Desigualdades de gênero no mercado de trabalho e as políticas sociais Lilia Montali

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1 MONTALI, L.. Desigualdades de gênero no mercado de trabalho e as políticas sociais. In: Anais do XVIIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais (ABEP), 2012, Águas de Lindóia Submetido à REBEP (Revista de Estudos Populacionais ABEP). Disponível em: < Desigualdades de gênero no mercado de trabalho e as políticas sociais Lilia Montali Palavras-chave: desigualdade de gênero; conciliação família-trabalho; divisão sexual do trabalho Resumo O artigo pretende explicitar dois aspectos relacionados. Procura evidenciar, por um lado, que apesar dos avanços nas últimas décadas, a conhecida permanência da desigualdade de rendimentos do trabalho de homens e de mulheres tem profundas raízes na divisão sexual do trabalho vigente na sociedade brasileira e que esta se manifesta tanto nas restrições impostas pelo mercado de trabalho, diferenciadas por sexo, como nas restrições impostas pelas atribuições domésticas. Ao enfatizar aspectos que explicitam as desigualdades de gênero no mercado de trabalho, este artigo procura, por outro lado, mostrar que estas desigualdades afetam as possibilidades de superação da pobreza por determinados arranjos domiciliares, demandando intervenções mais explicitas através de políticas sociais. Entende-se, nesta investigação, que a disponibilidade para a inserção no mercado de trabalho é condicionada pelo gênero, idade, posição na família, divisão sexual do trabalho e pelas relações hierárquicas do grupo doméstico e, também, por restrições diferenciadas encontradas por seus componentes no mercado de trabalho. Esta abordagem explicitou a divisão sexual do trabalho vigente como um dos desafios que limitam a inserção em empregos de qualidade de mulheres responsáveis pela família, em arranjos com a presença de crianças e de adolescentes. A divisão sexual do trabalho, que perpassa a família e o mercado de trabalho, mantém, para as mulheres, a atribuição do cuidado dos filhos e das atividades domésticas ao passo que atribui ao homem as atividades produtivas. Análise da condição de inserção desfavorável das mulheres com responsabilidades por crianças, que se concentram nos arranjos mais vulneráveis ao empobrecimento explicita essa relação de gênero, bem como as restrições que colocam à superação da pobreza por estes domicílios. Identificou-se um gradiente que explicita uma relação positiva entre a qualidade Trabalho apresentado no XVIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Águas de Lindóia/SP Brasil, de 20 a 24 de novembro de Desenvolvido com apoio do CNPq, junto ao NEPP/UNICAMP. Apresenta resultados de projetos de pesquisa de responsabilidade de Lilia Montali: Família, trabalho e políticas sociais: mudanças e impactos sobre as famílias metropolitanas nas duas últimas décadas (em andamento); Desigualdade e pobreza nas famílias metropolitanas: diagnóstico e recomendações para a redução das desigualdades (concluído em 02/2012). Pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas NEPP-UNICAMP. Pesquisadora do CNPq. Este artigo contou com a colaboração de Marcelo Tavares, estatístico do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas NEPP-UNICAMP. 1

2 do emprego e o não emprego de mulheres com responsabilidade por crianças e o acesso das crianças de até 06 anos de idade a educação infantil e a creches. A análise da pobreza e das desigualdades de renda com base nos arranjos domiciliares elucidou aspectos desse fenômeno que possibilitam orientar políticas sociais para a equidade de gênero no mercado e o para o desenvolvimento social. 2

3 Desigualdades de gênero no mercado de trabalho e as políticas sociais Lilia Montali Palavras-chave: desigualdade de gênero; conciliação família-trabalho; divisão sexual do trabalho Introdução Este artigo pretende explicitar dois aspectos relacionados. Por um lado, procura evidenciar que apesar dos avanços nas últimas décadas a permanência da desigualdade de rendimentos do trabalho de homens e mulheres tem profundas raízes na divisão sexual do trabalho vigente na sociedade brasileira e que esta se manifesta tanto nas restrições impostas pelo mercado de trabalho, diferenciadas por sexo, como nas restrições impostas pelas atribuições domésticas. Ao enfatizar aspectos que explicitam as desigualdades de gênero no mercado de trabalho, este artigo procura, por outro lado, mostrar que estas desigualdades afetam as possibilidades de superação da pobreza por determinados arranjos domiciliares, demandando intervenções mais explicitas através de políticas sociais. A análise da desigualdade de gênero no mercado de trabalho repousa na concepção da divisão sexual do trabalho vigente na sociedade. A revisão bibliográfica sob esta perspectiva de análise vem apontando tanto no Brasil e na América Latina, como nos países da Europa e Estados Unidos, para as tensões entre a atual inserção da mulher no mercado de trabalho e as atribuições sociais nas atividades e responsabilidades domésticas. Explicitam o conflito entre as novas atribuições da mulher na esfera da produção e as atribuições da mulher na esfera da reprodução que pouco se alteraram. Resultados de nossa pesquisa nas regiões metropolitanas brasileiras evidenciam tais restrições ao analisar a condição de inserção das mulheres com responsabilidades por crianças, que por sua vez, se concentram nos arranjos mais vulneráveis ao empobrecimento. A investigação da pobreza e das desigualdades de renda com base nos arranjos domiciliares, sob a abordagem da divisão sexual do trabalho e das relações de gênero, elucidou aspectos desse fenômeno e oferece elementos que possibilitam orientar políticas sociais para a equidade de gênero no mercado e o para o desenvolvimento social. A pesquisa analisou as áreas metropolitanas brasileiras investigadas pela PNAD (nove regiões metropolitanas e Distrito Federal) 1, que em 2009, representam 31% da população do país e são responsáveis por mais que 40% do PIB nacional. Por outro lado, apresentam indicadores de desigualdade de renda superiores à média nacional e queda menos acentuada que a experimentada pelo país entre 2004 e Trabalho apresentado no XVIII Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Águas de Lindóia/SP Brasil, de 20 a 24 de novembro de Desenvolvido com apoio do CNPq, junto ao NEPP/UNICAMP. Apresenta resultados de projetos de pesquisa de responsabilidade de Lilia Montali: Família, trabalho e políticas sociais: mudanças e impactos sobre as famílias metropolitanas nas duas últimas décadas (em andamento); Desigualdade e pobreza nas famílias metropolitanas: diagnóstico e recomendações para a redução das desigualdades (concluído em 02/2012). Pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas NEPP-UNICAMP. Pesquisadora do CNPq. Este artigo contou com a colaboração de Marcelo Tavares, estatístico do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas NEPP-UNICAMP. 1 Regiões Metropolitanas consideradas no estudo: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo e o Distrito Federal 3

