ESTUDO COMPARATIVO DA CINÉTICA DE REDUÇÃO DE CR(VI) UTILIZANDO-SE DIFERENTES POLÍMEROS CONDUTORES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ESTUDO COMPARATIVO DA CINÉTICA DE REDUÇÃO DE CR(VI) UTILIZANDO-SE DIFERENTES POLÍMEROS CONDUTORES"

Transcrição

1 UIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CETRO DE CIÊCIAS EXATAS E DE TECOLOGIA DEPARTAMETO DE EGEARIA QUÍMICA ESTUDO COMPARATIVO DA CIÉTICA DE REDUÇÃO DE CR(VI) UTILIZADO-SE DIFERETES POLÍMEROS CODUTORES Andrea Alexandra Liao SÃO CARLOS SP

2 UIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CETRO DE CIÊCIAS EXATAS E DE TECOLOGIA DEPARTAMETO DE EGEARIA QUÍMICA ESTUDO COMPARATIVO DA CIÉTICA DE REDUÇÃO DE CR(VI) UTILIZADO-SE DIFERETES POLÍMEROS CODUTORES Andrea Alexandra Liao Trabalho de Graduação apresentado ao Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de São Carlos Orientador: Prof. Dr. José Carlos Gubulin SÃO CARLOS SP

3 Agradecimentos À FAPESP pelo auxílio financeiro concedido. Processo número 01/ Ao professor Gubulin, por seus sábios conhecimentos e dedicação de seu tempo para com os seus orientados. Ao meu co-orientador, Guto, não só pela sua essencial presença na elaboração de todo esse trabalho, mas também como um grande amigo que sempre me recordarei. trabalho. Aos meus pais, Philip e Luiza, e familiares pelo incentivo e apoio para a realização deste

4 examinadora: BACA EXAMIADORA Trabalho de Graduação apresentado no dia 08 de novembro de 2004 perante a seguinte banca Convidado: Dr. Luís Augusto Martins Ruotolo Orientador: Prof. Dr. José Carlos Gubulin Professor da disciplina: Prof. Dr. Antônio José Gonçalves da Cruz

5 Resumo O descarte de resíduos industriais contendo cromo hexavalente se constituem em efluentes altamente tóxicos e o tratamento dos mesmos se faz necessário devido a problemas ambientais e também para o cumprimento da legislação ambiental vigente. Diante disto, este trabalho se dedicou ao estudo de um processo eletroquímico com a finalidade de tratamento de efluentes contendo cromo hexavalente, utilizando as propriedades eletroquímicas (processo redox) apresentadas pelos polímeros condutores. Foram estudadas, comparativamente, as cinéticas de redução de Cr(VI) utilizando-se polipirrol (PPY) e polianilina (PAI). O desempenho destes polímeros foi comparado sob condições de circuito aberto e circuito fechado. Em ambos os casos foram obtidas as curvas de queda de concentração em função do tempo e a estabilidade do filme. A polianilina e o polipirrol foram escolhidos por serem estáveis e facilmente eletrossintetizados em meio aquoso e, no caso da polianilina, o baixo custo do monômero (anilina) também foi relevante. O processo consistiu, numa primeira etapa, na deposição eletroquímica do polímero condutor sobre um substrato de carbono vítreo reticulado (CVR), de maneira a formar um filme que atuaria como um eletrocatalisador no processo de redução do Cr(VI). O carbono vítreo reticulado foi escolhido como substrato por proporcionar uma elevada área superficial específica. A comparação dos dois polímeros permitiu determinar o melhor eletrocatalisador quanto à sua cinética de redução do Cr(VI) e à sua estabilidade ao longo do processo. Também foi importante na decisão do melhor eletrocatalisador os valores de janela de potencial nos quais cada um pode trabalhar de maneira estável e eficiente. Observou-se que a polianilina é viável somente sob condições de circuito fechado, enquanto o polipirrol não tem uma boa performance tanto sob condições de circuito aberto e fechado. O processo utilizando a polianilina é limitado por potenciais anódicos superiores a 0,6 V devido à sua degradação. Quanto ao potencial catódico, o processo é limitado

6 pela perda de eficiência de corrente que advém da reação paralela de desprendimento de hidrogênio.

7

8 Abstract Wastewaters containing hexavalent chromium are very toxic and their treatment are necessary due to environmental and economical problems. In this work an electrochemical process was proposed in order to treat these effluents using the electrochemical properties (redox processes) of the conducting polymers. The kinetic of Cr(VI) reduction for polypyrrole (PPY) and polyaniline (PAI) was compared under open and closed circuit conditions. Concentration deplection and polymer stability were evaluated The polyaniline and polypyrrole were chosen because they can be easily prepared from aqueous solutions. In the case of the polyaniline, the low cost of the monomer (aniline) was also relevant. At the first stage, the electrochemical deposition of the conducting polymers on a reticulated vitreous carbon substrate (RVC) was carried out. The electrodeposited film acted as and electrocatalyst for the Cr(VI) reduction process. The reticulated vitreous carbon was chosen because of its large superficial area. The comparison of kinetic and polymer stability for PAI and PPY permited to determine the best electrocatalyst for the Cr(VI) reduction. The influence of the applied potential on the reaction rate was also evaluated. It was observed that polyaniline is suitable for use only under closed circuit conditions, whereas polypyrrole did not show a good performance under both conditions studied. The process using polyaniline is limited by anodic potentials greater than 0,6 V due to polymer degradation. For very cathodic potentials, the process is limited by the low current efficiencies observed.

9 Sumário Lista de Tabelas... viii Lista de Figuras... ix Capítulo 1 - Introdução... 1 Capítulo 2 - Revisão da Literatura Polipirrol: síntese, estrutura e propriedades Polianilina: síntese, estrutura e propriedades... 9 Capítulo 3 - Materiais e Métodos Capítulo 4 - Resultados e Discussão Capítulo 5 - Conclusões Capítulo 6 - Sugestões Referências Bibliográficas... 27

10 Lista de Tabelas Tabela 1. Condições de eletrossíntese dos polímeros condutores Lista de Figuras Figura 1.1. Modelo esquemático da remediação eletroquímica do Cr(VI). (a) eletrólise direta; (b) eletrólise indireta utilizando o mediador redox Fe 2+/3+ na solução; (c) Processo utilizando um filme de polímero condutor (PCo) como catalisador imobilizado sobre um substrato Figura 1.2. Esquema de limpeza de efluentes tóxicos usando polipirrol (PPY) Figura Estados redox neutro e oxidado do polipirrol e sua natureza interconversível... 6 Figura Resposta eletroquímica do polipirrol. Carbono vítreo (CV) em 0,1 M K 2 SO 4. Velocidade de varredura: 10 mv.s Figura Fórmula geral da polianilina Figura (a) base leucoesmeraldina; (b) base esmeraldina e (c) base pernigranilina Figura Voltamograma cíclico típico de um filme de polianilina (sal de esmeraldina), com a indicação das cores observadas nas diferentes regiões de potencial (versus ECS, v = 50 mv/s) Figura 3.1. Esquema experimental do sistema de bancada utilizado nos experimentos de redução do cromo hexavalente Figura 3.2. Representação esquemática da célula eletroquímica. 1. ânodo (DSA Ti-RuO 2 ); 2. cátodo (placa de carbono vítreo); 3. contatos elétricos; 4. carbono vítreo reticulado (CVR); 5. capilar de Luggin para medida do potencial elétrico; 6. separador (telas de poliamida) Figura 4.1. Queda de concentração normalizada em função do tempo para condições de circuito aberto Co = 40 mg dm Figura 4.2. Resposta eletroquímica do filme de polipirrol antes e após a reação com Cr(VI). K 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s Figura 4.3. Resposta eletroquímica do filme de polianilina antes e após a reação com Cr(VI). 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s Figura 4.4. Queda de concentração normalizada em função do tempo, tendo como parâmetro o potencial aplicado. Condições de circuito fechado e Co = 40 mg dm Figura 4.5. Resposta eletroquímica do filme de polipirrol antes e após a reação com Cr(VI). K 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s Figura 4.6. Resposta eletroquímica do filme de polianilina antes e após a reação com Cr(VI). 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s Figura 4.7. Queda de concentração normalizada em função do tempo. Co = 40mg dm Figura 4.8. Queda de concentração normalizada em função do tempo, tendo como parâmetro o potencial aplicado ao eletrodo CVR/PAI. C 0 = 100 mg dm Figura 4.9. Resposta eletroquímica do filme de polianilina antes e após a reação com Cr(VI). 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s Figura Resposta eletroquímica do filme de polianilina antes e após a reação com Cr(VI). 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s Figura Resposta eletroquímica do filme de polianilina antes e após a reação com Cr(VI). 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s Figura Queda de concentração normalizada em função do tempo para os eletrodos de CVR e CVR/PAI. C 0 = 100 mg dm

11 Capítulo 1 Introdução Resíduos industriais contendo cromo hexavalente constituem-se em efluentes altamente tóxicos e o tratamento dos mesmos se faz necessário devido a problemas ambientais e também para o cumprimento da legislação ambiental vigente, que estabelece limites máximos de emissão, que no caso de Cr(VI) é de 0,1 mg/l para mananciais e de 1,5 mg/l para emissão em rede de esgoto (CETESB, 1997). O cromo está presente na natureza comumente em dois estados de oxidação, Cr(III) e Cr(VI). O Cr(VI) é notoriamente móvel na natureza enquanto o Cr(VI) é prontamente precipitado ou adsorvido por uma variedade de superfícies orgânicas e inorgânicas próximas ao p neutro. Portanto, a redução do cromo para o estado trivalente serve para imobilizá-lo (Wei et al., 1993). As propriedades do Cr(III) e do Cr(VI) têm sido relatadas com relação à sua toxidade aguda e crônica, à sua toxidade dermatológica e sistêmica, à sua toxicocinética, citotoxidade, genotoxidade e carcinogenicidade. Os compostos de cromo hexavalente aparecem como sendo de 10 a 100 vezes mais tóxicos que o Cr(III) quando estes são administrados por via oral. A toxicologia do cromo não reside somente na sua forma elementar, mas varia grandemente entre a vasta variedade dos diferentes compostos de cromo (Senthurchelvan et al., 1996). Da discussão precedente se torna claro que a redução química do Cr(VI) para Cr(III) seguida do ajuste de p se faz necessária para facilitar o tratamento de resíduos contendo íons cromo. Tratamentos posteriores para o íon Cr(III) podem ser, por exemplo, a captação por uma resina catiônica (Petruzzelli et al.,1995), a precipitação na forma de Cr(O) 3 (Alatorre et al., 1998), que é altamente insolúvel, ou então através da redução eletroquímica do mesmo a cromo metálico (jau e Janssen, 1999). Existem várias fontes geradoras de efluentes contendo cromo hexavalente, tais como as indústrias de cromeação, eletrônica, metalúrgica, madeira e couro, para citar algumas; daí a importância ambiental do desenvolvimento de um processo que vise o tratamento destes efluentes. Este trabalho teve como intuito de minimizar o problema, reduzindo o Cr(VI) a Cr(III). A habilidade de eletrodos de carbono vítreo reticulado (CVR) e CVR recoberto com filmes finos de PPY e PAI em reduzir o Cr(VI) a Cr(III) foi estudada e

12 comparada. Dois diferentes modos de operação foram estudados: circuito aberto e circuito fechado. A estabilidade do filme dos polímeros condutores e a cinética de redução de cromo foram avaliadas em função do potencial aplicado ao sistema.

