Alguma coisa como Chicago e Manchester juntas : a exposição industrial de 1917 e o locus da produção de cerâmica em São Paulo no início do século XX

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1 Alguma coisa como Chicago e Manchester juntas : a exposição industrial de 1917 e o locus da produção de cerâmica em São Paulo no início do século XX 1. Apresentação Natália Maria Salla Mestranda em História Econômica FFLCH/USP natalia.salla@usp.br O presente texto tem como objetivo apresentar algumas considerações sobre a produção de materiais cerâmicos empregados nas edificações realizadas em São Paulo no início do século XX, relacionando aquelas ao crescimento econômico da cidade expresso no desenvolvimento industrial da cidade ovacionado pelos discursos correntes sobre o progresso paulistano naquele período. A apresentação ora proposta é parte das reflexões da pesquisa de pós-graduação ainda em curso pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, sob orientação do Professor Doutor Nelson Hideiki Nozoe, no programa de História Econômica. O texto a seguir está estruturado em duas partes. Trataremos do período de 1892 a 1919, abarcado por duas diferentes fases da gestão urbana de São Paulo: as Intendências Municipais, que vigoraram após a Proclamação da República e foram a antessala da administração municipal na forma do poder executivo, exercido entre 1899 e 1911 por Antonio da Silva Prado, entre 1911 e 1914 por Raimundo da Silva Duprat e, concluindo o período proposto para essa apresentação, a gestão de Washington Luis Pereira de Sousa, entre 1914 e À frente da gestão dos espaços urbanos sob os auspícios da municipalidade esteve entre 1899 e 1926 o engenheiro Vitor da Silva Freire, Diretor de Obras e Viação, órgão fundado em 1900, oriundo da Seção homônima organizada um ano antes. As transformações orquestradas pela municipalidade no espaço da cidade, tanto na execução das obras públicas quanto na regulamentação das obras privadas estavam imbuídas do ideal de progresso material premente nos discursos do início do século XX, movido pelo desenvolvimento econômico verificado em São Paulo através do desenvolvimento industrial. A realização da Exposição Municipal em 1917 sob iniciativa do prefeito à época, Washington Luis e sua divulgação no ano seguinte na obra O desenvolvimento industrial de S. Paulo atravez da Primeira Exposição Municipal, de Antonio Piccarolo e Lino Finocchi, é a conjunção entre as duas partes, pois através de uma ação da

2 municipalidade, temos o registro do desenvolvimento econômico da cidade expresso nessa compilação dos dados econômicos do município e também na própria Exposição e na edificação do Palácio das Indústrias, parte integrante do projeto de readequação urbana da Várzea do Carmo e conjunto que sediou o evento em 1917, movido pela vontade política e econômica de sua publicização através de um modelo que se tornou comum nas sociedades industriais, as exposições [BARBUY, 2006, p.81]. O ovacionado progresso da capital paulista é por nós aqui tomado através dos índices de crescimento demográfico e de aumento no número de edificações realizadas no período proposto. Do desenvolvimento industrial, disposto em extensa bibliografia sobre o tema, somente tomamos, de modo específico, alguns dos aspectos da produção de materiais cerâmicos empregados nas construções da cidade. Os materiais cerâmicos são fabricados a partir da argila vermelha, extraída das margens dos cursos d água, e moldados em diversas formas para serem utilizados nas construções. As propriedades físico-químicas da argila permitem que o material, após a adição de água, adquira plasticidade e possa ser modelado. O objetivo é construir um bloco resistente, à semelhança das rochas naturais, o que é atingido após a queima dos blocos moldados na forma de tijolos [MATEUS, 2002, p.167]. Além desses blocos artificiais, podem-se moldar diferentes tipos de elementos, como louças, manilhas e telhas. Além da argila vermelha, utilizam-se também outros tipos de barros que queimados adquirem plasticidades, como em São Paulo o caulim, para a confecção de louças brancas como as porcelanas e faianças [BELLINGIERI, 2003, p.5]. A ocorrência dessas terras tem relação estrita com o tipo de sedimento formado nos locais de extração, influindo em suas qualidades plásticas e de resistência após a queima, além das suas tonalidades essas últimas determinadas não apenas pela origem da argila, mas também pelos processos de fabrico empregados na execução dos materiais cerâmicos. A produção de materiais cerâmicos na cidade de São Paulo no início do século XX dividiu-se em dois tipos diferentes de indústrias: as que produziam cerâmicas vermelhas tijolos, telhas, manilhas e louças e as que produziam cerâmicas brancas porcelanas, faianças, etc. A produção de cerâmicas brancas em São Paulo não teve significativa importância econômica até a década de 1910, sendo inclusive a importação desses produtos uma das condicionantes para o retardamento da indústria de louças brancas [IDEM, p.7].

