Uso e manejo intensivo de pastagens no Semiárido (parte 1) As forrageiras

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1 Coluna da Uso e manejo intensivo de pastagens no Semiárido (parte 1) As forrageiras Roberto Cláudio Fernandes Franco Pompeu; Magno José Duarte Cândido; Henrique Antunes de Souza; Rafael Gonçalves Tonucci. Roberto Cláudio, da Embrapa Caprinos. A exploração de animais domésticos pressupõe o fornecimento adequado e constante de alimentos necessários que levem a uma lucratividade esperada. No Semiárido brasileiro existem várias espécies forrageiras adaptadas à formação de pastagens cultivadas para pastejo, dentre elas: capim Buffel (Cenchrus ciliares) que, devido à profundidade do sistema radicular, possui habilidade de crescimento em condições de baixa precipitação pluviométrica, além de possuir bom valor nutritivo e boa aceitabilidade pelos animais; capim Gramão (Cynodon dactylon) que apresenta excelente valor nutricional em condições ótimas de manejo (adubação, irrigação e curto período de descanso) pode ser outra boa opção para a formação de pastagens cultivadas e enriquecimento de pastagens nativas, bem como para a produção de feno em condições semiáridas; capim Andropogon (Andropogon gayanus) cv. Planaltina que possui tolerância a seca e a solos com baixa fertilidade e alta saturação de alumínio, entretanto, a entrada dos animais em pastos de capim Andropogon muitas vezes deve ser antecipada, devido ao rápido e elevado alongamento de colmos, acarretando em perda do valor nutricional; capim Massai (Panicum maximum x Panicum infestum) tem sido boa opção para o Semiárido, especialmente para o enriquecimento de pastagens nativas e diferimento para utilização em qualquer época do ano, devido à elevada proporção de folhas, boa aceitabilidade e valor nutricional. Banco de proteína - Existe ainda a possibilidade de se utilizarem áreas exclusivas de leguminosas, nativas ou exóticas adaptadas, como bancos de proteína. Tais plantas têm a capacidade de permanecer verde por algum tempo após o fim da estação chuvosa. Com isso, os animais têm acesso à forragem verde 24 Buffel grass, para o Semiárido. e de alto valor nutritivo já em uma época em que a vegetação encontra-se senescente, reduzindo os prejuízos causados pela seca. Na região Nordeste, as leguminosas forrageiras mais utilizadas são Leucena, Cunhã, Gliricídia e Feijão Guandu por serem adaptadas e apresentarem crescimento rápido, possuindo elevado teor de proteína. A Leucena (Leucaena leucocephala) é uma das forrageiras mais promissoras para a região, principalmente devido à alta capacidade de rebrota durante o período seco, pela adaptação às condições edafoclimáticas e pela excelente aceitação pelos animais. Produção intensiva - Para produção intensiva de forragem sob pastejo com irrigação e adubação, recomenda-se o cultivo de gramíneas do gênero Panicum (capim Tanzânia, capim Mombaça, capim Massai, capim Aruana), Cynodon (capim Tifton, capim Coast-cross) e Brachiaria (Brachiaria brizantha, Brachiaria decumbens, Brachiaria humidicola), sendo a Brachiaria humidicola

2 1- Disponibilidade de fatores climáticos tolerante ao encharcamento. Todas essas espécies são muito produtivas, exigentes em fertilidade do solo e, quando bem manejadas, permite elevadas taxas de lotação. Devem ser considerados os riscos de fotossensibilização secundária nas gramíneas desse gênero, além de alternativas de manejo para evitar ou reduzir a incidência da enfermidade. Lotação - Em se tratando do Semiárido brasileiro, em que o período de chuvas e de produção das pastagens é curto e as espécies utilizadas apresentam potencial de produção relativamente baixo, a utilização da lotação rotativa deve ser vista com reservas. O elevado custo para construção e manutenção de cercas divisórias certamente contribuirá para elevação do custo de produção, principalmente se forem utilizadas as espécies caprina e ovina, que exigem cercas mais elaboradas. Por outro lado, em áreas mais próximas do litoral, em que as condições de pluviosidade são