13 Capítulo 2 Revisão da Literatura Produtos químicos, como por exemplo, SO 2, FeSO 4 ou metabissulfito de ferro são usualmente utilizados para a redução do Cr(VI). Contudo, estes produtos químicos são irreversivelmente consumidos no processo e podem, eventualmente, contribuir para o aumento da lama residual gerada. A redução eletroquímica do Cr(VI) tem sido considerada, mas a eletrólise direta (Figura 1.1 a) oferece pobre cinética de transferência de elétrons e também problemas de seletividade. Por exemplo, a quantidade de Cr(VI) removido sobre carbono vítreo reticulado em um reator eletroquímico padrão foi de apenas 51% após dez passos. O uso de um par redox como mediador, por exemplo, Fe 2+/3+ (Figura 1.1b) pode amenizar estas dificuldades, e com a inovação da tecnologia de separação por membranas, o uso deste processo indireto pode vir a ser uma alternativa viável (Senthurchelvan et al., 1996). a) direta b) indireta é é c) indireta é Cr(VI) Fe 2+ Cr(VI) PCo Cr(VI) Cr(III) Fe 3+ Cr(III) PCo Cr(III) solução solução filme solução (a) (b) (c) Figura 1.1. Modelo esquemático da remediação eletroquímica do Cr(VI). (a) eletrólise direta; (b) eletrólise indireta utilizando o mediador redox Fe 2+/3+ na solução; (c) Processo utilizando um filme de polímero condutor (PCo) como catalisador imobilizado sobre um substrato (Senthurchelvan et al., 1996). Recentemente novas técnicas de tratamento de efluentes contendo Cr(VI) têm sido desenvolvidas, como por exemplo, o uso de eletrodos de difusão de gás (jau e Janssen, 1999), a adsorção (an et al., 2000) e o processo que emprega polímeros condutores (Rajeshwar et al., 1994; Senthurchelvan et al., 1996; Wei et al., 1993).

14 Polímeros eletronicamente condutivos tais como polipirrol (PPY) e polianilina (PAI) têm sido considerados para uma variedade de aparelhos e aplicações incluindo baterias secundárias recarregáveis, células combustíveis, sensores químicos, administração controlada de drogas, eletrocromismo, proteção contra corrosão, formulações antiestáticas e absorção de radar (Wei et al., 1993). Uma nova aplicação de polímeros condutores reside no uso destes materiais na limpeza de resíduos tóxicos, como por exemplo, a redução de Cr(VI) em meio aquoso. Um pós-tratamento químico ou eletroquímico pode ser aplicado com a finalidade de reduzir e então restituir a capacidade do polímero para o uso em um processo cíclico(castagno et al, 1997; CETESB, 1997). Polímeros condutores têm a capacidade de transferir elétrons espontaneamente para o Cr(VI) a partir de sua forma reduzida e na condição de filmes finos. Pioneiros na utilização de polímeros condutores para redução de cromo hexavalente, Wei et al.(1993), em seus estudos, utilizaram o polímero condutor polipirrol (PPY). Em um primeiro estágio estes autores utilizaram como substrato uma placa de platina. Deste primeiro estudo foram obtidos os comportamentos termodinâmicos, cinéticos e mecanísticos do processo (Senthurchelvan et al., 1996; Wei et al., 1993;). Subseqüentemente estes autores estenderam o estudo para o uso de compósitos polipirrol-carvão ativado (Wampler et al., 1995). O procedimento básico do processo está esquematizado na Figura 1.1c. Para o caso específico do polipirrol (PPY) a reação química é a seguinte: Cr2O7 + 6 PPY ( s) + 14 ( aq) 2Cr ( aq) + 6PPY ( s) + 7 ( aq) 2 O (01) PPY + é PPY + 0 ( s) ( s) (02) as reações 1 e 2, PPY 0 e PPY + denotam, respectivamente, os estados reduzido e oxidado do polipirrol (PPY). O sistema mediador redox PPY 0/+ está imobilizado sobre a superfície de um eletrodo (Figura 1.1c) e é através deste que o PPY é reciclado (reduzido) através da aplicação de uma corrente elétrica, estando, portanto regenerado para o uso em um novo ciclo e ao contrário do processo baseado no par redox Fe 2+/3+ (Figura 1.1b), problemas associados com a separação e recuperação destes íons do

15 efluente tratado são evitados. Uma representação esquemática do processo é apresentada na Figura 1.2 (Senthurchelvan et al., 1996; Wei et al., 1993). Figura 1.2. Esquema de limpeza de efluentes tóxicos usando polipirrol (PPY). O Cr(VI) em meio ácido (por exemplo, 2 SO 4 ) pode ser convertido a Cr(III) usando um esquema envolvendo três etapas: dopagem do polímero e compensação da carga por incorporação de ânions A - (A - = SO - 4 e Cr 2 O 2-7 ) e finalmente, a regeneração do PPY + a PPY 0 por redução eletroquímica (Wei et al., 1993). Os polímeros intrinsecamente condutores (ICP intrinsically conducting polymers) têm atraído a atenção de inúmeros grupos de pesquisa desde a sua descoberta, tanto pela importância científica em se entender este novo fenômeno como pelo seu potencial em aplicações tecnológicas. Estes polímeros podem combinar as propriedades mecânicas e processabilidade dos polímeros convencionais com um comportamento elétrico, ótico e magnético semelhante ao dos metais e semicondutores inorgânicos. Esta característica faz com que estes materiais se enquadrem na categoria dos chamados metais sintéticos ( synthetic metals ). Um grande impulso foi dado nos últimos anos na aplicação tecnológica destes materiais em baterias recarregáveis, dispositivos eletrônicos, sensores químicos e térmicos, biosensores, janelas inteligentes, diodos emissores de luz, eliminação de carga estática em microeletrônica, proteção contra corrosão, recobrimento de materiais, etc (MacDiarmid, 1993). O primeiro polímero condutor foi obtido em 1977, pela exposição do poliacetileno na forma isolante (condutividade, σ = 10-5 S/cm) a agentes dopantes, oxidantes ou redutores, tornando-o condutor elétrico intrínseco (σ = 10 2 S/cm). O polímero neutro isolante é convertido num complexo iônico que consiste de um cátion

16 (ou ânion) polimérico e um contra-íon, que é a forma reduzida do agente oxidante (ou a forma oxidada do agente redutor) (MacDiarmid, 1993). Um critério importante na seleção de polímeros potencialmente condutores é a facilidade com que o sistema pode ser oxidado ou reduzido. Este princípio básico tem sido aplicado com sucesso para um número crescente de polímeros condutores, tais como polifenilenos, polipirróis (Bose et al., 1992), politiofenos e polianilinas (MacDiarmid, 1993). A seguir serão feitas breves descrições sobre os polímeros polipirrol (PPY) e polianilina (PAI), os quais foram objetos de estudo deste projeto Polipirrol: síntese, estrutura e propriedades Como foi primeiramente relatado por químicos italianos, o monômero pirrol é facilmente polimerizado gerando um pó preto condutor, sendo este referenciado por muitos anos como pirrol preto (Skotheim, 1986). A propriedade de conversão de um estado redox para outro de maneira reversível tem proporcionado um grande número de aplicações tecnológicas para o polipirrol, incluindo baterias recarregáveis, células combustíveis, sensores químicos, aparatos eletrocrômicos, proteção à corrosão, eletrocatálise e remediação ambiental (Wampler et al., 1995). O polipirrol existe em dois estados de oxidação: neutro (reduzido) e oxidado, ambos mostrados na Figura eutro (isolante) n + é - é + n oxidado (condutor) Figura Estados redox neutro e oxidado do polipirrol e sua natureza interconversível (Senthurchelvan et al., 1996).

17 A oxidação do polipirrol é acompanhada pela inserção de um ânion, processo este chamado de dopagem, o qual fornece a característica condutora ao polímero. o caso do polipirrol, a cada três ou quatro anéis de pirrol há um ânion contrabalanceando a carga positiva da cadeia (Skotheim, 1986). o estado neutro o polipirrol é altamente isolante enquanto que no estado oxidado a condutividade pode variar de 0,4 a 10-2 S.cm -1 (Skotheim, 1986). A interconversão eletroquímica do polipirrol entre os estados reduzido e oxidado também é acompanhada pelo efeito eletrocrômico. o estado dopado (oxidado), o filme de polipirrol é azul/violeta (λ máx = 670 nm), enquanto que no estado desdopado (neutro) sua cor é amarelo esverdeada (λ máx = 420 nm) (Mortimer, 1999). A polimerização do pirrol pode ser feita química ou eletroquimicamente. Quimicamente o pirrol pode ser oxidado tanto em solução quanto em fase vapor. O polímero formado é obtido geralmente na forma de um pó preto, contudo, filmes finos podem ser obtidos realizando-se a polimerização do pirrol diretamente sobre a superfície do substrato. Filmes produzidos pela via química são relatados como pouco condutores e de baixa qualidade (Skotheim, 1986). A polimerização química do polipirrol é realizada pela adição, em solução, de um agente oxidante. Dentre os agentes oxidantes que comumente têm sido usados podese destacar o perssulfato de potássio ou sódio (K 2 S 2 O 8 e a 2 S 2 O 8 ) e o cloreto de ferro III (FeCl O) (Bose et al., 1992; Wampler et al., 1995; Weidlich et al., 2001). A síntese eletroquímica é a principal rota para obtenção de filmes homogêneos e de boa qualidade. Ela poder ser realizada em meio aquoso ou orgânico. O meio de síntese orgânico mais freqüentemente citado é constituído pelo solvente acetonitrila e sais de tetralquilamônio (Skotheim, 1986). A eletrossíntese em meio aquoso é geralmente realizada a partir de soluções 0,1 M de pirrol com concentrações de 0,1 a 0,2 M de diversos sais, entre os quais podemos citar, o KCl, K 2 SO 4, KBr, KO 3, KI, ao 3 (Rodrígues et al., 2000; Wang e Rajeshwar, 1997; Weidlich et al., 2001). Quanto aos substratos os mais diversos também têm sido usado, dentre os quais podemos destacar os eletrodos de platina, ouro, CV, CVR, ITO, grafite e aço inoxidável (Skotheim, 1986).

18 Zhang e Wallace (1992) realizaram a polimerização eletroquímica do pirrol galvanostaticamente aplicando uma densidade de corrente de 1,0 ma/cm 2, entretanto a maioria dos trabalhos se refere à oxidação do monômero potenciostaticamente (geralmente em +0,9 V vs. Ag/AgCl) (Alatorre et al., 1998; Bose et al., 1992; Senthurchelvan et al., 1996) ou então através de voltametria cíclica, onde a faixa de potencial mais utilizada é de 0,3 a +0,9 V vs. Ag/AgCl e velocidades de varredura que podem variar de 20 a 200 mv.s -1 (Alatorre et al., 1998; Rodrígues et al., 2000). A Figura mostra uma resposta eletroquímica típica do polipirrol. 0-0,3-0,6-0,9 Potencial, V vs. Ag/AgCl Figura Resposta eletroquímica do polipirrol. Carbono vítreo (CV) em 0,1 M K 2 SO 4. Velocidade de varredura: 10 mv.s -1 (Bose et al., 1992). Quanto à estabilidade dos filmes de polipirrol, sua atividade eletroquímica é irreversivelmente perdida após oxidação a potenciais extremos, onde o PPY torna-se eletronicamente não condutor. Entretanto, a condutividade iônica e as propriedades de troca iônica do polipirrol são mantidas (Zhang e Wallace, 1992). Como dito anteriormente, o polipirrol foi o primeiro polímero aplicado para redução de Cr(VI). Entretanto, seu uso sob condições de potencial de circuito aberto se mostrou inviável devido a uma possível degradação do filme polimérico (Alatorre et al., 1998; Rodrigues et al., 2000). Diante do problema da degradação, um estudo sobre a atividade eletrocatalítica do polipirrol foi realizado por Wang e Rajeshwar (1997), os quais demonstraram ser o polipirrol ainda muito eficiente na redução do cromo. Porém,

19 estudos comparativos das taxas de redução de Cr(VI) utilizando-se polímeros condutores além do polipirrol ainda não foram realizados Polianilina: síntese, estrutura e propriedades Uma série de usos foi descoberta para as polianilinas, tais como: 1) eletrodo positivo em baterias recarregáveis, devido a alta densidade de energia armazenada em função da química redox particular; 2) na proteção de metais semicondutores da corrosão via proteção catódica; 3) mostradores eletrocrômicos (displays), em função das colorações apresentadas nos diferentes estados de oxidação do polímero; 4) em equipamentos microeletrônicos; 5) em trocadores de íons e 6) em metalização de polímeros convencionais (Mattoso, 1996). Contudo, a polianilina não é realmente um material novo e sua existência já é conhecida há cerca de 160 anos, quando foi sintetizada pela primeira vez por Runge em Porém a primeira publicação é datada de 1862 quando M. Letheby oxidou anodicamente a anilina em ácido sulfúrico (Mattoso, 1996). As polianilinas representam uma classe de polímeros cuja composição química na forma de base (não dopada) é dada pela fórmula geral mostrada na Figura 2.2.1: y 1-y x Figura Fórmula geral da polianilina. A fórmula é composta por y e (1-y) unidades repetitivas das espécies reduzidas e oxidadas, respectivamente. O valor de y pode variar continuamente entre 1 para o polímero completamente reduzido (contendo somente nitrogênios amina) e zero, no caso do polímero completamente oxidado (contendo somente nitrogênios amina). Os diferentes graus de oxidação da polianilina são designados pelos termos leucoesmeraldina, protoesmeraldina, esmeraldina, nigranilina e pernigranilina quando y for igual a 1; 0,75; 0,5; 0,25 e 0 respectivamente. a Figura estão ilustradas as estruturas básicas da leucoesmeraldina, esmeraldina e pernigranilina (Adams et al., 1994; Geniés et al., 1990; MacDiarmid et al., 1987).

