Estudos Linguísticos e Literários: Saberes e Expressões Globais ISSN X Foz do Iguaçu, 2011

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1 EROS E TÂNATOS EM O TURISTA APRENDIZ: AS METÁFORAS SEXUAIS EM VITÓRIA-RÉGIA, DE MÁRIO DE ANDRADE GEBRA, Fernando de Moraes (UNILA) 1 Introdução Em maio de 1927, Mário de Andrade ( ) realizou uma viagem pela Amazônia, registrando suas impressões em um diário composto por crônicas de viagem, intitulado O turista aprendiz: Viagens pelo Amazonas até o Peru, pelo Madeira até a Bolívia por Marajó até dizer chega. Esse diário foi publicado em 1976 em edição preparada por Telê Ancona Lopez. Junto a esse diário, há as crônicas escritas na viagem que o escritor fez pelo Nordeste em 1928, também intitulado O turista aprendiz: Viagem etnográfica. Segundo Telê Ancona Lopez, o título O turista aprendiz poderia ser uma homenagem a Paul Dukas, compositor bastante valorizado pelos modernistas, autor de O aprendiz de feiticeiro (1976, p. 30). A viagem à Amazônia ocorreu de 13 de maio a 15 de agosto de Em cartas escritas a Manuel Bandeira, é possível perceber certa inquietação com a viagem, que seria feita ao lado de dona Olívia Guedes Penteado (cognominada A Rainha do Café), Paulo Prado (autor de O retrato do Brasil), Afonso de Taunay e mais uma pessoa que o autor desconhece. Porém, houve mudanças na comitiva: no lugar dos dois intelectuais que viajariam com Mário e dona Olívia, havia a sobrinha da Rainha do Café, Margarida Guedes Nogueira (Mag) e a filha de Tarsila do Amaral, Dulce do Amaral Pinto (Dolur). A situação é constrangedora para nosso turista aprendiz, que além de ter de vencer resistências internas com viagens, precisa se acostumar com o fato de ser o único homem 1 Fernando de Moraes Gebra; UNILA; fernandogebra@yahoo.fr. 1

2 entre uma mulher da aristocracia paulista e duas adolescentes. Sobre essa viagem, assim se posiciona Telê Porto Ancona Lopez: A viagem à Amazônia, a julgar-se pelos textos de 1927 e 1928 que dela resultaram, foi claramente marcada pela preocupação etnográfica, com Mário de Andrade procurando entender uma particularidade do Brasil através da observação da vida do povo. Ela teria também lhe mostrado a necessidade de pôr logo em prática seu velho projeto de visita ao Nordeste, desejando agora realizar uma pesquisa mais sistemática em uma região que se oferecia tão rica em tradição musical popular (1976, p. 19). No arquivo Mário de Andrade, do Instituto de Estudos Brasileiros na Universidade de São Paulo, encontramos várias pastas com anotações para projetos de livro e isso inclui O turista aprendiz, até mesmo com capa esboçada. Nesse sentido, Telê Ancona Lopez esclarece que é muito comum haver mudanças nos projetos de obras de Mário de Andrade, feita com ampla pesquisa e reunião de material, esboços, rascunhos, que no final acabam sendo transformados em artigos, conferências, ou até mesmo o autor não dá prosseguimento a seu intuito. Tem-se a sensação de que algo ficou incompleto. É o sentido de uma poética da fragmentação, que se relaciona a mudanças estruturais ocorridas no século XX, considerando a passagem para os tempos modernos, marcados pela imigração, urbanização e industrialização, transformações profundas, tendentes a configurar um quadro econômico-estrutural mais complexo que o sistema agrário-exportador herdado do Império (LAFETÁ, 1974, p. 16). É importante considerar o contexto urbano-industrial, bem como o imaginário que se produz como forma até mesmo de resistência à opressão resultante da vivência nesse espaço, em que Macunaíma, por exemplo, não pode vencer a máquina e se tornar imperador das filhas da mandioca, pois a máquina não é nenhum deus, nenhuma entidade mítica do primitivo mundo amazônico observado por Mário de Andrade em sua viagem etnográfica, com os povos tradicionais ainda não totalmente devastados pela civilização da máquina. 2