mais favoráveis (maior número de meses com chuvas; às vezes até seis meses) ou em áreas mesmo de semiárido, porém com potencial para irrigação, então há a possibilidade de se usar com grande vantagem da lotação rotativa, que é trabalhar com elevadas taxas de lotação, obtendo-se maior produtividade animal por área. O uso do método de pastejo sob lotação rotativa pastejo rotacionado intensivo implica em maior aporte de insumos ao sistema de produção, para maximizar a produtividade, especialmente em áreas menores. O produtor que optar por esse método em sua propriedade, deve entender que para intensificar a produção algumas condições devem ser atendidas. Aruana, gramínea saborosa Para se adotar o método de lotação rotativa, a região deve apresentar precipitação pluvial bem distribuída e em quantidade que permita o uso das pastagens em pelo menos cinco meses do ano. Caso não haja tais condições climáticas, deve-se avaliar a possibilidade do uso da irrigação. É importante que o produtor assuma que, havendo baixa produção de forragem e principalmente produção descontínua, não haverá produção animal suficiente para pagar os custos de implantação do sistema que é relativamente alto (construção de cercas). Além disso, é importante que esse método de pastejo intensivo seja adotado em regiões com alta incidência de luminosidade e com alta temperatura. 2- Manejo do solo e adubação Como o uso da lotação rotativa se baseia em altas taxas de lotação animal, esperam-se altas produções de forragem e, consequentemente, grande remoção de nutrientes, mesmo considerando a reposição oriunda das fezes, urina e pasto não consumido. Sendo assim, ao instalar tais sistemas, a análise do solo pré-implantação é obrigatória para que se inicie o sistema em pastagens com altas produções. Após a escolha da área, portanto, deve-se fazer a coleta de solo para posterior análise, levando, se possível, um profissional qualificado para a orientação; deve-se verificar também a facilidade de aguadas para ingestão dos animais ou para irrigação; a topografia deve ser observada com curvas de nível toleradas até 35º para facilitar o pastejo dos animais ou mesmo para não causar danos à conservação do solo. A topografia informa se devem ser implantadas na área escolhida plantas cespitosas (crescimento ereto) ou estoloníferas (crescimento decumbente). Antes do plantio, se necessário, de acordo com a análise de solo, deve-se realizar a calagem, ou seja, a aplicação de calcário, com um mínimo de 90 dias antes do plantio. Durante o plantio, deve ser realizada adubação com macro e micronutrientes, conforme a análise prévia do solo. Para a aplicação dos fertilizantes é necessário proceder com 25

3 Braquiária, muito resistente. Gramão, com bom valor nutricional. o solo úmido e, ainda não colocar os adubos próximos à semente ou muda, devido ao índice salino de alguns fertilizantes, principalmente o cloreto de potássio, adubo muito utilizado como fonte de K; caso contrário, podendo levar a semente ou muda à morte por queima (fitotoxidez), diminuição do estande desejado com consequente necessidade de replantio, além de retardar e prejudicar o crescimento da planta. No manejo da adubação, deve-se considerar o efeito dos nutrientes em acelerar o crescimento e antecipar a maturidade da planta forrageira. Normalmente, recomenda-se adubação parcelada de nitrogênio e de potássio após a saída dos animais dos piquetes e na metade do período de descanso, propiciando maior eficiência de uso dos nutrientes pelas plantas. Na lotação rotativa, a maior vantagem é obtida quando o aumento na dose de adubo é associado à redução proporcional no período de descanso. Assim, é possível produzir a mesma quantidade de forragem anterior à elevação na adubação num período de tempo menor, ou seja, com o pasto mais jovem. Além disso, ocorrerá maior rotatividade do sistema de produção, com ciclos mais curtos, mas em maior número, aumentando a quantidade e a qualidade da forragem produzida ao final de um ano de uso, por exemplo. Há relatos na literatura de