20 (a) 2 x (b) 2 x (c) 2 x Figura (a) base leucoesmeraldina; (b) base esmeraldina e (c) base pernigranilina (Adams et al., 1994). A polianilina forma uma nova classe de polímeros condutores porque pode ser dopada por protonação, isto é, sem que ocorra alteração do número de elétrons (oxidação ou redução) associados à cadeia polimérica. Logo os nitrogênios amina destas espécies podem estar total ou parcialmente protonados para se obter o polímero na forma de sal (forma dopada). A dopagem química da polianilina no estado esmeraldina é feita por protonação em solução ácida aquosa, promovendo um aumento da condutividade de cerca de 10 ordens de grandeza (σ = 1-5 S/cm) em relação à polianilina não dopada. O estado de oxidação esmeraldina é a forma na qual, após dopagem, a PAI alcança os maiores valores de condutividade. O grau de protonação da base depende do grau de oxidação do polímero quando sintetizado e do p da solução dopante (MacDiarmid et al., 1987; Mattoso, 1996). A polianilina (PAI) pode ser sintetizada na forma de pó utilizando-se um oxidante químico apropriado, ou na forma de filmes finos pela oxidação eletroquímica do monômero sobre eletrodos de diferentes materiais inertes. O baixo custo do monômero aliado à facilidade de síntese e de dopagem da polianilina fazem com que esse polímero seja economicamente viável, já sendo inclusive comercializada por algumas indústrias (Mattoso, 1996). A síntese química convencional da PAI tem a grande vantagem de produzir um polímero de alto peso molecular e de elevada pureza, que pode ser obtido diretamente no estado dopado, em grandes quantidades, na forma de um pó verde. Por outro lado, a síntese eletroquímica da PAI possui algumas vantagens sobre a síntese química: não necessita de agente oxidante e catalisador, é de fácil caracterização in situ por técnicas espectroscópicas e o polímero é obtido diretamente na forma de filmes finos. o

21 entanto, para o estudo das propriedades físicas e aplicações tecnológicas a síntese química tem sido mais indicada (Mattoso, 1996). A síntese química da polianilina pode ser conduzida utilizando-se uma variedade de agentes oxidantes (( 4 ) 2 S 2 O 8, MnO 2, Cr 2 O 4, 2 O 2, K 2 Cr 2 O 7, KClO 3 ) e meios ácidos inorgânicos: Cl, 2 SO 4, 3 PO 4, ClO 4, PF 6 ); poliácidos como, poli(vinil sulfônico) PVS e poli(estireno sulfônico) PPS e ácidos funcionalizados como, canforssulfônico CSA e dodecilbenzeno sulfônico DBSA] sendo o sistema mais comum o peroxidissulfato de amônio em soluções aquosas de Cl com p entre 0 e 2. A concentração de monômeros utilizada varia de 0,01 a 2M. A razão molar de agente oxidante por monômero na síntese varia, em geral, entre 2 a 1 (Geniés et al., 1990; Tan et al., 1991). O polímero pode ser desprotonado em solução aquosa de hidróxido de amônio (0,1 a 0,5 M) resultando na forma básica da esmeraldina conhecida por base de esmeraldina (EB), que é um pó azul escuro com brilho metálico. Este método de síntese permitiu, pela primeira vez, a obtenção de um polímero condutor (não substituído) completamente solúvel em solventes orgânicos (MacDiarmid et al., 1987). Com isso, tornou-se possível o processamento da PAI na forma de filmes e fibras por solução. Quanto à síntese eletroquímica da PAI, as condições em que esta é realizada influenciam as características estruturais e morfológicas do filme formado bem como as suas propriedades. A polimerização eletroquímica ocorre pela oxidação anódica da anilina sobre um eletrodo de metal inerte como platina ou ouro, vidro condutor ou outros materiais menos comuns como o carbono vítreo. Os métodos de eletropolimerização mais utilizados são os de corrente e potencial controlados. este último caso, o filme de polianilina pode ser formado utilizando-se um potencial fixo, em geral com um valor entre 0,7 e 1,2 V (versus ECS), ou então por voltametria cíclica, com o potencial sendo ciclado entre 0,2 e 1,2 V (versus ECS) com uma velocidade de varredura de potencial de 10 a 100 mv/s. O eletrólito é uma solução ácida [Cl, 2 SO 4, O 3, BF 4, ClO 4, CF 3 COO, ácido poli(vinil sulfônico) PVS, ácido canforssulfônico- CSA, etc.], que influi decisivamente nas propriedades do polímero (peso molecular, morfologia, condutividade, solubilidade, etc). o caso galvanostático, a polimerização é feita a corrente constante, geralmente não

22 ultrapassando a densidade de corrente de 15 ma/cm 2 (Geniés et al., 1990; Mattoso, 1996). a síntese eletroquímica, efetuada normalmente a temperatura ambiente, a espessura dos filmes poliméricos eletrodepositados na superfície do eletrodo pode ser controlada pela quantidade de carga consumida no processo. De modo a obter um completo entendimento da relação oxidação/redução entre as formas da PAI são realizados estudos de voltametria cíclica. O voltamograma cíclico característico da polianilina obtida na forma de sal de esmeraldina em Cl 1,0 M (p = -0,2) está representado na Figura 2.2.3, assim como a variação aproximada de cor em função do potencial. Esta resposta eletroquímica é idêntica para a polianilina sintetizada química ou eletroquimicamente em que se observa a presença de dois pares de processos redox (P1 e P2) na faixa de 0,2 a 1,0 V (versus ECS). o entanto, se o polímero estiver degradado, um pico adicional intermediário surge entre estes dois pares redox. O primeiro par de picos redox P1 se refere à interconversão entre os estados de oxidação leucoesmeraldina (amarelo) e esmeraldina (verde). O outro par redox P2 no potencial mais positivo está associado à interconversão entre os estados esmeraldina e pernigranilina (violeta). Essas reações redox fazem com que exista uma variação contínua do grau de oxidação, entre as formas completamente reduzida e oxidada da polianilina. o entanto, somente os estados de oxidação esmeraldina, leucoesmeraldina e pernigranilina foram isolados até o presente (Mattoso, 1996). Figura Voltamograma cíclico típico de um filme de polianilina (sal de esmeraldina), com a indicação das cores observadas nas diferentes regiões de potencial (versus ECS, v = 50 mv/s) (Mattoso, 1996).

23 A variação de cor observada para a PAI durante a voltametria cíclica (amarelo, verde claro, verde, azul e violeta) refere-se respectivamente às formas protonadas, conforme nomenclatura descrita anteriormente, em relação ao grau de oxidação: leucoesmeraldina, protoesmeraldina, esmeraldina, nigranilina e pernigranilina. O grau de protonação decresce com o aumento do estado de oxidação do polímero. A reversibilidade das reações de oxi-redução ocorre quando a ciclagem for realizada entre 0,2 e 0,6 V (p = -0,2), mas quando esta é estendida para a faixa de 0,2 a 1,0 V (versus ECS) observa-se a degradação do polímero após poucos ciclos, especialmente em eletrólitos mais ácidos (Mattoso, 1996).

24 Capítulo 3 - Materiais e Métodos A Figura 3.1 mostra uma representação esquemática do sistema experimental utilizado enquanto a Figura 3.2 mostra uma vista mais detalhada do reator. Potenciostato Espectrofotômetro UV-Vis - + eletrólito agitador magnético célula eletroquímica bomba Figura 3.1. Esquema experimental do sistema de bancada utilizado nos experimentos de redução do cromo hexavalente. Figura 3.2. Representação esquemática da célula eletroquímica. 1. ânodo (DSA Ti- RuO 2 ); 2. cátodo (placa de carbono vítreo); 3. contatos elétricos; 4. carbono vítreo reticulado (CVR); 5. capilar de Luggin para medida do potencial elétrico; 6. separador (telas de poliamida). O eletrodo de referência utilizado foi o Ag/AgCl com eletrólito 3 M de KCl em ágar-ágar, o qual fornece um potencial de 207,0 mv vs. EP (eletrodo padrão de hidrogênio).

25 O reator foi construído em acrílico e consiste de uma seção transversal de 0,7 cm 2 por onde escoa o eletrólito. A área do eletrodo plano de carbono vítreo que serviu como alimentador de corrente foi de 2,5 cm 2 (10 x 25 mm) enquanto o eletrodo de carbono vítreo reticulado, CVR, tinha dimensões de 30 x 10 x 7 mm e porosidade de 60 ppi. O primeiro passo do processo consistiu na deposição dos filmes de polímeros sobre o substrato de CVR, os quais foram eletrossintetizados através da técnica de voltametria cíclica. As condições experimentais escolhidas para a eletrossíntese dos polímeros estão mostradas na Tabela 1. Tabela 1. Condições de eletrossíntese dos polímeros condutores. POLIAILIA POLIPIRROL E (V vs. Ag/AgCl) -0,1 / + 0,8-0,2 / +0,8 C monômero (M) 0,1 0,1 C 2SO4 (M) 1,0 - C K2SO4 (M) - 0,1 v (mv/s) O filme de PAI foi sintetizado até uma corrente de pico anódico igual a 0,04 A (Stilwell e Park, 1989). O filme de PPY foi sintetizado até um número de ciclos igual a 40. Após a síntese do filme obteve-se então a resposta eletroquímica do mesmo através de voltametria cíclica, com velocidade de varredura de 50 mv/s, no mesmo meio de síntese, mas na ausência do monômero. Ao final do experimento de redução de Cr(VI) obteve-se novamente a resposta eletroquímica do filme com a finalidade de comparação dos voltamogramas antes e após a reação com Cr(VI) de maneira então a verificar a estabilidade do filme de polímero condutor diante do processo. Uma vez sintetizado o filme do polímero condutor sobre a superfície do CVR partiu-se então para os experimentos de redução do Cr(VI). o processo de redução de Cr(VI) realizado sob condições de circuito aberto, o procedimento experimental

26 consistiu simplesmente no acionamento da bomba peristáltica, fazendo a solução circular pelo eletrodo e medindo-se sua absorbância em função do tempo. os experimentos conduzidos sob condição de circuito fechado, o potencial foi aplicado antes do acionamento da bomba peristáltica (com a velocidade de escoamento previamente ajustada), de maneira que se evitasse o contato do polímero condutor com a solução de Cr(VI) sob condições de circuito aberto. O potenciostato utilizado nos experimentos descritos foi um PGSTAT 30 da EcoChemie. A concentração de Cr(VI) foi monitorada on line através de um espectrofotômetro UV-Vis da Amersham Pharmacia, modelo 2001pro. O comprimento de onda utilizado foi de 350 λm. m.s -1 ). A velocidade de escoamento foi mantida fixa em todos os experimentos (0,013 A reação ocorreu até que todo o cromo hexavalente fosse convertido ao estado trivalente. Ao final o reator foi preenchido com a solução adequada para cada polímero para a obtenção da resposta eletroquímica final. A limpeza dos eletrodos de CVR/polímero condutor foi feita utilizando-se uma solução 1:10 de 2 O 2 e 2 SO 4 (v/v) (Brandl e olze, 1998). O procedimento descrito acima foi utilizado para os dois polímeros condutores estudados sob as diferentes condições de potencial aplicado. A solução de Cr(VI) utilizada era composta por ácido sulfúrico 0,5 M e 40 ppm de Cr(VI), proveniente de dicromato de potássio (K 2 Cr 2 O 7 - Merk). O volume de solução utilizado em cada experimento foi de 50 ml. Os monômeros utilizados foram a anilina (Mallinckrodt) e o pirrol (J. T. Baker), previamente preparados através de destilação sob vácuo. Todas as soluções foram preparadas utilizando-se água deionizada. Para que o objetivo proposto fosse alcançado, a estabilidade do filme dos polímeros condutores e a cinética de redução de cromo foram avaliadas em função do potencial aplicado ao sistema. Os resultados obtidos em cada experimento foram: 1 curvas de absorbância em função do tempo; 2 curvas de corrente em função do tempo.

