Nelson Rodrigues e Sábato Magaldi: Muito além de Críticas

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1 1 Nelson Rodrigues e Sábato Magaldi: Muito além de Críticas LAYS DA CRUZ CAPELOZI 1 ROSANGELA PATRIOTA RAMOS (Orientador) 2 A interpretação realizada neste trabalho será uma entre inúmeras possíveis. Tal como a obra escolhida, o esforço de inteligibilidade foi permeado pelo local onde se inscreve o discurso historiográfico, 3 explicitando, assim, tanto a particularidade do momento da escrita do texto teatral (ora transformado em objeto de estudo) como também da elaboração da sua posterior análise. [...] a significação de um texto varia conforme as competências, as convenções, os usos e os protocolos de leitura próprios a diferentes comunidades interpretativas (ABREU, 2003: 11). Assim, o presente trabalho analisa duas figuras ímpares dentro da história da moderna dramaturgia e da crítica brasileira. O primeiro é Sábato Magaldi, membro eleito da Academia Brasileira de Letras, que se destacou como um dos mais importantes críticos teatrais do país e também como professor de História do Teatro Brasileiro no curso de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes ECA-USP, além de sua experiência acadêmica na Universidade de Paris III. Em relação a Magaldi, cabe ainda recordar que é autor de obras como Panorama do Teatro Brasileiro (São Paulo: Global, 2004, 6 ed.), Moderna Dramaturgia Brasileira (São Paulo: Perspectiva, 1988), O Texto no Teatro (São Paulo: Perspectiva, 2012, 3 ed.), Depois do Espetáculo (São Paulo: Perspectiva, 2003), Teatro da Obsessão Nelson Rodrigues (São Paulo: Global, 2004), 1 Graduanda em História pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Bolsista CNPq e integrante do Núcleo de Estudos em História Social da Arte e da Cultura NEHAC. 2 Doutora em História Social pela USP. Professora (Associado 4) dos cursos de Graduação e Pósgraduação do Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia-MG. Autora do livro Vianinha: um dramaturgo no coração de seu tempo (São Paulo: Hucitec, 1999), A Crítica de um Teatro Crítico (São Paulo: Perspectiva, 2007) e Teatro Brasileiro: Ideias de uma História (São Paulo: Perspectiva, 2012, em coautoria com J. Guinsburg), além de vários artigos e capítulos de livros que versam sobre o diálogo entre História e Teatro. Coordena o Núcleo de Estudos em História Social da Arte e da Cultura (NEHAC-UFU) e é uma das editoras da Fênix (UFU, Online). 3 Cf. CERTEAU, Michel. Escritas e Histórias. In:. A Escrita da História. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 21.

2 Nelson Rodrigues Dramaturgia e Encenações (São Paulo: Perspectiva, 2010, 2 ed.), entre tantos outros. O segundo personagem é o dramaturgo Nelson Rodrigues. Natural de Recife (PE), transferiu-se ainda muito jovem, com sua família, para o Rio de Janeiro, cidade na qual viveu até a sua morte, em 1980, e local aonde seu pai, ex-deputado federal, fixara domicilio, após ser perseguido politicamente. Mário Rodrigues, como jornalista trabalhou no Correio da Manhã, de Edmundo Bittencourt, e na década de 1920 fundou seu próprio jornal A Manhã. Crescendo no meio jornalístico, Nelson logo se tornou repórter policial investigativo e isso, sem dúvida, propiciou-lhe um repertório e uma vivência que contribuíram significativamente para a singularidade de sua obra dramatúrgica. Em meio a esse contexto, a família Rodrigues sofre forte revés econômico, acrescido do sofrimento ocasionado pelo assassinato de Roberto Rodrigues, irmão de Nelson. A tragédia particular somou-se à, cada vez mais intensa, atividade jornalística que passou a conviver com as incursões no campo da ficção como, por exemplo, as crônicas Meu Destino é Pecar..., sob o pseudônimo de Suzana Flag. Nesse percurso, tem início a escrita teatral, cuja primeira peça foi A Mulher sem Pecado, que não foi nenhum grande sucesso. Porém, em nova tentativa, escreve Vestido de Noiva, que deu imensa notoriedade ao seu autor e que, sem dúvida, marcou a História do Teatro no Brasil. Esse momento fará com que os nossos dois personagens, Sábato Magaldi e Nelson Rodrigues, se encontrem, por meio do impacto causado por Vestido de Noiva e esse impacto ser visto pelo crítico Magaldi como marco inovador do Teatro Brasileiro. Ao lado disso, um dos aspectos que uniu Nelson e Sábato foi a experiência de ambos no meio jornalístico e, talvez, por esse motivo o crítico soube reconhecer como a escrita jornalística estava presente nos textos teatrais. Tal constatação não era um fator desfavorável, por mais que parecesse para os demais, porque foi desse modo que a escrita de Nelson se diferenciou das demais. Essa proximidade, entretanto, transcendeu as barreiras do profissional, e o maior exemplo foi o pedido que Nelson fez ao crítico: para organizar e escrever sobre seu 2

