XXVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA ALAS 6 a 11 de setembro de 2011, UFPE, Recife-PE

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1 MONTALI, L.; LIMA, M. T.. Os desafios para a redução das desigualdades de renda entre domicílios metropolitanos. In: BAENINGER, R.; DEDECCA, C.S. (Org). Processos Migratórios no Estado de São Paulo: estudos temáticos. Coleção Por Dentro do Estado de São Paulo. Campinas: NEPO, Volume 10. p Disponível em: < XXVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA ALAS 6 a 11 de setembro de 2011, UFPE, Recife-PE Grupo de Trabalho: Desigualdade, vulnerabilidade e exclusão social Título do Trabalho: Os desafios para a redução da desigualdade de renda entre os domicílios metropolitanos Lilia Montali e Marcelo Lima Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

2 Os desafios para a redução da desigualdade de renda entre os domicílios metropolitanos 1 Lilia Montali 2 e Marcelo Lima 3 Resumo: Embora a recuperação econômica e a ampliação dos programas de transferência de renda tenham elevado a renda per capita das famílias e reduzido as desigualdades de renda na segunda metade da década de 2000 para o Brasil, não ocorreu redução da desigualdade de rendimentos entre os grupos de arranjos domiciliares identificados como mais vulneráveis ao empobrecimento e os demais. As tendências analisadas para as regiões metropolitanas evidenciam a necessidade de rever as políticas sociais - nestas incluindo as de transferências de renda e de equidade de gênero para a inclusão no mercado de trabalho - visando os diferentes arranjos domiciliares que remetem a momentos distintos do ciclo de vida familiar e especialmente aqueles que apresentam maiores fragilidades para garantir a sobrevivência. Introdução Este artigo se propõe a examinar, da ótica das famílias, os efeitos das tendências de recuperação do emprego e da renda domiciliar per capita, observadas a partir da segunda metade da década de 2000, e investiga a permanência da desigualdade de renda considerando os arranjos domiciliares. Apresenta resultados de pesquisa 4 que identifica arranjos domiciliares com maiores fragilidades para garantir a sobrevivência relacionadas à sua composição e às possibilidades de inserção de seus componentes no mercado de trabalho. Além da composição desses domicílios que abrigam crianças e adolescentes, evidenciando composição desfavorável à inserção no mercado de trabalho e à geração de renda, evidenciam-se padrões de inserção da mulher no mercado de trabalho que se articulam ao 1 Trabalho apresentado no XXVIII Congresso Internacional da ALAS Associação Latino Americana de Sociologia. 6 a 11 de setembro de 2011, UFPE, Recife-PE. Grupo de Trabalho: Desigualdade, vulnerabilidade e exclusão social. 2 Pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da UNICAMP. 3 Estatístico do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da UNICAMP. 4 Projeto de Produtividade de Pesquisa desenvolvido com apoio do CNPq junto ao NEPP/UNICAMP. 1

3 padrão vigente de divisão sexual do trabalho e que resultam em vínculos precários e em remunerações de menor valor (Montali, 2010). Dessa maneira, procura-se através da análise da desigualdade de renda entre os domicílios - considerando-a da ótica das famílias -, evidenciar que, além dos limites colocados pela diferenciação no acesso à educação e ao emprego de qualidade, também a configuração familiar e as atribuições de seus componentes associados à divisão sexual do trabalho constituem fatores que limitam as possibilidades de redução das desigualdades entre os domicílios. Um dos objetivos do artigo é mostrar que embora não seja um determinante, o fato de uma família se encontrar nas etapas iniciais de ciclo vital familiar onde é mais freqüente a presença de crianças e adolescentes, levando a uma proporção maior de dependentes em relação à pessoa que aufere rendimento, pode resultar em uma renda domiciliar per capita mais baixa. Outro aspecto a ressaltar é que, nos domicílios com as configurações apontadas, quando nucleadas pelo casal, mesmo que seja elevada a taxa de ocupação do componente feminino, sua inserção profissional é afetada pelas atribuições a este designadas pela divisão sexual do trabalho vigente na sociedade, no caso a brasileira. Nos domicílios com a configuração da chefe feminina sem cônjuge com a presença de filhos e, embora seu encargo como provedora na maior parte dos casos, sua inserção no mercado é também afetada pela atribuição familiar relacionada ao gênero. Para realizar a conciliação entre estas atribuições domésticas e o trabalho remunerado é freqüente mesmo nessa etapa de recuperação do emprego regulamentado - a proporção elevada de cônjuges e chefes femininas em trabalhos precários (Montali, 2010). Verificou-se, em 2008, que metade das cônjuges e chefes femininas ocupadas se inseria em trabalhos precários e que cerca de 42% de ambas as componentes permaneciam em inatividade, ou seja, sem participação em atividade no mercado de trabalho. Esta pesquisa que analisa processos quem vêm afetando a relação família-trabalho assume o conceito de divisão sexual do trabalho e as relações sociais de gênero enquanto categorias de análise. Tem por suposto que a divisão sexual do trabalho atua conjuntamente nas atividades produtivas e no interior da família, definindo os lugares de homens e mulheres nessas duas instâncias (Barrère-Maurisson, 1992). Outra referência importante nas interpretações desta pesquisa é que a diferenciação interna à família com base nas relações de gênero e nas atribuições dos papéis familiares impõe barreiras e motivações distintas, que mobilizam ou restringem os diferentes componentes da família para o trabalho (Hirata e Humphrey,1994; 2

