CRESCIMENTO ECONÔMICO, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E TAXA DE CÂMBIO REAL DE EQUILÍBRIO INDUSTRIAL

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1 CRESCIMENTO ECONÔMICO, DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E TAXA DE CÂMBIO REAL DE EQUILÍBRIO INDUSTRIAL Hanna Lobo Bhering Silveira Luciano Dias de Carvalho RESUMO: Analisa-se a estabilidade macroeconômica de uma economia aberta com fluxos de capitais, inflação causada por conflito distributivo e regime de política monetária baseada numa regra de Taylor. Para tanto, o modelo de Porcile e Lima foi ampliado com a explicitação dos componentes da demanda agregada e a suposição de ue a taxa de câmbio real compatível com o euilíbrio industrial depende positivamente da taxa de inflação doméstica. A análise de estabilidade do modelo mostrou a existência de euilíbrios múltiplos entre a distribuição funcional da renda e a taxa de câmbio real. De fato, no euilíbrio de longo prao uma restrita faixa de distribuição de renda pode ser compatível tanto com taxas reais de câmbio apreciadas uanto depreciadas. Ademais, este resultado tende a ser mais facilmente alcançado uanto maior for o controle sobre os fluxos de capitais da economia. Palavras-chave: Taxa Real de Câmbio de Euilíbrio Industrial; Teoria Keynesiano- Estruturalista; Macroeconomia Aberta. ABSTRACT: Analyes the macroeconomic stability of an open economy with capital flows, inflation caused by distributive conflict and monetary policy regime based on a Taylor rule. Therefore, the model of Porcile and Lima was expanded with the explanation of the components of aggregate demand and the assumption that the real exchange rate compatible with the industrial euilibrium depends positively on the domestic inflation rate. The stability analysis of the model showed the existence of multiple euilibria between the functional income distribution and the real exchange rate. In fact, in the long-run euilibrium a narrow range of income distribution may be compatible with both appreciated and depreciated real exchange rates. In addition, this result tends to be more easily achieved the greater the control over the capital flows of the economy. Keywords: Real Industrial Exchange Rate; Keynesian-Structuralist Theory; Open Macroeconomics. Código-JEL: E; E; E; O; O. Julho de 7 Bacharel em Economia pela Universidade Federal de Viçosa. Mestranda em Economia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional CEDEPLAR/UFMG. hanna.silveira@ufv.br Doutor em Economia PPGDE/UFPR. Professor do Programa de Pós-graduação em Economia da Universidade Federal de Viçosa PPGE/UFV. luciano.carvalho@ufv.br

2 . INTRODUÇÃO Esse trabalho tem como objetivo analisar as condições para a estabilidade de um modelo macrodinâmico keynesiano-estruturalista, no ual as relações funcionais dos componentes da demanda agregada são explicitamente especificadas e onde a taxa de câmbio real compatível com o euilíbrio industrial depende positivamente da taxa de inflação doméstica. O modelo de Porcile e Lima discute a influência recíproca entre a taxa real de câmbio e a distribuição funcional da renda em um contexto de uma economia aberta e onde há preferências heterogêneas com relação à taxa de câmbio real. Embora este trabalho tenha avançado na compreensão da influência ue uma eventual depreciação da taxa de câmbio real gera sobre o consumo e a distribuição de renda; assim como no papel do grau da concorrência, e do poder das firmas, na determinação da taxa de inflação e, conseuentemente, na taxa real de câmbio, não se discute a importância de cada componente da demanda agregada sobre as condições de estabilidade da economia em estudo. Além de não assumir a endogeneidade da taxa de câmbio real de euilíbrio industrial. No modelo destes autores, a taxa de câmbio real é escolhida pelo governo e deve estar em conformidade com dois objetivos distintos. A estabiliação dos preços, ue gera o interesse em manter o câmbio real sobrevaloriação. E a redução de algum deseuilíbrio externo, pertinente a déficits comerciais e/ou a um aumento no passivo externo líuido. Além disso, afirmam ue a elasticidade da oferta de trabalho e a mudança tecnológica, faem com ue haja um efeito contrário à tendência a apreciação da taxa de câmbio real. Rapetti afirma ue a taxa de câmbio real competitiva fornece um ambiente propício ao crescimento econômico, ou seja, há uma relação positiva entre os níveis de depreciação cambial e crescimento econômico. O autor fornece duas explicações, a primeira é ue isso fa com ue haja um relaxamento das restrições cambiais estrangeiras nos países importadores e a outra é ue aumenta o crescimento, fomentando a produtividade no setor dos bens transacionáveis. Além disso, há um maior crescimento uando as políticas de gestão de demanda no mercado interno impedem a inflação de preços não-comercialiáveis e uando as políticas salariais coordenam seus aumentos com o crescimento da produtividade comercialiável. Rami mostra como a diversificação da produção e a acumulação da aprendiagem podem evitar efeitos distributivos negativos de desvaloriações cambiais nominais. Demonstra ue uando a taxa de câmbio é exógena, uma desvaloriação temporária