3 teatro. Num primeiro momento, Magaldi dividiu a obra do dramaturgo não em ordem cronológica, mas sim em temáticas, a saber: Peças Psicológicas, Peças Míticas e Tragédias Cariocas. Por sua vez, Nelson aprovou o agrupamento e solicitou a Magaldi que escrevesse cerca de trinta (30) páginas para cada volume. Com a morte do dramaturgo, Magaldi pensou em desistir do projeto com medo da limitação dos prefácios pedidos. Todavia, uma organização e mesmo uma análise mais profunda do teatro do Nelson era preciso, já que a bibliografia a respeito de seu trabalho, na época, era bastante limitada. Com esse intuito, teve de refazer o projeto, esquecendo-se dos grandes prefácios e voltando-se para a importância do teatro de Rodrigues para a história do teatro brasileiro, ou, de acordo com suas palavras: a trajetória da dramaturgia rodriguiana permite indagações múltiplas. (MAGALDI, 1987: 2). Assim, nasceu o livro Nelson Rodrigues: Dramaturgias e Encenações, publicado em Este livro analisou os aspectos fundamentais para a formação e elaboração das peças de Nelson, desde a estrutura dramatúrgica até o pensamento do dramaturgo. Para isso, foi necessário reconstruir a época na qual o dramaturgo enveredou pelos palcos cariocas. No ano de 1941, veio a público a peça Uma Mulher sem Pecado que, diferentemente de suas contemporâneas, não tinha como característica fundamental o melodrama, tornando-se assim uma inovação do teatro brasileiro, na medida em que o texto narra a história de um marido ciumento e sua trajetória para descobrir se sua mulher o traia (coisa que tinha quase certeza). Dentre os expedientes utilizados para atingir seu intento, o homem chega a fingir que está paraplégico. 3 O próprio Nelson não pretendeu, na experiência de A Mulher Sem Pecado, abrir caminho novo na dramaturgia brasileira. Seu propósito Inicial, compensando as dificuldades financeiras, foi o de escrever uma chanchada e ganhar dinheiro. Se A Mulher Sem Pecado não é chanchada nem lhe trouxe dinheiro, a responsabilidade pertence á incoercível vocação do autor. (MAGALDI, 1987: 43)

4 Mesmo não sendo um grande sucesso, A Mulher sem Pecado trouxe, nas palavras de Sábato, grande contribuição ao Teatro Brasileiro. Para demonstrar o seu argumento, recorre às observações do poeta Manuel Bandeira da seguinte maneira: em comentário à peça A Mulher Sem Pecado, Manuel Bandeira ressaltou que o diálogo era de classe rápido, direto e por ser assim, facilitava aos atores a dicção natural (MAGALDI,1897 : 41) Num relato, Nelson diz que já na estreia de Uma Mulher sem Pecado, a peça Vestido de Noiva já estava sendo concebida em sua cabeça. Em 1943, Vestido de Noiva vem a público e confirma a genialidade do dramaturgo, que fascinou a critica com a sua nova forma de escrever teatro. De acordo com Magaldi: O dramaturgo não se inspirou em nenhuma peça, escrita anteriormente, para utilizar essa técnica. Desconheço, em toda a história do teatro, algo que possa ser invocado como modelo, ainda que remoto, de Vestido de Noiva (MAGALDI, 1987: 43). Em 1945, o dramaturgo elaborou Álbum de Família, que foi censurada pelo governo e encenada somente no ano que Apesar dos dissabores com a censura, essa peça não foi bem recebida nem pela critica nem pelo publico. Muitos passaram a associar a Nelson um caráter obsceno e tarado. A peça desmanchara todo o prestigio que ele conseguira durante sua ultima peça. A não aceitação da sua obra, sempre trouxe muita angústia a Nelson, que disse que essa era sua peça favorita. 4 Nelson sentia-se injustiçado e não deixava de confidenciar secreta preferência pelas peças míticas, sobretudo Álbum de Família.O voo poético dessa face parecia-lhe mais ambicioso que a forma perfeita de, por exemplo,vestido de Noiva,por ele qualificada quase pejorativamente de soneto (MGALDI, 1987: 18) Nos dois anos seguintes, as peças Anjo Negro, Dorotéia e Senhora dos Afogados também foram interditadas pela censura. Em 1951, o espetáculo Valsa n.º6 foi montado e revelou uma narrativa muito próxima a de Vestido de Noiva. Porém, Sábato, ao fazer a critica, mostrou que mesmo tão parecidas na composição dos personagens, a dramaturgia as separava totalmente.

