PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: SUAS INOVAÇÕES E SEU IMPACTO NA SOCIEDADE

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1 Patrocínio, MG, outubro de 2016 ENCONTRO DE PESQUISA & EXTENSÃO, 3., 2016, Patrocínio. Anais... Patrocínio: IFTM, PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: SUAS INOVAÇÕES E SEU IMPACTO NA SOCIEDADE Erian Alves (Instituto Federal do Triângulo Mineiro-Campus Patrocínio) 1 ; Matheus Reis(Instituto Federal do Triângulo Mineiro-Campus Patrocínio)²; Marlúcio Alves(Instituto Federal do Triângulo Mineiro-Campus Patrocínio)³ Modalidade: Pesquisa. Resumo: A Primeira Revolução Industrial é composta de diversos fatores que juntos formam esse marco histórico. A consolidação do capitalismo industrial, a vida dos trabalhadores que migraram para as cidades atrás de melhores condições de vida, obrigados a trabalhar nas fábricas a péssimas condições e baixíssimos salários para sobreviver, além das precárias condições de moradia. Esse trabalho visa explicar pelo uso da revisão bibliográfica a primeira revolução industrial, alguns acontecimentos que ocorreram durante essa época e como esse período influenciou em alguns aspectos da atualidade, como o uso de máquinas nas indústrias, a vida dos trabalhadores e também a forma como a sociedade se organiza. Palavras-chave: 1ª Revolução Industrial; Proletariado; Máquinas a vapor. Introdução A Primeira Revolução Industrial se consolidou do uso de máquinas a vapor que substituíam o trabalho das pessoas, aumentando a capacidade de produção e o lucro, todavia ainda era necessário mão de obra para operar os equipamentos presentes nas fábricas. 1 Estudante do Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática Integrado ao Ensino Médio erian_alves@hotmail.com ² Estudante do Curso Técnico em Manutenção e Suporte em Informática Integrado ao Ensino Médio. matheusjosereis@hotmail.com ³ Marlúcio Anselmo Alves, Prof. Dr. Gestão Ambiental e do Território. marlucio@iftm.edu.br

2 O trabalhador teve que lidar com diversas mudanças quando saia do meio rural para o urbano, via se obrigado a trabalhar várias horas do dia, normalmente distante de casa para obter seu próprio sustento. O grande fluxo migratório para as cidades gerava péssimas condições de vidas para as pessoas, pois o meio urbano não estava preparado para lidar com um grande número de habitantes. O capitalismo industrial que se desenvolveu nessa época, corroborava para aumentar a riqueza da burguesia, que tinha agora novas opções para se conseguir lucro, anteriormente predominante o comércio e agora as indústrias. Com todas as mudanças presentes nesse marco histórico, destaca se conflitos que surgiram entre o proletariado e a burguesia, um que desejava explorar totalmente a capacidade das pessoas no trabalho nas fábricas e a outra que necessitava de lei para proteger seus direitos, como a carga horaria de trabalho e um salário justo. A importância desse trabalho se desenrola através do conhecimento que se deve transmitir sobre esse período que gerou diversas inovações e mudanças nos meios de produção. Os objetivos são apresentar de maneira clara e simples como se desenvolveu a primeira revolução industrial e como as mudanças ocorridas nessa época influenciaram os direitos dos trabalhadores, os meios de produção e outros aspectos na sociedade. 86 Metodologia Será feita uma pesquisa bibliográfica em livros, revistas, jornais e na internet. As informações reunidas serão organizadas para um melhor entendimento e cumprimento dos objetivos. Referencial teórico A 1ª Revolução Industrial iniciada no ano de 1970, na Inglaterra, veio para inovar nos métodos de produção tradicionais, culminando no uso de máquinas a vapor e na divisão das tarefas durante a produção das mercadorias que antes, o trabalho feito por uma única pessoa que demoraria semanas,

3 seria feito em tempo reduzido por um número maior de pessoas em maior larga escala. É importante comentar sobre o capitalismo que agora se desenvolveria em uma nova fase nesse período. É pertinente enfatizar que a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no século XVIII foi o grande precursor do capitalismo, ou seja, a passagem do capitalismo comercial para o capitalismo industrial (CAVALCANTE; SILVA, 2011, p.1). Com o nascimento dessa nova forma de produção, os mestres de ofício foram desaparecendo aos poucos até se extinguirem para as máquinas que faziam o seu serviço, melhor e mais rápido acarretando em um novo modo de manufatura para a época. Observando a linha de pensamento do autor Vianna (2008): 87 Os dados levantados por Verley nos possibilitam também afirmar que uma transformação setorial tecnológica do processo produtivo (por exemplo, mecanização têxtil de base energética mineral) e de serviços (por exemplo, as estradas de ferro e o trem a vapor) poderia acarretar mudanças não necessariamente destrutivas para pequenos negócios rurais ou urbanos de base familiar-artesanal, cuja matriz energética continuava sendo orgânica (p. 5) As inovações não seriam completamente avassaladoras para os pequenos comércios, até que chegassem completamente ao seu fim com o auge da revolução industrial. O rápido crescimento da população e a migração do homem para as cidades, geraram mão de obra barata e em excesso, resultando em um dos fatores importantes que impulsionaria a exploração das pessoas nas indústrias, aumentado o capital dos burgueses. (CAVALCANTE; SILVA, 2011). Todo o capital gerado nesse período era composto por parte das Indústrias, mas também pela mineração que compunha parte do capitalismo presente nessa época. As riquezas minerais ouro e prata extraídas das minas européias, por si só não conseguiriam gerar o acumulo de capital necessário para fomentar o capitalismo, então era necessário que mais riqueza fosse retirada de algum lugar e enviado à Europa. (MIRANDA, 2012, p.6). Embora com todos os avanços tecnológicos, melhorias nos métodos de produção nem todas as pessoas se beneficiaram com esse marco histórico.