3 pode produir mudanças estruturais permanentes. Assim, o nível da taxa de câmbio pode ser usado como um instrumento para criar e manter a produção em novos setores, devido ao estímulo por ela gerada ao progresso tecnológico e a diversificação da economia. Ademais, com o aumento da produtividade do trabalho a parcela dos salários na renda tende a reduir, da mesma forma ue o nível de preços. Dependendo do regime de acumulação ue se tenha, a redução da parcela dos salários na renda poderá aumentar ou diminuir o grau de utiliação da capacidade e a taxa de acumulação de capital, afetando as exportações líuidas e, por último, a taxa de câmbio nominal. Além disso, mudanças no nível de preços também afetam a taxa real de câmbio e assim, as exportações líuidas. Com isso, cria-se uma série de efeitos sobrepostos ue condicionam, sobremaneira, a dinâmica de acumulação e de distribuição funcional da renda. Embora alguns trabalhos, como os de Porcile e Lima, Rami, Oreiro, Missio e Jayme Jr., Missio e Jayme Jr. discutam a relação entre taxa real de câmbio e distribuição de renda, estes não analisam as condições da estabilidade macroeconômica em um contexto no ual a taxa real de câmbio de euilíbrio industrial é endógena e influenciada pela taxa de inflação doméstica. O presente trabalho desenvolve, portanto, um modelo macrodinâmico considerando o efeito das variações de curto prao da capacidade produtiva sobre a taxa de câmbio real e a distribuição de renda. De forma específica, pretende-se ampliar o modelo de Porcile e Lima através da inclusão dos efeitos dos componentes da demanda agregada na interação dinâmica entre a taxa real de câmbio e a distribuição funciona da renda; analisar a influência específica de alguns parâmetros chaves nas dinâmicas da taxa real de câmbio e da taxa de markup e averiguar as condições para ue haja estabilidade do modelo modificado. Isto posto, este trabalho esta dividido em ais uatro seções além desta breve introdução. Na seção dois a estrutura do modelo é especificada com destaue para a explicitação dos componentes da demanda agregada. Na seção seguinte o comportamento de curto e longo prao do modelo é discutido. Na uarta seção é realiada uma análise de euilíbrios múltiplos do modelo. Finaliando, na última seção, com as principais conclusões do modelo.