27 Uma vez que a absorbância é linearmente proporcional à concentração de Cr(VI), obteve-se, através da curva de absorbância em função do tempo, a curva de concentração normalizada em função do tempo (C/C 0 ). Com os dados das duas curvas pode-se então fazer uma análise quantitativa do processo de redução do Cr(VI) utilizando os dois polímeros condutores escolhidos, além da decisão do melhor eletrocatalisador.

28 Capítulo 4 - Resultados e Discussão A Figura 4.1 mostra a queda de concentração normalizada em função do tempo para a condição de circuito aberto. Através desta observa-se que a taxa de reação para o PPY é bastante superior à da PAI. 1,00 0,95 0,90 C/C 0 0,85 0,80 0,75 Polipirrol (PPY) Polianilina (PAI) t (s) Figura 4.1. Queda de concentração normalizada em função do tempo para condições de circuito aberto Co = 40 mg dm -3. Quando se observa a estabilidade do filme de polímero condutor, na Figura 4.2, verifica-se que o PPY é mais estável, porém observa-se uma pequena queda de atividade eletroquímica que pode comprometer sua utilização em diversos ciclos consecutivos. 0,03 0,02 Antes da reação com Cr(VI) Após a reação com Cr(VI) 0,01 I (A) 0,00-0,01-0,02-0,03-0,04-1,0-0,8-0,6-0,4-0,2 0,0 E vs. Ag/AgCl (V) Figura 4.2. Resposta eletroquímica do filme de polipirrol antes e após a reação com Cr(VI). K 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s -1.

29 Para a PAI, na Figura 4.3, a perda de atividade eletroquímica foi bem mais acentuada, o que pode explicar o seu baixo desempenho na redução do Cr(VI). De fato, soluções de cromo hexavalente são bastante oxidantes e promovem a degradação da polianilina (Cui et al., 1993). 0,015 0,010 0,005 I (A) 0,000-0,005-0,010 Antes da reação com Cr(VI) Após a reação com Cr(VI) -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 E vs. Ag/AgCl (V) Figura 4.3. Resposta eletroquímica do filme de polianilina antes e após a reação com Cr(VI). 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s -1. A Figura 4.4 mostra a queda de concentração normalizada em função do tempo tendo como parâmetro diferentes potenciais aplicados. Observa-se que, para ambos os polímeros, a condição de circuito fechado apresenta uma taxa de reação bastante superior à observada em condições de circuito aberto, porém verifica-se que a taxa de reação para a PAI é maior que a do PPY e praticamente independe do potencial aplicado, na concentração empregada. C/C 0 1,0 PAI - E = -0,2 V PAI - E = 0,0 V 0,8 PAI - E = +0,2 V PPY - E = -0,2 V 0,6 PPY - E = -0,05 V PPY - E = +0,2 V 0,4 0,2 0, t (s) Figura 4.4. Queda de concentração normalizada em função do tempo, tendo como parâmetro o potencial aplicado. Condições de circuito fechado e Co = 40 mg dm -3.

30 Quanto à estabilidade dos polímeros em condições de circuito fechado, observa-se que para o PPY, na Figura 4.5, a perda da atividade eletroquímica do filme foi maior que a observada em condições de circuito aberto. Observou-se também que há um escurecimento da solução de Cr(VI) utilizada nestes experimento, o que foi atribuído a uma possível degradação do filme polimérico Antes da reação com Cr(VI) Após a reação com Cr (VI) E aplicado = - 0,05 V 5 I (ma) ,0-0,8-0,6-0,4-0,2 0,0 E vs. Ag/AgCl (V) Figura 4.5. Resposta eletroquímica do filme de polipirrol antes e após a reação com Cr(VI). K 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s -1. Analisando-se agora a Figura 4.6, verifica-se que a estabilidade do filme de PAI manteve-se praticamente constante I (ma) Antes da reação com Cr(VI) Após a reação com Cr(VI) -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 E vs. Ag/AgCl (V) Figura 4.6. Resposta eletroquímica do filme de polianilina antes e após a reação com Cr(VI). 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s -1.

31 Comparando-se cinética de redução do Cr(VI) para as condições em que os polímeros são mais estáveis, isto é, o PPY sob condição de circuito aberto e a PAI sob condição de circuito fechado, na Figura 4.7, conclui-se então que a taxa de reação da polianilina é bastante superior a do polipirrol. Observa-se também que mesmo que o problema da perda de atividade do PPY sob condição de circuito aberto venha a ser resolvido, ainda assim o uso da PAI sob condição de circuito fechado é bastante vantajoso devido à sua rápida cinética e também à sua estabilidade. 1,0 0,8 C/C 0 0,6 0,4 PPY - Circuito aberto PAI - Proteção catódica, E = 0,0 V 0,2 0, t (s) Figura 4.7. Queda de concentração normalizada em função do tempo. Co = 40 mg dm -3. A Figura 4.8 mostra a dependência da queda de concentração normalizada em função do tempo para diferentes potenciais aplicados. Como esperado, à medida que o potencial torna-se mais negativo (catódico), observa-se um grande aumento da taxa de reação. Em potenciais muito positivos (anódicos), a reação torna-se cada vez mais lenta, sendo que para 0,8 V praticamente não ocorre. Em potenciais extremamente catódicos (-0,8 V) observou-se a presença da reação paralela de desprendimento de hidrogênio. Porém, quanto à estabilidade do filme, a comparação dos voltamogramas antes e após a reação com Cr(VI) na Figura 4.9 não revelou nenhuma perda de atividade eletroquímica que pudesse ser atribuída à degradação ou à lixiviação do filme polimérico.

32 C/C ,8 V -0,6 V -0,2 V 0.8 0,0 V +0,2 V ,4 V +0,6 V +0,8 V t (s) Figura 4.8. Queda de concentração normalizada em função do tempo, tendo como parâmetro o potencial aplicado ao eletrodo CVR/PAI. C 0 = 100 mg dm antes da reação com Cr(VI) após reação com Cr(VI) E 10 aplicado = -0,8 V I (ma) E vs. Ag/AgCl (V) Figura 4.9. Resposta eletroquímica do filme de polianilina antes e após a reação com Cr(VI). 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s -1. Observou-se através dos voltamogramas de resposta eletroquímica da Figura 4.10 que a partir do potencial de 0,6 V começa a haver uma perda expressiva da atividade eletroquímica devido à degradação do polímero (Cui et al., 1993), a qual pode explicar a baixa eficiência do processo nestes potenciais.

33 10 antes da reação com Cr(VI) após reação com Cr(VI) 8 E aplicado = +0,6 V 6 4 I (ma) E vs. Ag/AgCl (V) Figura Resposta eletroquímica do filme de polianilina antes e após a reação com Cr(VI). 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s -1. De fato, quando se aplicou o potencial de 0,8 V a resposta eletroquímica obtida após a reação do Cr(VI) corresponde aproximadamente à do CVR, como mostra a Figura Portanto, neste potencial todo o filme de PAI foi consumido numa reação química irreversível cujo principal produto foi a p-benzoquinona (Cui et al., 1993). 15 antes da reação com Cr(VI) após reação com Cr(VI) E aplicado = +0,8 V 10 5 I (ma) E vs. Ag/AgCl (V) Figura Resposta eletroquímica do filme de polianilina antes e após a reação com Cr(VI). 2 SO 4 0,1 M, 50 mv s -1. Para finalizar, a Figura 4.12 mostra a queda de concentração normalizada em função do tempo para os eletrodos de CVR e CVR/PAI. Como pode ser observado, a

34 taxa de reação na presença do filme de polianilina é bastante superior à do CVR, atestando assim o forte efeito eletrocatalisador da PAI na reação de redução de Cr(VI). 1.0 C/C CVR, -0,8 V CVR, -0,2 V CVR, +0,4 V CVR/PAI, -0,8 V CVR/PAI, -0,2 V CVR/PAI, +0,4 V t (s) Figura Queda de concentração normalizada em função do tempo para os eletrodos de CVR e CVR/PAI. C 0 = 100 mg dm -3.

35 Capítulo 5 - Conclusões O polímero condutor que se apresentou mais adequado para a reação de redução de cromo hexavalente foi a polianilina por apresentar taxas de reação mais elevadas e também por manter-se mais estável em condições de circuito fechado. Sob condições de circuito aberto ambos os polímeros não se mostraram adequados por não se manterem estáveis. O processo utilizando a polianilina é limitado por potenciais anódicos superiores a 0,6 V devido à sua degradação. Quanto ao potencial catódico, o processo é limitado pela perda de eficiência de corrente que advém da reação paralela de desprendimento de hidrogênio. A queda de concentração normalizada em função do tempo na presença do filme de polianilina (CVR/PAI) é bastante superior à do CVR, comprovando o forte efeito eletrocatalisador da polianilina na reação de redução de cromo hexavalente a cromo trivalente.

36 Capítulo 6 Sugestões Alguns temas para trabalhos futuros são sugeridos: - Verificar a importância do p como uma outra variável de estudo, assim como a influência do potencial em função do mesmo; - Estudar o efeito do comprimento do eletrodo; - Realizar uma modelagem matemática da cinética de reação para avaliar o efeito do transporte de massa do potencial; - Utilização de um efluente industrial típico no lugar do eletrólito simulado em laboratório.

37 Referências Bibliográficas ADAMS, P..; LAUGLI, P. J.; MOKMA, A. P. - A further step towards stable organic metals oriented films of polyaniline with high electrical conductivity and anisotropy. Solid State Communications, Vol. 91, o. 11, , ALATORRE, M. A.; GUTIÉRREZ, S.; PÁRAMO, U. - Reduction of hexavalente chromium by polypyrrole deposited on different carbon substrates. J. of Applied Electrochemistry, 28, , BOSE, C. S. C.; BASAK, S.; RAJESWAR, K. - Preparation, voltammetric characterization, and use of a composite containing chemically synthesized polypyrrole and a carrier polymer. J. Electrochemical Society, Vol. 139, o. 9, L75-L76, BRADL, V.; OLZE, R. - Influence of the preparation conditions on the properties of electropolymerised polyaniline. Ber. Bunsenges. Phys. Chem., 101, o. 2, , Brasil, leis, decretos, etc. Meio ambiente: alteração do decreto 8468 de 8/9/76. São Paulo, CETESB, 109p., CASTAGO, K.; ASSE, E. E. S.; AZAMBUJA, D. S.; PIATICKI, C. M. S. - Chromium reduction at polypyrrole coated electrodes. Electrochemical Society Proceedings, Vol , , CUI, C. Q.; SU, X..; LEE, J. Y. - Measurement and evaluation of polyaniline degradation. Polymer Degradation and Stability, 41, 69-76, GEIÈS, E. M.; BOYLE, A.; LAPKOWSKI, M.; TSITAVIS, C. - Polyaniline: a historical survey. Synthetic Metals, 36, , GOLUB, D.; ORE, Y. - Removal of chromium from aqueous solutions by treatment with porous carbon electrodes: electrochemical principles. J. of Applied Electrochemistry, 19, , A, I.; SCLAUTMA, M. A.; BATCELOR, B. - Removal of hexavalent chromium from groundwatwer by granular activated carbon. Water and Environment Research, Vol. 72, o. 1, 29-39, UAG, W. S.; UMPREY, B. D.; MACDIARMID, A. - Polyaniline, a novel conducting polymer. Journal of the Chemical Society, Faraday Transactions 1, 82, , MACDIARMID, A. G. - Conducting polymers: science and technology. Anais do 2 Congresso Brasileiro de Polímeros, São Paulo SP, , MACDIARMID, A. G.; CIAG, J. C.; RICTER, A. F. - Polyaniline: a new concept in conducting polymers. Synthetic Metals, 18, , MALIAUSKAS, A.; OLZE, R. - An in situ UV-Vis spectroelectrochemical investigation of the dichromate reduction at a polyaniline-modified electrode. Ber. Bunsenges. Phys. Chem., 102, o. 7, , MATTOSO, L.. C. - Polianilinas: síntese, estrutura e propriedades. Química ova, 19(4), , MORTIMER, R. J. - Organic Electrochromic Materials. Electrochimica Acta, 44, , 1999.