4 Montali, 2011). Ambas constituem referências para as análises do presente artigo que é composto por esta introdução e de mais duas sessões, além das considerações finais. A primeira sessão apresenta as tendências de redução da desigualdade de renda nas regiões metropolitanas. A segunda sessão apresenta os arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento, suas características, as tendências observadas no período de recuperação da economia e os desafios para a redução da desigualdade de renda entre estes e os demais. Desigualdade de renda nas metrópoles brasileiras O período sob análise ( ) evidencia para as regiões metropolitanas brasileiras (RMs) as mesmas tendências apontadas para o Brasil na literatura com relação às tendências de redução da desigualdade de renda que resultam da elevação da renda domiciliar per capita, bem como de crescimento mais acentuado do rendimento médio dos domicílios nos decís inferiores de renda. As regiões metropolitanas brasileiras se apresentam como espaços importantes para o estudo da problemática envolvida no comportamento da pobreza e da desigualdade de renda. Por um lado por agregar as principais aglomerações urbanas do país e serem também responsáveis por cerca de 40% do PIB nacional. Por outro lado, pela permanência da elevada proporção de pobres nessas regiões (Rocha, 2003; 2010) e pela desigualdade de renda que, embora em queda, é superior à nacional. No período sob análise o Índice de Gini aponta para níveis mais elevados de desigualdade de renda para as regiões metropolitanas quando comparados aos do país (Gráfico 1 e Tabela 1). Considerando-se um período mais longo, entre 2001 e 2009, a queda da desigualdade de renda foi da ordem de 9% para o país, enquanto para o conjunto das regiões metropolitanas brasileiras a queda foi de 7,6%. Com relação à proporção de pobres na população das regiões metropolitanas Rocha mostra que entre 2004 e 2008 a proporção de pobres cai de forma sustentada em todas as áreas de residência por ela analisadas, quais sejam, metropolitana, urbana e rural. Entretanto, é menor a queda no estrato metropolitano, que se mantém apresentando a maior proporção de pobres em sua população, ou seja, passa de 38,8% em 2004 para cerca de 27% em 2008, enquanto na população brasileira essa proporção cai de de 33,3% para 22,8% (Rocha, 2010) 5. Entretanto a 5 Segundo Rocha (2010), a evolução da proporção de pobres entre 2004 e 2008 para a população brasileira é de 33,3 para 22,8; para as áreas metropolitanas cai de 38,8% para 27,1%; para as urbanas: de 29,6% para 19,9%; para as rurais cai de 35,4% para 24,3% (Tabela 1.). 3

5 autora alerta para a heterogeneidade das regiões metropolitanas brasileiras e para seu comportamento na recente retomada do crescimento econômico. 0,64 0,63 0,62 0,61 0,60 0,59 0,58 0,57 0,56 0,55 0,54 0,53 0,52 0,51 Gráfico 1 Índice de Gini Rendimento Domiciliar per capita Brasil e total das regiões metropolitanas, , Brasil Total Metropolitano (1) Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Microdados reponderados até Elaboração dos autores. NEPP/UNICAMP. (1) O Total Metropolitano inclui as nove regiões metropolitanas. Tabela 1 Índice de Gini Rendimento Domiciliar per capita Brasil e Regiões Metropolitanas, Regiões Metropolitanas (1) 0,598 0,596 0,586 0,578 0,580 0,566 0,561 0,557 0,552 Brasil 0,600 0,594 0,586 0,576 0,572 0,564 0,557 0,548 0,545 Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Microdados reponderados até Elaboração dos autores. NEPP/UNICAMP. (1) O Total Metropolitano inclui as nove regiões metropolitanas. Outra especificidade das regiões metropolitanas que ainda merece destaque é a renda per capita domiciliar mais elevada em comparação com a de outras regiões não metropolitanas e à do país (Gráfico 2). Além de ser mais elevada do que aquela das áreas não metropolitanas, a evolução da renda domiciliar per capita metropolitana revela as oscilações mais acentuadas de queda durante o período de baixo crescimento da economia e de empobrecimento experimentadas a partir dos anos 90 acentuadas pela reestruturação produtiva, apresentando os menores valores em 2003; bem como de elevação mais rápida nos anos recentes de recuperação, a partir de Deve-se lembrar que as áreas metropolitanas brasileiras foram afetadas com mais intensidade pelo processo de reestruturação produtiva e organizacional do que as áreas urbanas não metropolitanas e áreas rurais. Esse processo que se intensifica a partir de 1990 no país, atuou de forma diferenciada entre as regiões metropolitanas, 4

6 relacionada à organização das atividades econômicas em cada uma delas. Associada ao baixo ritmo de crescimento da economia, a reestruturação produtiva elevou o patamar de desemprego e implicou em crescente precarização das relações de trabalho com redução do assalariamento regulamentado e aumento de vinculações menos protegidas, como trabalho autônomo e assalariamento sem registro, dentre outras formas. Nesse período se acentuou o empobrecimento nessas regiões. A partir de 2004 inicia-se a recuperação econômica, ampliam-se o emprego e as contratações regulamentadas, embora não correspondam a esse movimento acréscimos equivalentes nos rendimentos dos ocupados e nos rendimentos familiares (Montali, 2008) Gráfico 2 Rendimento domiciliar per capita médio Brasil, Regiões Metropolitanas e Não Metropolitanas, Brasil Regiões Metropolitanas Regiões Não Metropolitanas Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Microdados reponderados até Elaboração dos autores. NEPP/UNICAMP. Valores atualizados para 2009 (INPC). (1) O Total Metropolitano inclui as nove regiões metropolitanas. Os arranjos domiciliares com maiores fragilidades para a sobrevivência e a desigualdade de renda Nesse contexto de redução das desigualdades de renda, a análise segundo os arranjos domiciliares indica pequena alteração e mesmo manutenção da desigualdade de rendimentos entre aqueles indicados como os mais suscetíveis ao empobrecimento e os demais. Dessa forma, não se confirmou a hipótese de pesquisa de que no contexto de retomada do emprego, de elevação do salário mínimo e da ampliação do acesso aos programas de transferência de renda verificados entre 2004 e 2009 que, em conjunto, possibilitaram a redução da desigualdade no país, poderiam promover redução da desigualdade de rendimentos para os 5