3 No início do século XX, os diferentes artigos confeccionados pelas indústrias fabricantes de cerâmica vermelha não estavam concentrados nas mãos dos mesmos produtores. Essas se dividiam entre produtoras de materiais para edificações dentre tijolos, telhas e manilhas e aquelas produtoras de materiais de revestimento como azulejos, ladrilhos e utensílios domésticos [Estatística Industrial do Estado de São Paulo, 1931]. É a produção de materiais para edificações que nos interessa na presente exposição. Ainda referente às divisões existentes entre as indústrias produtoras de materiais cerâmicos, temos outras subdivisões em alguns dos produtores estudados e na documentação disponível para o estudo desse tema. Em São Paulo, as manilhas e os tubos utilizados para o abastecimento e o saneamento eram fabricados por algumas poucas fábricas especializadas. Já as telhas e os tijolos estes últimos ora configurando como material estrutural, ora apenas como material de vedação, são produzidos por fábricas diferentes. Essa subdivisão na fabricação de materiais cerâmicos é notada, sobretudo, na diferenciação dos produtores de tubos e manilhas que exigiam um emprego maior de tecnologia e, portanto, tinham maior valor agregado e de tijolos e telhas. Para alguns dos produtores estudados, há ainda a separação menos comum entre produtores de tijolos e de telhas. Tijolos, telhas, tubos e manilhas, por se configurarem como materiais cerâmicos oriundos da transformação da argila vermelha empregados na realização das edificações, como elementos estruturais e de vedação, configuram-se como os produtos objetos de nosso estudo. A produção desses materiais e o consequente desenvolvimento da indústria de cerâmica estão intimamente ligados ao desenvolvimento urbano da cidade de São Paulo no início do século XX. 2. O poder executivo desenhando a cidade urbanidades e industrialismos A cidade de São Paulo teve o seu primeiro prefeito, Antonio da Silva Prado, outorgado em Desde a Proclamação da República, dez anos antes, e a reorganização da Câmara Municipal, em 1892, a cidade contou com vários modelos de administração municipal, tendo sido governada pelas Intendências Municipais até a posse de Antonio Prado.

4 A necessidade de regulamentação dos espaços construídos da cidade foi significativa ainda no Império. A primeira organização das posturas municipais data de 1875 quando estava à frente da administração provincial João Teodoro Xavier de Matos, tendo sido revisadas e consolidadas em Desde a década de 1820, no entanto, a cidade de São Paulo já contava com algumas normativas esparsas que objetivavam a gestão do espaço urbano. Não nos sendo interessante retornar a tão longínquo período, temos que a administração de Antonio Prado recebeu a cidade sob as determinações do Código de Posturas de 1886, que continham em si muitas das regulamentações advindas de todo o período imperial e das Intendências Municipais [BARBUY, 2006, p.34]. Os intendentes, que ao longo da última década do século XIX tiveram sob sua responsabilidade a gestão dos espaços urbanos da capital paulista, lidaram com um vertiginoso crescimento demográfico; nesse mesmo período, o número de construções realizadas na cidade foi crescente [BRUNO, 1954, p.920]. São Paulo contava aproximadamente 19 mil prédios em 1895; vinte anos depois esse número seria de quase 54 mil [PICCAROLO & FINOCCHI, 1918, p.33]. A década de 1890 foi marcada pela a abertura de vários loteamentos, caracterizando o início de um processo de especulação fundiária que marcaria a história da cidade por décadas. Com o quadro geral do abrupto crescimento populacional da década de 1890 e a concentração de rendas na cidade, aliado às facilidades de obtenção de créditos, teve-se a valorização dos terrenos, principalmente nas áreas centrais. No mesmo período, muitas indústrias formadas no processo que ficou denominado como Encilhamento aproveitaram o período para se capitalizar. Diversas empresas fundadas na década de 1890 tiveram vida longa e fundamental importância na economia paulista, posto que a importância industrial de São Paulo pode ser verificada sobretudo a partir da década de Não obstante, assim como notado na economia do Rio de Janeiro, diversas associações bancárias, escritórios de importação e exportação, além de estabelecimentos comerciais foram liquidados, alguns inclusive sem nunca terem saído do papel [BRITO, 2000, p.111]. As primeiras indústrias produtoras de materiais cerâmicos empregados nas edificações organizaram-se na década de As obras Industria no estado de São Paulo em 1901, de Antonio Bandeira Junior, Impressões do Brazil no Século Vinte. Sua historia, seo povo, commercio, industrias e recursos, de W. Feldwick (publicada em Londres em 1913) e O desenvolvimento industrial de S. Paulo atravez da Primeira