38 JAU, K..; JASSE, L. J. J. - Electrochemical reduction of chromate ions from dilute artificial solution in a GBC reactor. J. of Applied Electrochemistry, 29, , PETRUZZELLI, D.; PASSIO, R.; TIRAVATI, G. - Ion exchange process for chromium removal and recovery from tannery wastes. Ind. Eng. Chem. Res., 34, , RAJESWAR, K.; WEI, C.; BASAK, S. - Redox polymer films for metal recovery applications. US patent 5,368,632, nov. 29, RODRÍGUES, F. J.; GUTIÉRREZ, S.; IBAÑEZ, J. G.; BRAVO, J. L.; BATIA,. - The efficiency of toxic chromate reduction by a conducting polymer (polypyrrole): influence of electropolimerization conditions. Environmental Science Technology, 34, , RUOTOLO, L. A. M.; GUBULI, J. C. - Reduction of hexavalent chromium using polyaniline films. Electrochemical Society Proceedings, , SETURCELVA, R.; WAG. Y.; BASAK, S.; RAJESWAR, K. - Reduction of hexavalent chromium in aqueous solutions by polypyrrole. II. Thermodynamic, kinetic and mechanistic aspects. J. of Electrochemical Society, Vol. 143, o.1, 44-51, SKOTEIM, T. A. - andbook of Conducting Polymers, Vol. 1. Marcel Dekker, Y, STILWELL, D. E.; PARK, S. M - Electrochemistry of conductive polymers. VI. Degradation reaction kinetics of polyaniline studied by rotating disk electrode techniques. Journal of the Electrochemical Society, 136, 3, , TA, K. L.; TA, B. T. G.; KOR, S..; EO, K. G.; KAG, E. T. - The effects of synthesis conditions on the characteristics and chemical structures of polyaniline: a comparative study. J. of Physical Chemistry of Solids, Vol. 52, o. 5, , WAMPLER, W. A.; RAJESWAR, K.; PETE, R. G.; YER, R. C.; SARMA, S. C. - Composites of polypyrrole and carbon black: Part III. Chemical synthesis and characterization. J. of Materials Research, Vol. 10, o. 7, , WAG, Y.; RAJESWAR, K. - Electrocatalytic reduction of Cr(VI) by polypyrrolemodified glassy carbon electrodes. J. of Electroanalytical Chemistry, 425, , WEI, C.; GERMA, S.; BASAK, S.; RAJESWAR, K. - Reduction of hexavalent chromium in aqueous solutions by polypyrrole. J. of Electrochemical Society, Vol. 140, o. 4, L60-L62, WEIDLIC, C.; MAGOLD, K. M.; JÜTTER, K. - Conducting polymers as ionexchangers for water purification. Electrochimica Acta, 47, , ZAG, G..; WALLACE, G. G. - Use of overoxidised polypyrrole as a chromium (VI) sensor. Analytical Letters, 25(3), , 1992.

VI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica 1/6

VI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica 1/6 VI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica 1/ INFLUÊNCIA DO ph E DA CORRENTE ELÉTRICA NO PROCESSO DE REDUÇÃO DE Cr(VI) UTILIZANDO-SE ELETRODOS POROSOS DE CARBONO VÍTREO RETICULADO

Leia mais

D. S. Santos-Júnior, L. A. M. Ruotolo* e J. C. Gubulin

D. S. Santos-Júnior, L. A. M. Ruotolo* e J. C. Gubulin INFLUÊNCIA DO ph DA SOLUÇÃO SOBRE O PROCESSO DE REDUÇÃO DE Cr(VI) UTILIZANDO-SE ELETRODOS POROSOS DE CARBONO VÍTREO RETICULADO MODIFICADO COM POLÍMEROS CONDUTORES D. S. Santos-Júnior, L. A. M. Ruotolo*

Leia mais

L. A. M. Ruotolo 1, J. C. Gubulin 2

L. A. M. Ruotolo 1, J. C. Gubulin 2 REDUÇÃO DE CROMO HEXAVALENTE UTILIZANDO-SE FILMES DE POLIANILINA. EFEITO DA ESPESSURA DE FILME, VELOCIDADE DE ESCOAMENTO E POTENCIAL APLICADO SOBRE A TAXA DE REAÇÃO E ESTABILIDADE DO FILME. L. A. M. Ruotolo

Leia mais

OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE REDUÇÃO ELETROQUÍMICA DE Cr(VI) UTILIZANDO ELETRODOS DE CARBONO VÍTREO RETICULADO MODIFICADOS COM POLÍMERO CONDUTOR

OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE REDUÇÃO ELETROQUÍMICA DE Cr(VI) UTILIZANDO ELETRODOS DE CARBONO VÍTREO RETICULADO MODIFICADOS COM POLÍMERO CONDUTOR OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE REDUÇÃO ELETROQUÍMICA DE Cr(VI) UTILIZANDO ELETRODOS DE CARBONO VÍTREO RETICULADO MODIFICADOS COM POLÍMERO CONDUTOR Luís A. M. Ruotolo 1 e José C. Gubulin 2 1- Departamento de

Leia mais

CARACTERIZAÇÃO POR VOLTAMETRIA CÍCLICA E SÍNTESE QUÍMICA DE POLIANILINA NA FORMA ESMERALDINA

CARACTERIZAÇÃO POR VOLTAMETRIA CÍCLICA E SÍNTESE QUÍMICA DE POLIANILINA NA FORMA ESMERALDINA CARACTERIZAÇÃO POR VOLTAMETRIA CÍCLICA E SÍNTESE QUÍMICA DE POLIANILINA NA FORMA ESMERALDINA T. C Rodrigues [1], T. L. A. de C. Rocha [2], C. K. Santin [1,2], G. L. Batista [3] 1.Escola Politécnica. Engenharia

Leia mais

MODIFICAÇÃO DE POLÍMEROS CONDUTORES PARA USO COMO TROCADORES IÔNICOS

MODIFICAÇÃO DE POLÍMEROS CONDUTORES PARA USO COMO TROCADORES IÔNICOS MODIFICAÇÃO DE POLÍMEROS CONDUTORES PARA USO COMO TROCADORES IÔNICOS G. Pincelli 1 ; R. L. Zornitta 1 ; L. A. M. Ruotolo 1 1-Departamento de Engenharia Química Universidade Federal de São Carlos Rod. Washington

Leia mais

Figura 10. Estrutura geral da Polianilina (PAN), mostrando as unidades reduzidas (ganha elétrons) e oxidadas (perde elétrons).

Figura 10. Estrutura geral da Polianilina (PAN), mostrando as unidades reduzidas (ganha elétrons) e oxidadas (perde elétrons). 3. Polianilina 3.1. Introdução A polianilina (PAN) engloba uma família de compostos onde anéis de caráter aromático ou quinona (anéis de seis átomos de carbono C 6 H 4 ) são conectados entre si por átomos

Leia mais

ELETROQUÍMICA. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin

ELETROQUÍMICA. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin ELETROQUÍMICA Prof a. Dr a. Carla Dalmolin TÉCNICAS DE DEGRAU E VARREDURA DE POTENCIAL Degrau e Impulso Degrau: alteração instantânea no potencial ou na corrente de um sistema eletroquímico A análise da

Leia mais

Polímeros Condutores. POLIPIRROLE (PPy) Mestrado Integrado em Engenharia Química Grupo: 5 Monitor: António Carvalho Supervisor: José Martins

Polímeros Condutores. POLIPIRROLE (PPy) Mestrado Integrado em Engenharia Química Grupo: 5 Monitor: António Carvalho Supervisor: José Martins Polímeros Condutores POLIPIRROLE (PPy) Mestrado Integrado em Engenharia Química Grupo: 5 Monitor: António Carvalho Supervisor: José Martins Introdução Polímeros Condutores extrínsecos Condutores intrínsecos

Leia mais

ELETRODOS DE CVR/POLÍMERO CONDUTOR PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA BATERIA TODA POLIMÉRICA

ELETRODOS DE CVR/POLÍMERO CONDUTOR PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA BATERIA TODA POLIMÉRICA ELETRODOS DE CVR/POLÍMERO CONDUTOR PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA BATERIA TODA POLIMÉRICA Carla Dalmolin *, Sonia R. Biaggio, Nerilso Bocchi, Romeu C. Rocha-Filho Laboratório de Pesquisas em Eletroquímica (LaPE)

Leia mais

ELETROQUÍMICA. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin

ELETROQUÍMICA. Prof a. Dr a. Carla Dalmolin ELETROQUÍMICA Prof a. Dr a. Carla Dalmolin CONCEITOS BÁSICOS Eletroquímica Fenômenos químicos associados à transferência de cargas elétricas Duas semi-reações de transferência de carga em direções opostas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA INFLUÊNCIA DO ph DA SOLUÇÃO E DA CORRENTE ELÉTRICA SOBRE O PROCESSO DE REDUÇÃO DE CROMO(VI)

Leia mais

Eletroquímica. Coulometria

Eletroquímica. Coulometria Eletroquímica Coulometria Tipos de métodos eletroanalíticos Métodos Eletroanalíticos Métodos Interfaciais Métodos Não-Interfaciais Estáticos Dinâmicos Condutimetria Titulações Condutimétricas Potenciometria

Leia mais

Membranas de Eletrodiálise: Síntese e Caracterização. Prof. Dr. Marco Antônio Siqueira Rodrigues

Membranas de Eletrodiálise: Síntese e Caracterização. Prof. Dr. Marco Antônio Siqueira Rodrigues Membranas de Eletrodiálise: Síntese e Caracterização Prof. Dr. Marco Antônio Siqueira Rodrigues ELETRODIÁLISE Fluxograma do funcionamento de uma planta de Eletrodiálise na recuperação de Metais MEMBRANAS

Leia mais

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA PANI POR ESPECTROSCOPIA UV-VIS*

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA PANI POR ESPECTROSCOPIA UV-VIS* AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DA PANI POR ESPECTROSCOPIA UV-VIS* Manuela Arend Prediger 1 Cristiane Krause Santin 2 Tatiana Loiuse Avila de Campos Rocha 3 Resumo Este trabalho tem como objetivo investigar,

Leia mais

NANOCATALISADOR PARA CÉLULA A COMBUSTÍVEL OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO Rafael Dutra Ferrugem 1 Roberto Rauber Pereira 2 Ester Schmidt Rieder 3

NANOCATALISADOR PARA CÉLULA A COMBUSTÍVEL OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO Rafael Dutra Ferrugem 1 Roberto Rauber Pereira 2 Ester Schmidt Rieder 3 Anais Expoulbra 2 22 Outubro 215 Canoas, RS, Brasil NANOCATALISADOR PARA CÉLULA A COMBUSTÍVEL OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO Rafael Dutra Ferrugem 1 Roberto Rauber Pereira 2 Ester Schmidt Rieder 3 Resumo Este

Leia mais

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Blucher Chemical Engineering Proceedings Dezembro de 4, Volume, Número X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica Influência da pesquisa em Engenharia Química no desenvolvimento

Leia mais

AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB

AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB AULA DE RECUPERAÇÃO PROF. NEIF NAGIB ELETROQUÍMICA Estuda os fenômenos envolvidos na produção de corrente elétrica a partir da transferência de elétrons em reações de óxido-redução, e a utilização de corrente

Leia mais

Departamento de Engenharia Têxtil Escola de Engenharia Universidade do Minho P-4800 Guimarães

Departamento de Engenharia Têxtil Escola de Engenharia Universidade do Minho P-4800 Guimarães APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE VOLTAMETRIA CÍCLICA NA SELECÇÃO DO MATERIAL DE ELÉCTRODO PARA O SISTEMA FeIII/TEA M. de Fátima Esteves, M. T. Pessoa de Amorim Departamento de Engenharia Têxtil Escola de Engenharia

Leia mais

MODIFICAÇÃO DO POLÍMERO CONDUTOR POLIANILINA PARA USO COMO TROCADOR CATIÔNICO

MODIFICAÇÃO DO POLÍMERO CONDUTOR POLIANILINA PARA USO COMO TROCADOR CATIÔNICO Quim. Nova, Vol. 37, No. 9, 1459-1464, 2014 http://dx.doi.org/10.5935/0100-4042.20140227 MODIFICAÇÃO DO POLÍMERO CONDUTOR POLIANILINA PARA USO COMO TROCADOR CATIÔNICO Rafael L. Zornitta, Guilherme Pincelli

Leia mais

Estudo das reações químicas para geração de energia.