7 grupos de arranjos domiciliares identificados como mais vulneráveis ao empobrecimento (Montali e Tavares 2010; Montali, 2011). Os resultados do projeto já referido (Montali, 2011) mostraram semelhanças nas características e tendências de mudanças na estruturação das famílias e na relação famíliatrabalho nas regiões metropolitanas brasileiras. Possibilitaram também identificar os arranjos familiares mais fragilizados e perceber que, embora possam ocorrer algumas especificidades, estes se repetem nas diferentes espacialidades. Caracterizam-se pela concentração nos decís inferiores de renda per capita familiar e pela presença de crianças e adolescentes e, em especial, por se encontrarem em etapas específicas do ciclo de vida familiar, independentemente de serem nucleados por casais ou por chefes femininos sem a presença de cônjuge. Outro resultado importante é o acesso dos distintos arranjos familiares aos programas de transferência de renda nas regiões metropolitanas, quando associados ao momento do ciclo vital da família. Além do acesso diferenciado foram encontradas, correspondendo às etapas do ciclo de vida familiar, indicações do peso distinto da renda destes programas sociais sobre a renda per capita domiciliar (Montali, 2008). Os arranjos familiares que apresentam maiores fragilidades para garantir a sobrevivência, sendo mais suscetíveis ao empobrecimento, apresentam características semelhantes nessas regiões. Quanto à composição os arranjos mais frágeis são identificados entre os arranjos domiciliares nucleados pelo casal com idades de até 34 anos com filhos e/ou (que correspondem à etapa de constituição no ciclo vital da família); aqueles em que o casal tem idades entre 35 e 49 anos, também com a presença de filhos e/ou (etapa de expansão do ciclo vital familiar); e as famílias chefiadas por mulher com a presença de filhos e/ou. Estes arranjos domiciliares apresentam composições distintas, vivenciam momentos distintos do ciclo de vida familiar, mas têm em comum composição desfavorável para a inserção de seus componentes no mercado de trabalho ou em atividades de geração de renda, por abrigarem crianças e adolescentes ou idosos. São identificados também por apresentarem rendimentos familiares per capita mais baixos que os demais arranjos domiciliares e abaixo da média regional (Tabela 2 e Gráficos 3 e 4); por apresentarem as mais elevadas concentrações entre os decís inferiores de renda familiar per capita (Tabela 4). A situação desfavorável destes arranjos mais vulneráveis é expressa também nas taxas de geração de renda comparativamente mais baixas (Gráfico 5). 6

8 Verificou-se importante crescimento do rendimento familiar per capita entre 2004 e 2009 para todos os tipos de arranjos familiares, sendo distinto entre estes e tendo beneficiado os três tipos de família identificados como mais vulneráveis ao empobrecimento, como indicado na Tabela 2. Entretanto, essa tendência não foi capaz de reduzir a profunda desigualdade de renda entre os domicílios com arranjos distintos. Uma análise dos valores do rendimento familiar per capita segundo os arranjos familiares, comparando-os ao valor médio metropolitano, evidencia que não se reduz a distância entre os rendimentos dos três arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento e a média metropolitana nos anos 2004 e É interessante notar na análise do rendimento domiciliar per capita na década e periodizando conforme o comportamento da conjuntura de baixo crescimento ( ) ou de expansão da economia ( ), que se repete o padrão que identifica os três tipos de arranjos familiares mais suscetíveis ao empobrecimento tanto no âmbito nacional como nas regiões metropolitanas brasileiras (Gráficos 3 e 4). Tabela 2 Rendimento domiciliar per capita médio segundo tipos de arranjos domiciliares Regiões Metropolitanas Brasileiras, Arranjos domiciliares Ano Crescimento percentual /2004 Casais 738,1 859,4 917,1 24,3 Casal sem filhos 1.215, , ,1 9,8 Casal com filhos e 616,8 725,2 781,0 26,6 Casal até 34 anos com filhos e 421,8 465,3 531,0 25,9 Casal de 35 a 49 anos com filhos e 670,4 765,2 803,4 19,8 Casal de 50 anos e mais com filhos e 912, , ,8 25,5 Chefe feminina sem cônjuge 811,7 888,4 950,3 17,1 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 626,7 698,8 739,9 18,1 Chefe feminina unipessoal 1.413, , ,0 9,4 Chefe masculino sem cônjuge 1.315, , ,0 23,4 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 963,3 996, ,3 14,6 Chefe masculino unipessoal 1.550, , ,1 26,3 Total 811,5 930,2 995,7 22,7 Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Microdados Valores inflacionados para Observa-se ainda a especificidade das regiões metropolitanas que evidenciam com maior clareza o empobrecimento ocorrido nos anos iniciais da década, ao apresentar os menores valores de rendimento domiciliar per capita no ano de Esse comportamento não é observado para o Brasil. 7

9 Gráfico 3 Rendimento domiciliar per capita segundo tipos de arranjos domiciliares (R$) Brasil, Casal até 34 anos com filhos e 334,0 357,4 358,5 Casal até 34 anos com filhos e 342,5 381,1 422,4 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou Casal de 35 a 49 anos com filhos e 483,0 514,6 521,8 537,3 577,1 587, Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou Casal de 35 a 49 anos com filhos e 495,1 557,9 590,7 543,2 610,7 650, Casal de 50 anos e mais com filhos e 650,4 684,8 681,7 Casal de 50 anos e mais com filhos e 647,1 783,9 843,8 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 695,4 755,8 775,0 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 705,6 772,8 888,6 Casal sem filhos 874,7 919,8 930,2 Casal sem filhos 901,7 983, ,0 Chefe feminina unipessoal 1.027, , ,5 Chefe feminina unipessoal 1.090, , ,7 Chefe masculino unipessoal 1.159, , ,9 Chefe masculino unipessoal 1.138, , ,6 Total 599,7 639,5 638,4 Total 613,0 702,7 766, Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Microdados reponderados até Elaboração dos autores. Valores atualizados para 2009 (INPC). Gráfico 4 Rendimento domiciliar per capita segundo tipos de arranjos domiciliares (R$) Regiões Metropolitanas Brasileiras, Casal até 34 anos com filhos e 450,2 459,2 421,9 Casal até 34 anos com filhos e 421,8 465,3 531,0 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou Casal de 35 a 49 anos com filhos e Casal de 50 anos e mais com filhos e 683,4 665,3 618,4 767,3 732,5 670, , ,7 882, Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou Casal de 35 a 49 anos com filhos e Casal de 50 anos e mais com filhos e 626,7 698,8 739,9 670,4 765,2 803,4 912, , , Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 1.074, ,4 841,6 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 963,3 996, ,3 Casal sem filhos 1.303, , ,3 Casal sem filhos 1.215, , ,1 Chefe feminina unipessoal 1.508, , ,1 Chefe feminina unipessoal 1.413, , ,0 Chefe masculino unipessoal 1.661, , ,7 Chefe masculino unipessoal 1.550, , ,1 Total 881,0 885,5 794,4 Total 811,5 930,2 995, Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Microdados reponderados até Elaboração dos autores. Valores atualizados para 2009 (INPC). (1) O Total Metropolitano inclui as nove regiões metropolitanas e o Distrito Federal. A taxa de geração de renda é um dos indicadores que explicitam a participação dos componentes familiares na provisão familiar. Essa taxa leva em conta todas as rendas e a tendência nesse período de expansão do emprego e de acesso às transferências de renda foi de aumento da taxa para todos os arranjos domiciliares. A taxa de geração de renda 8