4 A mão de obra disponível por ser abundante, não era bem tratada ocasionando em salários extremamente baixos e muitos maus tratos. Os problemas dos trabalhadores não se limitavam apenas a indústria, o conjunto de más condições no serviço, em casa e a longa jornada de trabalho, corroboravam para criar o pior cenário possível para as pessoas de classes mais baixas. Scandelai (2010, p.23) aponta que, As condições de vida dos operários da indústria eram de extrema precariedade. Em suas moradias, geralmente, não havia água corrente e esgoto e os lixos acumulados os deixavam expostos a doenças. No contexto capitalista, o operário só possui um bem, segundo a mesma autora No capitalismo, o trabalhador só é dono da sua mão-de-obra, sendo a única forma de sobrevivência vendê-la como mercadoria em troca de um salário. Analisando o ponto de vista dos autores Cavalcante e Silva ( 2011, p.2), As pessoas não eram respeitadas como seres humanos, não havia limites no trabalho, crianças e mulheres eram torturadas e forçadas a trabalharem horas seguidas, sem condições de higiene e alimentação. este corrobora para fortalecer a realidade em que as pessoas eram obrigadas a viver. A revolução industrial foi um grande catalisador para mudanças sócias e econômicas na sociedade, Na esfera econômica, ganhava força a burguesia, uma vez que comandava o comércio e concentrava o capital, oriundo dos lucros obtidos com o comércio e, também, com a indústria da época (MIRANDA, 2012, p.9). Desta forma a divisão do trabalho se torna uma nova forma de se classificar a hierarquia social. Anteriormente, no topo da pirâmide social, se localizava os reis e os nobres, ao decorrer dos anos a burguesia tentava alcançar esse patamar junto com a nobreza, até atingir seu ápice durante a revolução e se manter lá até a atualidade, ocupando completamente a posição dos nobres. A Revolução Industrial permitiu que o trabalho realizado por pessoas fosse substituído por máquinas, elevando a capacidade de produção e consequentemente o lucro, resultando na rápida disseminação desses métodos para outros países. Segundo o mesmo autor, Desta forma, o capitalismo e a produção industrial em massa foram implementados e desenvolvidos na Grã- 88

5 Bretanha e, logo depois, em alguns outros países europeus e nos Estados Unidos da América, de uma forma avassaladora (2012, p.12). Consolidando todas as inovações e mudanças, tanto negativas quanto positivas, esse período marcado na história contribuiu para a formação de diversos aspectos que foram adotados ate a atualidade. Podemos perceber parte das mudanças no ponto de vista dos autores Cavalcante e Silva: A Revolução Industrial vai além da idéia de grande desenvolvimento dos mecanismos tecnológica aplicados à produção, na medida em que: consolidou o capitalismo; aumentou de forma rapidíssima a produtividade do trabalho; originou novos comportamentos sociais, novas formas de acumulação de capital, novos modelos políticos e uma nova visão do mundo; e talvez o mais importante, contribuiu de maneira decisiva para dividir a imensa maioria das sociedades humanas em duas classes sociais opostas e antagônicas: a burguesia capitalista e o proletariado (2011, p.4). 89 Considerações finais A Primeira Revolução Industrial gerou mudanças em diversos aspectos de como a sociedade e o modo de trabalho funcionavam. Através da revisão bibliográfica, percebe se que a vida das pessoas foi mudada drasticamente, agora nas cidades eram obrigadas a trabalhar várias horas por dia, geralmente em um local longe de casa em péssimas condições e com salários baixos. Os trabalhadores tiveram também que lidar com a tecnologia das máquinas a vapor nas fábricas e com a nova forma de organização social, onde a mão de obra deles era insignificante e facilmente substituível por outra. Referências MIRANDA, Fernando Silveira Melo Plentz. A Mudança do Paradigma Econômico, a Revolução Industrial e a Positivação do Direito do Trabalho. Revista Eletrônica Direito, Justiça e Cidadania, São Roque, v. III, n. 1, p VIANNA, Alexander Martins. Revolução Industrial: um breve ensaio crítico. Revista Espaço Acadêmico, Maringá, n.90, p. 5, nov CAVALCANTE, Zedequias Vieira. Silva. Mauro Luis Siqueira da. A importância da revolução industrial no mundo da tecnologia. In: Encontro Internacional de Produção Científica, VII. Maringá, p , 2011.

6 SCANDELAI, Aline Linares de Oliveira. A precarização do trabalho: da revolução industrial ao neoliberalismo. Colloquium Humanarum, Presidente Prudente, v. VII, n. 1, p.21-31,