Departamento de Economia. Faculdade de Economia

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Departamento de Economia. Faculdade de Economia"

Transcrição

1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO Departamento de Economia UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional Faculdade de Economia LAURA DE CARVALHO SCHIAVON ANA MARIA HERMETO CAMILO DE OLIVEIRA POBREZA E DIVERSIDADES LOCACIONAIS: UMA INVESTIGAÇÃO EMPÍRICA PARA O BRASIL, 2010 Rio de Janeiro / Belo Horizonte 2014

2 RESUMO Este trabalho realiza um estudo da pobreza relativa domiciliar nos municípios brasileiros para diferentes contextos sócio-econômicos, visando o entendimento do papel das dissimilaridades regionais sobre a pobreza. Observou-se que aproximadamente 35% da variância da renda domiciliar per capita é explicada pelas diferenças intermunicipais. Quando da análise das características locacionais, verificou-se que são forte e positivamente correlacionados com renda percentual de moradores acima de 24 anos com ensino superior e desigualdade de renda. Por sua vez, a renda domiciliar apresentou tendências de queda em municípios com níveis altos de desemprego, trabalhadores informais, mortalidade e fecundidade e de maior centralidade. Palavras-chave: Pobreza, Desigualdade, Economia Regional Área: Economia Classificação JEL: I32; R20

3 I) Introdução Pertinente desafio do desenvolvimento sócio-econômico nacional, os altos níveis de pobreza no Brasil, embora tenham sofrido redução nas últimas décadas, perduram em níveis muito elevados, o que reitera a necessidade do estudo de seus fatores condicionantes e condicionados. Esses fatores têm efeitos distintos segundo características domiciliares e locacionais, como discutido por Codes (2008), que atenta para a relevância do exame das diferenças entre grupos populacionais a partir das características dos indivíduos e das regiões onde eles habitam. Nessa tônica, este trabalho tem como objetivo central o estudo da pobreza relativa domiciliar nos municípios brasileiros para diferentes contextos sócio-econômicos, visando o entendimento do papel das características locacionais sobre os perfis de pobreza. A utilização da ótica relativista de pobreza se dá em função da amplitude trazida para a compreensão da pobreza e das privações relacionadas a esta. São considerados pobres aqueles cuja renda domiciliar per capita encontra-se abaixo do segundo decil de renda nacional, correspondente à renda de 195 reais, segundo o Censo Demográfico (IBGE, 2010). Esse corte determinante dos pobres e não pobres aproxima-se de outros apresentados na literatura, mostrando-se não arbitrário e coerente com o contexto sócio-econômico nacional. Encontra-se próximo, em especial, da recente classificação apresentada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (2011), para a qual domicílios com renda per capita de até 162 reais são considerados pobres ou vulneráveis. Tais critérios são desenhados para análises em nível nacional. Seria possível determinar linhas de corte municipais, a partir da distribuição da renda domiciliar per capita local. Essas, porém, captariam grande parcela das diversidades locacionais as quais se desejam conhecer, não sendo, por este motivo, aplicadas neste trabalho. Tratando como nível locacional de interesse os municípios, são analisadas as especificidades de cada unidade de análise, considerando indicadores próprios e particularidades locacionais interligados direta ou indiretamente à pobreza. Dessa forma, é analisada a interação de características domiciliares e locacionais sobre a renda domiciliar per capita segundo quantis de renda municipais. Sendo tal interação heterogênea e de pertinente interesse para o delineamento de políticas públicas, faz-se relevante investigar a estruturação de tendências municipais associadas à pobreza.

4 Para tanto, foram aplicados modelos de regressão por mínimos quadrados ordinários, regressão quantílica e modelagem hierárquica, permitindo a análise da interação entre fatores locacionais e domiciliares para quantis de renda municipal selecionados. Por conseguinte, os resultados extrapolam os domicílios relativamente mais pobres, incluindo uma análise comparativa destes com grupos de domicílios com renda per capita próxima à mediana da distribuição nacional e com renda per capita elevada. Optou-se pela utilização de diferentes metodologias, assemelhando-se esse trabalho a exercícios metodológicos de investigação empírica, a fim de assegurar a robustez dos resultados às limitações de cada técnica e explorar suas potencialidades, configurando maior confiabilidade às conclusões deste. II) Metodologia e base de dados Com o objetivo de definir os domicílios a partir de suas características intrínsecas e locacionais, foram selecionadas as variáveis das fontes a saber: microdados da amostra e dados do universo do Censo Demográfico 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2010), Estatísticas do Registro Civil , divulgadas pelo IBGE (2010), e dados do estudo Regiões de Influência das Cidades, também conhecido como REGIC, desenvolvido pelo IBGE (2007). As variáveis utilizadas, descritas a seguir, encontram-se subdivididas em dois grupos: variáveis domiciliares, que contém aquelas relativas ao domicílio diretamente, e variáveis locacionais, que contém aquelas relativas ao município no qual o domicílio está situado. Essa diferenciação parte do pressuposto, em primeiro lugar, de que as variáveis municipais são capazes de captar parte significativa da interrelação entre renda e determinantes locacionais, relacionados principalmente às características sócio-econômicas locais. Em segundo lugar, baseia-se na hipótese fundamental deste trabalho acerca da relevância das distinções locacionais na determinação da renda domiciliar per capita, especialmente entre os relativamente mais pobres. O trabalho com a base de dados particionada encontra-se entre as manipulações realizadas nessa, sendo analisada a base de dados completa e subdivisões segundo decis de renda. Formaram-se três bases derivadas da original. A primeira, contém os domicílios com renda domiciliar per capita até o segundo decil de renda em nível nacional, ou seja, os 20% mais pobres. A segunda, contém os domicílios com renda domiciliar per capita entre o quarto e o sexto decil, ou seja, aqueles cuja renda aproxima-se, em certa medida, da 1 Disponíveis em <

5 mediana. A terceira, contém os domicílios com renda domiciliar per capita acima do oitavo decil, ou seja, os 20% mais ricos. Optou-se pelo trabalho com critérios de renda baseados em percentis devido à busca pela análise da pobreza sob a ótica relativa e as potencialidades desse. Ademais, a utilização da distribuição de renda em nível nacional para a determinação dos quantis em detrimento da utilização da distribuição proveniente de outra subdivisão locacional, como os municípios, fundamentou-se na busca por não mascarar a importância das variáveis locacionais, que seria parcialmente captada quando da utilização de distribuições de renda regionalizadas. Tendo o Brasil uma disparidade de renda acentuada intra e interregionalmente, e, portanto, uma diferenciação esperada entre padrões por grupos de renda e por especificidades locacionais, esses resultados em separado tornam-se ricamente informativos. Como variáveis independentes domiciliares utilizou-se, primeiramente, uma variável binária (dummy) referente ao sexo do chefe do domicílio, que assume valor 0, se do sexo masculino (grupo de referência), e 1, se do sexo feminino, apresentada como Sexo. Para a caracterização da idade do chefe, foram determinadas faixas etárias (Faixa Etária * ). Pertencem ao grupo 0 (grupo de referência), chefes com até 30 anos, inclusive; ao grupo 1, chefes entre 31 e 40 anos; ao grupo 2, entre 41 e 50 anos; ao grupo 3, entre 51 e 60 anos; e ao grupo 4, chefes com mais de 60 anos. A cor do chefe foi determinada via variável categórica, Cor *, que assume valor 0 para brancos e amarelos, 1 para negros e 2 para pardos. A quarta variável domiciliar consiste em uma dummy que responde se o chefe de domicílio vive em companhia de um cônjuge ou companheiro. Em caso positivo, assume valor 0, sendo essa a categoria referencial. Em caso negativo, assume valor 1, sendo essa chamada de Companheiro *. O número de moradores do domicílio é apresentado nesse trabalho com o nome de Moradores *. A variável relativa à escolaridade, nomeada Estudo *, reporta os anos de estudo formal do chefe de domicílio em grupos, a saber: 0, 0 a 3 anos; 1, 4 a 7 anos; 2, 8 a 10 anos; 3, 11 a 14 anos; e 4, 15 anos ou mais. Por sua vez, Emprego * assume valor 1 se o chefe de domicílio estiver desempregado e valor 0 caso contrário. Como última variável caracterizadora da unidade domiciliar, tem-se a chamada Urbrur *, área rural e 0 caso se situe em área urbana. Pertence ao grupo de variáveis locacionais, consideradas em nível municipal, as variáveis que se seguem: logaritmo natural da população municipal (População ); taxa de mortalidade do município por mil habitantes Fonte: microdados da amostra do Censo Demográfico (IBGE, 2010) Fonte: dados do universo do Censo Demográfico (IBGE, 2010)

