativa com quase 400 economistas, seguida das faixas de 57 a 61 anos (293 economistas) e de 62 a 66 anos (291 economistas). Para fazer as previsões para os próximos dez anos, Vaz (2015) estabeleceu três hipóteses. A primeira é que a idade média dos economistas entrantes é de 22 anos. A segunda diz respeito a idade média dos economistas que cancelam os seus registros no CORECON-RS, como sendo de 77 anos, com um desvio de 5 anos de idade. 5 A terceira 5 Ao estabelecer o ponto de corte para os economistas que cancelam suas inscrições, não foi levado em consideração o desvio padrão de 5 anos de idade, justamente para tornar a análise homogênea, já que não foi identificado o desvio padrão dos economistas que entram no conselho.
8 8 hipótese partiu do princípio que 150 novos economistas fazem as suas inscrições todos os anos no Conselho, sendo 118 do sexo masculino e 32 do sexo feminino. 6 Dessa forma, Vaz (2015) adotou esses pressupostos e os aplicou na base de dados considerando como o ponto de corte, aqueles economistas que atingiam 77 anos, e automaticamente eram incluídos na categoria inativo. 7 Além disso, também foram acrescentados a cada ano, 150 novos economistas na categoria ativo. Todos os economistas tiveram suas idades projetadas ao longo do decênio, por exemplo, aquele que tinha 22 anos em 2015, teria 23 anos em 2016, e assim por diante. A amplitude do intervalo escolhido para determinar a idade dos economistas foi de 5 anos, para que fosse possível perceber o ponto de corte daqueles que cancelam os seus registros (77 anos). As evidências das mudanças que ocorrerão nos próximos anos estão apresentadas a seguir e são bem determinantes. Primeiramente constatou-se que embora 474 economistas (com idade igual ou superior a 77 anos de idade) estariam cancelando as suas inscrições nos próximos 10 anos, no ano de 2024 será maior o número de economistas registrados no Conselho. Isso é previsível pois aqueles que cancelam os seus registros são em quantidade menor, do que aqueles que entram. Em segundo lugar é possível argumentar que haverá uma queda no ano de 2016, em função da hipótese de cancelamentos de registros é com a idade de 77 anos, sendo que na base de dados apresentada, existem 471 economistas com idade igual ou maior a 77 anos, sendo 447 homens e 27 mulheres. Nos anos seguintes a quantidade de economistas irá gradativamente aumentar até o ano de 2024, atingindo em torno de 4,5 mil, sendo 3 mil homens e 1,4 mil mulheres, como está mostrado no Gráfico 1. 6 Essa quantidade foi estabelecida a partir da base de dados da categoria que mostra 78,9% constituída do gênero masculino e 21,1% do gênero feminino. 7 Em outras palavras, os economistas com idade igual ou superior a 77 anos, foram classificados como inativos na base de dados e foram excluídos a partir da classificação nos anos seguintes, para evitar dupla contagem. Importante salientar, que não existe mais a categoria de remido no CORECON-RS, o que torna obrigatório o pagamento da anualidade até a data de cancelamento do registro.
9 9 Gráfico 1 Evolução dos economistas inscritos no CORECON-RS de 2015 a 2024 VAZ, F. Pirâmide Etária do CORECON-RS, Decênio, Curso de Estatística, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, p. (Mimeo). Em terceiro lugar, a pirâmide etária em 2024, mostrada na Figura 2, tem uma configuração totalmente diferente do que a atual, pois haveria uma quantidade maior de economistas mais jovens, ao contrário da situação atual. Especificamente fica claro que a faixa etária de 22 a 26 anos, é a mais representativa, com 418 homens e 332 mulheres, embora ainda existe uma grande representatividade da faixa de 62 a 66 anos, com 382 masculinos e 69 femininos.