5 Exposição Municipal, anteriormente citada, elencam as principais indústrias produtoras de materiais cerâmicos fundadas na década de Além disso, os almanaques comerciais editados no último decênio do século XIX também remetem aos produtores das olarias identificadas naquele período. O Almanach do Estado de São Paulo para o anno de 1895 e o Almanach do Estado de São Paulo para o anno de 1896, editados pela Companhia Industrial de São Paulo, apontam apenas duas olarias existentes na cidade São Paulo, sendo que entre elas não figuram as que constam no estudo de Bandeira Junior. Poucos anos antes, em 1891, o almanaque realizado pelo mesmo editor contara 57 olarias na cidade. E antes ainda, o almanaque de 1890, editado por Jorge Seckler, registrara apenas quatro olarias atuantes em São Paulo. As fábricas não foram citadas pelo nome do proprietário como havia sido comum nas edições das duas décadas anteriores, mas pelo nome da olaria. Assim temos na primeira parte da década de 1890 um levantamento realizado pela mesma editora que contou quase ano após ano um número diferente de olarias na cidade, quando não várias, pouquíssimas. O estudo de Antonio Bandeira Junior apontou a existência de três indústrias de produtos cerâmicos em São Paulo na década de 1890: a Irmãos Falchi, localizada na Vila Prudente e fundada em 1890; a Companhia Melhoramentos, situada em Caieiras, de 1883 e a Sensaud de Levaud, em Osasco desde Ainda, W. Feldwick, tendo realizado seu levantamento em 1913, citou as seguintes indústrias de cerâmica fundadas na cidade na década de 1890 e ainda atuantes quando da publicação de sua obra: a Companhia Melhoramentos (para ele, de 1890) e a Companhia Construtora de São Paulo e Santos (de 1898). Poucos anos depois, Piccarolo e Finocchi, ao tratarem das indústrias de cerâmica que dispuseram seus produtos na Exposição Municipal de 1917, trazem dados sobre a Companhia Mechanica e Importadora, de Feldwick, Piccarolo e Finocchi apresentam ainda outras indústrias de materiais cerâmicos, fundadas posteriormente. Ignorado nos três levantamentos, temos o Estabelecimento Sacoman Frères, de 1896 [BELLINGIERI, 2003, p.7]. Entre 1890 e 1900 a população de São Paulo quadruplicou, e significativa parcela desse contingente habitava e trabalhava nas franjas da cidade, em áreas então distantes das quais se debruçavam os engenheiros da prefeitura. Relevante parcela do contingente imigratório da última década do século XIX permaneceu na capital, em parte pelas possibilidades surgidas nas atividades urbanas e também pelas crises de exportação do café ocorridas nesse período. Ainda no início dos anos 1900, novas crises

6 decorrentes da superprodução manteriam a população na cidade. Junto a esse processo, e como uma das consequências da adoção das novas feições das áreas centrais e da expansão dessas, iniciou-se um processo de especulação fundiária que acabaria, ao longo das primeiras décadas do século XX, por afastar as camadas menos economicamente favorecidas da população. Ainda, como escopo teórico aos melhoramentos pontuais promovidos pela municipalidade, questões sanitárias e práticas higienistas foram empregadas, determinando as diretrizes a serem empregadas na realização de edificações, o que também acabava por sobrepujar a população mais pobre, alheia à requalificação do centro urbano. Tais medidas promoveram a construção de vilas operárias, em substituição aos insalubres cortiços. Dessa forma, as atenções do poder público concentraram-se na área central, núcleo não apenas do comércio e dos serviços adequados à nova realidade econômica e urbana da capital, mas também polo irradiador dos negócios do café, sede dos escritórios agroexportadores e vitrine do poder econômico paulista. Os subsequentes quase doze anos de gestão de Antonio Prado foram marcados pelos primeiros melhoramentos urbanos sistematizados da cidade. Sua gestão é tida pela historiografia como, essencialmente, de embelezamento da capital, preocupada em dotar a área central de uma estética europeia. Foi durante seu governo que a cidade passou a contar com serviços de abastecimento, iluminação e transporte, em contratos de concessão com companhias estrangeiras [BARROS, 2004, p.165]. A equipe de Antonio Prado remodelou a área central. O modelo das reformas urbanas empregadas por Pereira Passos no Rio de Janeiro reverberara, certamente, em São Paulo. A intenção dos gestores estava em dotar a capital paulista de novos padrões, mais adequados às novas funções urbanas e imbricados ao seu poderio econômico. Os limites da cidade já há décadas alcançavam outras paragens, pois alguns bairros industriais começavam a se estabelecer na primeira década do século XX [CAMPOS, 2002, p.91]. A gestão de Raimundo da Silva Duprat ( ) colocou à frente dos projetos para as áreas centrais Joseph-Antoine Bouvard, responsável pela execução de importantes obras, ainda que consideradas por alguns estudiosos apenas de melhoramentos, que modificariam significativamente as áreas limítrofes à zona central. O Plano Bouvard, aprovado em 1911, incluía a transformação das várzeas dos rios Tamanduateí e Anhangabaú em parques ajardinados e o primeiro anel viário da cidade, formado pelas atuais ruas Libero Badaró, Benjamin Constant e Boa Vista, além de