6 (Mortalidade ** ); taxa de fecundidade (Fecundidade * ); percentual da população, acima de 24 anos, com ensino superior completo ou maior nível de escolaridade (Formado * ); percentual de desempregados no município (Desempregados * ), ponderando apenas pessoas com 10 anos ou mais; e percentual de pessoas ocupadas, com 10 anos ou mais, atuantes no setor informal (Informal * ) segundo informações do Censo Demográfico. Além das variáveis descritas, foram utilizados o índice de Gini (Gini), uma medida de dispersão relativa da renda, e o mesmo elevado ao quadrado (Gini2). E, em busca de uma caracterização econômica mais complexa dos municípios, a classificação do estudo Regiões de Influência das Cidades, também conhecido como REGIC, do IBGE (2010). Essa caracteriza o município segundo seu nível de centralidade, assumindo, neste trabalho, os seguintes valores: 1, se grande metrópole nacional; 2, se metrópole nacional; 3, se metrópole; 4, se capital regional A; 5, se capital regional B; 6, se capital regional C; 7, se centro subregional A; 8, se centro subregional B; 9, se centro de zona A; 10, se centro de zona B; e 11, se centro local. Observa-se, portanto, uma hierarquia entre as categorias, de modo que números menores indicam maior grau de centralidade e números maiores, menor grau 2. Às cidades pertencentes a regiões metropolitanas, sem classificação direta, foi associada a classificação da região metropolitana a qual essa pertence. Fundamentando-se nos estudos trazidos pela literatura, faz-se prudente pressupor que a variável renda e demais covariáveis tendem a apresentar significativa presença de outliers. A metodologia de Mínimos Quadrados Ordinários consiste em uma estimação relativa à média, não permitindo a análise do comportamento de variações em torno dessa. Por conseguinte, os coeficientes estimados tornam-se enviesados. Para tanto, faz-se interessante o uso de técnicas de regressão quantílica, robusta a observações discrepantes (TIAN & CHEN, 2006). A regressão quantílica consiste na estimação de modelos lineares condicionais para quantis θ da variável dependente Y i, no caso, renda domiciliar per capita. Um quantil θ é definido como o menor valor da variável dependente Y i tal que a proporção de observações abaixo deste, dada pela função de distribuição acumulada F(.), seja igual ou maior ao valor θ do percentil, como representado formalmente abaixo. Q Y inf Y : F Y Q Y X X ** Fonte: Estatísticas do Registro Civil (IBGE, 2010) 2 Para maiores detalhes sobre as classes, ver publicação Regiões de Influência das Cidades (IBGE, 2010)

7 Desse modo, são estimados quantis da amostra condicionais às variáveis independentes x i. Os coeficientes estimados β θk para cada variável x k podem ser interpretados diretamente, como o efeito marginal de uma variação de x k sobre o quantil Q θ estimado. Partindo do pressuposto de que pobreza relativa é resultante não somente de fatores domiciliares, como também de fatores locacionais, este trabalho explora também a metodologia de modelos hierárquicos lineares (MHL), relevantes quando o pressuposto de independência intra-grupos das observações não é observado (HOX, 1998). Nos modelos hierárquicos, a variável resposta, Y ij, renda domiciliar per capita, é obtida ao menor nível de agregação, domicílio, estando sujeita aos preditores de ambos os níveis, domiciliar e municipal. As variáveis dependentes, por sua vez, subdividem-se entre os dois níveis. O nível domiciliar, representado pela matriz X ij, cujas entradas são os valores das P variáveis para cada domicílio i pertencente ao grupo j. E o nível municipal, dado pela matriz Z j, formada pelas Q variáveis de segundo nível para cada localidade j. A partir das matrizes descritas, tem-se o modelo para o menor nível de agregação descrito como: Y X e ij 0 j 1 j Onde β 0j é o vetor de interceptos aleatórios e β 1j é a matriz de coeficientes aleatórios para cada variável p segundo o agrupamento j. Os parâmetros β 0j e β pj são determinados a partir das variáveis municipais Z qj, como se segue: u Z 0 j j 0 j 1 j 10 11Z j u1 j Usualmente, estimam-se modelos hierárquicos por Máxima Verossimilhança (MV), cujos estimadores são consistentes e assintoticamente eficientes, sendo necessária a utilização de amostras suficientemente grandes nos dois níveis. Foram estimados modelos para a base completa e suas derivações. Ademais, foi realizada uma análise da variância (ANOVA) com efeitos aleatórios, consistindo em um modelo hierárquico em dois níveis sem variável explicativa, chamado de modelo nulo (intercept-only model, em inglês) (HOX, 1995). Nesse, faz-se possível analisar o grau de correlação das observações entre os agrupamentos a partir das variâncias intragrupos e intergrupos. A variância desse modelo pode ser decomposta na variância τ 00 entre os municípios, correspondente à variância dos resíduos de maior nível de agregação, e na variância domiciliar σ² dado o município, correspondente à variância dos resíduos de menor nível e ij. Desse modo, calcula-se o Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC), ρ, que consiste na parcela da variância total explicada pela variância inter-grupos τ 00 (HOX, 1995). ij ij

8 Var 2 Y Var u e ij 0 j ij Quanto maior o Coeficiente de Correlação Intraclasse, menor a participação da variância intra-grupo σ² na variância total e, portanto, maior o grau de correlação entre os domicílios de um mesmo município. Dessarte, é recrudescida a pertinência do uso de modelos hierárquicos. 00 III) Resultados A tabela 1 apresenta as estatísticas descritivas das variáveis domiciliares. Os domicílios brasileiros têm renda domiciliar per capita de, aproximadamente, 945 reais mensais. A disparidade entre as rendas médias de cada grupo de observações retorna o elevado nível da desigualdade de renda no país e seu impacto sobre a pobreza. A desigualdade intrabase, apresenta também movimento interessante. Dentre os 20% mais pobres, a desigualdade de renda é grande em relação à média, fator de agravamento da condição de privação de parte dos domicílios pertencentes a este grupo. Tabela 1 - Características domiciliares: média e desvio-padrão Variável Base completa 20% mais pobres Renda mediana 20% mais ricos Média DP Média DP Média DP Média DP RDPC Sexo Faixa Etária Cor Companheiro Moradores Estudo Emprego Urbrur Fonte: elaboração própria a partir de dados do Censo Demográfico 2010, Estatísticas do Registro Civil 2010 e REGIC 2007 (IBGE, 2010; 2007)

9 No tocante ao sexo, observa-se que aproximadamente 39% dos chefes de domicílio são mulheres, média em torno da qual se encontram os grupos analisados. Segundo Barros, Fox e Mendonça (1997), o número de domicílios chefiados por mulheres está aumentando, constituindo um grupo fortemente heterogêneo, crescente especialmente em áreas urbanas e com rendimentos per capita menores. Os domicílios, quanto à idade do chefe, comportam-se de maneira bem delineada. Aqueles com renda per capita inferior ao segundo decil da distribuição têm chefes mais jovens. A proporção de chefes brancos e amarelos aumenta progressivamente com maiores decis de renda, ao contrário do que ocorre com a proporção de chefes pardos e negros. Segundo Osório (2003), há uma tendência ao que ele chama de embranquecimento, que seria a preferência por declarar-se branco, especialmente entre as classes mais altas. A relação entre renda e companheiro/cônjuge, não se mostra muito significativa a partir das estatísticas descritivas. O oposto ocorre com o número de moradores por unidade orçamentária, que tende a reduzir à medida que são observados domicílios com renda per capita mais elevada. Por outro lado, domicílios com renda per capita mais baixa mostram-se predominantemente chefiados por pessoas com menor grau de escolaridade, o que é revertido quando da análise de domicílios com rendas mais elevadas. Este resultado confirma o discutido por Ferreira, Leite e Litchfield (2006), que afirmam ser o principal determinante da desigualdade de renda domiciliar a diferença relativa à escolaridade do chefe. Quanto à situação empregatícia dos chefes de domicílio, apenas pequeno percentual encontra-se desempregado, 4,3%, o que ocorre com frequência significativamente maior dentre os mais pobres. Segundo Rocha (2006), instabilidades relativas ao rendimento do chefe de domicílio, devido à sua elevada participação percentual no orçamento domiciliar, são fatores de grande relevância quanto à vulnerabilidade dos moradores dos domicílios. Dado o elevado grau de urbanização nacional, apenas 14% dos domicílios se encontram em área rural, sendo a proporção de domicílios localizados na zona rural maior dentre os pobres. A tabela 2 reporta as estatísticas descritivas das variáveis locacionais. Os domicílios encontram-se em municípios com aproximadamente 1,3 milhão de habitantes, o que não revela a população média dos municípios brasileiros, mas uma tendência à concentração de domicílios em municípios com população em torno dessa. Em média, renda domiciliar per capita e habitantes do município correlacionam-se positivamente, apresentando grande variabilidade intragrupo. A taxa de mortalidade por mil habitantes apresenta também média crescente em relação aos quantis de renda analisados, com