10 comparativamente menos elevada para os arranjos identificados como mais vulneráveis ao empobrecimento evidencia condições mais desfavoráveis para a inserção de seus componentes no mercado de trabalho (Gráfico 5). Gráfico 5 Taxa específica de geração de renda por tipo de arranjos domiciliares (%) (1) Regiões Metropolitanas Brasileiras, Casal até 34 anos com filhos e Casal de 35 a 49 anos com filhos e Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou Casal de 50 anos e mais com filhos e Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou Casal sem filhos Chefe masculino unipessoal Chefe feminina unipessoal Total 40,0 41,3 42,4 47,1 48,9 50,3 55,6 58,0 58,7 59,5 62,1 63,3 64,6 66,4 68,1 73,8 76,8 76,1 53,4 56,0 57, ,3 94,0 91,0 93,0 94,2 92, Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Microdados reponderados até Elaboração dos autores. NEPP/UNICAMP. (1) Taxa de Geração de renda: pessoas de 10 anos ou mais com rendimento/total de pessoas com 10 anos ou mais. ( (*) Em valores de 2009 (INPC). As mudanças nos arranjos domiciliares respondem a mudanças mais complexas que envolvem um conjunto de fatores dentre os quais podem ser destacados: as mudanças demográficas, tais como alterações nos padrões de reprodução (redução da fecundidade e mudanças nas idades de ter filhos), nos padrões de nupcialidade e o envelhecimento da população; e as mudanças nos valores sociais, especialmente os relativos ao papel da mulher na sociedade, que também impulsionam as mudanças na família. Tais mudanças sociais provocaram, nas últimas décadas, alterações nas configurações familiares, destacando-se enquanto tendências: a redução do tipo de organização familiar predominante constituído pelas famílias conjugais e casais com filhos, o crescimento da proporção de famílias monoparentais, tanto chefiadas por mulheres como por homens e o crescimento dos domicílios unipessoais. Merece destacar que, sob estas mudanças, o conjunto de domicílios metropolitanos caracterizados pelos arranjos familiares com maiores dificuldades para suprir a sobrevivência - casal mais jovem, de até 34 anos, com filhos, arranjos compostos pelo casal 9

11 com idades entre 35 e 49 anos com filhos e/ou e arranjos chefiados por mulher com a presença de filhos e/ou e pelos - tende a se reduzir na década; estes eram 60,6% dos domicílios metropolitanos em 2001; 58,0 % em 2004; 56,6% em 2006; 54,0% em Isso significa que fatores sócio-demográficos devem ser considerados nas investigações da redução da pobreza (Tabela 3). Tabela 3 Distribuição dos domicílios segundo arranjo domiciliar Regiões Metropolitanas Brasileiras, Tipos de Arranjos Distribuição Tipologia Casais 66,2 63,9 62,9 62,4 Casal sem filhos 12,3 13,1 13,8 15,3 Casal com filhos e 53,9 50,8 49,2 47,1 Casal até 34 anos com filhos e 19,3 17,0 15,8 14,4 Casal de 35 a 49 anos com filhos e 21,7 20,5 20,0 19,0 Casal de 50 anos e mais com filhos e 9,6 9,8 10,2 10,5 Chefe feminina sem cônjuge 25,4 26,9 27,4 27,9 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 19,6 20,5 20,8 20,6 Chefe feminina unipessoal 5,8 6,4 6,7 7,3 Chefe masculino sem cônjuge 8,4 9,2 9,7 9,8 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 3,8 3,7 4,0 3,9 Chefe masculino unipessoal 4,7 5,5 5,7 5,9 Total (1) 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e Censo Demográfico. Elaboração dos autores. NEPP/UNICAMP. (1) O Total Metropolitano inclui as nove regiões metropolitanas. Tabela 4 Distribuição dos domicílios segundo decis inferiores da renda domiciliar per capita Regiões Metropolitanas Brasileiras, % mais pobres (*) Tipos de arranjos % Coluna % Linha Casais 66,2 64,2 64,2 61,6 53,7 51,6 Casal sem filhos 9,2 10,5 10,3 42,4 35,9 33,7 Casal com filhos e 57,0 53,7 53,8 66,5 59,5 57,4 Casal até 34 anos com filhos e 23,6 20,8 21,6 79,7 73,4 73,6 Casal de 35 a 49 anos com filhos e 21,2 21,0 20,5 61,8 56,8 54,0 Casal de 50 anos e mais com filhos e 7,8 7,9 7,6 49,2 42,5 38,0 Chefe feminina sem cônjuge 27,2 29,2 29,4 59,6 54,6 52,6 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 23,1 23,8 24,4 66,0 61,1 58,9 Chefe feminina unipessoal 4,2 5,4 5,1 38,9 37,2 34,8 Chefe masculino sem cônjuge 6,6 6,6 6,4 42,2 35,3 32,6 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 3,1 3,1 3,2 49,0 43,1 41,1 Chefe masculino unipessoal 3,5 3,5 3,2 37,7 30,3 27,2 Total (1) 100,0 100,0 100,0 59,3 52,2 50,0 Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Microdados reponderados até Elaboração dos autores. NEPP/UNICAMP. (1) O Total inclui outros tipos de arranjos domiciliares (residual). (2) O Total Metropolitano inclui as nove regiões metropolitanas. (*) Em valores de 2009 (INPC). 10