7 remodelações no entorno da Sé. Os interesses, contudo, permaneciam em dotar a capital que enriquecia dos ditames paisagísticos europeus. Era clara uma inspiração haussmanniana áreas ajardinadas, avenidas centrais e radiais ou perimetrais no entorno, configurando desenho urbano largo, quadras simétricas e logradouros retilíneos, criticada por Vitor Freire [SEVCENKO, 2009, p.115]. Além dos parques projetados para os limites da área central, Vitor Freire pôde, entre 1911 e 1914, executar algumas outras partes do planejamento previsto para a gestão dos espaços urbanos além-anhangabaú, em direção aos limites oestes da cidade, iniciando pela Avenida São João, seguindo o eixo de expansão das elites comandantes das forças produtivas, que passara a habitar os bairros de Higienópolis e Perdizes, alcançando o morro do Caagaçu e a Avenida Paulista. No fim do governo de Raimundo Duprat, e diante de um novo quadro de necessidades da gestão urbana da cidade, outras demandas por um planejamento que não atacasse apenas os melhoramentos urbanos e as políticas de saneamento, começaram a se fazer presentes. Washington Luís Pereira de Sousa ( ) não apenas iniciou seu mandato sob os auspícios das novas necessidades da gestão do crescimento urbano, mas também teve de enfrentar um conturbado período político, econômico e social. A Diretoria de Obras e Viação iniciou em 1914 a execução do Parque da Várzea do Carmo, contíguo aos bairros fabris do Brás e da Mooca. O desenho Parque Várzea do Carmo, elaborado por Francisque Cochet, previa a construção do Palácio das Indústrias, terminado em 1924, mas utilizado pela primeira vez na Exposição Municipal de As principais atenções do poder público não estavam, contudo, em atender às necessidades prementes dessas áreas, mas, em meados da década de 1910 a cidade já apresentava uma compactação significativamente diversa. As greves gerais iniciadas em 1917, somadas às altas inflacionárias no período da Primeira Guerra Mundial, colocaram na ordem do dia questões sociais atreladas às necessidades de gestão do espaço urbano, sobretudo para população empregada na indústria. No final da década de 1910, a cidade contava já com meio milhão de habitantes e os níveis de emprego eram significativamente oscilantes. Os capitais oriundos da exportação de café eram ainda importantes para a economia paulista, mas, sobretudo após a Primeira Guerra Mundial, a indústria e a renda gerada nessa atividade notadamente urbana e as consequências no crescimento da cidade, passa a orientar os caminhos tomados na gestão dos espaços. Washington Luís, que depois ocuparia os cargos de Presidente do Estado de São Paulo e Presidente

8 da República, e ganharia fama como construtor de estradas, já como prefeito de São Paulo demonstrara essa preocupação, dando atenção à abertura e ao melhoramento das ligações das áreas mais distantes do núcleo urbano central. A diminuição do poder de importação no período da Primeira Guerra Mundial, pelo encarecimento dos produtos externos, tencionava corrigir os desequilíbrios e socializar as perdas [FURTADO, 1963, p.238]. O quadro existente, para Furtado, no início da década de 1920, justificou uma transição para o sistema industrial. As tentativas de valorização da economia cafeeira em uma década de superprodução foram bem sucedidas, a partir principalmente de investimentos estrangeiros, até a crise de A economia por ele denominada tipicamente colonial sucumbiu então em definitivo. A partir daí, com o deslocamento do centro dinâmico da economia, o crescimento industrial pôde ter lugar. No entanto, o crescimento industrial esteve subordinado à economia cafeeira, e foi consolidado a partir da década de Dessa tese se deduz que o processo de industrialização só foi possível a partir da necessidade de substituição das importações. Para Warren Dean, o surto industrial paulista está ligado ao papel do importador, que gerou as condições para esse processo, por diversos fatores imbricados à prática comercial, especialmente à intimidade dos comerciantes para a obtenção de créditos e à necessidade de equipamentos importados para o funcionamento das fábricas [DEAN, 1971, p.26]. Wilson Cano debate a tese de Dean e explora o denominado complexo cafeeiro, para justificar o desenvolvimento industrial paulista. A urbanização de São Paulo e o desenvolvimento da indústria estão atrelados, para a historiografia corrente, ao desenvolvimento do complexo cafeeiro, termo cunhado por Wilson Cano. Além disso, o processo de urbanização paulistano encontra semelhanças em outras capitais brasileiras que passaram pelo mesmo processo, pois sua gênese acha-se, sobretudo, atrelada às condicionantes econômicas, mas não apenas a elas. As características da produção cafeeira estabelecida de forma cíclica, possibilitaram, para Wilson Cano, o investimento dos recursos (gerados nas fases de expansão), em infraestrutura e serviços, quando na fase de baixa lucratividade na venda do café [CANO, 1977, p.136]. O complexo cafeeiro permitiu, pois, a partir dos investimentos nos setores urbanos advindos da prática de diversificação de capitais, o desenvolvimento da indústria de bens de consumo na capital paulista, o que se refletiu no adensamento populacional e, consequentemente, por exemplo, na fabricação de materiais cerâmicos