Estudo das reações químicas para geração de energia. Estudo das reações químicas para geração de energia. Células Galvânicas (Pilhas e Baterias): Conversão de Energia Química em Energia Elétrica (Reações Espontâneas) Células Eletrolíticas: Conversão de Energia

Leia mais

3º - CAPÍTULO: RESULTADOS e DISCUSSÃO

3º - CAPÍTULO: RESULTADOS e DISCUSSÃO 3º - CAPÍTUL: RESULTADS e DISCUSSÃ 39 40 3 3.1 - Estudo de Dependência do ph na Formação do Filme 3.1.1 - Comportamento Eletroquímico de Ácido 4-HFA Voltametria cíclica em solução aquosa contendo o par

Leia mais

Departamento de Química Inorgânica IQ / UFRJ IQG 128 / IQG ELETRÓLISE

Departamento de Química Inorgânica IQ / UFRJ IQG 128 / IQG ELETRÓLISE 10. ELETRÓLISE I. INTRODUÇÃO Como já mencionado na aula prática de reações de oxirredução, a eletricidade também pode ser usada para realizarmos reações de transferência de elétrons não espontâneas. Por

Leia mais

MONTAGEM E CARACTERIZAÇÃO DE UMA PILHA DE COMBUSTÍVEL DE BOROHIDRETO/PERÓXIDO DE HIDROGÉNIO

MONTAGEM E CARACTERIZAÇÃO DE UMA PILHA DE COMBUSTÍVEL DE BOROHIDRETO/PERÓXIDO DE HIDROGÉNIO Mestrado em Energia e Bioenergia Departamento de Ciências e Tecnologia da Biomassa MONTAGEM E CARACTERIZAÇÃO DE UMA PILHA DE COMBUSTÍVEL DE BOROHIDRETO/PERÓXIDO DE HIDROGÉNIO PAULO Guilherme SATURNINO

Leia mais

ELETRODEPOSIÇÃO DE FILMES DE POLIPIRROL EM MEIO ORGÂNICO CONTENDO ÁCIDO FOSFÓRICO. Rua Pedro Vicente, 625, , Canindé, São Paulo

ELETRODEPOSIÇÃO DE FILMES DE POLIPIRROL EM MEIO ORGÂNICO CONTENDO ÁCIDO FOSFÓRICO. Rua Pedro Vicente, 625, , Canindé, São Paulo ELETRODEPOSIÇÃO DE FILMES DE POLIPIRROL EM MEIO ORGÂNICO CONTENDO ÁCIDO FOSFÓRICO R. B. Hilario 1*, K. M. Bezerra¹, A. S. Liu 1, L. Y. Cho 2 Rua Pedro Vicente, 625, 01109-010, Canindé, São Paulo * rodrigobarbosahilario@gmail.com

Leia mais

APLICAÇÃO DO PROCESSO OXIDATIVO AVANÇADO ELETROQUÍMICO PARA OXIDAÇÃO E DEGRADAÇÃO DE CORANTES PRESENTES EM EFLUENTE TÊXTIL SIMULADO

APLICAÇÃO DO PROCESSO OXIDATIVO AVANÇADO ELETROQUÍMICO PARA OXIDAÇÃO E DEGRADAÇÃO DE CORANTES PRESENTES EM EFLUENTE TÊXTIL SIMULADO APLICAÇÃO DO PROCESSO OXIDATIVO AVANÇADO ELETROQUÍMICO PARA OXIDAÇÃO E DEGRADAÇÃO DE CORANTES PRESENTES EM EFLUENTE TÊXTIL SIMULADO K. S. de ARAÚJO 1, T. M. FLORÊNCIO 1, A. C. G. MALPASS 1 e G. R. P. MALPASS

Leia mais

PILHAS ELETROQUÍMICAS

PILHAS ELETROQUÍMICAS PILHAS ELETROQUÍMICAS As pilhas eletroquímicas são dispositivos capazes de produzir energia elétrica à custa de uma reação redox espontânea. Como as primeiras pilhas foram construídas por Galvani e Volta,

Leia mais

02/10/2017 ELETRÓLISE AQUOSA

02/10/2017 ELETRÓLISE AQUOSA ELETRÓLISE AQUOSA Ocorre quando um eletrólito é dissolvido em água (havendo ionização ou dissociação do mesmo), além dos seus íons, devemos considerar a ionização da própria água. 1 Experimentalmente,

Leia mais

HIDROMETALURGIA E ELETROMETALURGIA. Prof. Carlos Falcão Jr.

HIDROMETALURGIA E ELETROMETALURGIA. Prof. Carlos Falcão Jr. HIDROMETALURGIA E ELETROMETALURGIA Prof. Carlos Falcão Jr. de um sólido em fase aquosa natureza do sólido (iônico, covalente ou metálico) processo: físico químico eletroquímico de redução eletrolítico

Leia mais

Eletroquímica. Métodos/Técnicas - Eletroquímicas. Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano. Técnicas Eletroquímicas

Eletroquímica. Métodos/Técnicas - Eletroquímicas. Físico-química III/DAQBI/UTFPR - João Batista Floriano. Técnicas Eletroquímicas Métodos/Técnicas - s Técnicas s Interface Eletrodo/ solução Métodos Estacionários (I = 0) Métodos Dinâmicos (I 0) Solução Eletrolítica Titração Potenciométrica Potenciometria Potencial Controlado Potencial

Leia mais

MATERIAIS POLIMÉRICOS COMO ELETRÓLITOS PARA CÉLULAS A COMBUSTÍVEL: GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS

MATERIAIS POLIMÉRICOS COMO ELETRÓLITOS PARA CÉLULAS A COMBUSTÍVEL: GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS EXATAS E DA TERRA MATERIAIS POLIMÉRICOS COMO ELETRÓLITOS PARA CÉLULAS A COMBUSTÍVEL: GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DE FONTES RENOVÁVEIS PAZ LOPEZ, Dennis Paul. Estudante do Curso de Engenharia de Energias

Leia mais

Eletroquímica. Coulometria

Eletroquímica. Coulometria Eletroquímica Coulometria Tipos de métodos eletroanalíticos Métodos Eletroanalíticos Métodos Interfaciais Métodos Não-Interfaciais Estáticos Dinâmicos Condutimetria Titulações Condutimétricas Potenciometria

Leia mais

Aula 20 Eletrodeposição

Aula 20 Eletrodeposição Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química e Biologia Aula 20 Eletrodeposição Dr. Tiago P. Camargo Eletrólise Eletroquímica Processo inverso das pilhas. Células galvânicas

Leia mais

SÍNTESE QUÍMICA DE POLIPIRROL: INFLUÊNCIA DE SURFACTANTES ANIÔNICOS NAS PROPRIEDADES TÉRMICAS E CONDUTORAS

SÍNTESE QUÍMICA DE POLIPIRROL: INFLUÊNCIA DE SURFACTANTES ANIÔNICOS NAS PROPRIEDADES TÉRMICAS E CONDUTORAS SÍNTESE QUÍMICA DE POLIPIRROL: INFLUÊNCIA DE SURFACTANTES ANIÔNICOS NAS PROPRIEDADES TÉRMICAS E CONDUTORAS Regiane Apª. M. Campos 1*, Mirabel C. Rezende 2, Roselena Faez 3 1* Instituto Tecnológico de Aeronáutica

Leia mais

INFLUÊNCIA DA FOSFATIZAÇÃO NA PROTEÇÃO DO ALUMÍNIO 2024 POR FILMES DE POLIPIRROL

INFLUÊNCIA DA FOSFATIZAÇÃO NA PROTEÇÃO DO ALUMÍNIO 2024 POR FILMES DE POLIPIRROL INFLUÊNCIA DA FOSFATIZAÇÃO NA PROTEÇÃO DO ALUMÍNIO 2024 POR FILMES DE POLIPIRROL M. R. Ygei 1*, K. M. Bezerra 1, M. de Aquino 1, A. S. Liu 1, L. Y. Cho 2 Rua Pedro Vicente, 625, 01109-010, Canindé, São

Leia mais

Célula eletroquímica ou galvânica: permite interconversão de energia química e elétrica

Célula eletroquímica ou galvânica: permite interconversão de energia química e elétrica letroquímica estuda reações químicas que envolvem transferência de elétrons Célula eletroquímica ou galvânica: permite interconversão de energia química e elétrica Pilha: química elétrica Célula eletrolítica:

Leia mais

Lista de Figuras. Figura 4.2. Figura 4.3.

Lista de Figuras. Figura 4.2. Figura 4.3. i Lista de Figuras Figura 1.1. Representação esquemática das reações químicas envolvidas na preparação dos precursores orgânicos... 12 Figura 1.2. Esquema representativo da eletrooxidação da molécula de

Leia mais

Volumetria de Óxido-redução

Volumetria de Óxido-redução Volumetria de Óxido-redução LMBRANDO Reações de Oxi-redução Oxidação e redução 0 0 +1-1 0 0 +1-1 Reações redox e semi-células Zn 0 + Cu 2+ Zn 2+ + Cu 0 semi-célula do zinco: Zn 0 Zn 2+ + 2e - semi-célula

Leia mais

Preparação e determinação da resistividade elétrica de blendas de silicone e polianilina dopada com ácido cítrico

Preparação e determinação da resistividade elétrica de blendas de silicone e polianilina dopada com ácido cítrico Preparação e determinação da resistividade elétrica de blendas de silicone e polianilina dopada com ácido cítrico Guilherme H. S. Alves¹* (PG), Olacir A. Araujo¹ (PQ). guilherme-hsa@hotmail.com ¹Universidade

Leia mais

Síntese e caracterização de um complexo de níquel suportado em Vulcan X 72R para utilização em pilhas a combustível

Síntese e caracterização de um complexo de níquel suportado em Vulcan X 72R para utilização em pilhas a combustível Química Inorgânica Síntese e caracterização de um complexo de níquel suportado em Vulcan X 72R para utilização em pilhas a combustível ISBN 978-85-85905-10-1 Área Química Inorgânica Autores Santos, R.D.

Leia mais

OXIDAÇÃO DE METAIS INTRODUÇÃO

OXIDAÇÃO DE METAIS INTRODUÇÃO OXIDAÇÃO DE METAIS INTRODUÇÃO Oxidação é uma palavra do âmbito da química que significa a perda de elétrons, mesmo que não seja causada pelo oxigênio. Indica também o processo de oxidar, ou seja, de combinar

Leia mais

ELETRODO OU SEMIPILHA:

ELETRODO OU SEMIPILHA: ELETROQUÍMICA A eletroquímica estuda a corrente elétrica fornecida por reações espontâneas de oxirredução (pilhas) e as reações não espontâneas que ocorrem quando submetidas a uma corrente elétrica (eletrólise).

Leia mais

5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS

5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS 5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS TÍTULO DO TRABALHO: Tratamento Eletroquímico de Efluente Sintético da Indústria de Petróleo para Remoção de Metais Pesados AUTORES:

Leia mais

PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES DE PbO 2 DEPOSITADOS SOBRE SUBSTRATO TRIDMENSIONAL DE CARBONO VÍTREO RETICULADO

PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES DE PbO 2 DEPOSITADOS SOBRE SUBSTRATO TRIDMENSIONAL DE CARBONO VÍTREO RETICULADO PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES DE PbO 2 DEPOSITADOS SOBRE SUBSTRATO TRIDMENSIONAL DE CARBONO VÍTREO RETICULADO R. M. FARINOS 1, L. A. M. RUOTOLO 2 1, 2 Universidade Federal de São Carlos, Departamento

Leia mais

AVALIAÇÃO DE UM REATOR ELETRODIALÍTICO PARA O APROVEITAMENTO DO SUBPRODUTO DA DESSALINIZAÇÃO DE SOLUÇÕES SALINAS VIA ELETRODIÁLISE

AVALIAÇÃO DE UM REATOR ELETRODIALÍTICO PARA O APROVEITAMENTO DO SUBPRODUTO DA DESSALINIZAÇÃO DE SOLUÇÕES SALINAS VIA ELETRODIÁLISE AVALIAÇÃO DE UM REATOR ELETRODIALÍTICO PARA O APROVEITAMENTO DO SUBPRODUTO DA DESSALINIZAÇÃO DE SOLUÇÕES SALINAS VIA ELETRODIÁLISE M. L. Freire, E. D. Melo e K. B. França 1 Resumo - Um reator eletrodialítico

Leia mais

CQ049 FQ Eletroquímica.