3 Então resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também imperador dos filhos da mandioca. Mas as três cunhãs deram muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga, que não tinha deus e que com a máquina ninguém não brinca porque ela mata. A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto. Era feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com água com vento com fumo, os homens aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré acreditou? nem o herói! (1997, p.41). A identidade, no projeto de Mário de Andrade, passa a ser poetizada no embate entre dois mundos, considerando um argumento da antropologia evolucionista: o primitivo, marcado pelos povos tradicionais e pelas narrativas orais; e o civilizado, pelo mundo da máquina e o aceleramento da modernidade. A poetização da temática da identidade na obra ficcional de Mário de Andrade ocorre de diversas maneiras nos muitos momentos de sua produção artística. Do início da década de 1920 até a morte do autor, em 1945, podemos perceber diferentes posições, tanto no campo estético como no campo ideológico. Essas oscilações foram assim definidas por João Luiz Lafetá: Distinguimos o projeto estético do Modernismo (renovação dos meios, ruptura da linguagem tradicional) do seu projeto ideológico (consciência do país, desejo e busca de uma expressão artística nacional, caráter de classe de suas atitudes e produções) (1974, p. 12). Como categorias complementares, com pontos de tensão e atrito, estético e ideológico são dimensões que situam o texto literário em uma perspectiva histórico-social. Texto e contexto devem estar, segundo Antonio Candido, em um processo de interpretação dialeticamente íntegra, com os elementos externos (sociais, políticos, econômicos, filosóficos, psicológicos) integrados na estrutura interna do texto (1973, p.7). Dessa forma, no contexto urbano-industrial dos anos 20, junto ao movimento das máquinas (dimensão histórico-social) há a rapidez e a velocidade das narrativas fragmentadas (dimensão estética) que procuram dar conta do dinamismo da sociedade industrial ou, em muitos casos, negar esse espaço social, buscando alternativas e outros aspectos de temporalidade menos acelerados, abarcando o mundo dos sonhos e os estratos psíquicos mais profundos, ou até mesmo, as experiências metafísicas. As crônicas de viagem de Mário de Andrade são, nesse sentido, uma tentativa de fixar instantes, misturando documento com fantasia, realidade com ficção. São verdadeiros exercícios literários que serão posteriormente aproveitados em outros projetos, como os poemas de Clã do 3

4 jaboti (1927), a rapsódia Macunaíma (1928) e a ficção inacabada Balança, Trombeta e Battleship (1994). Nas crônicas escritas na Amazônia, além dos recursos expressivos responsáveis pela configuração da paródia em boa parte dos fragmentos, o narrador-cronista acentua o uso da função poética em Vitória-régia, de 7 de junho, objeto de estudo do presente artigo. Na nota de Telê Ancona Lopez, pode-se verificar que esse fragmento não é texto original do diário de viagem. Sobre a gênese desse texto, a autora comenta que Mário queria fazer um poema com o motivo da vitóriarégia, no entanto, após conselho de Manuel Bandeira, resolveu transformá-lo em fragmento de prosa, resultando numa das páginas d O turista aprendiz. O estudo dessa crônica segue princípios teórico-medológicos estabelecidos pela Semiótica de Algirdas Julien Greimas. A Semiótica concebe as relações de sentido estabelecidas em um texto pelo percurso gerativo de sentido, que é uma sucessão de três patamares, mostrando como se produz e interpreta o sentido, num processo que vai do mais simples ao mais complexo: nível fundamental (profundo), nível narrativo e nível discursivo. O nível narrativo, responsável pela conversão de valores axiológicos do nível fundamental em objetos desejados por sujeitos, situa-se entre as estruturas mais concretas (nível discursivo) e mais abstratas (nível fundamental). Nesse nível intermediário, encontram-se estruturas como um sujeito que entra em conjunção ou disjunção com um objeto. Já no nível discursivo, essas mesmas estruturas são revestidas de termos que lhe dão concretude. Assim, os esquemas narrativos são assumidos pelo sujeito da enunciação que os converte em discurso, por meio de "escolhas" de pessoa, tempo, espaço e figuras feitas por esse sujeito que "conta" a narrativa. "O discurso nada mais é, portanto, que a narrativa 'enriquecida' por todas essas opções do sujeito da enunciação, que marcam os diferentes modos pelos quais a enunciação se relaciona com o discurso (BARROS, 2001, p. 53). O estabelecimento de percursos figurativos torna-se extremamente importante na análise textual, uma vez que a reiteração de temas e a recorrência de figuras no discurso, chamada isotopia, assegura as possíveis leituras de um texto. Embora o texto literário seja plurissignificativo, as possibilidades de leitura não são infinitas, elas são determinadas pelo exame dos traços semânticos, abstratos e figurativos que se repetem no discurso. 4