9 para edificações. Não obstante o capital cafeeiro não ter sido empregado diretamente na produção industrial cerâmica como expõe Cano, ocorreu em vários setores fabris foi a renda gerada na diversificação dos investimentos agroexportadores, imbricado a um projeto de urbanização, que resultou no desenvolvimento urbano paulista. Os efeitos da Primeira Guerra Mundial no desenvolvimento industrial de São Paulo foram apontados por alguns autores como importantes na fundação de novas empresas. De fato, o número de indústrias apresenta um relativo crescimento em meados da década de 1910, mas devem ser relativizados. Outros fatores como o crescimento populacional, o aumento na oferta de serviços urbanos e a expansão dos limites da cidade devem ser considerados. Uma ligeira mudança na produção dos bens industriais pode ser notada após o fim da Guerra; antes notadamente de consumo, a partir da década de 1920, há uma diversificação na produção, com as primeiras indústrias de produção de bens de capital, insumos industriais e bens de consumo duráveis. Não obstante o quadro de aumento no número de indústrias entre 1890 e 1920, para alguns autores o primeiro surto significativo do crescimento industrial paulistano ocorreu em meados da década de Pasquale Petrone aponta que em 1918 a cidade de São Paulo possuía menos de dois mil estabelecimentos fabris e 14 anos depois, em 1932, cerca de 2100 indústrias. No entanto, em 1947 já possuía doze mil fábricas e, no período de elaboração de seu texto, A cidade de São Paulo no século XX, de 1955, a capital apresentava vinte mil estabelecimentos. Ainda assim, antes da década de 1930, São Paulo já se consolidara como maior centro industrial da América do Sul. O processo de concentração industrial em São Paulo teve seu ápice no final da década de 1920, em oposto a outras regiões brasileiras, incluindo a Guanabara e o Rio de Janeiro. Com a introdução de indústrias produtoras de bens de capital em um vasto mercado consumidor e ao mesmo tempo produtor, São Paulo destacou-se no cenário industrial nacional [CANO, 1977, p.254]. A indústria paulistana tem como primeiro arranque a concentração de capitais possibilitada pela economia cafeeira. Ainda, atrelada ao movimento migratório, que, entre a última década do século XIX e os anos 1910, passa a concentrar-se na capital, apresenta, pois, para alguns estudiosos, os elementos clássicos da primeira revolução industrial. A acumulação de capital no centro urbano possibilitou o desenvolvimento do projeto moderno de urbanização, imbricado à rede de serviços, demandada por este mesmo crescimento. A indústria de bens de consumo tem lugar nesse processo.

10 O estabelecimento da indústria de materiais cerâmicos em São Paulo no início do século XX, precedido por uma produção oleira, praticada em inúmeras pequenas fábricas, se insere nesse processo. Ao mesmo tempo em que um processo industrial de fabricação de materiais de construção pôde ser verificado antes mesmo da industrialização da cidade no segundo quartel do século XX, uma significativa produção oleira conviveu com essas indústrias até pelo menos a década de A compreensão do quadro de desenvolvimento industrial em que se coloca a produção cerâmica da cidade contribui para a ampliação das questões a ela relacionadas, assim como seu desvelamento auxilia no entendimento dos processos urbanos projetados e sentidos na cidade nesse período. O quadro 1, abaixo, dispõe o número de profissionais da indústria de materiais de construção registrados junto à municipalidade entre os anos de 1903 e 1920, a partir do lançamento de impostos de indústria e profissões. O número de oleiros registrados pela municipalidade foi crescente nos primeiros vinte anos do século XX. Entretanto, o número de licenças expedidas para extrair argila das várzeas dos cursos d água nos mesmos anos foi decrescente: em 1906 primeiro ano em que o número de licenças é registrado, cinco licenças; entre 1915 e 1925 nenhuma licença foi expedida. Em uma das possibilidades de análise suscitada por esses dados, podemos inferir uma concentração de mercados da exploração da matéria-prima. Quadro 1 Profissionais relacionados à indústria cerâmica e de materiais de construção registrados entre 1903 e 1920 Oleiros Fabricantes de louça de barro Fabricantes de louça de porcelana Mercadores de material de construção Nenhum Nenhum Fonte: Tabella estatística de arrecadação do imposto de industria e profissões, no exercício de 1906, 1907, 1910, 1915 e Relatórios de Prefeito apresentados a Câmara de São Paulo. Seção de Lançamentos do Thesouro Municipal de S. Paulo. São Paulo: Typographia da Vanorden e Co. Nos anos finais da década de 1920 a indústria cerâmica se constituiria como o setor com o maior número de fábricas e o terceiro em operários em São Paulo atrás apenas das indústrias têxteis e de madeira, como podemos perceber na série Estatística Industrial do Estado (1928 a 1937). No entanto, o valor total das produções era irrisório

11 para a economia estadual, em torno de 1,5% a 2%. As empresas produtoras de materiais cerâmicos empregado em edificações apresentavam uma produtividade três vezes menor do que as indústrias de louças brancas, que dominariam, na década de 1930, metade da lucratividade do comércio de cerâmicas no Estado. As indústrias de louças brancas apresentavam-se em menor número, mas produziam materiais mais sofisticados. 3. A produção industrial paulistana na Exposição Municipal progressismos A Exposição Municipal de 1917, organizada pelo prefeito Washington Luís Pereira de Sousa, pretendia tornar pública a importância da produção industrial paulistana. Divulgada nos veículos da imprensa e, posteriormente, na obra redigida por Piccarolo e Finocchi, sua realização no Palácio das Indústrias ainda em construção, está intimamente ligada às grandes reformas urbanas de importantes espaços públicos, no caso, o Parque da Várzea do Carmo (depois, Parque Dom Pedro II), projetado pelo arquiteto Francisque Cochet e executada por Joseph-Antoine Bouvard, sob os auspícios de Vitor da Silva Freire. Inaugurada em setembro de 1917, a Exposição Municipal consistiu na organização de diversos estandes para cada uma das mais importantes indústrias existentes na capital naquele ano disporem exemplares de seus produtos, fotografias de suas instalações, maquinários empregados construídos aqui ou importados, além de possibilitar o contato entre os empresários. O Palácio, financiado pelo governo estadual, seria o principal monumento do Parque inaugurado em 1922, em comemoração ao centenário da Independência. O edifício ficou pronto, contudo, apenas em Projetado por Domiziano Rossi, do escritório de Ramos de Azevedo. Rossi já havia projetado o pavilhão de São Paulo na Exposição Internacional do Rio de Janeiro em 1908 evento este realizado para a comemoração do centenário da abertura dos portos por D. João VI em A linguagem arquitetônica do edifício pretendia transmitir o poderio agrícola do estado paulista, tanto em suas dimensões quanto em seus elementos decorativos. Diversas exposições agrícolas foram realizadas no estado de São Paulo na primeira década do século XX, durante a gestão de Antonio da Silva Prado, prefeito entre 1899 e A Exposição Municipal de 1917, voltada para a divulgação da produção industrial da capital insere-se na mesma lógica das exposições agrícolas. O Palácio das