10 altos desvios-padrões para os grupos considerados. A taxa de fecundidade, outro indicador parcial de bem-estar municipal, revela-se, em média, negativamente correlacionada com a renda. O grau de escolaridade dos municípios, representado pelo percentual de habitantes acima de 24 anos com ensino superior, apresenta-se correlacionado positivamente com renda. Importante ressaltar que o grau de escolaridade de uma população é importante proxy para o desenvolvimento sócio-econômico dessa, tendo, portanto, grande relação direta e indireta com seu nível de renda e de desigualdade. Quando ponderada a concentração de domicílios nos municípios segundo seu percentual de desempregados, observa-se que, em média, esse não varia entre os grupos analisados, concentrando-se próximo à taxa de 8%. Por outro lado, o percentual municipal de trabalhadores no setor informal médio para os domicílios pertencentes a cada base, apresentou tendência à queda em relação aos estratos de renda. Tabela 2 - Características locacionais: média e desvio-padrão Variável Base completa 20% mais pobres Renda mediana 20% mais ricos Média DP Média DP Média DP Média DP População (mil hab) Mortalidade Fecundidade Formado Desempregados Informal Regic Gini Fonte: elaboração própria a partir de dados do Censo Demográfico 2010, Estatísticas do Registro Civil 2010 e REGIC 2007 (IBGE, 2010; 2007) A distribuição dos domicílios, classificados via renda per capita, em municípios segundo seu nível de centralidade apresenta tendências de grande interesse e potencial de pesquisa, apesar de pouco explorado na literatura. A maioria das unidades domiciliares pertence a municípios com menor nível de centralidade e, por conseguinte, provável baixo grau de dinamismo

11 econômico. Os domicílios mais pobres tendem a se concentrar nos centros locais, enquanto que os mais ricos, nas localidades com maior grau de centralidade. Finalmente, a observação do índice de Gini municipal reflete um comportamento quadrático em relação à renda. Os domicílios analisados com rendas per capita mais elevadas e mais reduzidas encontram-se, em média, em municípios cujo índice de Gini é mais alto. Dessa forma, verifica-se que a desigualdade consiste em fator de grande relevância na determinação da pobreza. As estatísticas descritivas mostram sua importância por duas variáveis. A variância do rendimento domiciliar per capita reflete a distribuição desigual da renda independentemente de qualquer outra classificação, captando efeitos locacionais, em nível macro e micro, e efeitos de composição domiciliar. O índice de Gini, calculado para os municípios, reporta a desigualdade entre os domicílios desses devido apenas às características domiciliares, pois considera-se que as locacionais estão incorporadas aos determinantes municipais. Como primeira estimação, optou-se pelo usual método dos Mínimos Quadrados Ordinários. Foram estimados dois modelos para cada base analisada, apenas com variáveis domiciliares, tabela 3, e adicionando variáveis locacionais, tabela 4. Tabela 3 - Regressão por Mínimos Quadrados Ordinários: variáveis domiciliares Variável Base completa 20% mais pobres Renda mediana 20% mais ricos Sexo * * * * Faixa Etária * * * * * * * * * * * * * * * Cor * * * * * * * * Companheiro * * * *** Moradores * * * * Estudo * * * * * * * * * * * * * * * * Emprego * * * * Urbrur * * * * Intercepto * * * * Fonte: elaboração própria a partir de dados do Censo Demográfico 2010, Estatísticas do Registro Civil 2010 e REGIC 2007 (IBGE, 2010; 2007) Nota: * variável significativa a 1% de significância ** variável significativa a 5% de significância *** variável significativa a 10% de significância

12 Tabela 4 - Regressão por Mínimos Quadrados Ordinários: domiciliares e locacionais Variável Base completa 20% mais pobres Renda mediana 20% mais ricos Sexo * * * * Faixa Etária * * * * * * * * * * * * * * * Cor * ** * * * *** * * Companheiro * * * * Moradores * * * * Estudo * * * * * * * * * * * * * * * * Emprego * * * * Urbrur * * * * População ** ** Mortalidade *** *** ** Fecundidade * * * Formado * * * Desempregados * * * Informal * * * Regic *** ** * *** * ** * ** ** * * *** * ** * * * ** * * ** * * ** ** * ** *** * *** ** Gini * * * *** Gini * * ** * Intercepto * * * * Fonte: elaboração própria a partir de dados do Censo Demográfico 2010, Estatísticas do Registro Civil 2010 e REGIC 2007 (IBGE, 2010; 2007) Nota: * variável significativa a 1% de significância ** variável significativa a 5% de significância *** variável significativa a 10% de significância

13 Em linhas gerais, há uma redução da magnitude dos coeficientes das variáveis domiciliares quando da ponderação das características locacionais, assim como uma alteração de padrões associados a variáveis domiciliares específicas. Interessante observar a maior capacidade explicativa dos diferenciais de renda pelas covariáveis locacionais para os domicílios mais pobres e mais ricos em termos relativos. Particularmente, dentre os pobres, apresentam maior renda domicílios: com chefe do sexo feminino, mais velhos, brancos ou amarelos, com mais anos de estudo, empregados e que vivem com companheiro; com menor número de moradores; localizado em áreas urbanas e em municípios com menor população, menor taxa de fecundidade, maior percentual de pessoas com curso superior, maior percentual de desempregados e trabalhadores no setor informal e menor grau de centralidade. Domicílios com maiores e menores níveis de renda dentre os pobres tendem a se concentrar em municípios mais desiguais. Esse padrão não é mantido quando analisadas as demais faixas de renda. Ao contrário da tendência apresentada para os mais pobres, dentre os domicílios com renda mediana, têm maior rendimento aqueles com chefe do sexo masculino e sem companheiro e localizados em municípios com menor percentual de desempregados e trabalhadores no setor informal. Para esses, variáveis relativas a população, percentual de formados e nível de centralidade não se mostraram com significativo potencial explicativo dos diferenciais de renda deste grupo. Dentre os domicílios mais ricos, em oposição ao comportamento dos mais pobres, apresentaram maior renda per capita aqueles cujo chefe é do sexo masculino e que estão localizados em áreas rurais e em municípios com maior grau de centralidade. Para esses, as variáveis relativas a população, fecundidade, percentual de desempregados e percentual de trabalhadores no setor informal não se mostraram significativas. A seguir, são apresentados os resultados dos modelos de regressão quantílica para os decis limítrofes das subamostras trabalhadas, a saber: segundo, quarto, sexto e oitavo decil. Como anteriormente, há estimações que utilizam apenas variáveis domiciliares, tabela 5, e que utilizam variáveis domiciliares e locacionais, tabela 6. Primeiramente, observa-se que os coeficientes estimados via regressão quantílica para variáveis domiciliares e locacionais não apresentam variações de sinal entre os quantis, ao contrário do que ocorre para o modelo apenas com variáveis domiciliares e para os modelos estimados via MQO, entre as subamostras. A estimação reportada na tabela 6 apresenta também menor disparidade dos coeficientes entre os quantis de renda do que as demais estimações.

14 Tabela 5 - Regressão Quantílica: variáveis domiciliares Variável 2º decil 4º decil 6º decil 8º decil Sexo * * * * Faixa Etária * * * * * * * * * * * * * * * * Cor * * * * * * * * Companheiro * * * * Moradores * * * * Estudo * * * * * * * * * * * * * * * * Emprego * * * * Urbrur * * * * Intercepto * * * * Fonte: elaboração própria a partir de dados do Censo Demográfico 2010, Estatísticas do Registro Civil 2010 e REGIC 2007 (IBGE, 2010; 2007) Nota: * variável significativa a 1% de significância ** variável significativa a 5% de significância *** variável significativa a 10% de significância Apresentam correlação positiva com renda para os decis estimados as variáveis domiciliares a seguir: menor número de moradores, localização em áreas urbanas, chefe do sexo masculino, mais velhos, brancos ou amarelos, com companheiro, com mais anos de estudo e empregados. Em especial, a importância da existência de um companheiro na determinação da renda domiciliar per capita se reduz à medida que se desloca para cima na distribuição de renda e, da mesma forma, a relação entre número de moradores dos domicílios e renda, predominantemente negativa, tem sua magnitude reduzida para decis mais altos.