4 . ESTRUTURA DO MODELO O modelo representa uma economia aberta ao comércio exterior, ue não possui governo, porém, há uma autoridade monetária responsável pela gestão da taxa de câmbio. Supõe-se ue a produção nacional é composta por um único bem, utiliado para consumo e investimento. Além disso, assume-se ue as firmas oligopolistas produem com uma tecnologia de coeficientes fixos, por meio da combinação de dois fatores domésticos e homogêneos de produção trabalho e capital e de um fator de produção importado. Como se supõe ausência de custos de contratação e demissão da mão de obra, o nível de emprego é determinado, dado um nível constante da produtividade do trabalho, pela produção. Onde L relação trabalho-produto. L ax é o nível de emprego doméstico; X é o produto real doméstico; Seguindo Kalecki 97 o nível doméstico de preços é determinado como uma margem de lucro sobre os custos médios: P a m aw bep Em ue é a taxa de markup ; W é o salário nominal doméstico; coeficiente de insumos intermediários importados; e é a taxa nominal de câmbio moeda doméstica sobre moeda estrangeira; m P é o preço do insumo intermediário importado. Supõe-se ue a economia é composta por duas classes sociais, a dos trabalhadores e a dos capitalistas, ue tem diferentes comportamentos. A primeira obtém renda através do trabalho salário, ue, por sua ve, é toda gasta no consumo. Já a segunda obtém renda através do lucro, ue é o excedente sobre os salários e os insumos importados e essa uantia é toda poupada. Como a parcela dos salários na renda é definida como W P a real ep P euação : b é a é o e a taxa de câmbio e ao supor ue o coeficiente de insumos importados é igual a, segue da Para um domínio economicamente relevante,, então, uma depreciação da taxa de câmbio redu a parcela dos salários na renda.

5 A parcela dos lucros na renda é dada por: Em ue é a parcela dos lucros na renda. Portanto, uma diminuição na participação dos salários na renda e/ou uma apreciação na taxa de câmbio real resulta em um aumento da participação dos lucros sobre a renda. Ao substituir na euação, tem-se: A participação dos lucros na renda varia positivamente em relação à margem de lucro sobre os custos médios da produção. Além disso, não é possível ue as participações do lucro e dos salários cresçam simultaneamente. Tem-se ue a taxa de lucro é dada por: r u Onde r é a taxa doméstica de lucro; u é o grau de utiliação da capacidade produtiva doméstica. Com isso, um aumento do markup, e/ou do grau de utiliação levam a um aumento da taxa de lucro. Como se supõe, sem perda de generalidade, ue os trabalhadores não poupam, especificando os comportamentos dos componentes da demanda agregada efetiva, tem-se ue o consumo como proporção da renda: g C. u - u. 7 Com isso, dada a capacidade de utiliação produtiva, uma diminuição do markup, aumenta o consumo agregado. Seguindo Rowthorn 98 e Dutt 98, 99, os planos de acumulação das firmas são influenciados pelo grau de utiliação da capacidade, tal como proposto pelo efeito acelerador. O investimento desejado depende também, tal como em Bhaduri e Marglin 99, da parcela dos lucros na renda. Por fim, assume-se ue uma depreciação da taxa de câmbio real eleva a competitividade doméstica o ue acarreta na elevação da taxa desejada de acumulação de capital. i g Sendo os parâmetros i todos positivos. u 8 6 Pasinetti 96 mostra ue a propensão a poupar dos trabalhadores não influencia a taxa de investimento da economia.

6 As exportações líuidas como proporção do estoue de capital são: g f u u 9 Em ue os parâmetros i são todos positivos e u é o grau de utiliação da capacidade produtiva externa. Caso haja um aumento da taxa de câmbio real e/ou da diferença do grau de utiliação da capacidade produtiva do resto do mundo e interna, há um aumento das exportações líuidas. O parâmetro β mede o efeito Marshall-Lerner, ou seja, propicia condições para ue uma depreciação da taxa de câmbio real gere um aumento das exportações líuidas. Sabe-se ue a taxa de câmbio real depende positivamente do câmbio nominal e do uociente de preços externos e internos: m P e P Colocando a euação em termos de taxa de variação: e Pˆ ˆ ˆ Pˆ. Em ue o acento circunflexo denota a taxa de variação proporcional da variável em uestão e se supõe, por simplificação, ue o preço dos insumos intermediários importados são igual ao índice de preços externo. A taxa de crescimento do câmbio real, assumindo ue os preços externos são constantes é: ˆ eˆ Pˆ A taxa de variação do câmbio nominal depende do diferencial dos juros externo e doméstico e das exportações líuidas, ambas ponderadas pelos respectivos coeficientes positivos i. ˆ f i i g e Sendo i a taxa real de juros estrangeira e i a taxa real de juros doméstica. Na presença de controle perfeito de capitais, o coeficiente e o câmbio nominal será afetado apenas pelo saldo da balança comercial. Assume-se ue a autoridade monetária define a taxa de juros real doméstica a partir de uma regra de Taylor modificada, na ual toda a ênfase é dada no diferencial entre a taxa de inflação doméstica efetiva e à meta de inflação. i Pˆ P