12 Indústrias, monumento integrante do projeto do Parque da Várzea do Carmo, foi concebido originalmente para abrigar tais exposições. Antonio Piccarolo e Lino Finocchi descrevem o projeto do Palácio em seus pormenores, atentando para os equipamentos dos quais o complexo seria dotado para o seu destino inicial. Além disso, assumem a rebuscada linguagem arquitetônica, em muito semelhante ao pavilhão projetado por Rossi para a Exposição do Rio de Janeiro de 1908, pois o partido do Palácio das Indústrias (...) está intimamente de accôrdo com o fim a que o mesmo se destina: conserva-lhe o aspecto monumental, estylizando motivos rusticos e dando-lhe a apparencia de uma sunptuosa granja [seus elementos decorativos] fazem lembrar uma villa rustica de opulento proprietario das peninsulas latinas da velha Europa [PICAROLLO & FINOCCHI, 1918, p.88]. Desde 1875 realizaram exposições agroindustriais na cidade de São Paulo. A primeira ocorreu nas dependências da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e tinha como objetivo preparar os produtores paulistas para a Exposição da Filadélfia de Anos depois, em 1900, o Brasil e São Paulo, principalmente, figuraria nas paginas da Revista Industrial, levada à Exposição Universal de Paris. A participação em eventos dessa natureza foi utilizada pelos produtores como objeto propagandístico, impregnando-os assim de uma meta de qualidade aliada ao pretenso progresso almejado no início do século XX [BARBUY, 2006, p.83]. Ainda na primeira década do século XX foram realizadas duas exposições em São Paulo, em 1902 e em A Exposição Municipal de 1917 figura, sem dúvida, como a maior e mais elaborada delas, culminando com a edificação de uma construção dedicada à ela. Com a alegoria e a inscrição Progresso estampadas na fachada, o Palácio das Indústrias pretendia concatenar tanto a necessária produção agrícola quanto o cobiçado desenvolvimento industrial [LIMA, 2008, p. 41]. A edição do Estado de S. Paulo do dia 30 de setembro de 1917 divulgara a Exposição, que constituiria (...) um alto acontecimento da nossa vida citadina. Lavradores, industriaes, negociantes e mesmo operarios encontrarão alli um limpido espelho, através do qual possam ver quanto vale o esforço das iniciativas intelligentes, amparado por uma actividade verdadeiramente yankee [PICAROLLO & FINOCCHI, 1918, p.80]. O discurso proferido pelo prefeito Washington Luis na inauguração da Exposição também é revelador das intenções em dotar a opinião pública sobre o pleno desenvolvimento da indústria paulistana, pois São Paulo (...) está-se preparando para

13 ser um grande centro industrial, alguma coisa como Chicago e Manchester juntas; e esta esposição vem reaffirmar essa esperança consoladora, e que nos permitte repetir esses conceitos [IDEM, p.82]. As cidades de Chicago e Manchester abrigaram exposições industriais desde meados da segunda metade do século XIX, inspirando o prefeito Washington Luis na sua pretensiosa fala. Podemos notar a concordância com os projetos urbanos adotados, que procuravam modificar o espaço urbano e adequá-lo, ainda que majoritariamente nas áreas centrais e apenas para uma parcela da população, à realidade do desenvolvimento econômico industrial. Não obstante o tom ufanista presente em toda a obra de Antonio Piccarolo e Lino Finochi Nasceu predestinado a representar a vanguarda deste grande Brasil [IDEM, p.9], a obra de significativo vulto traz uma preciosa coletânea de dados sobre a economia da cidade nas duas primeiras décadas do século XX. Ainda assim, o notável desenvolvimento econômico da capital é atribuído ao espirito entraprehendedor dos paulistas e à sua história de superação desde o período colonial. Marcada por uma historiografia recorrente do momento em que foi escrita, a obra não tem diminuída sua importância, dado o esforço de sistematização dos dados disponibilizados por diversos órgãos públicos, notadamente de arrecadação fiscal, e pelas indústrias que estiveram presentes na Exposição, além do compêndio da historiografia então corrente sobre a cidade e o estado de São Paulo. A intenção de divulgar o crescimento industrial e sua importância na paisagem e no desenvolvimento urbano da cidade está posta em toda a obra. Podemos localizar assim a realização da Exposição no projeto da municipalidade, conjuntamente às obras de melhoramentos urbanos, de dotar a cidade de novos parâmetros, novas estéticas, condizentes ao enriquecimento da cidade e do aumento de sua importância para a economia nacional. A produção industrial de cerâmica construtiva foi representada na Exposição Municipal através de algumas das maiores indústrias fabricantes de telhas, tijolos, manilhas e tubos atuantes em São Paulo na década de Sobre a produção desses materiais, disseram os autores: Encontrais a indústria de ceramica para a construcções, num adiantamento e numa abundancia que as emparelham com as congeneres em qualquer parte do mundo: a de louças prosperando com o kaolim, com argila, o granito e o quartzo de São Paulo; a de vidros, a de garrafas com os materiaes que o Tieté em suas margens e em suas varzeas não se cansam de fornecer [IDEM, p.28].