12 Estudo sobre as famílias urbanas latino-americanas de dezesseis paises, de forma similar, também evidencia a maior incidência da pobreza nos lares monoparentais com chefia feminina e entre as famílias nucleares com filhos nas etapas do ciclo de vida familiar relacionadas à expansão e consolidação (Arriagada, 2007) e em sua análise relaciona estruturas familiares e etapas do ciclo de vida familiar com a incidência da pobreza e de bemestar. De forma coincidente, embora não detalhe por idades, Lavinas e Nicoll, 2006, apontam como vulneráveis os arranjos de casais com filhos de até 16 anos de idade e os arranjos da mulherchefe sem a presença de cônjuge com filhos até essa idade, em análise dos dados referentes ao Brasil em 2003 (PNAD) e apontam para a importância de políticas sociais que atuem no atendimento desses segmentos. Analisando os desafios da transição demográfica para as políticas sociais no Brasil, Brito, Magno de Carvalho, Turra e Queiroz (2008), mostram a situação de desigualdade social tendo por referência dados do Censo Demográfico de 2000 e a distribuição da população por faixas de renda familiar per capita em salários mínimos, destacando também o fato de que os mais jovens (0 a 14 anos) estão concentrados entre os mais pobres, cerca de 42% na faixa de até um salário mínimo, enquanto essa proporção é de 29,5% para a população total. Estes dois últimos estudos referidos destacam a situação dos idosos como mais favorável que a dos jovens, pelo fato de os primeiros serem favorecidos pelas políticas de transferência de renda Beneficio de Prestação Continuada (BPC) e aposentadoria rural e ressaltam a necessidade de políticas públicas para o segmento crianças e adolescentes. Deve-se ressaltar que ambos os estudos retratam tais situações em momentos anteriores à instituição do programa Bolsa Família, embora já existissem outros programas de transferência de renda, como os dois mencionados acima e o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), além de outros de caráter municipal, quase todos de garantia de renda mínima. Considerando os atuais programas de transferência de renda foram investigadas as tendências de acesso aos mesmos pelos distintos arranjos domiciliares (Montali e Tavares, 2008, Montali, 2008 e) e são relatados aqui alguns aspectos identificados com base nos últimos dados disponíveis para essa análise - PNAD-IBGE 2006-, que trazem elementos para a discussão dos desafios para a redução da desigualdade de renda. A atualização dessa análise só poderá ser feita com os dados do Censo Demográfico de 2010, ainda não disponíveis no momento. 11

13 Retomando aquelas análises observa-se que o acesso a programas se distribui segundo os distintos arranjos domiciliares associados a ciclos vitais da família (Tabela 5). O Beneficio de Prestação Continuada, que atende deficientes e principalmente idosos em situação de risco, apresenta peso maior entre as famílias unipessoais masculinas e femininas - caracterizadas por idosos -, entre os arranjos nucleados pelos casais de 50 anos e mais, com filhos e/ou, bem como entre os casais sem filhos residentes, dentre os quais uma parcela importante é composta por idosos. Representa ainda cerca de 13% dos benefícios a que têm acesso os domicílios com chefia feminina sem a presença de cônjuge, lembrando que 55% das chefes nesses arranjos têm 50 anos e mais. Nos demais arranjos familiares é pouco expressiva sua participação (Tabela 6). Os programas Bolsa-Família e PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), por sua vez apresentam peso importante entre os programas de transferência de renda a que têm acesso os três tipos de arranjos já mencionados como mais vulneráveis ao empobrecimento por contarem em sua composição familiar com parcela importante de crianças, adolescentes e jovens, ou seja, os tipos de arranjo domiciliar: casal de até 34 anos, com filhos e/ou, casal entre 34 e 49 anos com filhos e/ou, e chefe feminina sem cônjuge, com filhos e (Tabela 5). Tabela 5 Distribuição dos domicílios com acesso a programas de transferência de renda por arranjos domiciliares, segundo distribuição por programa Regiões Metropolitanas Brasileiras Tipos de arranjos domiciliares BOLSA OUTRO BPC-LOAS PETI FAMÍLIA PROGRAMA (2) TOTAL Casais 76,2 8,9 1,1 13,7 100,0 Casal sem filhos 49,9 35,2 1,1 13,8 100,0 Casal com filhos e 77,6 7,5 1,1 13,7 100,0 Casal até 34 anos com filhos e 82,9 3,4 1,1 12,7 100,0 Casal de 35 a 49 anos com filhos e 79,1 5,0 1,2 14,8 100,0 Casal de 50 anos e mais com filhos e 55,8 30,1 0,7 13,4 100,0 Chefe feminina sem cônjuge 70,6 15,4 0,8 13,2 100,0 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 72,4 13,2 0,8 13,6 100,0 Chefe feminina unipessoal 32,4 62,7 0,0 4,9 100,0 Chefe masculino sem cônjuge 41,6 39,8 0,0 18,6 100,0 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 48,0 31,7 0,0 20,3 100,0 Chefe masculino unipessoal 6,1 84,7 0,0 9,1 100,0 Total (1) 73,6 11,7 1,0 13,7 100,0 Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Elaboração dos autores. (1) O Total inclui outros tipos de arranjos domiciliares (residual). (2) Federal, Estadual ou Municipal. Observou-se, por outro lado, que exatamente estes arranjos identificados como mais vulneráveis ao empobrecimento (nucleados por casais de até 34 anos com filhos; casais entre 35 e 49 anos com filhos; e chefe feminino sem cônjuge e com filhos) apresentam acesso ao Programa Bolsa Família, que transfere benefícios com valores mais baixos, com pequeno 12