7 Em ue P é a meta de inflação, da inflação e é a sensibilidade da política monetária aos desvios é um parâmetro ue representa a taxa de juros real de euilíbrio. Com efeito, caso à taxa de inflação doméstica seja maior do ue à meta de inflação, haverá uma elevação da taxa de juros nominal sob controle da autoridade monetária de tal modo a ocorrer um aumento da taxa de juros real. A variação dos preços depende da parcela dos salários na renda e da parcela implicada pelo markup desejado pelos capitalistas f. Ou seja: Pˆ f Seguindo Lima 999 a parcela dos salários na renda desejada pelos capitalistas é definida como uma função inversa do grau de utiliação da capacidade produtiva. Adota-se portanto, uma suposição pró-cíclica entre o markup desejado e o grau de auecimento no mercado de bens. f u Sendo os parâmetros i todos positivos e sujeitos às seguintes restrições:,, e u.. EQUILÍBRIO NO CURTO E LONGO PRAZO Uma ve ue a relação capital-produto é suposta constante e dada à existência de ociosidade na capacidade produtiva, tem-se ue o grau de utiliação se ajusta com vistas a eliminar ualuer diferença entre a oferta e a demanda agregada. u d c i f 6 g g g g Ao utiliar as euações 7, 8 e 9 em 6 segue ue o grau de utiliação da capacidade instalada de euilíbrio será dado por: u u 7 A análise de estática comparativa de curto prao do grau de utiliação da capacidade produtiva em relação à taxa de câmbio real, ao markup e à capacidade produtiva externa pode ser vista abaixo. Steindl 9 argumenta ue firmas oligopolistas tendem a manter certa margem de capacidade produtiva ociosa com vistas a atender a eventuais choues não previstos de demanda e/ou devido à indivisibilidade dos ativos de capital. 6

8 Para o caso da influência da taxa real de câmbio sobre o grau de utiliação da capacidade de curto prao, tem-se: u u 7. Com isso, é possível verificar ue uma apreciação da taxa de câmbio real aumentará a capacidade produtiva doméstica caso, por exemplo, a sensibilidade do grau de utiliação produtivo externo em relação às exportações líuidas, assim como a propensão autônoma a consumir possuir valores suficientemente elevados. A influência da taxa de markup sobre o grau de utiliação da capacidade produtiva é descrita pela seguinte função: u u 7. Caso haja um aumento significativo da sensibilidade da taxa de câmbio real sobre os investimentos e/ou sobre as exportações líuidas, um aumento do markup gerará um aumento da capacidade produtiva. Por fim, a influência da demanda externa, via o grau de utiliação da capacidade externa, sobre o grau de utiliação da capacidade produtiva doméstica é dada por: u u 7. Com efeito, a sensibilidade do grau de utiliação externa em relação às exportações líuidas apenas mensura a influência de u em u. Porém, se o markup for grande e/ou a taxa de câmbio real for depreciada, a renda externa influenciará positivamente na interna. Do contrário a influência será negativa. A taxa de variação do markup é dada por: Sendo e c a taxa de câmbio real de euilíbrio industrial. C ˆ 8 De acordo com Bresser-Pereira a taxa de câmbio real de euilíbrio industrial é àuela compatível com a manutenção da competitividade de uma firma no estado da arte em seu segmento produtivo. 7