5 No caso específico da crônica Vitória-régia, minha leitura pauta-se no processo gradativo de abertura da flor, com temporalidades marcadas no discurso. Em alguns de seus textos, Mário de Andrade estabelece essas relações de semelhança entre flores e mulheres, considerando o traço sêmico comum de abertura para a vida sexual. Vitória-régia convida-nos a intratextualidades com o conto O besouro e a Rosa (1923) e o poema XII do Losango cáqui (1926), pois os três textos apresentam a isotopia da abertura metafórica para a sexualidade, na passagem da inocência primeira para o aprendizado da vida afetiva. No poema, o eu-lírico explicita a comparação das flores com as mulheres: No entanto é já bem corriqueira/ Esta comparação de flores e mulheres. Ao comentar o poema, Raquel Illescas Bueno menciona a mistura sensual de odor e rosas, bem como o prolongamento da sinestesia, remetendo à ação dos insetos sobre a matéria frágil das flores, e se completa com a explicitação: agora, são rosas abertas (1992, p. 840). No fragmento do diário, o processo de metáfora relacionado ao despertar da sexualidade, tal como ocorre com a personagem Rosa do conto O besouro e a Rosa, ocorre com a expressão cumprindo o seu destino de flor (p. 86), que se dá gradativamente no texto, por meio das figuras esperando a manhã de ser flor, flor enorme principia branquejando (p. 86), pétalas vão se libertando, um cheiro encantado leviano balança, a vitória-régia principia roseando toda, Roseia, roseia, fica toda cor-de-rosa, aroma gostoso, a vitória-régia toda roxa, quase no momento de fechar outra vez e morrer, coração nupcial da grande flor, encerra na noite o seu destino de flor (p. 89). Como se vê, a figura flor é repetida várias vezes no texto, sendo, pois, no nível narrativo do texto, o actante-sujeito que precisa realizar a performance, isto é, a sua transformação de botão em flor mais perfeita do mundo (p. 89). Esse percurso narrativo realiza-se num curto espaço de tempo, tal como se depreende das expressões que configuram a temporalidade do texto: boca-danoite, noite chegando, encerra na noite enorme (p. 89). Em oposição à escuridão da noite, encontramos a coloração branca, que pode fazer parte da isotopia da temporalidade, representando a manhã de ser flor (p. 86) e o tempo matinal (p. 89). 5

6 O percurso figurativo da coloração branca marca também o primeiro estágio de transformação dessa flor: [ ] a flor enorme principia branquejando a calma da lagoa. Pétalas pétalas vão se libertando brancas brancas em porção, em pouco tempo matinal a flor enorme abre um mundo de pétalas pétalas brancas, pétalas brancas e odora os ares indolentes. (p ) O trecho supracitado é rico em imagens poéticas, como a flor que branqueja a calma da lagoa, abrindo muitas pétalas brancas. Os efeitos poéticos são obtidos mediante a redundância, uma das propriedades do gênero lírico, que consiste na repetição de signos, significantes e significados da estrutura textual, acentuando e criando novos significados por meio dessa repetição. Para Emil Staiger, somente a repetição impede a poesia lírica de desfazer-se (1972, p. 30). Dessa forma, no trecho examinado, há duas recorrências da figura flor, cinco da figura pétalas, cinco da figura brancas (considerando o verbo branquejar ). O cromatismo é acentuado no trecho que acabo de comentar. A cor branca parece se misturar à passagem do tempo matinal para o pôr-do-sol, adquirindo traços vermelhos do poente, e a flor começa a adquirir a coloração rosa: Já então a vitória-régia principia roseando toda. Roseia, roseia, fica toda cor-de-rosa, chamando de longe com o aroma gostoso, bonita cada vez mais (p. 89). No fim da tarde, de rósea vira encarnada, tingindo-se com as cores do arrebol, chamando de longe com o aroma gostoso, na plenitude de sua sexualidade, marcada pela coloração vermelha. O chamamento tão reiterado em Vitória-régia configura-se pelo cheiro: um cheiro encantado leviano balança, um cheiro chamando, que deve inebriar sentido forte (p. 89). Ao se aproximar da flor, aquele aroma suavíssimo, que encantava bem revela-se evasivo e dá náuseas (p.89). Não atrai o homem, a quem o enunciador dirige seu discurso, marcado por verbos no imperativo: despoje o caule dos espinhos, cheire, cômodo, a flor. Por outro lado, atrai um bando repugnante de besouros cor-de-chá, descritos pelo enunciador como nojentos, zumbezumbe, manchando de agouro a calma da lagoa adormecida (p. 89). São os besouros que rompem a estrutura inicial de Vitória-régia, marcada pela calmaria: as vitórias-régias vivem, calmas, tão calmas, cumprindo o seu destino de flor (p. 86). Para Raquel Bueno, ao analisar os efeitos simbólicos do conto O besouro e a Rosa, 6