15 Tabela 6 - Regressão Quantílica: domiciliares e locacionais Variável Sexo 2º decil * 4º decil * 6º decil * 8º decil * Faixa Etária * * * * * * * * * * * * * * * * Cor * * * * * * * * Companheiro * * * * Moradores * * * * Estudo * * * * * * * * * * * * * * * * Emprego * * * * Urbrur * * * * População * * * * Mortalidade * * * * Fecundidade * * * * Formado * * * * Desempregados * * * * Informal * * * * Regic * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Gini * * * * Gini * * * * Intercepto * * * * Fonte: elaboração própria a partir de dados do Censo Demográfico 2010, Estatísticas do Registro Civil 2010 e REGIC 2007 (IBGE, 2010; 2007) Nota: * variável significativa a 1% de significância ** variável significativa a 5% de significância *** variável significativa a 10% de significância

16 As variáveis municipais revelam-se com forte capacidade explicativa e apresentam tendências mais bem definidas do que no modelo MQO. Mostramse negativamente relacionadas com renda: população municipal, taxa de mortalidade, de fecundidade, de desemprego e de trabalhadores no setor informal. Como nos demais modelos, o percentual de formados no município revela-se positivamente correlacionado com renda. A classificação do REGIC, com coeficientes negativos para os níveis de centralidade apresentados, reflete que metrópoles têm maior nível de renda independentemente do decil, dentre os tratados. Novamente, o índice de Gini traz uma tendência quadrática. Como ocorrido para as estimações via MQO, há predominante queda nos coeficientes das variáveis domiciliares nos modelos com regressores locacionais, com alteração de padrões relativos às mesmas. A análise de variância (ANOVA) consistiu na primeira estimação por modelagem hierárquica. Os resultados reportam que, para os domicílios brasileiros como um todo, aproximadamente 35% da variância é explicada pelas diferenças intermunicipais, dado pelo Índice de Correlação Intraclasse (ICC). Para o grupo dos domicílios 20% mais pobres, 25% da variância é explicada pela variabilidade das características locacionais. Essa proporção é de 6,1% para os de renda mediana e de 17,3% para os 20% mais ricos. Tabela 7 - Análise de variância Estimativas Base completa 20% mais pobres Renda mediana 20% mais ricos Valor EP Valor EP Valor EP Valor EP Variância Intermunicipal Intramunicipal ICC Constante Fonte: elaboração própria Essas estimativas retornam que as características locacionais têm maior participação na determinação da renda domiciliar per capita dos 20% mais pobres e dos 20% mais ricos do que dos domicílios com renda próxima à mediana. Ademais, verifica-se que a participação da variância intermunicipal é reduzida para subamostras, ou seja, há uma diminuição do ICC. Tal resultado sugere que o recorte por faixas de renda capta parcialmente a variabilidade locacional, reforçando a importância da relação renda e características locacionais.

17 A tabela 8 compreende os modelos hierárquicos com regressores em dois níveis, o de menor agregação, domiciliar, e o de maior agregação, municipal. Primeiramente, observa-se que domicílios com chefe do sexo feminino têm, em média menor renda per capita. Dentre os 20% mais pobres, porém, esses tendem a ter maior renda. Faz-se bem delineada a relação renda e idade, estritamente positiva para os grupos formados. A diferença do rendimento per capita médio dos domicílios chefiados por maiores de 60 anos para os demais é significativamente elevado, especialmente para os 20% mais pobres. A variável cor apresenta comportamento semelhante ao verificado nos outros modelos e têm menor renda per capita domicílios com chefes negros ou pardos, principalmente dentre os 20% mais ricos. As estimativas reportam que domicílios cujo chefe vive em companhia de cônjuge ou algum companheiro têm, em média, renda per capita mais elevada. Esse padrão é forte para os domicílios mais pobres e mais ameno para os mais ricos. No entanto, para os com renda próximo à mediana, essa relação se inverte, como mostrado pelo coeficiente positivo da variável. Quanto ao número de moradores, confirma-se a relação negativa com renda. Os anos de estudo do chefe de domicílio, por sua vez, afetam significativa e positivamente a renda e de maneira mais intensa para os extremos. Como esperado, domicílios com chefes desempregados apresentam renda menor do que os demais. Tal redução é mais severa, em termos relativos, para os domicílios mais pobres. Dentre os domicílios com renda abaixo do segundo decil, têm renda notoriamente menor aqueles que se encontram em zonas rurais. O mesmo ocorre, com menor intensidade, para os com renda mediana. Porém, para os domicílios com renda acima do oitavo decil, existe relação positiva entre zona rural e renda. No tocante às variáveis locacionais, observa-se, em primeiro lugar, que população municipal e renda domiciliar per capita correlacionam-se positivamente, segundo os modelos hierárquicos. Municípios com maiores taxas de mortalidade, fecundidade, formados, desempregados e trabalhadores no setor informal concentram, devido a tendências municipais interrelacionadas, domicílios com renda per capita mais elevada para todas as subamostras analisadas. Tal correlação faz-se especialmente intensa para os domicílios 20% mais pobres e 20% mais ricos. Da mesma forma, faz-se patente a relação positiva entre renda e desigualdade para domicílios com renda per capita pertencente aos extremos da distribuição.

18 Tabela 8 - Modelos hierárquicos Variável Base completa 20% mais pobres Renda mediana 20% mais ricos Sexo * * * * Faixa Etária * * * * * * * * * * * * * * * * Cor * * * * * * * * Companheiro * * * * Moradores * * * * Estudo * * * * * * * * * * * * * * * * Emprego * * * * Urbrur * * * * Constante * * * * População * * * Mortalidade * * * Fecundidade * * * Formado * * * Desempregados * 0.07 * * Informal * * * Regic * * * * ** * * * ** ** * * * * * * * * * * Gini * * * Gini * * * Intercepto * * * Fonte: elaboração própria Nota: * variável significativa a 1% de significância ** variável significativa a 5% de significância *** variável significativa a 10% de significância

19 Quanto ao nível de centralidade, os resultados sugerem que, de modo geral, domicílios pertencentes a regiões metropolitanas tendem a ter rendimento domiciliar per capita menor. Porém, essa relação não se desenvolve de maneira progressiva segundo o grau de centralidade do municípios. Desse modo, verifica-se que as características locacionais apresentam grande poder explicativo sobre a renda domiciliar per capita, principalmente se considerados os domicílios 20% mais pobres. V) Conclusão Este trabalho realiza um estudo da pobreza relativa domiciliar nos municípios brasileiros para diferentes contextos sócio-econômicos, visando o entendimento do papel das dissimilaridades locacionais sobre a pobreza. Os resultados traçam perfis bem delineados para a pobreza no tocante às características domiciliares. Para as características locacionais, no entanto, tendências em relação à renda domiciliar per capita diferenciam-se por vezes entre os métodos aplicados. Desse modo, justifica-se o uso de diferentes metodologias, evitando conclusões passíveis de erro quando reportadas por uma estimação específica. Ademais, dos modelos resultantes, é possível diferenciar padrões relativos à renda domiciliar, de maneira ampla, de padrões relativos à pobreza. Primeiramente, observa-se que domicílios cujo chefe é do sexo feminino, correspondente a apenas 38,7% do total, têm, em média, menor renda per capita. A diferença da renda domiciliar per capita de domicílios com chefe do sexo masculino para domicílios com chefe do sexo feminino é maior para níveis de renda mais altos. Quanto à idade, verifica-se que domicílios chefiados por pessoas mais velhas têm maior renda per capita, especialmente se esses tiverem mais de 60 anos. A análise da variável cor reporta que há concentração significativamente maior de chefes negros ou pardos dentre os mais pobres do que para os demais grupos. As estimações reforçam que, de modo geral, domicílios com chefes negros ou pardos apresentam menor renda per capita, inclusive entre os 20% mais pobres. Essa diferença, porém, faz-se maior para os mais ricos. Predominantemente, os domicílios têm chefes que vivem com um cônjuge ou companheiro, sendo esses representativos de 66% do total. Para os mais pobres, a presença de um companheiro faz-se mais importante na renda domiciliar per capita do que outros fatores de grande relevância, como cor ou sexo do chefe. Para as demais faixas de renda, essa variável não é tão correlacionada com renda. Por outro lado, a relação entre número de moradores do domicílio e renda per capita é bem definida, sendo negativa para