ganhos de peso animal associados ao aumento de fertilizantes aplicados. Massai, bastante utilizado nos campos. Andropogon, de bons resultados Uso de gramíneas produtivas Num sistema de lotação rotativa intensiva, deve-se ter em mente que todas as exigências da gramínea devem ser atendidas. Assim sendo, o produtor deve, preferencialmente, excluir desse sistema algumas espécies que se adaptam bem às condições de sequeiro e que apresentem baixa produtividade. Dois exemplos que podemos citar são os capins Buffel (Cenchrus ciliaris) e o Corrente (Urochloa mosambisensis), os quais são excelentes para se formar pastagens em regiões semiáridas, porém não apresentam produção compatível com sistemas intensivos e irrigados. A seguir estão de forma sucinta algumas características que as gramíneas devem apresentar para serem utilizadas sob lotação rotativa intensiva: a) Elevada taxa de produção de forragem (kg MS/ha x dia);

4 Tanzânia, de muita massa verde. b) Resposta à adubação e/ou à irrigação. A gramínea deve responder eficientemente à adubação, uma vez que nesse sistema se preconiza uso de altas doses de adubo mineral; c) Elevado valor nutricional; d) Tolerância a pastejos frequentes; e) Elevado vigor de rebrotação. A gramínea deve apresentar bom perfilhamento e tolerar pastejo intenso, principalmente quando pastejada por ovinos. Os ovinos são bastante eficientes em colher forragem e exercem intensa remoção da forragem próxima do solo. Assim sendo, a gramínea deve apresentar intensa rebrotação após o pastejo para que se consigam menores períodos de descanso; f) Facilidade de estabelecimento e propagação. A gramínea deve apresentar facilidade de propagação. Normalmente, gramíneas que se propagam vegetativamente (por mudas) apresentam custo de implantação mais elevado que aquelas que se propagam por sementes. Destaca-se ainda que a ressemeadura natural que ocorre com essas últimas espécies garante uma maior persistência no caso de ocorrer acidentes como fogo, pragas ou na impossibilidade eventual de irrigação. Na escolha da planta forrageira, normalmente não se consegue maximizar todas as características desejáveis, porém se deve pelo menos eliminar aquelas que apresentem limitações mais sérias. Nas condições do Nordeste brasileiro existem poucas espécies testadas efetivamente. Para ovinos e caprinos, devido ao porte dos animais e ao hábito de pastejo, há mais restrições de uso, podendo-se utilizar cultivares de Panicum maximum (capim-tanzânia, capim- -Tobiatã, capim-aruana, capim-massai...), do gênero Cynodon (Coast-cross, Tifton, Estrela Africana...), além de espécies do gênero Brachiaria (B. brizantha, B. humidicola, B. ruziziensis...). Em áreas de Neossolo Flúvico (solos aluviais), têm sido utilizados os capins Canarana e B. humidicola. No Ceará o capim- -Gramão (Cynodon dactylon) foi estudado pela Embrapa Caprinos e Ovinos e o capim- -Tanzânia (Panicum maximum) pela Universidade Federal do Ceará, ambos com grande sucesso. Já no Estado do Piauí, Oliveira et al. (2005) avaliaram o desempenho de ovinos mantidos em pastagens de Braquiarão (Brachiaria brizantha), capim-tanzânia (Panicum maximum) e capim-tifton 85 (Cynodon sp.) e obtiveram ganhos médios diários de 67, 82 e 89 gramas, respectivamente. Conforme citado anteriormente, um grande entrave para o uso de algumas espécies é o método de propagação. Espécies propagadas por mudas (Gramão, Coast-cross, Tifton, Estrelas) têm dificultado a formação de áreas mais extensas. Assim sendo, caso não haja grande disponibilidade de mudas para formação de áreas com tais espécies, o melhor é optar pelo uso de espécie que se propague por sementes. Vale lembrar que em um sistema intensivo de produção a pasto não se pode formar áreas com baixa população de plantas em função da economia de mudas no plantio. A aquisição de sementes ou de mudas para compra pode ser obtida através das seguintes instituições: UNIPASTO (gramíneas)- Rua das Paineiras, Lote 06, Torre B, Sala Ed. One Mall - Águas Claras, Brasília-DF - CEP: Fone: (61) unipasto.com.br/a_unipasto.php