9 Assume-se ue a taxa de câmbio real de euilíbrio industrial é função direta da taxa de inflação doméstica. Essa relação funcional busca captar a necessidade de ocorrer uma depreciação do câmbio real de euilíbrio industrial caso haja um aumento da inflação doméstica uando se supõe ue a competitividade industrial permanece num patamar constante. ^ c P 9 Em ue. Para a análise do euilíbrio de longo prao, assume-se ue o grau de utiliação se ajusta de tal modo ue o euilíbrio de curto prao seja sempre alcançado. Com efeito, o comportamento no longo prao da economia em estudo, pode ser analisado a partir da taxa de variação do markup e da taxa de variação do câmbio real. Utiliando as euações,,, 7 e 9 na 8, tem-se: ˆ A A A A X A X A6 X A A A A A A 6 u X Através da euação acima, chega-se à conclusão de ue a taxa de variação do markup aumentará se a proporção da parcela de lucros nos investimentos for superior à parcela da taxa de câmbio real sobre os investimentos e sobre as exportações líuidas. Além disso, essa taxa está inversamente relacionada ao grau de utiliação da capacidade produtiva externa. B Utiliando as euações, 9,,,, e 7 em, tem-se: B X B X B X 6 ˆ B B B Lembrando ue se supõe, por simplificação, mas sem perda de generalidade, uma taxa de inflação externa igual a ero. 8

10 B B B B B i P u 6 u A euação mostra a taxa de variação da taxa de câmbio real. Caso haja uma grande diminuição da taxa de juros doméstica, mantendo tudo mais constante, haverá um aumento da variação da taxa de câmbio real. Ademais, um aumento expressivo da proporção do grau de utiliação da capacidade produtiva em relação às exportações e/ou da proporção das exportações líuidas sobre a variação da taxa nominal de câmbio, aumenta essa variação. Para uma análise comparativa de longo prao, tem-se: ˆ u. Um aumento da elasticidade renda das importações e/ou da taxa de câmbio real fa com ue uma maior utiliação da capacidade produtiva estrangeira gere uma diminuição da variação da taxa do markup. ˆ u. Quando a influência da sensibilidade das exportações líuidas em relação à taxa de câmbio nominal for suficientemente grande, um aumento do grau de capacidade produtiva externa levará a uma ueda da taxa de variação do câmbio real. A influência da meta de inflação sobre a dinâmica da taxa de câmbio real é: ˆ P. Fica claro ue um aumento da meta de inflação tende a elevar a taxa de variação do câmbio real. Quanto menor o controle de capitais e/ou maior a sensibilidade da política monetária em relação à diferença dos desvios da inflação efetiva e da meta, maior será a influência da meta de inflação sobre a variação da taxa de câmbio real. Um resultado relevante ue a euação. mostra é ue sob controle perfeito de capitais a influência da meta de inflação sobre a taxa de variação do câmbio real é nula. 9

11 Por fim, a influência do grau de controle de capitais sobre a taxa de variação do câmbio real é bastante complexa, como pode ser visto abaixo: ˆ u P i. A depender do peso dos parâmetros esta influência pode ser positiva ou negativa. Quando, por exemplo, os juros externos são suficientemente grandes, assim como a meta de inflação e a sensibilidade das exportações líuidas em relação à taxa de câmbio nominal, uma diminuição do controle de capitais influencia positivamente a taxa de variação do câmbio real. A derivada parcial da taxa de variação do câmbio real com relação a taxa de câmbio real pode ser vista abaixo: ˆ X C X C B Sendo: B C u C Por esta derivada parcial, percebe-se ue a taxa de markup tem um papel importante na definição da influência do cambio real sobre a sua própria taxa de variação. Para certos valores dos parâmetros existe a possibilidade de ue o efeito seja hora positivo, hora negativo. A título de exemplo, se o grau de mobilidade de capitais, a sensibilidade da taxa de variação do câmbio nominal com relação as exportações líuidas e o poder de barganha dos capitalistas forem elevados; e se a sensibilidade dos investimentos e das exportações líuidas forem suficientemente maiores do ue a sensibilidade do investimento com relação à parcela dos lucros na renda, é possível ue para baixas taxas de markup o efeito da taxa de cambio real sobre seu nível de variação seja positivo e para altas taxas de markup o efeito seja negativo. ˆ X C X D D Sendo os parâmetros definidos como segue: D u D