14 Ao final da obra O desenvolvimento industrial de S. Paulo atravez da Primeira Exposição Municipal, os autores listam na seção Outros expositores duas indústrias de cerâmica que não foram apresentadas na obra, mas exibiram seus produtos na Exposição, a Companhia de Ceramica Industrial de Osasco e a Ceramica Vila Prudente. Ainda, disponibilizam algumas informações sobre as outras indústrias cerâmicas que estiveram presentes no Palácio em A Companhia de Ceramica Industrial de Osasco, apresentada brevemente na seção Outros expositores produzia tubos Grés vidrados para saneamento e drenagem. Podemos ter, a partir dessa informação, um indício da possível associação entre essa indústria e aquela levantada por Antonio Bandeira Junior em 1901, a Sensaud De Levaud e Co, produtora desde 1899 de produtos cerâmicos empregado em instalações sanitárias e, segundo Bandeira Junior, já no início do século XX, de significativa importância. Na mesma seção Outros expositores, Piccarolo e Finocchi citam a presença da importante Companhia Ceramica Vila Prudente na Exposição sem, contudo, apresentar outras informações. A Companhia Progresso Paulista que tem seu ano de fundação atribuído por W. Feldwick como 1910, fabricante de manilhas para o sistema de abastecimento de água e recolhimento de esgotos da capital também mereceu a atenção dos autores. A fundação da fábrica, datada por eles como 1890, é atribuída a Francisco Luiz de Souza. Foi esta indústria umas das principais fornecedoras dos materiais empregados nas construções do Estado. Ainda ao tratarem das indústrias cerâmicas presentes na Exposição Municipal, Piccarolo e Finocchi nos apresentam a Companhia Mechanica e Importadora, já citada. Sediada no bairro do Pari, a fábrica formada em 1890 por Alexandre Siciliano teve fundamental importância na construção de máquinas para beneficiamento de café e maquinismos para lavoura, além de carpintaria e oficinas agrícolas. E, mais, possuía uma fundição de metal responsável pela construção de estruturas utilizadas em obras públicas. As indústrias cerâmicas que participaram da Exposição Municipal foram poucas, pois apenas tiveram lugar no Palácio em 1917 as maiores indústrias da cidade naquele período. No entanto, ainda assim algumas outras importantes empresas produtoras de tijolos, telhas e manilhas que podemos identificar como significativas para a produção industrial da cidade não estiveram presentes na Exposição Municipal. Contudo, entendemos ter sido esse evento e sua posterior divulgação através da obra de Piccarolo

15 e Finocchi, importante ação no sentido de possibilitar o reconhecimento do papel da indústria nas transformações urbanas ocorridas na cidade. A indústria cerâmica é apenas um desses ramos, composta não apenas pelas grandes indústrias dentre as que estiveram e as que não estiveram na Exposição, mas também pelas pequenas e médias olarias que permaneciam produzindo os materiais construtivos empregados nas edificações da cidade. A partir dessa documentação podemos estender nossa compreensão sobre quais indústrias cerâmicas estavam presentes nesse processo, e o sentido que possuíam no processo de desenvolvimento industrial da cidade. A Exposição Municipal de 1917 é apenas uma tomada desse quadro. O desenvolvimento da indústria paulistana no período entre , da Primeira Guerra Mundial, tratado exaustivamente pela historiografia corrente, encontra um primeiro momento de crise por queda nas importações e, consequentemente, um significativo e fundamental sobressalto. A produção de materiais de construção cerâmicos não possui nessa equação relação direta, pois é endógena, tanto antes quanto durante a Guerra, mas é de qualquer forma afetada por outras variantes, dentre elas o crescimento urbano da capital e o adensamento populacional, além do desenvolvimento tecnológico, especialmente de bens de capital ainda que nesse período essa fosse uma proto-indústria, pois só iria se desenvolver após a década de Considerações finais A partir da compreensão das ações e da lógica da gestão do crescimento urbano de São Paulo e do processo de industrialização podemos explicitar o papel e as características das fábricas produtoras de materiais cerâmicos que atuaram na cidade no início do século XX. A Exposição Municipal realizada em 1917 e sua posterior divulgação na obra O desenvolvimento industrial de S. Paulo atravez da Primeira Exposição Municipal, são significativas das novas relações capitalistas que deram forma ao mundo urbano pós-industrial. A cidade, locus da transformação iniciada nos últimos anos do século XIX, foi tomada por um crescimento populacional e econômico, que estendeu seus limites, modificou suas estruturas, demandou grandes intervenções para que o espaço urbano pudesse se estabelecer e se constituir, ao mesmo tempo em que se davam suas transformações econômicas e sociais. Algumas indústrias produtoras de materiais cerâmicos estiveram presentes na Exposição Municipal. Outras, dentre grandes fábricas e médias, ou mesmo, pequenas