CEPLAC (leguminosas) - Sede - Km 22 Rodovia Ilhéus/Itabuna Bahia. Fone: (73) Fax (73) ceplac.gov.br/ Roberto Cláudio Fernandes Franco Pompeu; Magno José Duarte Cândido; Henrique Antunes de Souza; Rafael Gonçalves Tonucci - pesquisadores da Embrapa Caprinos. Título original: Uso e manejo intensivo de pastagens para ovinos e caprinos no Semiárido Referências AGUIAR, A.P.A. Manejo de pastagens. Guaíba-RS: Agropecuária, p. OLIVEIRA, M.E.; NASCIMENTO, M.P.S.C.B.; TEIXEIRA, G.A.; VELOSO FILHO, E.S.; SÁ JÚNIOR, R.P.; RODRIGUES, J.P.; FERRAZ, M.S. Produção de matéria seca e qualidade de três gramíneas forrageiras e desempenho produtivo de ovinos sob pastejo rotacionado. Revista Científica de Produção Animal, v. 7, n. 2,

5 Coluna da Uso e manejo intensivo de pastagens no Semiárido (parte 2) Princípios de manejo da irrigação em pastagens sob lotação rotativa Roberto Cláudio Fernandes Franco Pompeu; Magno José Duarte Cândido; Henrique Antunes de Souza; Rafael Gonçalves Tonucci. Roberto Cláudio, da Embrapa Caprinos. Produzir forragem no semiárido é tarefa muito importante na criação de animais domésticos, devido ao ciclo curto e, não raramente, instável, levando à adoção da irrigação quando possível e técnicas especiais de manejo. No tocante à época adequada para irrigar pastagens, embora a irrigação de pastagens seja usada mais intensamente na época seca, deve-se considerar que havendo veranicos durante a época das chuvas, a irrigação pode ser usada para evitar queda na produção de forragem por deficiência hídrica. Em termos de redução de custos da irrigação, o primeiro aspecto a considerar é a aquisição do material. A ideia de procurar materiais mais baratos nem sempre é bem-sucedida, uma vez que tais equipamentos, principalmente aqueles que ficam enterrados, como Tis ( tez ) e tubulações, no caso dos sistemas fixos, apresentarão um custo de substituição muito elevado, já que o sistema radicular das gramíneas concentra-se nos primeiros 20 cm do solo. Aspersores de má qualidade, embora não tenham grande dificuldade de substituição, trarão redução na eficiência de aplicação da água. Quando do uso da irrigação em pastagens que ocupam menores áreas, pode-se utilizar a irrigação por aspersão de baixa pressão. Esta consiste em se trabalhar com uma pressão no aspersor mais distante da bomba, menor ou igual a 20 metros de coluna d água (MCA). Por meio dessa técnica, é possível trabalhar com uma bomba de menor potência, o que reduz os custos com energia elétrica. Associado a isso, pode-se utilizar a irrigação setorizada, desde que o número de setores a serem irrigados não seja superior ao turno de rega, que é o número de dias necessário para irrigar novamente uma mesma área. No que se refere ao turno de rega, é importante ainda considerar a possibilidade de ele ser maior que o período de pastejo em cada piquete, pois assim há a possibilidade de evitar a irrigação em piquetes sob pastejo, o que pode comprometer a taxa de ingestão diária de forragem pelos ruminantes, principalmente ovinos e caprinos. Para diminuir o risco de entupimento das Tabela 1 - Período de descanso e condição residual recomendados para algumas gramíneas forrageiras utilizadas sob lotação rotativa Gramínea Período de Altura do resíduo descanso (dias) (cm) Capim Andropogon Capim Braquiarão (Brachiaria brizantha) Capim Colonião, Tobiatã, Tanzânia, Mombaça Capim Braquiária (B. decumbens) Brachiaria dictyoneura Cynodon sp. (Tifton-85, Coast-cross, Estrela africana) Capim Quicuio-da-Amazônia (B. humidicola) Capim Jaraguá Capim Pangola Brachiaria ruziziensis Capim Setária Fonte: Aguiar (1998). 28