CQ049 FQ Eletroquímica. CQ049 FQ Eletroquímica prof. Dr. Marcio Vidotti LEAP Laboratório de Eletroquímica e Polímeros mvidotti@ufpr.br www.quimica.ufpr.br/mvidotti A Eletroquímica pode ser dividida em duas áreas: Iônica: Está

Leia mais

ESTUDO DA CORROSÃO DO Al RECICLADO DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS

ESTUDO DA CORROSÃO DO Al RECICLADO DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS ESTUDO DA CORROSÃO DO Al RECICLADO DA INDÚSTRIA DE BEBIDAS T. SILVA 1, D. MIRANDA 1, G. ALVES 3, O.L ROCHA 2, J.C. CARDOSO FILHO 1 1 Universidade Federal do Pará/ Laboratório de Corrosão 2 Instituto Federal

Leia mais

1- Números de oxidação (Nox) Indicam a espécie que perde elétrons e a que ganha elétrons, ou seja, é a carga elétrica da espécie química.

1- Números de oxidação (Nox) Indicam a espécie que perde elétrons e a que ganha elétrons, ou seja, é a carga elétrica da espécie química. Eletroquímica É um ramo da Química que estuda as reações químicas que ocorrem, em um meio envolvendo um condutor (um metal ou um semicondutor) e um condutor iônico (o eletrólito), envolvendo trocas de

Leia mais

ELETROQUÍMICA. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª Loraine Jacobs DAQBI

ELETROQUÍMICA. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª Loraine Jacobs DAQBI lorainejacobs@utfpr.edu.br paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs Profª Loraine Jacobs DAQBI CORROSÃO Corrosão Processo espontâneo Contato do metal com um eletrólito Reações Anódicas e Catódicas Frequente

Leia mais

Adsorção em interfaces sólido/solução

Adsorção em interfaces sólido/solução Adsorção em interfaces sólido/solução 1 Adsorção em interfaces sólido/solução 2 Adsorção em interfaces sólido/solução Adsorção vs Absorção 3 Adsorção em interfaces sólido/solução Muitos processos químicos

Leia mais

ELETROQUÍMICA. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª Loraine Jacobs DAQBI

ELETROQUÍMICA. paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs. Profª Loraine Jacobs DAQBI lorainejacobs@utfpr.edu.br paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs Profª Loraine Jacobs DAQBI Semi-Reações Utilizadas para facilitar o balanceamento de reações de oxi-redução: Maneira conceitual de representação

Leia mais

B) Defina a que forma de apresentação do alumínio corresponde cada uma das curvas. Justifique sua resposta.

B) Defina a que forma de apresentação do alumínio corresponde cada uma das curvas. Justifique sua resposta. Questão 01 PROVA DISCURSIVA QUÍMICA O gráfico abaixo representa a variação, em função do tempo, da concentração, em quantidade de matéria, do hidrogênio gasoso formado em duas reações químicas de alumínio

Leia mais

ESTUDO TEORICO DA INCORPORAÇÃO DE METAIS NO POLIPIRROL

ESTUDO TEORICO DA INCORPORAÇÃO DE METAIS NO POLIPIRROL ESTUDO TEORICO DA INCORPORAÇÃO DE METAIS NO POLIPIRROL Marcelo Rodrigues Barbosa 1 ; Liliana Yolanda Ancalla Dávila 2 ; Regina Lelis de Sousa 3 1 Aluno do Curso de Química; Campus de Araguaína; e-mail:

Leia mais

REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA PRODUZINDO REAÇÃO QUÍMICA PROF. RODRIGO BANDEIRA

REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA PRODUZINDO REAÇÃO QUÍMICA PROF. RODRIGO BANDEIRA REAÇÕES QUÍMICAS PRODUZINDO CORRENTE ELÉTRICA CORRENTE ELÉTRICA PRODUZINDO REAÇÃO QUÍMICA A relação entre as reações químicas e a corrente elétrica é estudada por um ramo da química chamado ELETROQUÍMICA

Leia mais

Simulação Teórica de Oligômeros de Polianilina Dopados com Sais Metálicos de Transição

Simulação Teórica de Oligômeros de Polianilina Dopados com Sais Metálicos de Transição Simulação Teórica de Oligômeros de Polianilina Dopados com Sais Metálicos de Transição Gabriel da Silva Aguiar¹, Liliana Yolanda Ancalla Dávila², Regina Lélis de Sousa³, Nilo Maurício Sotomayor 4 1 Aluno

Leia mais

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO ph NA ADSORÇÃO DE CROMO (VI) EM CARVÃO ATIVADO GRANULAR

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO ph NA ADSORÇÃO DE CROMO (VI) EM CARVÃO ATIVADO GRANULAR ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO ph NA ADSORÇÃO DE CROMO (VI) EM CARVÃO ATIVADO GRANULAR OLIVEIRA, R. F. 1 FÉRIS, L. A. 1 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Engenharia Química E-mail para

Leia mais

HIDROMETALURGIA E ELETROMETALURGIA

HIDROMETALURGIA E ELETROMETALURGIA A melhoria das propriedades das resinas orgânicas incentivou a aplicação para o processo de troca iônica devido a sua estabilidade e elevada capacidade. As primeiras tentativas para aplicação da troca

Leia mais

01 O chumbo participa da composição de diversas ligas metálicas. No bronze arquitetônico, por

01 O chumbo participa da composição de diversas ligas metálicas. No bronze arquitetônico, por 01 O chumbo participa da composição de diversas ligas metálicas. No bronze arquitetônico, por exemplo, o teor de chumbo corresponde a 4,14% em massa da liga. Seu isótopo radioativo 210 Pb decai pela emissão

Leia mais

Catálise e Inibição de Reação Eletroquímica

Catálise e Inibição de Reação Eletroquímica Catálise e Inibição de Reação Eletroquímica - Se o material do eletrodo não se transforma em produto; - em principio, é apenas para transferir elétrons; - mas, podendo também participar adsorvendo reagentes

Leia mais

Reações em Soluções Aquosas

Reações em Soluções Aquosas Reações em Soluções Aquosas Classificação Reações sem transferência de elétrons: Reações de precipitação; Reações de neutralização. Reações com transferência de elétrons: Reações de oxirredução. Reações

Leia mais

DISCIPLINA DE QUÍMICA

DISCIPLINA DE QUÍMICA DISCIPLINA DE QUÍMICA OBJETIVOS: 1ª série Traduzir linguagens químicas em linguagens discursivas e linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química tais como gráficos, tabelas e relações matemáticas,

Leia mais

QUÍMICA DE MATERIAIS CRISTALINOS AMORFOS AULA 01: INTRODUÇÃO A QUÍMICA DOS MATERIAIS

QUÍMICA DE MATERIAIS CRISTALINOS AMORFOS AULA 01: INTRODUÇÃO A QUÍMICA DOS MATERIAIS QUÍMICA DE MATERIAIS AULA 01: INTRODUÇÃO A QUÍMICA DOS MATERIAIS TÓPICO 04: SÓLIDOS AMORFOS E CRISTALINOS Os sólidos têm forma e volume definidos, possuem baixa compressibilidade, são densos, e apresentam

Leia mais

ELETROQUÍMICA: PILHAS GALVÂNICAS

ELETROQUÍMICA: PILHAS GALVÂNICAS ELETROQUÍMICA: PILHAS GALVÂNICAS A Eletroquímica é a parte da Química que estuda as propriedades dos eletrólitos e os processos de interconversão de energia química em energia elétrica que ocorrem na superfície

Leia mais

UFSC. Química (Amarela) Reposta: 70

UFSC. Química (Amarela) Reposta: 70 Reposta: 70 01. Incorreta. Ferroso é o íon Fe +2 e sulfato é o íon SO 4 2. Logo a fórmula é Fe +2 SO 4 2 = FeSO 4 02. Correta. 04. Correta. 08. Incorreta. O átomo central é o enxofre que forma duas ligações

Leia mais

INTRODUÇÃO. Podem ocorrer também modificações só perceptíveis a sensores colocados no meio reacional:

INTRODUÇÃO. Podem ocorrer também modificações só perceptíveis a sensores colocados no meio reacional: REAÇÕES INORGÂNICAS INTRODUÇÃO Uma reação química ocorre quando uma ou mais substâncias interagem de modo a formar novas substâncias. A ocorrência de uma reação pode ser detectada através de evidências

Leia mais

Eletrólise Eletrólise de soluções aquosas

Eletrólise Eletrólise de soluções aquosas Eletrólise de soluções aquosas As reações não espontâneas necessitam de uma corrente externa para fazer com que a reação ocorra. As reações de eletrólise são não espontâneas. Nas células voltaicas e eletrolíticas:

Leia mais

Cromatografia Iônica. Alexandre Martins Fernandes Orientador: Prof. Jefferson Mortatti. Novembro 2006.

Cromatografia Iônica. Alexandre Martins Fernandes Orientador: Prof. Jefferson Mortatti. Novembro 2006. Cromatografia Iônica Alexandre Martins Fernandes Orientador: Prof. Jefferson Mortatti Novembro 2006. Roteiro 1. O que é troca iônica. 2. Cromatografia iônica. 3. Dionex ICS-90. 4. Vantagens. 5. Desvantagens.

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA CORRENTE LIMITE NA ELETRODIÁLISE USANDO UMA SOLUÇÃO DILUÍDA COM MANGANÊS

DETERMINAÇÃO DA CORRENTE LIMITE NA ELETRODIÁLISE USANDO UMA SOLUÇÃO DILUÍDA COM MANGANÊS DETERMINAÇÃO DA CORRENTE LIMITE NA ELETRODIÁLISE USANDO UMA SOLUÇÃO DILUÍDA COM MANGANÊS DETERMINATION OF THE LIMIT CURRENT IN ELECTRODIALYSIS USING A DILUTED SOLUTION WITH MANGANESE Camila Silveira Lamanes

Leia mais

5 MATERIAIS E MÉTODOS

5 MATERIAIS E MÉTODOS - 93-5 MATERIAIS E MÉTODOS 5.1. Preparação da emulsão sintética Para preparar um litro de emulsão sintética misturaram-se 3g de óleo lubrificante Shell Talpa 30 e água destilada, através de um misturador

Leia mais

Atividades de Recuperação Paralela de Química Setor A

Atividades de Recuperação Paralela de Química Setor A Atividades de Recuperação Paralela de Química Setor A 2ª série Ensino Médio. Conteúdos para estudos: Livro-texto Coeficiente de solubilidade: compreender os gráficos e tabelas de solubilidade; fazer cálculos

Leia mais

Questão 1. (X pontos) Expectativa de resposta

Questão 1. (X pontos) Expectativa de resposta Questão 1. (X pontos) A acidez e a basicidade de compostos orgânicos podem ser influenciadas por diversos fatores, dentre os quais a ressonância, citada como um exemplo de fator intrínseco. No esquema

Leia mais

21º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 09 a 13 de Novembro de 2014, Cuiabá, MT, Brasil

21º CBECIMAT - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 09 a 13 de Novembro de 2014, Cuiabá, MT, Brasil CARACTERIZAÇÃO ELETROQUÍMICA E ESTRUTURAL DO COMPÓSITO DE POLIANILINA/POLIDMCT/NTC SINTETIZADO QUIMICAMENTE VISANDO À APLICAÇÃO COMO ELETRODOS EM SUPERCAPACITORES SIMÉTRICOS. F.F.S. Xavier*; F.A. do Amaral;

Leia mais

PMT2423 FÍSICO-QUÍMICA PARA METALURGIA E MATERIAIS III. PMT Físico-Química para Metalurgia e Materiais III - Neusa Alonso-Falleiros

PMT2423 FÍSICO-QUÍMICA PARA METALURGIA E MATERIAIS III. PMT Físico-Química para Metalurgia e Materiais III - Neusa Alonso-Falleiros PMT2423 FÍSICO-QUÍMICA PARA METALURGIA E MATERIAIS III 1 Reações Eletroquímicas e suas Aplicações Corrosão Eletrodeposição Hidrometalurgia (ex.: cobre; níquel; zinco) Reações Metal / Escória Eletroconformação

Leia mais

ELETROQUÍMICA Profº Jaison Mattei

ELETROQUÍMICA Profº Jaison Mattei ELETROQUÍMICA Profº Jaison Mattei ELETROQUÍMICA 1) Eletrólise: reações provocadas pela corrente elétrica. 2) Pilhas: reações que produzem corrente elétrica. Eletrólise é a reação não espontânea provocada

Leia mais

QUÍMICA QUESTÃO O oxigênio e o enxofre podem ser encontrados como moléculas O 2 QUESTÃO 32

QUÍMICA QUESTÃO O oxigênio e o enxofre podem ser encontrados como moléculas O 2 QUESTÃO 32 T 20 QUÍMCA QUESTÃ 3 Com exceção dos gases nobres, os elementos químicos, em condições ambientais, podem ser encontrados sob diferentes formas: como metais ou ligas, substâncias moleculares, substâncias

Leia mais

Questão 1. a) A filtração é um processo físico que serve para separar misturas homogêneas de um sólido disperso em um líquido ou em um gás.