14 acesso ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), cujo valor é de um salário mínimo (Tabela 5). Dessa forma, embora não sejam elevados os valores médios das transferências de renda por domicílio com acesso, fica evidente a disparidade do valor entre os domicílios caracterizados por arranjos associados às etapas inicial e de consolidação do ciclo de vida familiar e aqueles associados à etapa do envelhecimento da família (Gráfico 6 ). Gráfico 6 Valor médio das transferências de renda para os arranjos domiciliares até o 8 decil com acesso a transferências por arranjo domiciliar Regiões Metropolitanas Brasileiras Casal até 34 anos com filhos e 81,5 Casal de 35 a 49 anos com filhos e 87,8 Chefe feminina sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 120,9 Chefe masculino sem cônjuge - e/ou filhos e/ou 187,5 Casal de 50 anos e mais com filhos e 190,0 Casal sem filhos 199,6 Chefe feminina unipessoal 246,1 Chefe masculino unipessoal 321,1 Total 113, Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração dos autores. Uma das conclusões (Montali, 2008)... é que a desigualdade entre os domicílios mais vulneráveis ao empobrecimento e os demais, menos vulneráveis, será reproduzida, e não reduzida, se mantidas as condições atuais. Por um lado em decorrência das disparidades de rendimentos no mercado de trabalho associadas à qualificação, mas também ao gênero e à idade, que limitam a inserção no mercado e a remuneração dos componentes desses tipos de arranjos domiciliares, como visto. Por outro lado, em decorrência da disparidade muito grande no valor das transferências de renda para domicílios em diferentes etapas do ciclo vital familiar. Em investigação sobre os arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho foram identificadas características e mudanças que contribuem para o entendimento da permanência da desigualdade de renda entre os domicílios, analisando-a sob a abordagem da divisão sexual do trabalho e das relações de gênero. Foram identificadas no período de acentuação da reestruturação produtiva e de baixo crescimento econômico com continuidade até o ao de 13

15 2003, mudanças que afetaram de maneira distinta os componentes das famílias considerandose as posições familiares e gênero, tendo abalado o emprego e a qualidade do emprego dos principais provedores da família (Montali, 2004 e 2006). Observou-se nessa análise sobre a Região Metropolitana de São Paulo, a tendência a partir dos anos 90, de alterações nos arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho propiciados tanto por mudanças no padrão de incorporação no mercado de trabalho, como também pelo gradual processo de mudança dos valores em relação ao papel da mulher na sociedade. As principais mudanças observadas foram a maior participação das mulheres cônjuges no mercado de trabalho e também a maior participação das mulheres cônjuges e das chefes femininas sem cônjuge como provedoras ou como co-provedoras em seus domicílios (Montali, 2006). Padrões semelhantes de inserção familiar no mercado foram encontrados nos estudos sobre regiões metropolitanas brasileiras (Montali e Tavares, 2009). Estas tendências permanecem nas regiões metropolitanas brasileiras no período recente de recuperação econômica, a partir de Ou seja, há continuidade do aumento das mulheres no mercado de trabalho com destaque para as cônjuges (Montali, 2010) e também continuidade das tendências observadas no período anterior no que se refere aos arranjos familiares de inserção no mercado, com acentuação do partilhamento da responsabilidade pela manutenção da família entre os componentes em todos os tipos de arranjos familiares. Tomando-se como referência os domicílios nucleados pelo casal, verifica-se como tendências a redução na participação dos chefes entre os ocupados da família (46% em 2004 e 43% em 2009), elevação da participação do cônjuge (30% em 2004 e 33% em 2009) e participação dos filhos cerca de 21%, com leve declínio, e de, cerca 3%. Nestes arranjos familiares se evidencia o partilhamento da responsabilidade pela manutenção da família entre os componentes do domicílio, destacando-se o casal com maior peso. Nos arranjos familiares de inserção no mercado nos domicílios nucleados pelo casal observa-se composição específica quando considerado o momento correspondente ao ciclo vital familiar: etapa da constituição, representada pelos casais jovens (até 34 anos) com filhos; etapa da consolidação, representada pelos casais com idades entre 35 e 49 anos com filhos; etapa do envelhecimento, representada pelos casais com idades a partir de 50 anos, com filhos (Gráfico 7). Destaca-se nos dois primeiros, que caracterizam-se como mais vulneráveis ao empobrecimento, elevadas proporções dos cônjuges entre os ocupados, respectivamente, 39% e 33% em A maior proporção de cônjuges entre os ocupados da família, com tendência 14

16 de aumento de sua presença entre estes no período (40% em 2004 e 43% em 2009) é encontrada no arranjo dos casais sem filhos. As principais tendências nos arranjos domiciliares nucleados pela chefe feminina sem a presença de cônjuge, terceiro tipo de arranjo mais vulnerável ao empobrecimento, foram de pequenas mudanças. Em 2009, a chefe feminina sem cônjuge representava 45,4% dos ocupados da família, os filhos 40% e os e não 14,6%; os dados mencionados referem-se ao total das famílias chefiadas por mulher sem a exclusão dos domicílios unipessoais femininos. Gráfico 7 Distribuição dos ocupados segundo posição na família por tipologia de arranjos domiciliares Regiões Metropolitanas Brasileiras, % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Casal sem Filhos Casal até 34 com filhos e Casal com filhos e Casal 50 ou + c/ filhos e Casais - subtotal Chefe feminina sem cônjuge (2) Chefe masculino sem cônjuge (2) Total (1) Chefe Cônjuge Filhos menores de 18 anos Filhos maiores de 18 anos Parentes e não Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Elaboração: Montali, L., NEPP/UNICAMP (1) O Total inclui outros arranjos domiciliares; (2) Inclui chefes unipessoais e chefes com filhos e/ou. A análise da participação dos componentes familiares na composição da renda familiar (Gráfico 8) evidencia como uma tendência comum a todos os tipos de arranjos nucleados pelo casal o aumento proporcional da participação do cônjuge feminino na renda familiar. As cônjuges que vêm participando crescentemente de atividades no mercado de trabalho no período, aumentaram também sua participação relativa na renda da família (23,8% em 2004; 30% em 2009), ao mesmo tempo em que a participação dos chefes masculinos que permanece como a mais elevada - apresenta tendência de redução na renda domiciliar no mesmo período (62,5% em 2004; 56% em 2009). A participação dos filhos oscila cerca de 11% e dos cerca de 2,5%. São observadas as especificidades desse indicador nos 15