20 todas as faixas de renda. Os resultados reportaram que, dentre as variáveis de maior correlação com renda, estão as categorias de anos de estudo do chefe. Predominantemente, os chefes dos domicílios 20% mais pobres têm menos de 7 anos de estudo, enquanto que os chefes dos 20% mais ricos têm 11 ou mais anos de estudo. A relação entre escolaridade e renda é crescente para toda a amostra, sendo mais forte para os extremos de renda. A situação empregatícia do chefe mostrou-se a variável mais importante em relação à renda dos 20% mais pobres, sendo também de grande relevância para os demais. Como esperado, domicílios cujo chefe encontra-se desempregado têm renda menor do que aqueles com chefe empregado. Por último, observa-se que, em média, domicílios que se encontram em zonas rurais têm menor renda domiciliar per capita do que os que se encontram em áreas urbanas. Essa relação é mais forte para os mais pobres. Dessa forma, conclui-se que estão mais sujeitos a privações domicílios com chefes do sexo feminino, mais jovens, de cor negra ou parda, sem acompanhantes ou cônjuges, com menor escolaridade ou desempregados. Assim como domicílios com maior número de moradores ou localizados em áreas rurais. Por sua vez, a relação entre renda e características locacionais mostrase interessantemente relevante, com aproximadamente 35% da variância da renda domiciliar per capita explicada pelas diferenças intermunicipais. No tocante aos subgrupos, observa-se, primeiramente, que a divisão por faixas de renda capta parcela da relação renda e diferenças locacionais, indicando correlação entre ambas. Posteriormente, tem-se que as variáveis locacionais são fortemente explicativas da renda dos 20% mais pobres e dos 20% mais ricos. O mesmo não ocorre para domicílios com renda mediana, devido, dentre outros fatores, à baixa variabilidade da renda domiciliar per capita desse grupo em relação aos outros. Quando da análise das características locacionais, a correlação direta entre fatores locacionais e renda domiciliar per capita é amplamente informativa para aqueles analisados a seguir. Em primeiro lugar, verifica-se que o percentual de moradores acima de 24 anos do município com ensino superior é altamente correlacionado com renda, indicando que localidades com alto potencial de formação e atração de capital humano tendem a ter maior nível de renda. Interessantemente, essa relação faz-se extremamente forte não somente para os domicílios mais ricos, como também para os domicílios mais pobres. Observa-se que, predominantemente, domicílios localizados em municípios com alta taxa de mortalidade, fecundidade, desemprego e, em especial, de trabalhadores informais apresentam menor renda per capita do que

21 os demais. Em relação à classificação REGIC, os resultados apontam que, dentre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos, tendem a apresentar maior rendimento per capita domicílios localizados em municípios com menor grau de centralidade, à exceção dos domicílios localizados em grandes metrópoles nacionais, cujos rendimentos mostram-se maiores resultado esperado devido ao elevado custo de vida dessas localidades. Por fim, faz-se bem delineada a relação entre renda e desigualdade, refletida pelo índice de Gini, que revela que domicílios pobres e ricos tendem a se concentrar e a apresentar maior renda em municípios com maior grau de desigualdade. Dessa forma, buscou-se delinear perfis e tendências associadas à pobreza relativa em nível domiciliar e locacional no Brasil para o ano de Importante ressaltar que essa constituiu uma análise conservadora em termos quantitativos e analíticos, sendo, portanto, possível extrapolar as conclusões deste em trabalhos posteriores. A relevância das diferenças locacionais na determinação do nível de renda, em especial, dos relativamente mais pobres, recrudesce a importância da ponderação das dissimilaridades regionais no delineamento de políticas de combate à pobreza e desenvolvimento sócioeconômico.

22 REFERÊNCIAS BARROS, R.; FOX; L.; MENDONÇA, R. Female-headed households, poverty, and the welfare of children in urban Brazil. Economic Development and Cultural Change, p , CODES, A. A Trajetória do Pensamento Científico sobre Pobreza: Em Direção a uma Visão Complexa. Rio de Janeiro: Ipea, 2008 (Texto para Discussão, n. 1332). FERREIRA, F.; LEITE, P.; LITCHFIELD, J. The rise and fall of Brazilian inequality: Washington, DC: World Bank, 2006 (World Bank Policy Research Working Paper, 3867). HOX, J. Applied Multilevel Analysis. Amsterdam: TT-Publikaties, HOX, J. Multilevel modeling: when and why. In: BALDERJAHN, I.; MATHAR, M.; SCHADER, M. (Eds). Classification, data analysis, and data highways. Nova Iorque: Springer Verlag, p IBGE. Censo Demográfico Rio de Janeiro: IBGE, IBGE. Estatísticas do Registro Civil Rio de Janeiro: IBGE, IBGE. Regiões de Influência das Cidades Rio de Janeiro: IBGE, OSORIO, R. O Sistema classificatório de cor ou raça do IBGE. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, (Texto para Discussão, 996). ROCHA, S. Pobreza no Brasil: afinal de que se trata?. Rio de Janeiro: FGV, BRASÍLIA. Governo Federal. Secretaria de Assuntos Estratégicos. Comissão para Definição da Classe Média Disponível em: < TIAN, M.; CHEN, G. Hierarchical linear regression models for conditional quantiles. Science in China: Series A Mathematics, v. 49, n. 12, p , 2006.

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer 2 Saúde reprodutiva: gravidez, assistência pré-natal, parto e baixo peso ao nascer SAÚDE BRASIL 2004 UMA ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE INTRODUÇÃO No Brasil, as questões relativas à saúde reprodutiva têm

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

ipea A ESCOLARIDADE DOS PAIS E OS RETORNOS À EDUCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO 1 INTRODUÇÃO 2 DADOS

ipea A ESCOLARIDADE DOS PAIS E OS RETORNOS À EDUCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO 1 INTRODUÇÃO 2 DADOS A ESCOLARIDADE DOS PAIS E OS RETORNOS À EDUCAÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO Lauro Ramos* Maurício Cortez Reis** 1 INTRODUÇÃO O conjunto de evidências empíricas apresentadas por Ferreira e Veloso (23) mostra

Leia mais

Taxa de analfabetismo

Taxa de analfabetismo B Taxa de analfabetismo B.1................................ 92 Níveis de escolaridade B.2................................ 94 Produto Interno Bruto (PIB) per capita B.3....................... 96 Razão de

Leia mais

RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ - 2010 *

RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ - 2010 * RESULTADOS DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE SOCIAL DO PARANÁ - 2010 * Os resultados aqui apresentados foram extraídos do Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros, elaborado pelo Instituto

Leia mais

Analfabetismo no Brasil

Analfabetismo no Brasil Analfabetismo no Brasil Ricardo Paes de Barros (IPEA) Mirela de Carvalho (IETS) Samuel Franco (IETS) Parte 1: Magnitude e evolução do analfabetismo no Brasil Magnitude Segundo estimativas obtidas com base

Leia mais

TEMAS SOCIAIS O UTUBRO DE 2000 CONJUNTURA ECONÔMICA 28

TEMAS SOCIAIS O UTUBRO DE 2000 CONJUNTURA ECONÔMICA 28 O UTUBRO DE 2000 CONJUNTURA ECONÔMICA 28 TEMAS SOCIAIS Diferentes histórias, diferentes cidades A evolução social brasileira entre 1996 e 1999 não comporta apenas uma mas muitas histórias. O enredo de

Leia mais

2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS 2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS Neste capítulo se pretende avaliar os movimentos demográficos no município de Ijuí, ao longo do tempo. Os dados que fomentam a análise são dos censos demográficos, no período 1920-2000,

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

PESQUISA SOBRE PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR SUMÁRIO EXECUTIVO

PESQUISA SOBRE PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR SUMÁRIO EXECUTIVO PESQUISA SOBRE PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR SUMÁRIO EXECUTIVO Visando subsidiar a formulação de políticas e estratégias de ação que promovam, a médio e longo prazos, a redução das desigualdades

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Cabo Verde, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 368,15 km² IDHM 2010 0,674 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 13823 hab. Densidade

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Guaranésia, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 294,28 km² IDHM 2010 0,701 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 18714 hab. Densidade

Leia mais

5 A Usabilidade das Estatísticas Públicas

5 A Usabilidade das Estatísticas Públicas 5 A Usabilidade das Estatísticas Públicas O capitulo anterior descreveu as facilidades de acesso às informações estatíticas e este capítulo descreve, exemplifica e mostra a usabilidade destas informações

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL EM 1999 1. Palavras-chaves: desigualdade, pobreza, equações de rendimento, distribuição de renda.

DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL EM 1999 1. Palavras-chaves: desigualdade, pobreza, equações de rendimento, distribuição de renda. DISTRIBUIÇÃO DA RENDA NO BRASIL EM 1999 1 Rodolfo Hoffmann 2 RESUMO Este trabalho analisa a distribuição da renda no Brasil e em seis regiões do país, utilizando os dados da PNAD de 1999. É examinada a

Leia mais

Rio Grande do Sul. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio Grande do Sul (1991, 2000 e 2010)

Rio Grande do Sul. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio Grande do Sul (1991, 2000 e 2010) Rio Grande do Sul Em 21, no estado do Rio Grande do Sul (RS), moravam 1,7 milhões de pessoas, onde parcela importante (9,3%, 989,9 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 496 municípios,

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Peruíbe, SP 30/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 323,17 km² IDHM 2010 0,749 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 59773 hab. Densidade

Leia mais

Brasil. Valores de IDH e mudanças de classificação no Relatório de Desenvolvimento Humano 2011

Brasil. Valores de IDH e mudanças de classificação no Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 Relatório de Desenvolvimento Humano 2011 Sustentabilidade e igualdade: Um futuro melhor para todos Nota explicativa sobre os índices compostos do IDH 2011 Brasil Valores de IDH e mudanças de classificação

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Novo Mundo, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 5826,18 km² IDHM 2010 0,674 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 7332 hab. Densidade

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Vera, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 2962,4 km² IDHM 2010 0,680 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 10235 hab. Densidade demográfica

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Observatório Pedagógico Desigualdade Económica em Portugal Carlos Farinha Rodrigues ISEG / Universidade Técnica de Lisboa Um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos 18 de Outubro de 2012 2 Objectivos:

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Porto Alegre do Norte, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 3994,51 km² IDHM 2010 0,673 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 10748 hab.

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de São José do Rio Claro, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 5074,56 km² IDHM 2010 0,682 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 17124 hab.

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego - PME Pesquisa Mensal de Emprego - PME Dia Internacional da Mulher 08 de março de 2012 M U L H E R N O M E R C A D O D E T R A B A L H O: P E R G U N T A S E R E S P O S T A S A Pesquisa Mensal de Emprego PME,

Leia mais

A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS

A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS OS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS NOVEMBRO DE 2013 A INSERÇÃO DOS NEGROS NOS MERCADOS DE TRABALHO METROPOLITANOS A sociedade brasileira comemora, no próximo dia 20 de novembro, o Dia da

Leia mais

Pobreza e Prosperidade. Metropolitanas Brasileiras: Balanço e Identificação de Prioridades. Compartilhada nas Regiões

Pobreza e Prosperidade. Metropolitanas Brasileiras: Balanço e Identificação de Prioridades. Compartilhada nas Regiões Pobreza e Prosperidade Compartilhada nas Regiões Metropolitanas Brasileiras: Balanço e Identificação de Prioridades Aude-Sophie Rodella Grupo Sectorial da Pobreza Brasilia, June 2015 No Brasil, a pobreza

Leia mais

Estudo Estratégico n o 5. Desenvolvimento socioeconômico na metrópole e no interior do Rio de Janeiro Adriana Fontes Valéria Pero Camila Ferraz

Estudo Estratégico n o 5. Desenvolvimento socioeconômico na metrópole e no interior do Rio de Janeiro Adriana Fontes Valéria Pero Camila Ferraz Estudo Estratégico n o 5 Desenvolvimento socioeconômico na metrópole e no interior do Rio de Janeiro Adriana Fontes Valéria Pero Camila Ferraz PANORAMA GERAL ERJ é o estado mais urbano e metropolitano

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego

Pesquisa Mensal de Emprego Pesquisa Mensal de Emprego EVOLUÇÃO DO EMPREGO COM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA 2003-2012 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 2 Pesquisa Mensal de Emprego - PME I - Introdução A Pesquisa

Leia mais

PERFIL DOS TRABALHADORES NA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DA BAHIA

PERFIL DOS TRABALHADORES NA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DA BAHIA PERFIL DOS TRABALHADORES NA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DA BAHIA SETEMBRO /2012 ÍNDICE INTRODUÇÃO 3 1. Dimensão e características da ocupação no setor da construção civil no Brasil e na Bahia (2000 e 2010)...

Leia mais

Análise descritiva das informações referentes a aluno, diretor e escola. Modelos de Regressão Multinivel:(dois níveis hierárquicos) Aluno Escola

Análise descritiva das informações referentes a aluno, diretor e escola. Modelos de Regressão Multinivel:(dois níveis hierárquicos) Aluno Escola Avaliação do Projeto Arte na Escola Resultados Janeiro 2012 Objetivo Avaliar o desempenho dos alunos da 8ª série nas provas de matemática e língua portuguesa das escolas públicas nas quais o professor

Leia mais

Manutenção das desigualdades nas condições de inserção

Manutenção das desigualdades nas condições de inserção A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE MARÇO 2014 Manutenção das desigualdades nas condições de inserção De maneira geral, as mulheres enfrentam grandes dificuldades

Leia mais

1. OUTROS INDICADORES DEMOGRÁFICOS E DE SAÚDE

1. OUTROS INDICADORES DEMOGRÁFICOS E DE SAÚDE 1. OUTROS INDICADORES DEMOGRÁFICOS E DE SAÚDE INDICADORES DE DESNUTRIÇÃO Peso e altura são duas das principais características antropométricas sensíveis às condições de vida e nutrição de crianças e adolescentes

Leia mais

Rio de Janeiro. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio de Janeiro (1991, 2000 e 2010)

Rio de Janeiro. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio de Janeiro (1991, 2000 e 2010) Rio de Janeiro Em, no estado do Rio de Janeiro (RJ), moravam 16 milhões de pessoas, onde 8,9% (1,4 milhões) tinham 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 92 municípios, dos quais sete (7,6%)

Leia mais

A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI

A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI Roland Anton Zottele 1, Friedhilde M. K. Manulescu 2 1, 2 Faculdade de Ciências

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Santos, SP 30/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 281,35 km² IDHM 2010 0,840 Faixa do IDHM Muito Alto (IDHM entre 0,8 e 1) (Censo 2010) 419400 hab. Densidade

Leia mais

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo

Sumário Executivo. Amanda Reis. Luiz Augusto Carneiro Superintendente Executivo Comparativo entre o rendimento médio dos beneficiários de planos de saúde individuais e da população não coberta por planos de saúde regional e por faixa etária Amanda Reis Luiz Augusto Carneiro Superintendente

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Areado, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 282,6 km² IDHM 2010 0,727 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 13731 hab. Densidade demográfica

Leia mais

Relatório Estadual de Acompanhamento - 2008. Relatório Estadual de Acompanhamento 2008 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Relatório Estadual de Acompanhamento - 2008. Relatório Estadual de Acompanhamento 2008 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Relatório Estadual de Acompanhamento 2008 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 1- Erradicar a extrema pobreza e a fome Meta 1: Reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população com renda

Leia mais

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL Ricardo Paes de Barros Mirela de Carvalho Samuel Franco 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta nota é apresentar uma avaliação

Leia mais

Santa Catarina. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Santa Catarina (1991, 2000 e 2010)

Santa Catarina. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Santa Catarina (1991, 2000 e 2010) Santa Catarina Em 21, no estado de Santa Catarina (SC), moravam 6,3 milhões de pessoas, onde parcela relevante (6,9%, 43,7 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 293 municípios,

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Mercado de trabalho. Campos Gerais. Análise setorial do mercado de trabalho. Paraná.

PALAVRAS-CHAVE Mercado de trabalho. Campos Gerais. Análise setorial do mercado de trabalho. Paraná. 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE (x ) TRABALHO (

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Botelhos, MG 29/07/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 335,24 km² IDHM 2010 0,702 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 14920 hab. Densidade

Leia mais

Análise Exploratória de Dados

Análise Exploratória de Dados Análise Exploratória de Dados Profª Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva email: alcione.miranda@gmail.com Introdução O primeiro passo

Leia mais

Nº 19 Novembro de 2011. A Evolução da Desigualdade de Renda entre os anos de 2000 e 2010 no Ceará e Estados Brasileiros Quais foram os avanços?

Nº 19 Novembro de 2011. A Evolução da Desigualdade de Renda entre os anos de 2000 e 2010 no Ceará e Estados Brasileiros Quais foram os avanços? Nº 19 Novembro de 2011 A Evolução da Desigualdade de Renda entre os anos de 2000 e 2010 no Ceará e Estados Brasileiros Quais foram os avanços? GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Cid Ferreira Gomes Governador Domingos

Leia mais

VOLUME 3. Projeção Demográfica; Projeção de Matrículas, Taxas de Atendimento e Taxas de Transição; Indicadores do Censo Escolar.