5 5 O monólogo Valsa nº6, de 1951, retoma o subconsciente e seu procedimento me permitiu considera-lo uma espécie de Vestido de Noiva ás avessas.o tempo real de Vestido de Noiva se passa entre o atropelamento de Alaíde e sua morte,numa mesa de operação.sua mente em desagregação projeta as personagens que surgem em cena,fora do plano da realidade.o tempo de Valsa nº6, é semelhante:sônia recebeu um golpe mortal, e no delírio, até expirar, revive o mundo que a envolve.se as personagens de Vestido de Noiva são a projeção do subconsciente de Alaíde, as de Valsa nº se encarnam no monólogo de Sônia.Situação idêntica, levando a composição dramatúrgicas opostas. (MAGALDI, 1987: 15) Com A Falecida (1953) inaugurou-se uma nova fase do teatro rodriguiano, isto é, a realidade em seu plano completo, denominada por Sábato como Tragédias Cariocas. No percurso realidade-consciente (A Mulher sem Pecado), subconsciente (Vestido de Noiva), inconsciente primitivo (Álbum de Família,Anjo Negro, Senhora dos Afogados e Dorotéia), de novo subconsciente (Valsa nº 6), a última fase deveria ser o retorno á realidade- consciente.e foi o que de fato se verificou: A Falecida, de 1953,decorre inteira no plano da realidade,abrindo um filão das tragédias cariocas.(magaldi, 1987: 16) Na sequência de A Falecida vieram sete peças: Perdoa-me por me Traíres (1957), Os Sete Gatinhos (1958), Boca de Ouro (1959), Beijo no Asfalto (1960), Bonitinha, Mas Ordinária (1962), Toda Nudez será Castigada (1965) e A Serpente (1980). O vocabulário de Nelson, nas tragédias cariocas, é sempre mais cru,embora não apele para o palavrão.não se deixe de registrar a precisão dos termos,num repertório amplo que evita o preciosismo da fala culta.o homem da rua acompanha, perfeitamente, o diálogo rodriguiano, que nunca desce de mau gosto,valorizando-se, ao contrário,pelo qualificativo imprevisto, de efeitos antológicos. (MAGALDI, 1987: 54)

6 6 Na perspectiva de Sábato, essa fase das tragédias cariocas, sofreu um pequeno rompimento quando a peça Viúva, Porém Honesta (1957) foi encenada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Essa leve ruptura deveu-se ao fato de que Viúva, Porém Honesta tem o perfil das peças psicológicas, a intenção de satirizar o meio jornalístico e de mostrar o desprezo que Nelson sentia pelas instituições publicas, especialmente os hospitais. Mas a maior sátira está concentrada na critica teatral, representada por um jovem jornalista intitulado de critico de teatro moderno. De forma indireta, a peça faz uma critica também a todas as convenções sociais, como o casamento. A peça é um mistério dentro da dramaturgia rodriguiana, pois depois de encenada Nelson Rodrigues não fez mais nenhum comentário sobre ela, deixando em suspenso maiores motivos sobre sua fúria e ressentimentos para com os críticos, essa questão é tão delicada que o próprio Sábato não se arriscou a fazer uma análise profunda desse silêncio. Como dito anteriormente, Sábato estudou o pensamento por detrás da obra, estudou o homem Nelson Rodrigues, não apenas como algo abstrato e objetivo, já que teve uma relação muito próxima com o dramaturgo e, muitas vezes foi testemunha da formação de um texto teatral. E por mais que a figura de Nelson nos pareça um tanto misteriosa e afundada em contradições e ironias, mesmo assim, analisa que em sua obra o homem é composto por preceitos, crenças e uma hierarquia de valores, seguindo assim certa ordem. Tendo recebido a formação cristã da classe média urbana brasileira, o dramaturgo preservou até o fim da vida a crena na divindade e em preceitos e morais básicos. A dificuldade de observar esses preceitos aguça a loucura. Na terra, o homem vive o desgarramento de uma unidade perdida, inconsolável órfão de Deus. Há um deblaterar insano em terreno hostil. Resta o sentimento permanente de logro a vida prega peça em todo mundo. (MAGALDI, 1987: 67) E por mais que tenha essa formação católica, nada impede que ele não possa brincar com a moral e os bons costumes, e o que mais que poderia inferir esses