16 olarias, também essas todas integrantes do ramo de produção de materiais para construção, não expuseram seus produtos em Ainda assim, ao confrontarmos a documentação, é interessante notar quais indústrias participaram do evento naquela década. Sobretudo, ao estudarmos a Exposição Municipal, podemos perceber suas imbricações às transformações urbanas e econômicas da cidade no início do século XX. A formação do capital industrial em São Paulo teve suas bases na cafeicultura. O direcionamento das rendas geradas na exportação do café, a diversificação, para alguns estudiosos, possibilitada pelo complexo cafeeiro, tornou a cidade seu polo irradiador e articulador. O desenvolvimento industrial veio junto às transformações tecnológicas e econômicas. A formação do capital industrial notadamente, nas décadas iniciais do século XX, uma indústria de bens de consumo, fundamentou as relações capitalistas que tomam forma no mundo urbano. Nesse sentido, podemos encontrar uma reafirmação das cidades brasileiras como um todo, não apenas São Paulo. Outras cidades surgem, ainda que sobre as antigas, herdeiras de outros momentos econômicos, políticos e sociais. Esses novos espaços urbanos estavam, pois, adequando-se às intensas transformações econômicas, às novas relações de produção. Os processos de urbanização e seus impactos na divisão social do trabalho estiveram no cerne dos estudos de alguns teóricos que se debruçaram sobre o meio urbano; os processos históricos de transformação das cidades é outra abordagem possível, atenta às mudanças ocorridas nos espaços urbanos. Outros autores, voltados à discussão específica da história da construção na cidade de São Paulo centram-se na lógica da formação de um complexo industrial da construção, em que tanto a produção dos materiais empregados nas edificações quanto a força de trabalho utilizada na realização dos prédios passam por uma lógica que atende às demandas do capital monopolista no início do século XX, implicando em uma divisão do trabalho que segregou os trabalhadores da construção [PEREIRA, 2004, p.165]. Ainda junto a tudo isso, as características desse espaço encontram lugar entre aqueles que discutem as questões urbanas. Para parte da historiografia sobre o desenvolvimento das cidades, as relações entre o homem e o meio urbano e, assim, a construção da cidade, se dão no mercado, na reprodução do mercado, o que provoca diferentes reações dos indivíduos ao se relacionarem com o mundo urbano. Os estudos sobre a urbanização, seus fenômenos e questões da mesma forma reverberam de diferentes maneiras entre aqueles que sobre eles se debruçam. Há, pois, uma busca pelo

17 entendimento dos processos sociais que decorrem das intensas transformações proporcionadas pelo espaço urbano. 5. Bibliografia e fontes Almanach do Estado de São Paulo para Oitavo anno. São Paulo: Editora Companhia Industrial de São Paulo, Almanach do Estado de São Paulo para o anno de Organisado por Canuto Thorman. BANDEIRA JUNIOR, Antonio Francisco. Industria no estado de São Paulo em São Paulo: Typ. Diario Official, BARBUY, Heloisa. A cidade-exposição: comércio e cosmopolitismo em São Paulo, São Paulo: EDUSP, BARROS, Edgard Luiz. Desenvolvimento e planejamento urbano em São Paulo durante a República Velha. Revista do Arquivo Municipal, nº 202, edição Antologia, São Paulo, Departamento do Patrimônio Histórico, BELLINGIERI, Julio César. A indústria cerâmica em São Paulo e a invenção do filtro de água: um estudo sobre a cerâmica Lamparelli Jaboticabal ( ). Araraquara: Dissertação de Mestrado em Economia, UNESP, BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo: Perspectiva, BRITO, Mônica Silveira. A participação da iniciativa privada na produção do espaço urbano. São Paulo, São Paulo: Dissertação de Mestrado em Geografia Humana, FFLCH USP, BRUNO, Ernani Silva. História e tradições da cidade de São Paulo. Rio de Janeiro: José Olympio, CAMPOS, Cândido Malta. Os rumos da cidade. Urbanismo e modernização em São Paulo. São Paulo: Senac, CANO, Wilson. Raízes da concentração industrial em São Paulo. Rio de Janeiro: Difel, Completo Almanak administrativo, commercial e profissional do Estado de São Paulo para 1895 contendo todos os municípios e distritos de paz. Nono anno. Reorganisado segundo os decretos por Canuto Thorman. São Paulo: Editora Companhia Industrial de São Paulo, DEAN, Warren. Industrialização de São Paulo, São Paulo: Difel, Estatística industrial do Estado de São Paulo 1931, 1932 e São Paulo: Typ. Garraux, 1933, 1934 e 1935.

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