6 Cerca eletrificada. tubulações, deve-se usar água de boa qualidade e acoplar uma tela na válvula de pé. Mesmo assim, após algum tempo de uso da irrigação (meses ou anos), pode ocorrer entupimento e redução da pressão na saída da bomba e/ou no aspersor mais distante desta. Tal controle pode ser feito acoplando-se em cada um desses dois pontos um manômetro para medir a pressão da água. Caso haja redução substancial na pressão dos aspersores, deve-se proceder à limpeza da tubulação. Para isso, é importante que no final da linha principal, haja uma válvula de limpeza, a qual será aberta, tendo todas as posições de aspersores fechadas, fazendo-se a limpeza das tubulações. Em seguida, pode ser colocado um número de aspersores inferior ao normalmente utilizado para aumentar a pressão em cada um deles e forçar a sua limpeza. Para elevar a eficiência de aplicação da água de irrigação, deve-se evitar fazê-la nas horas mais quentes do dia, em que a velocidade do vento causa muito efeito de deriva. A irrigação noturna seria o mais adequado, inclusive trazendo o benefício de redução nos custos de produção, pois a tarifa de energia noturna é inferior à diurna. Avaliações periódicas da eficiência de irrigação também podem ser efetuadas por técnicos especializados. e sofrem mais com a desfolhação feita pelos animais. Para essas espécies, é necessário um maior período de descanso para retornar com os animais. Normalmente o período de descanso está em torno de 27 a 35 dias, quando em pastejo por bovinos. Se pastejadas por ovinos ou caprinos, o período de descanso terá que ser menor. Já as gramíneas estoloníferas, as quais se enraízam a partir do contato do colmo com o solo, expõem menos os pontos de crescimento e sofrem menos com o pastejo, recuperando-se mais rapidamente após a saída dos animais. Para essas espécies, um período de descanso de 20 a 28 dias é suficiente para que os animais possam retornar aos piquetes. O período de descanso também é função da espécie animal que se está explorando, devido ao efeito diferenciado do hábito de forrageamento que cada uma apresenta sobre o pasto. Ovinos, por pastejarem mais próximo do solo, induzem um hábito mais prostrado de crescimento da planta, mesmo nas estoloníferas (plasticidade fenotípica). Ao contrário, os bovinos por pastejarem mais alto, não provocam alteração tão grande no hábito de crescimento da planta (a não ser que a pressão de pastejo seja muito elevada). Dimensionamento de um módulo sob lotação rotativa O dimensionamento de um módulo para uso sob lotação rotativa depende de várias situações existentes na propriedade. O primeiro ponto a ser discutido é relacionado à gramínea existente ou a ser implantada. Gramíneas cespitosas (entouceiradas) normalmente expõem os pontos de crescimento Tela campestre. 29

7 Irrigação rotacionada dos piquetes. Na Tabela 1 podem ser observados períodos de descanso indicados para algumas espécies forrageiras, além da condição residual (altura de saída dos animais). Chama-se a atenção para o fato de tais informações terem sido geradas em outras regiões, com clima normalmente menos favorável ao crescimento das plantas forrageiras que no Nordeste brasileiro. Na falta de uma informação mais precisa, o período de descanso poderia ser aquele relatado no limite inferior para cada espécie. Quanto ao período de ocupação (tempo total em que o piquete é ocupado = soma dos períodos de permanência), não se recomenda mais que 7 dias, pois a partir daí os animais poderão colher as rebrotações oriundas dos perfilhos pastejados no primeiro dia de utilização do piquete. O uso de 1 dia de ocupação deve ser adotado apenas por produtores que dominem bastante o manejo das pastagens, pois o curto período de ocupação torna difícil o ajuste no sistema. Por onerar mais o custo de produção, devido ao grande número de Período do pastejo - Outro ponto importante a ser determinado é o período que um grupo de animais irá permanecer em cada piquete. Quanto maior o período de permanência, menor o número de piquetes necessários. Para se calcular o número de piquetes é usada a seguinte fórmula: N= (PD/PPe) + n onde: N= Número de piquetes necessários; PD= Período de descanso; PPe= Período de permanência; n= Número de grupos de animais. Como exemplo, considere uma pastagem de capim Tanzânia (PD = 24 dias e PP = 3 dias), pastejada por ovinos em fase de crescimento. O número de piquetes será: N = (24 dias/3 dias) + 1 = 9 piquetes. 30 Medindo a altura do capim.