7 elementos senão o amor e como o confundimos e como aparecem situações cotidianas infinitas. 7 O amor, que equivale a uma graça, fataliza as duas criaturas (...). Não há duvidas de que essa crença de Nelson deriva de entranhado romantismo, que luta com os incontornáveis do cotidiano. Admirável observador da realidade, o dramaturgo registra os números desencontros, o desgarramento que determina para o homem uma trajetória permanentemente solitária. O que não o impede de acreditar na possibilidade de amor eterno, ou ao menos de pretender que ele existia. (MAGALDI, 1987:77) Intrínseco ao amor está o sexo que, ao mesmo tempo em que é visto como algo fundamental na humanidade é, na maioria das vezes, retratado como castigo ou como pecado. O estigma da sociedade viria, em grande parte o desamor. Sob um outro ângulo, da separação entre sexo e amor.(...) E, em A Serpente, a última peça, a tragédia nasce da imposição do sexo.sem a menor corte prévia, Lígia se entrega ao cunhado, aceitando o oferecimento da irmã, e o sexo cria a união fatal.(...)o dramaturgo associa o sexo,sobretudo, ao desregramento do instinto dos donos da vida.o poder aguça o desejo de satisfação material, incluindo-se nele o sexo. (MAGALDI, 1987: 76) A pesquisa não terminou com esse livro, pois concomitante a esse trabalho, Sábato Magaldi também lançou a Coleção Teatro Completo, que possui quatro volumes, que seguem à risca a seguinte divisão: Peças Psicológicas, Peças Míticas e Tragédias Cariocas (esta dividida em duas partes). Em cada volume, o crítico introduz as peças com o texto original e depois construiu elementos em comum com a finalidade de nos fazer compreender a razão pela qual estão no mesmo grupo. No volume II, as Peças Míticas são apresentadas como uma das mais criativas fases de Nelson Rodrigues, já que em todas elas o dramaturgo procura apropriar-se dos mitos gregos. Nesse sentido, Álbum de Família é um bom exemplo, pois para Sábato é um Édipo às avessas. Já em Anjo Negro a questão do racismo, dado por uma personagem branca que se casa com um negro é quase posta de lado para que se sobressaia à questão mítica da mãe que mata os próprios filhos.

8 Mas, mesmo que se reconheça o esforço que Nelson teve de recriar os mitos gregos e trazer para uma realidade mais próxima do Rio de Janeiro da década de 40, é perceptível que o público e até mesmo alguns críticos não entenderam esse movimento e, em decorrência disso, o dramaturgo foi taxado de obsessivo, tarado e outros adjetivos que ainda permeiam o nosso meio. No entanto, o fato é que analisando as críticas de Sábato tem-se um breve prelúdio do por que isso ocorreu. Na verdade, Nelson não se mostrou claro, deixou tudo muito vago, a mercê do público. Nesse projeto as Tragédias Cariocas ocupam dois volumes, porque além de serem a fase mais extensa cronologicamente é também a mais conhecida. Nela encontramos Bonitinha mais Ordinária, Os Sete Gatinhos, Toda Nudez será Castigada, entre outras. Em vista disso, merece nossa atenção o link que Sábato se propõe a fazer para nos mostrar de que maneira Viúva, porém honesta (denominada como peça psicológica) foi um rascunho para peças posteriores, trazendo personagens e até mesmo os desenvolvendo. Dr. J.B., por exemplo, prenuncia, entre outros, Dr. Werneck de Bonitinha, Mas Ordinária.Capitalista que não teve o menor escrúpulo para amealhar fortuna, ele dissocia o poder financeiro da noção de moral e não titubeia ante qualquer obstáculo. [...] Amorais, o mundo só existe na medida em que alimenta o seu ego. Seriam os grandes vitoriosos da sociedade capitalista. (MAGALDI, 1981: 22) 8 Tia Assembleia é um grande exemplo. Em Viúva, Porém Honesta, confessa que sempre sonha com mesma coisa: ela está em um terreno abandonado quando surge um homem nu da cintura para cima.sua sobrinha, revela que já viu a tia fumando escondido e dizendo palavrões em frente ao espelho, o que remete a um paralelo com a mãe de Os Sete Gatinhos, no qual outra personagem faz desenhos obscenos banheiro.a mesma personagem volta em Toda Nudez Será Castigada,soltando outra confissão que não deseja ter filhos mais sim três mil e quinhentos amantes. Outro ponto que liga essa peça a outras, é a questão da gravidez, que aqui não possui tamanha dramaticidade, mas em Os Sete Gatinhos, uma personagem do mesmo