7 A alegoria do elemento masculino (besouro) que, não encontrando obstáculos (janela aberta), invade e penetra o corpo feminino duplamente adormecido (pela ingenuidade e pelo sono) resiste à análise, sobretudo no nível da linguagem. Aí se revela o simbolismo da Rosa, relacionado ao sangue derramado e ao renascer (1992, p. 83). No caso do fragmento do diário, esse renascimento simbólico revela-se fundamental na constituição do ritual de passagem sofrido por algumas das personagens femininas da ficção de Mário de Andrade, pois o contato com o besouro traz à personagem a perda da virgindade e a descoberta interior, posições sustentadas por Bueno em seu estudo de O besouro e a Rosa. Dessa forma, tanto flores quanto mulheres cumprem uma etapa natural: E a grande flor do Amazonas, mais bonita que a rosa e que o lótus, encerra na noite enorme o seu destino de flor (p. 89). A isotopia da sexualidade, configurada no discurso poético em Vitória-régia, aparece em muitos fragmentos do diário de bordo. Dada a pequena extensão deste artigo, estabeleço um recorte de algumas crônicas escritas em/sobre Manaus, onde passou a ser situado o texto Vitória-régia. Em 6 de junho, Mário de Andrade descreve a Festa da Boa Moça, marcada por um rito de puberdade. A descrição desse ritual, sobretudo a parte em que a moça fica completamente nua durante uma depilação completa causa impressões eróticas nas mulheres da tripulação: Também, onde se viu contar uma coisa dessas perto de moças ficaram numa excitação danada. E eu que aguente (p. 85). Em 8 de junho, após comparar o mercado de Manaus com o de Belém, achando o primeiro bem menos interessante e menos rico (p. 89), descreve as visitas oficiais à fábrica de beneficiamento de borracha e à Associação Comercial, bem como a vida de bordo: Isso da gente ser o único homem duma viagem com mulheres pode ser muito masculino, mas. (p. 89). A adversativa mas posta no final do fragmento revela os impedimentos proibitivos de aproximação com as meninas Mag e Dolur, que viajavam na companhia de dona Olívia Guedes Penteado. Os desejos são recalcados, ou melhor, sublimados na escrita do diário. 7

8 Em muitos fragmentos do diário de viagem, Mário de Andrade demonstra seu fastio diante das recepções oficiais no Amazonas. Excetuando esses momentos relacionados ao processo civilizatório, Mário encontra na Amazônia o espaço edênico. Este, como já apontado em minha Tese de Doutorado, aponta para uma dimensão de distanciamento da civilização paulistana, marcada por traços de moralidade e patriarcalismo (2009, p. 212). Nos textos de O turista aprendiz, há o pensamento mítico misturado ao pensamento racional, sem a preponderância de um discurso sobre o outro: é esse o cerne do projeto estéticoideológico do escritor. A integração dos aspectos civilizados com os primitivos do indivíduo corresponde, no projeto estético-ideológico de Mário de Andrade, à relação de interdependência da cultura erudita com a popular. Essa fusão do civilizado com o primitivo e do erudito com o popular manteria a unidade perfeita de um mundo idealizado pelo autor de Macunaíma. Em carta de 1931 para Manuel Bandeira, Mário assim se posiciona sobre a civilização da preguiça, presente no Rito do irmão pequeno : Uma espécie de filosofia na verdade ideal que guardo desde muito em mim e que pretendia realizar pro fim da vida: criar uma espécie de civilização da paciência e da preguiça, enormemente desprovida de prazeres e de dores, fundamentada no calor e na humildade, num corpo pálido, esgotado pela maleita, completamente sem dia nem noite, espiritualizadíssima porém, indo lento sobre as águas do grande rio. Telê Ancona Lopez associa o primeiro momento da gestação da ficção inacabada Balança, Trombeta e Battleship (viagem à Amazônia) com o conjunto de poemas intitulado O rito do irmão pequeno. Para a autora, A Amazônia do diário, longe das regras da civilização da máquina, do certo e do pecado, contém os germes do rito de iniciação do irmão pequeno (1931), de certas passagens dos Poemas da amiga e das crônicas Maleita I-II (1994, p. 65). Essa dimensão de leitura da Amazônia como paraíso edênico encontra-se no fragmento de 7 de junho, em que há o culto à preguiça, marcado pela espacialização de um lago cercado inteirinho 8