12 Caso o controle de capital exercido pela taxa de câmbio nominal for suficientemente grande, a derivada da taxa de câmbio real em relação ao markup será positiva. ˆ X E X E A Onde a definição dos parâmetros são as seguintes: u E E Se o grau de utiliação da capacidade produtiva em relação às exportações e/ou a participação do lucro na renda do investimento sejam insignificantes, a derivada acima será positiva. ˆ X F X F F Sendo os parâmetros definidos como segue: F ; F ; u F A partir das euações diferenciais e pode-se faer a analise de estabilidade desse sistema bidimensional não linear. O lócus ˆ é determinado pela euação 6. Por ela percebe-se ue o formato do lócus ˆ é bastante complexo. G A G G G G 6 Em ue: G G G G u G O lócus ˆ pode ser descrito pela euação 7 abaixo: H D H H H B 7 Sendo ue:

13 H i P H H H u H H H u H H [ H u ] H [ u ] H Da euação 6, tem-se ue ao supor tudo mais constante, uanto maior for a participação dos salários na renda e/ou a parcela do grau de capacidade de utiliação doméstico nas exportações líuidas em relação à parcela de lucros na renda no investimento e/ou ao grau de ociosidade externo, o lócus ˆ será positivo. Já na euação 7, mantendo tudo mais constante, então um aumento da diferença entre as taxas de juro internacional e nacional e a existência de uma taxa de câmbio nominal suficientemente depreciada fará com ue o lócus ˆ seja positivo.. ANÁLISE DE EQUILÍBRIOS MÚLTIPLOS A inclinação do lócus ˆ - no plano taxa de câmbio real; taxa de markup - é descrita pela derivada parcial da euação 8. Como discutido pelo Quadro abaixo, a depender dos valores assumidos pelos parâmetros, o lócus ˆ pode ser uma parábola com a concavidade voltada para baixo ou para cima. Convenientes restrições nos valores dos parâmetros podem garantir ue o ponto de mínimo ou de máximo dessa parábola, seja condiente com o valor de uma determinada taxa de câmbio real crítica. A I Sendo os parâmetros definidos como segue: I I A I A I 8 I

14 Quadro Valores paramétricos e possibilidades de formatos do lócus I ˆ Denominador Numerador Concavidade I I A ; I I I A ; A I I A I I ; I ; I Fonte: Elaboração Própria. I A I A ; I A I A ; I I. Côncava Convexa Côncava Convexa A análise da primeira linha do Quadro acima, evidencia ue caso o efeito acelerador e a condição de Marshall-Lerner forem suficientemente baixos e a elasticidade renda das importações for suficientemente alta, então é possível ue I seja negativo. Adicionalmente, se a sensibilidade do investimento desejado com relação a parcela dos lucros na renda for reduida, então há uma boa chance de critico para a taxa real de cambio ue fará com ue o lócus concavidade voltada para baixo I ser negativo. Nestas condições haverá um valor ˆ seja uma parábola com a Para obter a inclinação do lócus ˆ, deve-se estudar as possibilidades advindas dessa derivada: Em ue J ; J ; J J J J J 9 J ; J ; J. O numerador da derivada é sempre negativo, independente do número assumido pelos parâmetros. Então,