VOLUME 3. Projeção Demográfica; Projeção de Matrículas, Taxas de Atendimento e Taxas de Transição; Indicadores do Censo Escolar. VOLUME 3 Projeção Demográfica; Projeção de Matrículas, Taxas de Atendimento e Taxas de Transição; Indicadores do Censo Escolar. 69 PARTE I PROJEÇÃO DEMOGRÁFICA 70 1 Introdução A atualização de projeções

Leia mais

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011. Nota MDS Brasília, 02 de maio de 2011. Assunto: O perfil da Extrema Pobreza no Brasil com base nos dados preliminares do universo do Censo 2010. 1. INTRODUÇÃO O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Leia mais

Relatório Metodológico da Tipologia dos Colegiados de Gestão Regional CGR. O presente relatório tem por objetivo apresentar uma tipologia dos CGR

Relatório Metodológico da Tipologia dos Colegiados de Gestão Regional CGR. O presente relatório tem por objetivo apresentar uma tipologia dos CGR Relatório Metodológico da Tipologia dos Colegiados de Gestão Regional CGR Apresentação O presente relatório tem por objetivo apresentar uma tipologia dos CGR Colegiados de Gestão Regional do Brasil segundo

Leia mais

Paraná. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Paraná (1991, 2000 e 2010)

Paraná. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Paraná (1991, 2000 e 2010) Paraná Em, no estado do Paraná (PR), moravam 1,4 milhões de pessoas, onde uma parcela considerável (7,5%, 786,6 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 399 municípios, dos quais 23

Leia mais

Figura 2 Pirâmide etária em percentual - Goiás, 2013.

Figura 2 Pirâmide etária em percentual - Goiás, 2013. PNAD 2013: Uma análise para o Estado de A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013, realizada anualmente pelo Instituto eiro de Geografia e Estatística (IBGE), é dividida em duas partes,

Leia mais

PED-RMPA INFORME ESPECIAL IDOSOS

PED-RMPA INFORME ESPECIAL IDOSOS A POPULAÇÃO IDOSA NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE SETEMBRO - 2008 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE PED-RMPA INFORME ESPECIAL IDOSOS

Leia mais

O QUE ESTÃO FAZENDO OS JOVENS QUE NÃO ESTUDAM, NÃO TRABALHAM E NÃO PROCURAM TRABALHO?

O QUE ESTÃO FAZENDO OS JOVENS QUE NÃO ESTUDAM, NÃO TRABALHAM E NÃO PROCURAM TRABALHO? O QUE ESTÃO FAZENDO OS JOVENS QUE NÃO ESTUDAM, NÃO TRABALHAM E NÃO PROCURAM TRABALHO? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** 1 INTRODUÇÃO As fases da vida são marcadas tanto por eventos biológicos, como

Leia mais

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sistema de pesquisas domiciliares existe no Brasil desde 1967, com a criação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD; Trata-se de um sistema de pesquisas

Leia mais

RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE NOTA CONJUNTURAL JANEIRO DE 2014 Nº28

RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE NOTA CONJUNTURAL JANEIRO DE 2014 Nº28 RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE NOTA CONJUNTURAL JANEIRO DE 2014 Nº28 no Estado do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL JANEIRO DE 2014 Nº28 PANORAMA GERAL Na última década, o Brasil passou por profundas mudanças

Leia mais

INCT Observatório das Metrópoles

INCT Observatório das Metrópoles INCT Observatório das Metrópoles INDICADORES SOCIAIS PARA AS REGIÕES METROPOLITANAS BRASILEIRAS: EXPLORANDO DADOS DE 2001 A 2009 Apresentação Equipe Responsável Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro Marcelo Gomes

Leia mais

MOBILIDADE DOS EMPREENDEDORES E VARIAÇÕES NOS RENDIMENTOS

MOBILIDADE DOS EMPREENDEDORES E VARIAÇÕES NOS RENDIMENTOS MOBILIDADE DOS EMPREENDEDORES NOTA CONJUNTURAL ABRIL DE 2014 Nº31 E VARIAÇÕES NOS RENDIMENTOS NOTA CONJUNTURAL ABRIL DE 2014 Nº31 PANORAMA GERAL Os movimentos de transição da população ocupada entre as

Leia mais

Melhora nos indicadores da presença feminina no mercado de trabalho não elimina desigualdades

Melhora nos indicadores da presença feminina no mercado de trabalho não elimina desigualdades A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO DE PORTO ALEGRE NOS ANOS 2000 Boletim Especial: Dia Internacional das Mulheres MARÇO/2010 Melhora nos indicadores da presença feminina no mercado de trabalho

Leia mais

Notas sobre o IDH/PNUD 2010

Notas sobre o IDH/PNUD 2010 Notas sobre o IDH/PNUD 2010 Rogério Vianna, agosto de 2013 O PNUD vem de publicar o IDH 2010 dos municípios e estados brasileiros (http://www.atlasbrasil.org.br/2013). Conquanto nem sempre se possa encontrar

Leia mais

CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO

CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO CAUSAS DE MORTE NO ESTADO DE SÃO PAULO Morrem mais brancos por causa naturais e negros por motivos externos. A s estatísticas de morbidade e mortalidade têm sido utilizadas por epidemiologistas, demógrafos

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Alto Boa Vista, MT 01/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 2248,35 km² IDHM 2010 0,651 Faixa do IDHM Médio (IDHM entre 0,6 e 0,699) (Censo 2010) 5247 hab. Densidade

Leia mais

2.1 DINÂMICA POPULACIONAL

2.1 DINÂMICA POPULACIONAL DIMENSÃO SOCIAL . DINÂMICA POPULACIONAL Esta seção tem como objetivo expor a evolução e distribuição da população no território paranaense, apontando, em particular, a concentração que se realiza em determinadas

Leia mais

http://www.de.ufpb.br/~luiz/

http://www.de.ufpb.br/~luiz/ UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA MEDIDAS DESCRITIVAS Departamento de Estatística Luiz Medeiros http://www.de.ufpb.br/~luiz/ Vimos que é possível sintetizar os dados sob a forma de distribuições de frequências

Leia mais

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007 O EMPREGO DOMÉSTICO Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Abril 2007 Perfil de um emprego que responde por 17,7% do total da ocupação feminina e tem 95,9% de seus postos de trabalho

Leia mais

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução GERAÇÃO DE VIAGENS 1.Introdução Etapa de geração de viagens do processo de planejamento dos transportes está relacionada com a previsão dos tipos de viagens de pessoas ou veículos. Geralmente em zonas

Leia mais

São Paulo. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de São Paulo (1991, 2000 e 2010)

São Paulo. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de São Paulo (1991, 2000 e 2010) São Paulo Em 21, no estado de São Paulo (SP), moravam 41,3 milhões de pessoas, onde uma parcela considerável (7,8%, 3,2 milhões) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 645 municípios,

Leia mais

A DEMANDA POR SAÚDE PÚBLICA EM GOIÁS

A DEMANDA POR SAÚDE PÚBLICA EM GOIÁS Título: A DEMANDA POR SAÚDE PÚBLICA EM GOIÁS Projeto de pesquisa: ANÁLISE REGIONAL DA OFERTA E DA DEMANDA POR SERVIÇOS DE SAÚDE NOS MUNICÍPIOS GOIANOS: GESTÃO E EFICIÊNCIA 35434 Autores: Sandro Eduardo

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Indicadores sócio-econômicos. Campos Gerais. Paraná.

PALAVRAS-CHAVE Indicadores sócio-econômicos. Campos Gerais. Paraná. 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( x ) TRABALHO

Leia mais

Caracterização do território

Caracterização do território Perfil do Município de Sorriso, MT 02/08/2013 - Pág 1 de 14 Caracterização do território Área 9382,37 km² IDHM 2010 0,744 Faixa do IDHM Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) (Censo 2010) 66521 hab. Densidade

Leia mais

Avaliação Econômica. Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil

Avaliação Econômica. Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil Avaliação Econômica Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil Objetivo da avaliação: identificar o impacto do desempenho dos brasileiros na Educação Básica em sua renda futura. Dimensões

Leia mais

Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década

Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década 1 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO PROFESSOR BAHIA TEXTO DE CULTURA GERAL FONTE: UOL COTIDIANO 24/09/2008 Expectativa de vida do brasileiro cresce mais de três anos na última década Fabiana Uchinaka Do UOL Notícias

Leia mais

ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MÉDICA: UM ESTUDO NA CIDADE DE JOÃO PESSOA/PB.

ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MÉDICA: UM ESTUDO NA CIDADE DE JOÃO PESSOA/PB. ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO MÉDICA: UM ESTUDO Introdução NA CIDADE DE JOÃO PESSOA/PB. MsC. Elídio Vanzella Professor da Estácio e Ensine Faculdades Email: evanzella@yahoo.com.br O crescimento da população

Leia mais

É uma medida de desigualdade, mas comumente utilizada para calcular a desigualdade na distribuição de renda. É um número entre 0 e 1.