Questão 1. a) A filtração é um processo físico que serve para separar misturas homogêneas de um sólido disperso em um líquido ou em um gás. SE18 - Química LQUI6B3 - Eletrólises Questão 1 (Ucs 2016) Centenas de milhares de toneladas de magnésio metálico são produzidas anualmente, em grande parte para a fabricação de ligas leves. De fato, a

Leia mais

Katia Cristina Silva de Freitas

Katia Cristina Silva de Freitas UFPE UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Química Fundamental Programa de Pós-Graduação em Química Tese de Doutorado Investigação Eletroquímica e Espectroscópica

Leia mais

Espectroscopia Óptica Instrumentação e aplicações UV/VIS. CQ122 Química Analítica Instrumental II 1º sem Prof. Claudio Antonio Tonegutti

Espectroscopia Óptica Instrumentação e aplicações UV/VIS. CQ122 Química Analítica Instrumental II 1º sem Prof. Claudio Antonio Tonegutti Espectroscopia Óptica Instrumentação e aplicações UV/VIS CQ122 Química Analítica Instrumental II 1º sem. 2017 Prof. Claudio Antonio Tonegutti Lei de Beer A = b c A = absorbância = absortividade molar (L

Leia mais

CAPÍTULO 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

CAPÍTULO 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 8 CAPÍTULO 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Neste capítulo serão apresentados e discutidos os resultados do estudo dos sistemas metal/solução através de análises voltamétricas. Em seguida, os resultados

Leia mais

Índice. Agradecimentos... Prefácio da Edição Revisada... Prefácio...

Índice. Agradecimentos... Prefácio da Edição Revisada... Prefácio... Índice Agradecimentos... Prefácio da Edição Revisada... Prefácio... VII IX XI CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO... 1 1.1 Definição da Corrosão... 1 1.2 Importância Econômica da Corrosão... 3 1.3 Análise Econômica

Leia mais

Atividades de Recuperação Paralela de Química

Atividades de Recuperação Paralela de Química Atividades de Recuperação Paralela de Química 2ª série Ensino Médio Conteúdos para estudos:. Química A Livro-texto Coeficiente de solubilidade: compreender os gráficos e tabelas de solubilidade; fazer

Leia mais

TRANSFERÊNCIA DE MASSA EM REATOR ELETROQUÍMICO CONTENDO ELETRODO DE CARBONO VÍTREO RETICULADO

TRANSFERÊNCIA DE MASSA EM REATOR ELETROQUÍMICO CONTENDO ELETRODO DE CARBONO VÍTREO RETICULADO TRANSFERÊNCIA DE MASSA EM REATOR ELETROQUÍMICO CONTENDO ELETRODO DE CARBONO VÍTREO RETICULADO P. H. BRITTO-COSTA 1, L. A. M. RUOTOLO 2 1,2 Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Engenharia

Leia mais

Metais e ligas metálicas Estrutura e propriedades dos metais

Metais e ligas metálicas Estrutura e propriedades dos metais AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2016/2017 PLANIFICAÇÃO ANUAL Documento(s) Orientador(es): Programa de Química / Metas Curriculares ENSINO SECUNDÁRIO 12º ANO-QUÍMICA DOMÍNIO/SUBDOMÍNIO

Leia mais

O que esses dispositivos tem em comum? São dispositivos móveis. O que faz os dispositivos móveis funcionarem?

O que esses dispositivos tem em comum? São dispositivos móveis. O que faz os dispositivos móveis funcionarem? O que esses dispositivos tem em comum? São dispositivos móveis O que faz os dispositivos móveis funcionarem? Eletroquímica Relação entre reações químicas (oxirredução) e a energia elétrica Pilhas Eletrólise

Leia mais

Professora Sonia ITA 1964

Professora Sonia ITA 1964 ITA 964 (A prova está dividida por assuntos) Cada TESTE de múltipla-escolha admite sempre uma única resposta dentre as opções apresentadas. TODAS as respostas aos testes deverão ser justificadas no CADERNO

Leia mais

Preparação e caracterização eletroquímica de um eletrodo modificado com hexacianoferrato de manganês

Preparação e caracterização eletroquímica de um eletrodo modificado com hexacianoferrato de manganês Preparação e caracterização eletroquímica de um eletrodo modificado com hexacianoferrato de manganês E. Buffon (IC) 1*, M.L.S. Vasconcellos (IC) 1, D. Profeti (PQ) 1, L.P.R. Profeti (PQ) 1 1 Departamento

Leia mais

Fuvest 2009 (Questão 1 a 8)

Fuvest 2009 (Questão 1 a 8) (Questão 1 a 8) 1. Água pode ser eletrolisada com a finalidade de se demonstrar sua composição. A figura representa uma aparelhagem em que foi feita a eletrólise da água, usando eletrodos inertes de platina.

Leia mais

PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES DE PbO 2 DEPOSITADOS SOBRE ANODOS TRIDIMENSIONAIS PARA DEGRADAÇÃO DE POLUENTES ORGÂNICOS RESUMO

PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES DE PbO 2 DEPOSITADOS SOBRE ANODOS TRIDIMENSIONAIS PARA DEGRADAÇÃO DE POLUENTES ORGÂNICOS RESUMO PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES DE PbO 2 DEPOSITADOS SOBRE ANODOS TRIDIMENSIONAIS PARA DEGRADAÇÃO DE POLUENTES ORGÂNICOS R. M. FARINOS (1*), L. A. M. RUOTOLO (2) 1, Departamento de Engenharia Química

Leia mais

ESTUDO PARAMÉTRICO DA ELETRODEPOSIÇÃO DE COBRE EM REATOR DE LEITO FLUIDIZADO

ESTUDO PARAMÉTRICO DA ELETRODEPOSIÇÃO DE COBRE EM REATOR DE LEITO FLUIDIZADO ESTUDO PARAMÉTRICO DA ELETRODEPOSIÇÃO DE COBRE EM REATOR DE LEITO FLUIDIZADO 1 George André Tonini, 2 Luis Augusto M. Ruotolo 1 Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq/UFSCar, discente de Engenharia

Leia mais

QUÍMICA ELETROANALÍTICA

QUÍMICA ELETROANALÍTICA QUÍMICA ELETROANALÍTICA A química Eletroanalítica compreende um conjunto de métodos analíticos qualitativos e quantitativos baseados nas propriedades elétricas de uma solução contendo o analito quando

Leia mais

Oxirredução IDENTIFICAÇÃO O QUE SOFRE ENTIDADE O QUE FAZ. Oxidante ganha e - ( NOX) oxida o redutor redução

Oxirredução IDENTIFICAÇÃO O QUE SOFRE ENTIDADE O QUE FAZ. Oxidante ganha e - ( NOX) oxida o redutor redução Eletroquímica Oxirredução ENTIDADE IDENTIFICAÇÃO O QUE FAZ O QUE SOFRE Oxidante ganha e - ( NOX) oxida o redutor redução Redutor perde e - ( NOX) reduz o oxidante oxidação Todas as reações que têm substâncias

Leia mais

Estudo preliminar da deposição voltamétrica de estanho sobre aço em meio ácido

Estudo preliminar da deposição voltamétrica de estanho sobre aço em meio ácido Estudo preliminar da deposição voltamétrica de estanho sobre aço em meio ácido Marcos Aurélio Nunes da Silva Filho, Ana Lídia Tomaz de Melo, Denis Valony Martins Paiva, Laudelyna Rayanne Freitas de Oliveira,

Leia mais

FÍSICO QUÍMICA AULA 5 - ELETRÓLISE

FÍSICO QUÍMICA AULA 5 - ELETRÓLISE FÍSICO QUÍMICA AULA 5 - ELETRÓLISE Em nossas aulas anteriores aprendemos como reações de óxidoredução podem ser utilizadas para se obter energia. Nas pilhas ocorrem reações químicas capazes de produzir

Leia mais

PROTEÇÃO DO ALUMÍNIO 2024 POR FILMES DE POLIPIRROL DEPOSITADOS EM ÁCIDO P-TOLUENO SULFÔNICO

PROTEÇÃO DO ALUMÍNIO 2024 POR FILMES DE POLIPIRROL DEPOSITADOS EM ÁCIDO P-TOLUENO SULFÔNICO Recebido em 03/04. Aceito para publicação em 09/04. PROTEÇÃO DO ALUMÍNIO 04 POR FILMES DE POLIPIRROL DEPOSITADOS EM ÁCIDO P-TOLUENO SULFÔNICO PROTECTION OF ALUMINUM 04 BY POLYPYRROLE FILMS DEPOSITED IN

Leia mais

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1Comprimento de onda do corante Telon Violet

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1Comprimento de onda do corante Telon Violet ADSORÇÃO DE CORANTE ÁCIDO UTILIZANDO RESÍDUO DE FIBRA DE VIDRO ACID DYE ADSORPTION USING FIBERGLASS WASTE Ferreira, Raquel Pisani Baldinotti Campus de Sorocaba Engenharia Ambiental raquelpisani@hotmail.com

Leia mais

6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto

6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto 122 6 Determinação voltamétrica de Cu (II) utilizando eletrodo de filme de bismuto 6.1. Estudos preliminares Nas determinações voltamétricas de espécies químicas tais como Cd (II) e Pb (II), o ajuste das

Leia mais

EFEITO DAS CONDIÇÕES OPERACIONAIS E DO TIPO DE SURFACTANTE SOBRE A ELETROSSÍNTESE DE FILMES DE PbO 2

EFEITO DAS CONDIÇÕES OPERACIONAIS E DO TIPO DE SURFACTANTE SOBRE A ELETROSSÍNTESE DE FILMES DE PbO 2 EFEITO DAS CONDIÇÕES OPERACIONAIS E DO TIPO DE SURFACTANTE SOBRE A ELETROSSÍNTESE DE FILMES DE PbO 2 R. M. FARINOS e L. A. M. RUOTOLO Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Engenharia Química

Leia mais

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 4ª aula /

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 4ª aula / QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 4ª aula / 2016-2 Prof. Mauricio X. Coutrim (disponível em: http://professor.ufop.br/mcoutrim) REAÇÃO EM SOLUÇÃO AQUOSA São reações envolvendo compostos iônicos

Leia mais

ELETROQUÍMICA OU. Profa. Marcia M. Meier QUÍMICA GERAL II

ELETROQUÍMICA OU. Profa. Marcia M. Meier QUÍMICA GERAL II ELETROQUÍMICA OU REAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA DE ELÉTRONS Profa. Marcia M. Meier QUÍMICA GERAL II 1 Objetivo Compreender: Balanceamento de equações redox em solução ácida e básica. Células galvânicas e potencial

Leia mais

2 NH 3 (g) + CO 2 (g)

2 NH 3 (g) + CO 2 (g) PROCESSO SELETIVO 2007 1 O DIA GABARITO 4 7 QUÍMICA QUESTÕES DE 16 A 30 16. O equilíbrio de ionização da água pura é dado pela equação abaixo, cuja constante do produto iônico é 2,5x10-14, a 37 o C. H

Leia mais