15 Quadro - Valores paramétricos e possibilidades de formatos do lócus Numerador ˆ Concavidade J J Convexa J J Côncava J Fonte: Elaboração própria. Côncava Esse uadro segue a mesma linha de raciocínio da anterior. Caso J seja maior ue a taxa de câmbio real e isso seja maior ue J, faendo com ue o denominador seja positivo, tem-se ue a função decrescerá até uma taxa de câmbio real crítica c e depois crescerá. Caso se suponha a existência de controle perfeito de capitais, temos ue.. Neste caso particular das condições discutidas nos Quadros e, é fácil verificar ue o lócus ˆ tendera a ser uma parábola com a concavidade voltada para cima. Para isto, basta ue o efeito acelerador, a elasticidade renda das importações e a sensibilidade da taxa de variação do câmbio nominal com relação às exportações liuidas sejam significativamente baixas. A Figura a seguir ilustra uma configuração de euilíbrio possível para os casos das linhas dos dois uadros ou para o caso em ue se supõe controle perfeito de capitais. Figura : Euilíbrios Múltiplos no plano ;

16 A figura acima evidencia a possibilidade de ocorrer euilíbrios múltiplos no espaço economicamente relevante. Percebe-se ue para duas taxas de markup relativamente próximas, podem existir valores de euilíbrio da taxa de câmbio real significativamente distintos. Com efeito, uma peuena faixa de valores da taxa de markup e de distribuição funcional da renda pode ser compatível com taxas reais de câmbio apreciadas ou depreciadas. Ademais, estes resultados são mais facilmente alcançados uanto menores forem a mobilidade de capitais da economia. A análise das condições de estabilidade desse sistema econômico bidimensional de euações diferenciais não lineares pode ser realiada a partir da análise do traço e do determinante da matri Jacobiana. Assim, o sistema será instável se J Tr e o J Det ; instável do tipo ponto de sela se, J Tr e o J Det ; ou estável se o J Tr e o J Det cf. Takayama, 99 e De La Fuente,, cap.. Para ue a derivada da taxa de variação do câmbio real em relação ao câmbio real seja negativa, segue: K K K K K D Sendo os parâmetros definidos do seguinte modo: K u K K u K K Assim, é conveniente ue a sensibilidade da taxa de câmbio nominal em relação às exportações líuidas seja elevada. Além disso, é preciso ue os investimentos sejam pouco sensíveis ao câmbio real e muito sensíveis à parcela dos lucros na renda. Para ue a derivada da taxa de variação do câmbio real em relação ao markup seja positivo, temos: L L L L D

17 Em ue os parâmetros foram definidos da seguinte forma: L L L L u u Com isso, deve haver um alto controle de capitais e a sensibilidade da parcela salarial implicada pelo markup desejado das firmas em relação ao grau de utiliação deve ser menor ue a parcela de exportações líuidas sobre a taxa de câmbio nominal, assim como, do grau de utiliação doméstico em relação às exportações líuidas. Para ue a derivada da taxa de variação do markup em relação ao markup seja negativa, temos: Em ue: M M M A u M M M M M Para ue isso seja válido, a sensibilidade da taxa de variação do markup em relação à diferença da taxa de câmbio real efetiva e a de euilíbrio industrial deve ser significativamente peuena. Finalmente, para ue a derivada da taxa de variação do markup em relação à taxa de câmbio real seja negativa, segue: N A A N Sendo os parâmetros os seguintes: N u N Então, a propensão autônoma a investir, a sensibilidade das exportações líuidas em relação ao grau de utiliação externo devem ser menores ue o efeito Marshall-Lerner e a sensibilidade dos investimentos em relação à taxa de câmbio real. 6