8 Medindo a produtividade do capim. subdivisões, a utilização do pastejo em faixa (um dia de pastejo em cada piquete) só é recomendada para sistemas de produção que requerem uma grande uniformidade na produção animal de um dia para o outro. Este é o caso de alguns sistemas de produção de leite que trabalham com quotas de leite negociadas previamente. Por outro lado, piquetes sob lotação rotativa por ovinos ou caprinos não deverão ter período de ocupação maior que cinco dias (ideal é três dias), pois esses animais são mais seletivos e podem consumir rebrotações a partir do sexto dia. Densidade de lotação - Outro aspecto que deve ser levado em consideração é a taxa de lotação instantânea ou densidade de lotação, quando se utiliza apenas um dia de ocupação. Se pensarmos numa pastagem de capim Gramão (Cynodon dactylon) de 1 hectare, em que se utiliza 1 dia de ocupação de 29 dias de descanso, teríamos, segundo a fórmula acima, 30 piquetes. Cada piquete terá uma área de 333,3 m2. Se utilizarmos a área com borregos desmamados na lotação de 80 animais por hectare, cada animal terá disponibilidade de apenas 4,16 m2 por dia. Essa pequena disponibilidade de área por animal, associada com o sentido gregário dos ovinos poderá levar a um intenso acamamento da forragem por pisoteio. Vale ressaltar o risco de maior incidência de verminose, considerando a maior densidade animal, principalmente em condições de umidade e temperatura elevadas. Vale lembrar ainda que, quanto maior o número de piquetes, maior o gasto com cercas divisórias. No item cercas, o produtor deve entender que pelo caráter intensivo desse sistema de exploração das pastagens, não se concebe mais o uso de cercas com ara Medindo a massa de capim. me farpado. Além do alto custo, os estragos que esse tipo de cerca causa à pele dos animais, torna o uso dessa modalidade de cerca inviável. Cercas - Atualmente, recomenda-se o uso de cercas elétricas para bovinos leiteiros ou cerca elétrica ou tela campestre para ovinos e caprinos. A escolha entre as duas últimas para ovinos e caprinos depende de particularidades de cada propriedade. A tela campestre, embora apresente custos de implantação mais elevados, tem a vantagem de não necessitar de manutenção constante. Já no caso da cerca elétrica, o custo de implantação é baixo, porém há necessidade de limpeza periódica para evitar que partes das plantas entrem em contato com a cerca e provoquem perdas de corrente. Em propriedades onde não há energia elétrica, o uso de placas de energia solar tem sido feito com sucesso. Roberto Cláudio Fernandes Franco Pompeu; Magno José Duarte Cândido; Henrique Antunes de Souza; Rafael Gonçalves Tonucci - pesquisadores da Embrapa Caprinos. Título original: Uso e manejo intensivo de pastagens para ovinos e caprinos no Semiárido Referências AGUIAR, A.P.A. Manejo de pastagens. Guaíba-RS: Agropecuária, p. OLIVEIRA, M.E.; NASCIMENTO, M.P.S.C.B.; TEIXEIRA, G.A.; VELOSO FILHO, E.S.; SÁ JÚNIOR, R.P.; RODRIGUES, J.P.; FERRAZ, M.S. Produção de matéria seca e qualidade de três gramíneas forrageiras e desempenho produtivo de ovinos sob pastejo rotacionado. Revista Científica de Produção Animal, v. 7, n. 2,

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