17 arranjos nucleados pelo casal nos diferentes momentos do ciclo vital familiar (Gráfico 7). Não ocorrem alterações importantes no período nos arranjos nucleados pela chefe feminina sem cônjuge: as chefes que são as principais responsáveis renda domiciliar respondem, em 2009, por 66% da provisão domiciliar, os filhos por cerca de 23% da renda e os por cerca de 11% (Gráfico 8). 100% Gráfico 8 Participação na massa da renda domiciliar segundo posição na família por tipologia de arranjos domiciliares Regiões Metropolitanas Brasileiras, % 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Casal sem Filhos Casal até 34 com filhos e Casal com filhos e Casal 50 ou + c/ filhos e Casais - subtotal Chefe feminina sem cônjuge (2) Chefe masculino sem cônjuge (2) Total (1) Chefe Cônjuge Filhos total Parentes e não Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Elaboração: Montali, L., NEPP/UNICAMP (1) O Total inclui outros arranjos domiciliares (2) Inclui chefes unipessoais e chefes com filhos e/ou. Este conjunto de informações evidencia a desfavorável inserção da mulher no mercado de trabalho na medida em que, nos arranjos domiciliares nucleados pelo casal, as proporções da participação das cônjuges na composição da renda familiar são mais baixas do que sua participação entre os ocupados da família (Gráficos 6 e 7). A predominância de inserções precárias desse componente é uma das explicações para essa disparidade (Montali, 2010), pois considerando-se o total das famílias metropolitanas brasileiras, mais que a metade das cônjuges ocupadas apresenta inserção sob vínculos contratuais precários. Situação distinta é encontrada entre os chefes masculinos ocupados dos quais cerca de um terço apresenta-se sob vinculações não precárias. Expressando a bipolaridade entre as mulheres ocupadas (Bruschini, 2007 e Lombardi, 2009), também no caso das chefes femininas sem cônjuge, cerca da metade destas se vinculam ao mercado de trabalho através de inserções precárias (Montali, 2010). 16

18 No caso das chefes femininas sem cônjuge e considerando-se sua maior responsabilidade na provisão familiar (Gráfico 7), as inserções precárias refletem-se nos rendimentos mais baixos verificados nos arranjos domiciliares nucleados pela chefe feminina sem a presença de cônjuge. No caso dos arranjos mais vulneráveis ao empobrecimento nucleados por casal, entre os mais jovens (até 34 anos) embora seja elevada e crescente a participação da cônjuge entre os ocupados: 34,5% em 2004 e 38,7% em 2009, sua participação na renda domiciliar é crescente, porém é bastante menor que o seu peso entre os ocupados da família: 26,4% em 2004 e 32,9% em Nos arranjos caracterizados pelos casais de 35 a 49 anos com filhos, a participação da cônjuge entre os ocupados é da ordem de 29% em 2004 e de 32,6% em 2009; por sua vez a participação na renda domiciliar, também crescente é de 24,2% em 2004 e de 30,9% em 2009, indicando menor distância entre sua participação entre os ocupados na família e na composição da renda domiciliar. Observe-se que este arranjo domiciliar, embora entre os mais suscetíveis ao empobrecimento, apresenta valores de rendimento per capita próximos á média metropolitana em todo o período. A vinculação precária das mulheres cônjuges e chefes ao mercado de trabalho está em grande parte associada à divisão sexual do trabalho vigente e às atribuições destas pelo cuidado dos filhos, levando-as a aceitar vinculações não formalizadas, jornadas menores e ocupações intermitentes. Este fato tem peso importante na situação mais desfavorável dos arranjos mais vulneráveis ao empobrecimento sob análise, todos eles com a presença de filhos, evidenciando que embora haja mobilização das cônjuges femininas e das chefes femininas, estas por constrangimentos que limitam o acesso a empregos de qualidade, obtêm menores rendimentos no mercado de trabalho. Dessa forma, um dos desafios a serem enfrentados para a redução da desigualdade dos rendimentos entre os arranjos domiciliares passa pela divisão sexual do trabalho vigente e nas relações de gênero, que embora se modifiquem em alguns aspectos, ainda não chegam a alterar de forma significativa as atribuições domésticas associadas aos papeis familiares. Considerações finais A análise desse período constata que o importante crescimento do rendimento familiar per capita nas regiões metropolitanas brasileiras também beneficiou os três tipos de família identificados como mais vulneráveis ao empobrecimento. No entanto, a análise dos valores do rendimento familiar per capita segundo os tipos de arranjos familiares, comparando-os ao 17

19 valor médio metropolitano, evidencia que não se reduz a distância entre os rendimentos dos três arranjos mais suscetíveis ao empobrecimento e a média regional metropolitana. Dois desafios devem ser enfrentados pelas políticas sociais visando a redução desta desigualdade de renda entre os arranjos domiciliares com configurações distintas que se associam aos momentos do ciclo de vida familiar: medidas que promovam maior equidade de gênero no mercado de trabalho e revisão das políticas de transferência de renda. Com relação ao primeiro aspecto, no caso dos arranjos domiciliares nos momentos inicial e de consolidação do ciclo de vida familiar, bem como em parcela significativa dos arranjos domiciliares nucleados pela mulher sem cônjuge, é relevante a presença de crianças e de adolescentes. Sob a divisão sexual do trabalho vigente, as mulheres cônjuge e chefe que integram os referidos arranjos estão sujeitas a restrições para sua inserção no mercado em empregos de qualidade, levando-as a aceitar vinculações não formalizadas, jornadas menores e ocupações intermitentes. Considerando que as mudanças nas relações de gênero e na divisão sexual do trabalho dependem de um processo mais longo de desenvolvimento social no qual se insere a educação, acredita-se que determinadas políticas sociais poderiam de forma mais imediata atenuar os encargos femininos com a prole e possibilitar a essas mulheres a inserção em trabalhos com vínculos contratuais regulamentados, com mais horas de trabalho e, portanto com melhor remuneração. Trata-se de políticas sociais que garantam a oferta de serviços de qualidade para a educação infantil e de creches, bem como de escola em tempo integral para o ensino fundamental e que proporcionariam ganhos para as mulheres e para a educação das crianças brasileiras. Políticas dessa natureza, que viabilizariam a melhora nas possibilidades de inserção e de remuneração das mulheres com encargos pelos filhos resultarão na redução da pobreza e da desigualdade do país. Com relação às políticas sociais de transferência de renda alguns encaminhamentos mais recentes podem estar contribuindo para a elevação de renda dos domicílios mais vulneráveis ao empobrecimento, tais como a ampliação do benefício do Bolsa Família para jovens com até 18 anos incompletos e elevação do valor para famílias com crianças. No entanto outras medidas deverão ser desenvolvidas para as famílias com crianças e adolescentes visando a redução das possibilidades desiguais de obtenção de rendimentos. 18