9 perfil de Ivonete, engravida, sabendo quem é o pai. Assim, essa questão é o ponto inicial da tragédia, já que a família da moça se desestrutura diante do fato. Mas o importante é frisar que todas essas classificações (se é que podemos denominar assim) não são fixas, já que Sábato só as utiliza para organizar as temáticas que mais se aproximam, e assim também facilita a explicação e o estudo de cada uma delas. Posto isso, se formos analisar mais de perto, há sempre elementos psicológicos em todas, assim como todas possuem aspectos místicos, todas se passam na cidade do Rio de Janeiro. Como já dissemos anteriormente, a experiência do dramaturgo e do crítico no meio jornalístico, talvez, tenha contribuído para o estabelecimento de certa cumplicidade entre eles, na medida em que Magaldi soube reconhecer como a escrita jornalística, presente nos textos teatrais, não foi um fator desfavorável, por mais que parecesse para os demais. Muitos o denominaram de desagradável e isto o fez não ser bem visto pela população brasileira, mas segundo o crítico a popularização de suas colunas nos principais jornais, o fizeram reconhecidos por uma população, que muitas vezes não tinha acesso, ou mesmo interesse, por seus textos teatrais. Diante dessa relação de amizade, que foi colocada no texto como fundamental para a pesquisa, é preciso destacar que ela constituiu uma perspectiva interpretativa, mas não a verdade exata sobre as obras de Nelson e dele próprio. Contudo, é preciso dizer que, mesmo com essa advertência, Sábato Magaldi é uma fonte imprescindível sobre o Nelson Rodrigues. 9 Referências Bibliográficas ABREU, Márcia. História dos textos, História dos livros e História das práticas culturais ou, uma outra revolução da leitura. In: CHARTIER, Roger. Formas e Sentido cultura escrita: entre distinção e apropriação. Campinas: Mercado de Letras, BLOCH, Marc. Apologia da História ou o oficio de historiador. Rio de Janeiro: J. Zahar, CASTRO, Ruy. O Anjo Pornográfico: A Vida de Nelson Rodrigues. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

10 CERTEAU, Michel. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, FOCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, MAGALDI, S. O Texto no Teatro. 2 ed., São Paulo: Perspectiva, MAGALDI, Sábato. Nelson Rodrigues: Dramaturgia e encenações. Perspectiva, São Paulo, MAGALDI, Sábato. Moderna Dramaturgia Brasileira. São Paulo: Perspectiva, MAGALDI, Sábato. Panorama do Teatro Brasileiro. Rio de Janeiro: MEC/ DAC/ FUNARTE/ SNT, s/d. MARSON, Adalberto. Reflexões Sobre o Procedimento Histórico. In: SILVA, Marcos. (Org.). Repensando a História. São Paulo: Marco Zero, PATRIOTA, Rosangela O teatro e o historiador: interlocuções entre linguagem artística e pesquisa histórica. In: RAMOS, Alcides Freire; PEIXOTO, Fernando; PATRIOTA, Rosangela (Orgs.). A história invade a cena. São Paulo: Hucitec, RODRIGUES, Nelson. A vida como ela é... Agir, Rio de Janeiro, PEREIRA, Victor Adler. A Musa Carrancuda: Nelson Rodrigues. Rio de Janeiro: FGV, PEREIRA, Victor. Nelson Rodrigues e a obs-cena contemporânea. Rio de Janeiro: UERJ, RODRIGUES, Nelson. Teatro Completo I: Peças Psicológicas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981 RODRIGUES, Nelson. O Reacionário. Rio de Janeiro: Editora Record, RODRIGUES, Nelson, A menina sem estrela: Memórias. São Paulo: Companhia das Letras,

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