18 - CONCLUSÃO Em uma economia aberta, aonde exista uma regra de política monetária, conflito distributivo e a taxa de cambio real de euilíbrio industrial é dependente da taxa de inflação domestica, as condições de estabilidade macroeconômica não são naturalmente atingidas. Para ue o euilíbrio no curto prao seja atingido, haverá ociosidade na capacidade produtiva e dependendo da sua magnitude controla a oferta e demanda da economia doméstica. Com isso, deve haver condições para ue uma depreciação da taxa de câmbio real gere um aumento das exportações líuidas. Para ue haja um aumento do grau de capacidade de utiliação produtiva, a sensibilidade do investimento em relação à taxa de câmbio real deve ser alta. Através desse modelo, concluímos ue um aumento da propensão autônoma a consumir e da sensibilidade do grau de utiliação externo em relação às exportações líuidas, fa com ue uma depreciação da taxa de câmbio real diminua a ociosidade do sistema produtivo. Além disso, caso a relação do investimento com o grau de capacidade de utiliação seja suficientemente expressivo, um aumento do markup gerará um aumento da capacidade produtiva. Ainda, se a taxa de câmbio real for depreciada, a renda externa terá influências positivas sobre a interna. Em uma análise de longo prao, supõe-se ue o euilíbrio de curto prao foi atingido. Ademais, uma alta sensibilidade da parcela salarial implicada pelo markup desejado das firmas com relação ao grau de utiliação gera um efeito positivo sobre a taxa de variação do markup, assim como da sensibilidade do investimento em relação à taxa de câmbio real. Também, uma elevação da taxa de juros externa aumentará a taxa de variação do câmbio real. Ao longo do tempo, se a sensibilidade do investimento em relação à capacidade produtiva for alta, haverá uma relação positiva entre a renda externa e a taxa de variação do markup. Porém, um aumento da sensibilidade das exportações líuidas em relação ao grau de utiliação externo gerará um efeito negativo da capacidade produtiva externa e da taxa de variação do câmbio real. Portanto, para ue haja condições de euilíbrio macroeconômicas a participação da parcela de lucro nos investimentos deve ser grande, enuanto, deve ser peuena em relação ao câmbio. Além disso, deve ser elevadas a elasticidade renda das importações e a sensibilidade da taxa nominal de câmbio em relação às exportações líuidas. 7

19 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA BHADURI, A.; MARGLIN, S. Unemployment and the Real Wage: the Economic basis for Contesting Political Ideologies. Cambridge Journal of Economics, :, 99. BRESSER-PEREIRA. A taxa de câmbio no centro da teoria do desenvolvimento. Estudos Avançados. vol.6; no.7. São Paulo. Maio.. DE LA FUENTE, A. Mathematical Methods and Models for Economists. Cambridge: Cambridge University Press,. DUTT, A. K. Stagnation, Income Distribution and Monopoly Power. Cambridge Journal of Economics. 8, 98.. Growth, Distribution and Uneven Development, Cambridge: Cambridge University Press, 99. KALECKI, M. Selected Essays on the Dynamics of the Capitalist Economy. Cambridge University Press, 97. LIMA, G. T., PORCILE, G. Economic growth and income distribution with heterogeneous preferences on the real exchange rate.th ed. Journal of Post Keynesian Economics,. MISSIO, F. J. ; JAYME JR., F. G. Restrição externa, nível da taxa real de câmbio e crescimento em um Modelo com Progresso Técnico Endógeno. Economia e Sociedade UNICAMP. Impresso, v., p. 67-7,. Oreiro, J. L. ; MISSIO, F. J. ; JAYME JR., F. G. Capital Accumulation, Structural Change and Real Exchange Rate in a Keynesian-Structuralist Growth Model. Panoeconomicus, v. 6, p. 7-6,. PASINETTI, L. The Rate of Profit and Income Distribution in Relation to the Rate of Economic Growth. Review of Economic Studies, 9, RAPETTI, M. Policy coordination in a competitive real exchange rate strategy for development. Department of Economics, University of Massachusetts Amherst, mimeo,. RAZMI, A. The exchange rate, diversification, and distribution in a modified Ricardian model with a continuum of goods. Working Paper -6, Department of Economics, University of Massachusetts Amherst,. ROWTHORN, R. Demand, Real Wages and Economic Growth. Thames Papers in Political Economy. Fall, 98. 8

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