É uma medida de desigualdade, mas comumente utilizada para calcular a desigualdade na distribuição de renda. É um número entre 0 e 1. COEFICIENTE GINI É uma medida de desigualdade, mas comumente utilizada para calcular a desigualdade na distribuição de renda. É um número entre 0 e 1. 0 = completa igualdade 1= completa desigualdade. Desigualdade

Leia mais

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CNPq/FAPERJ/CAPES ---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO COORDENAÇÃO LUIZ CÉSAR DE QUEIROZ RIBEIRO EQUIPE RESPONSÁVEL ANDRÉ RICARDO SALATA LYGIA GONÇALVES

Leia mais

Índice Sintético de Desenvolvimento Regional 2009

Índice Sintético de Desenvolvimento Regional 2009 Índice Sintético de Desenvolvimento Regional 2009 10 de abril de 2012 Os resultados do índice global de desenvolvimento regional para 2009 evidenciam que quatro sub-regiões se situavam acima da média nacional:

Leia mais

Sobre a queda recente na desigualdade de renda no Brasil

Sobre a queda recente na desigualdade de renda no Brasil Sobre a queda recente na desigualdade de renda no Brasil Ricardo Paes de Barros (IPEA) Mirela de Carvalho (IPEA) Samuel Franco (IPEA) Rosane Mendonça (UFF) Brasília, agosto de 2006 Entre 2001 e 2004 a

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Pesquisa Mensal de Emprego PME Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Algumas das principais

Leia mais

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Observatório Pedagógico Desigualdade Económica em Portugal Carlos Farinha Rodrigues ISEG / Universidade Técnica de Lisboa AULA ABERTA - ECONOMIA INTERNACIONAL 28/11/2012 28 de Novembro de 2012 2 Objectivos:

Leia mais

V Pedreiros e Vendedores. 1 Introdução

V Pedreiros e Vendedores. 1 Introdução V Pedreiros e Vendedores 1 Introdução No contexto da análise dos trabalhadores por conta própria, tendo em vista a destacada participação nos grupamentos de atividades da construção (17,4%) e do comércio

Leia mais

PED ABC Novembro 2015

PED ABC Novembro 2015 PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO DO ABC 1 Novembro 2015 OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO DO ABC Diferenciais de inserção de negros e não negros no mercado de trabalho em 2013-2014 Dia

Leia mais

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010 Juliana Paula Ramos 1, Maria das Graças de Lima 2 RESUMO:

Leia mais

DESIGUALDADE DE RENDA E CLASSES SOCIAIS

DESIGUALDADE DE RENDA E CLASSES SOCIAIS GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO SEP INSTITUTO JONES DOS SANTOS NEVES IJSN N O TA T É C N I C A 17 DESIGUALDADE DE RENDA E CLASSES SOCIAIS Economia do

Leia mais

O retrato do comportamento sexual do brasileiro

O retrato do comportamento sexual do brasileiro O retrato do comportamento sexual do brasileiro O Ministério da Saúde acaba de concluir a maior pesquisa já realizada sobre comportamento sexual do brasileiro. Entre os meses de setembro e novembro de

Leia mais

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53

BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 CAPÍTULO6 BOLSA FAMÍLIA Relatório-SÍNTESE. 53 Aspectos de gênero O Programa Bolsa Família privilegia como titulares as mulheres-mães (ou provedoras de cuidados), público que aflui às políticas de assistência

Leia mais

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SOCIAIS E ECONÔMICOS DO NORDESTE Verônica Maria Miranda Brasileiro Consultora Legislativa da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento

Leia mais

ÍNDICE PAULISTA DE VULNERABILIDADE SOCIAL

ÍNDICE PAULISTA DE VULNERABILIDADE SOCIAL ÍNDICE PAULISTA DE VULNERABILIDADE SOCIAL O Estado de São Paulo, especialmente nos grandes centros urbanos, apresenta enormes desigualdades sociais, com áreas de alto padrão de qualidade de vida e outras

Leia mais

Diretoria de Pesquisas. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. crianças, adolescentes e adultos no Brasil

Diretoria de Pesquisas. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. crianças, adolescentes e adultos no Brasil Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento Gerência da Pesquisa de Orçamentos Familiares Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes

Leia mais

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil

Número 24. Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no Brasil Número 24 Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no 29 de julho de 2009 COMUNICADO DA PRESIDÊNCIA Carga horária de trabalho: evolução e principais mudanças no 2 1. Apresentação Este

Leia mais

ESTUDO TEMÁTICO SOBRE O PERFIL DOS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA CAPACITAÇÃO OCUPACIONAL NO MUNICÍPIO DE OSASCO

ESTUDO TEMÁTICO SOBRE O PERFIL DOS BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA CAPACITAÇÃO OCUPACIONAL NO MUNICÍPIO DE OSASCO PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE OSASCO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO, TRABALHO E INCLUSÃO (SDTI) DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE) PROGRAMA OSASCO DIGITAL OBSERVATÓRIO

Leia mais

Notas sobre famílias e desigualdade social na Região Metropolitana do Rio de Janeiro 1991*

Notas sobre famílias e desigualdade social na Região Metropolitana do Rio de Janeiro 1991* Notas sobre famílias e desigualdade social na Região Metropolitana do Rio de Janeiro 1991* Rosa Ribeiro Um dos fenômenos mais destacados nas análises da situação social do país, na década de 8, foi o do

Leia mais

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31) 2106 1750

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31) 2106 1750 BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR As crises econômicas que se sucederam no Brasil interromperam a política desenvolvimentista. Ocorre que o modelo de desenvolvimento aqui implantado (modernização conservadora

Leia mais

Ao dormir, todos somos vulneráveis. William Shakespeare NOTA TÉCNICA. Adma Figueiredo. Eloisa Domingues. Ivete Rodrigues

Ao dormir, todos somos vulneráveis. William Shakespeare NOTA TÉCNICA. Adma Figueiredo. Eloisa Domingues. Ivete Rodrigues Ao dormir, todos somos vulneráveis. William Shakespeare NOTA TÉCNICA Tipologia da Vulnerabilidade Social na Bacia Hidrográfica do São Francisco, Brasil Adma Figueiredo Geógrafa IBGE Eloisa Domingues Geógrafa

Leia mais

PORTO ALEGRE E DEMAIS CAPITAIS BRASILEIRAS

PORTO ALEGRE E DEMAIS CAPITAIS BRASILEIRAS Equipe de Vigilância de Eventos Vitais, Doenças e Agravos não Transmissíveis Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura Municipal de Porto Alegre PORTO ALEGRE

Leia mais

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 NOTAS CEMEC 01/2015 REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 Carlos A. Rocca Lauro Modesto Santos Jr. Fevereiro de 2015 1 1. Introdução No Estudo Especial CEMEC de novembro

Leia mais

População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil

População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil RELEASE 17 de JULHO de 2008. População e PIB das cidades médias crescem mais que no resto do Brasil Aumentos de riquezas e de habitantes nas cidades com 100 mil a 500 mil, neste século, superam a média

Leia mais

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014 GEOGRAFIA QUESTÃO 1 A Demografia é a ciência que estuda as características das populações humanas e exprime-se geralmente através de valores estatísticos. As características da população estudadas pela

Leia mais

Desigualdade Económica em Portugal

Desigualdade Económica em Portugal Desigualdade Económica em Portugal Principais resultados 1 A publicação anual pelo Eurostat e pelo INE de indicadores de desigualdade na distribuição pessoal do rendimento em Portugal, e a sua comparação

Leia mais

Capítulo 3. Fichas de Qualificação de Indicadores

Capítulo 3. Fichas de Qualificação de Indicadores Capítulo 3 Fichas de Qualificação de Indicadores A Demográficos População total A.1................................... 58 Razão de sexos A.2................................... 60 Taxa de crescimento da

Leia mais

Aluno(a): Nº. Professor: Anderson José Soares Série: 7º Disciplina: Geografia. Pré Universitário Uni-Anhanguera

Aluno(a): Nº. Professor: Anderson José Soares Série: 7º Disciplina: Geografia. Pré Universitário Uni-Anhanguera Pré Universitário Uni-Anhanguera Questão 01) A distribuição da população pela superfície do planeta é desigual, orientada por fatores históricos, econômicos ou naturais. No caso do Brasil, conclui-se que

Leia mais

1. Introdução. 2. Metodologia

1. Introdução. 2. Metodologia Mapeando a Mestre em Estatística Prefeitura Municipal do Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Finanças Departamento de Estudos e Pesquisas. Introdução O presente trabalho tem como objetivo

Leia mais

erradicar a pobreza extrema e a fome

erradicar a pobreza extrema e a fome objetivo 1. erradicar a pobreza extrema e a fome Para a Declaração dos Direitos Humanos toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive

Leia mais

Ano 3 Nº 37 Novembro de 2007. Escolaridade e Trabalho: desafios para a população negra nos mercados de trabalho metropolitanos

Ano 3 Nº 37 Novembro de 2007. Escolaridade e Trabalho: desafios para a população negra nos mercados de trabalho metropolitanos Ano 3 Nº 37 Novembro de 2007 Escolaridade e Trabalho: desafios para a população negra nos mercados de trabalho metropolitanos Escolaridade e Trabalho: desafios para a população negra nos mercados de trabalho

Leia mais