20 8. Referências bibliográficas ARRIAGADA, I. Estruturas familiares, trabalho e bem-estar na América Latina, In: ARAUJO, Clara; PICANÇO, Felícia; SCALON, Celi (Org) Novas conciliações e antigas tensões? Gênero, família e trabalho em perspectiva comparada. Bauru: EDUSC, BARRÈRE-MAURISSON. Marie-Agnés. La division familiale du travail: La vie en double. Paris, Presses Universitaires BRITO, Fausto; MAGNO DE CARVALHO, José Alberto; TURRA, Cássio Maldonato; QUEIRÓZ, Bernardo Lanza. A transição demográfica e as políticas sociais no Brasil. In: CGEE Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. (Org.). População e políticas sociais no Brasil: os desafios da transição demográfica e das migrações internacionais. Brasília, DF. p a.. Transição da estrutura etária e políticas sociais. In: CGEE Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. (Org.). População e políticas sociais no Brasil: os desafios da transição demográfica e das migrações internacionais. Brasília, DF. p b. CAMARANO, A. A.; PASINATO, M. T. Envelhecimento, pobreza e proteção social na América Latina IPEA. In: Texto para Discussão nº 878. Rio de Janeiro. Brasil FONSECA, A. M. M. da. Família e Política de Renda Mínima. São Paulo, Ed Cortez HEINEN, J.; HIRATA, H.; PFEFFERKORN, R. (Org.). État / Travail / Famille: conciliation ou conflit?. Cahiers du genre. Paris, L Harmattan, HIRATA, H. e HUMPHEY, J. Estruturas familiares e sistema produtivo: famílias operárias na crise. Tempo Social Revista de Sociologia da USP, São Paulo, USP, v. 4, ns. 1/2, 1994, p IPEA. Desigualdade e pobreza no Brasil metropolitano durante a crise internacional: primeiros resultados. Comunicado da Presidência n.25. IPEA, 04 de agosto de Disponível em: [Acesso: 05 agosto de 2011]. IPEA. Dimensão, evolução e projeção da pobreza por região e por estado no Brasil. Comunicados IPEA n.58,13 julho de 2010a. Disponível em: [Acesso: junho de 2010]. IPEA. Previdência e Assistência Social: efeitos no rendimento familiar e sua dimensão nos Estados. Comunicados IPEA n.59, 22 julho de 2010b. Disponível em: [Acesso: junho de 2010]. LAVINAS, Lena; NICOLL, Marcelo. Atividade e vulnerabilidade. Quais os arranjos familiares em risco? DADOS Revista de Ciências Sociais. Rio de Janeiro, v. 49, nº 1. p LEONE, E T. O Perfil dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Economia Informal. Seminário Tripartite - OIT: A economia informal no Brasil: Políticas para facilitar a transição para a formalidade. Brasília, maio de MONTAGNER, P. O desenvolvimento econômico e estrutura das ocupações A situação brasileira entre In: Baltar, P.; Klein.J.; Sallas. C. (Org.). Economia e trabalho: Brasil e México. São Paulo: LTr, 2009, v. 7, p MONTALI, L. Rearranjos Familiares de Inserção, Precarização do Trabalho e Empobrecimento In: ABEP Revista Brasileira de Estudos de População, São Paulo, v. 21, n. 2, jul/dez Provedoras e co-provedoras: mulheres-cônjuge e mulheres-chefe de família sob a precarização do trabalho e desemprego. In: ABEP Revista Brasileira de Estudos de População, São Paulo, v. 23, n. 2, jul/dez Desigualdade e pobreza nas famílias metropolitanas: redução ou reprodução? In: SANCHES, Eramis B., ALVES, José Eustaquio D. (Orgs.): Serie Investigaciones Nº 3 - Pobreza y Vulnerabilidad Social: Enfoques y Perspectivas. ALAP Editor. Córdoba, Argentina, Disponível em: Padrões familiares de inserção no período de recuperação da economia nos anos 2000: homens e mulheres no mercado de trabalho. Trabalho apresentado no XVII ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS, ABEP. Caxambú-MG, de 20 a 24 de setembro de Regiões metropolitanas paulistas e brasileiras: efeitos da precarização do trabalho e da ampliação das políticas de transferência de renda sobre as famílias nos anos Relatório Final de Pesquisa apresentado ao CNPq. Campinas: NEPP/UNICAMP, abril,

21 MONTALI, L. e TAVARES, M. Família, pobreza e acesso a programas de transferência de renda nas regiões metropolitanas brasileiras. Revista Brasileira de Estudos de População, São Paulo, v. 25, n. 2, Dec MONTALI, L. e TAVARES, M. Famílias metropolitanas e arranjos familiares de inserção sob a precarização do trabalho. In: MENEZES, José E. X. de; CASTRO, Mary Garcia. (Org.). Família, população, sexo e poder - Entre saberes e polêmicas (Coleção Família na Sociedade Contemporânea). São Paulo: Ed. Paulinas, v. 1, p MONTALI, L. e TAVARES, M. Tendências dos arranjos familiares e da redução das desigualdades entre as famílias metropolitanas brasileiras entre 2004 e Trabalho apresentado no SEMINÁRIO NACIONAL GOVERNANÇA URBANA E DESENVOLVIMENTO METROPOLITANO, Natal, RN, Brasil, de 01 a 03 de setembro de ROCHA, S. Pobreza no Brasil: afinal, de que se trata? Rio de Janeiro: editora FGV, Crescimento, renda e pobreza. Como ficam os pobres? XXII Fórum Nacional 2009 Na Crise, Brasil, Desenvolvimento de uma Sociedade Ativa e Moderna (Sociedade do Diálogo, da Tolerância, da Negociação), Programa Nacional de Direitos Humanos. E Novos Temas. Rio de Janeiro: Estudos e Pesquisas n.349, Disponível em: SEADE, Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. PED - Pesquisa de Emprego e Desemprego Diponível em: (Acesso em 07/08/2011) 20

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