10 10 Figura 2 Pirâmide etária dos economistas inscritos no CORECON-RS em 2024 VAZ, F. Pirâmide Etária do CORECON-RS, Decênio, Curso de Estatística, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, p. (Mimeo). Em síntese fazendo-se uma comparação das duas pirâmides de 2015 e 2024, nota-se uma mudança no seu desenho, que de losango passa para pirâmide, como mostra a Figura 3. Além disso, a idade média dos economistas em 2024 será de 50 anos para o gênero masculino e de 40 anos para o feminino, o que representa uma idade média mais jovem do que a atual (56 anos e 45 anos respectivamente). Nos anexos estão apresentadas as pirâmides etárias do período de 2016 a 2024, onde são possíveis notar as alterações das faixas etárias a cada ano. De uma forma geral, o fato de a idade média dos economistas do CORECON-RS ter diminuído em seis anos dá mais condições de sustentabilidade financeira nos próximos dez anos, podendo inclusive conciliar a implantação do Plano de Cargos e Salários (PCS). 8 8 Importante salientar que a Comissão Especial composta pelos Economistas-Conselheiros Aristóteles Galvão, Jorge da Costa Mello, Henri Wolf Bejzman e Rogério Tolfo foi criada para analisar a repercussão econômico-financeira no CORECON-RS, em razão da implementação do Plano de Cargos e Salários
11 11 Figura 3 Pirâmides etárias dos economistas em 2015 e 2024 VAZ, F. Pirâmide Etária do CORECON-RS, Decênio, Curso de Estatística, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, p. (Mimeo). 3-CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo desse artigo foi dar continuidade a um estudo anterior sobre os dados dos economistas cadastrados em duas fontes oficiais: a Relação Anual de Informações Sociais RAIS de 2013 e o CORECON-RS. Não há dúvidas que as divergências continuam bem expressivas, uma vez que as informações de economistas gaúchos da RAIS (1,7 mil) devem estar subestimadas, uma vez que o CORECON-RS dispõe no seu cadastro quatro mil economistas. Na realidade as informações do IBGE de cargos genéricos relacionados com a área financeira sinalizam que existem inúmeros profissionais, que ocupam essas áreas sombras, onde atuam economistas que ainda não possuem registro no CORECON-RS. Procurando-se prever o quadro de economistas em 2024 notou-se que a idade média tenderá a ser mais jovem do que a atual, pois parece razoável supor que o (PCS). O estudo concluiu que os gastos com pessoal chegariam a 63,8% das Receitas Totais, desde que houvesse uma atualização das anuidades de 3,3% a cada dois anos. Em caso de não haver essa atualização, os gastos com pessoal atingiriam a 73% das Receitas Totais.
12 12 desenho da pirâmide etária atual passará gradativamente de um losango (com as idades maduras pronunciadas lateralmente), para um desenho na forma de uma bigorna (com idades mais jovens formando a base mais larga, seguida de uma segunda base menos pronunciada). É muito importante empreender mais esforços nessa linha de investigação, cruzando-se as informações, investigando-se com mais profundidade os dados dos economistas gaúchos para prever a sustentabilidade financeira nos próximos anos. Não há dúvidas, que as empresas estão tendo dificuldades de informarem adequadamente a área financeira classificada pelo número do Código Brasileiro de Ocupação CBO. O que não se pode deixar de esperar que as próximas listagens da RAIS já contenham algumas correções. Sem dúvida, a maior motivação dessa linha de pesquisa é agregar valor em atividades concretas em defesa do mercado de trabalho do economista e valorizar o seu registro profissional. Para isso é fundamental que o CORECON-RS estreite as relações com o Ministério do Trabalho buscando parcerias com empresas, universidades e principalmente outros órgãos de classe. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Consulta RAIS Trabalhador. Disponível em Acesso em CORECON-RS. Lista de pessoas físicas registradas no Conselho em Disponível em: Acesso em IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática SIDRA. Disponível em: Acesso MENEGHETTI NETO, A. Algumas considerações sobre os economistas gaúchos. CORECON-RS, Porto Alegre, p. (Mimeo) RIO GRANDE DO SUL. Lei nº de 21/05/2014. Disponível em: Acesso em TOLFO, R. ET ALII. Adaptação do Plano de Cargos e Salários do COFECON ao CORECON-RS. CORECONRS, Porto Alegre, p. (Mimeo).
13 VAZ, F. Pirâmide Etária do CORECON-RS, Decênio, Curso de Estatística, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, p. (Mimeo). 13
14 ANEXOS 14
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