9 de mato colossal, calmo, uma calma encantada, em que os ruídos, gritos de animais estalam sem força pra viver (p. 85). Em 6 de junho, o estado de calmaria, simbolizando o culto à preguiça e à vivência do paraíso edênico, ocorre no encontro de Mário com os amigos Raimundo de Morais e Da Costa e Silva. Mário refere-se à conversa que tiveram nos seguintes termos: [ ] conversa ótima, pouca literatura, muito Amazonas e felicidade (p. 84). A ausência de prazeres e dores e a entrega simbólica do sujeito às águas do rio, imagem recuperada posteriormente por Mário de Andrade no poema Meditação sobre o Tietê, inserido em Lira Paulistana, trariam as condições de felicidade plena. No fecho do conto Nízia Figueira, sua criada, diferente das demais narrativas de Os contos de Belazarte, marcadas por finais infelizes das personagens, apresenta-se de maneira surpreendente: Nízia era muito feliz. Propus, na Tese de Doutorado, um percurso de leitura para esses contos como um processo de construção das identidades intersubjetivas, em que cada personagem entra em disjunção com o valor pureza e fica conjunta com o valor impureza. Perder a pureza seria a aquisição do valor conhecimento, do saber as coisas, expressão reiterativa no universo ficcional de Mário de Andrade. Mas Nízia nem sequer passa a saber as coisas. Por isso seria feliz? Na conceituação de felicidade apresentada em contos como Nízia Figueira, sua criada, a abordagem freudiana encontra-se presente. Infelicidade relaciona-se à pulsão de vida, enquanto felicidade, à pulsão de morte, o momento do alcance da plenitude, tal como ocorre com a vitóriarégia, quando cumpre o seu destino de flor. Apresento em minha Tese de Doutorado o pressuposto de que grande parte das personagens dos quatro livros de contos publicados (Primeiro andar, Os contos de Belazarte, Contos novos e Balança, Trombeta e Battleship), adquirem experiência, trazendo-lhes conflitos e causando-lhes infelicidade, como atestam as fórmulas dos finais de Os contos de Belazarte. O primitivismo estético, presente no projeto estético-ideológico de Mário de Andrade, encontra plena realização na rapsódia Macunaíma (1928), que já estava em estágio embrionário quando da viagem do escritor para a Amazônia. Como se percebe pela leitura atenta das narrativas de Mário de Andrade, as personagens parecem não obter uma realização plena no âmbito sexual. Por mais que o herói Macunaíma traga em si toda a representação do brincar relacionado à 9

10 realização sexual, ele apresenta a melancolia e o desejo de uma vida contemplativa, longe da civilização da máquina. Macunaíma quer o primitivismo amazônico, quase sinônimo da vida contemplativa. Quando descobre que isso já não é possível, porque Tânatos se apossou da Amazônia, sublima seus desejos de retorno a esse espaço edênico e vai para o céu viver o brilho inútil das estrelas. Trata-se da entrega total do sujeito, do culto à preguiça como única maneira de vencer as amarras dos padrões civilizatórios, castradores das práticas sexuais interditas pela sociedade patriarcal. Referências bibliográficas ANDRADE, Mário de. Macunaíma. Ed. crítica coord. por Telê P. Ancona Lopez. Paris, Association Archives de la Littérature latino-américaine, des Caraibes et africaine du XXe. siècle; Brasília, CNPQ, (Col. Arquivos, 6).. O turista aprendiz. São Paulo: Duas Cidades, & BANDEIRA, Manuel. Correspondência, I. (Org. Marcos Antonio de Moraes) São Paulo: EDUSP / IEB, BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. São Paulo: Ática, BUENO, Raquel Illescas. Belazarte me contou: um estudo de contos de Mário Andrade. São Paulo: FFLCH-USP, (Dissertação de Mestrado). CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 3.ed. revista. São Paulo: Editora Nacional, GEBRA, Fernando de Moraes. Identidades intersubjetivas em contos de Mário de Andrade. Curitiba: UFPR, (Tese de Doutorado). LAFETÁ, João Luiz. 1930: A crítica e o modernismo. São Paulo: Duas Cidades,

11 STAIGER, Emil. Conceitos fundamentais da poética. Trad. Celeste Aída Galeão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro,

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