4 Divisão sexual do trabalho e as implicações para a inserção de homens e de mulheres no mercado de trabalho A investigação na qual se baseia este artigo é norteada pela abordagem da divisão sexual do trabalho e das relações de gênero, e entende que a disponibilidade para a inserção no mercado de trabalho é condicionada pelo gênero, idade, posição na família, divisão sexual do trabalho e pelas relações hierárquicas do grupo doméstico, por um lado e, por outro, por restrições diferenciadas encontradas por seus componentes no mercado de trabalho. Dessa forma, entende-se que existem barreiras e motivações distintas que mobilizam ou restringem os diferentes componentes da família para o trabalho. Esta abordagem explicitou a divisão sexual do trabalho vigente como um dos desafios que limitam a inserção em empregos de qualidade de mulheres responsáveis pela família, em especial em arranjos com a presença de crianças e de adolescentes Sob a ótica da divisão sexual do trabalho vigente são complementares a tradicional atribuição à mulher das responsabilidades sobre a administração doméstica e o cuidado dos filhos e a atribuição ao homem das responsabilidades no âmbito público e o mundo do trabalho. Estas atribuições vêm sendo questionadas e a experiência da inserção das mulheres no mercado de trabalho as vêm colocando em cheque, porém poucas mudanças tem ocorrido nessas atribuições, conforme indicado por diversos estudos (BANCO MUNDIAL, 2012; OIT; PNUD, 2009). Análise dessa questão evidencia dois aspectos: por um lado, a temática acerca da conciliação família-trabalho não tem sido tratada de forma suficiente pelo Estado (OIT; PNUD, 2009; SORJ, 2007; dentre outros); por outro lado, no âmbito dos domicílios, poucas mudanças são alcançadas e um dos indicadores desse fato é o tempo de trabalho dispendido em atividades domésticas pelos cônjuges de ambos os sexos (ARAUJO; PICANÇO; SCALON, 2007; BRUSCHINI E OUTROS, 2011; BANCO MUNDIAL, 2012). No caso do Brasil, pesquisas de opinião têm confirmado a permanência de valores condizentes com a concepção tradicional da divisão sexual do trabalho na família (FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO; SESC, 2011; ARAUJO E OUTROS, 2007, FOLHA DE SÃO PAULO, 2010). Outro aspecto a considerar, que reforça a ideia da permanência das atribuições da tradicional divisão sexual do trabalho, é a inserção diferenciada no mercado de trabalho de mulheres com diferentes responsabilidades nos domicílios identificadas por sua posição na família, como evidenciado por MONTALI, 2003 e MONTALI, Na busca por conciliar família e trabalho mulheres-cônjuge e mulheres chefes de família apresentam-se em maiores proporções absorvidas em trabalho precário do que mulheres com posição distinta na estrutura doméstica, como as filhas. Considera-se que os caminhos para a mudança das desigualdades apontadas, quais sejam a redução da desigualdade de rendimento do trabalho entre homens e mulheres e das formas de inserção no mercado que se mostram possíveis para as mulheres, especialmente aquelas com encargos familiares, passa, por um lado, pelas mudanças nas relações de gênero e nas atribuições domésticas e, por outro, por políticas sociais que possibilitem essa equidade. Enquanto a mudança nas relações de gênero depende de um processo mais longo de desenvolvimento social, considera-se que determinadas políticas sociais poderiam de forma mais imediata propiciar a conciliação família e trabalho e possibilitar inserção mais igualitária no mercado de trabalho. Uma das possibilidades seria oferecer apoio para os encargos femininos com a prole e possibilitar a essas mulheres maior equidade na inserção no mercado de trabalho, pois possibilitaria a inserção em trabalhos com vínculos contratuais regulamentados, com mais horas de trabalho e, portanto, com melhor remuneração. Refere-se aqui a políticas sociais que garantam a oferta de serviços de qualidade para a educação 4

5 infantil e creches, bem como de escola em tempo integral para o ensino fundamental para crianças e adolescentes; tais políticas, além de proporcionar ganhos para as mulheres, contribuiriam para o desenvolvimento infantil e a melhora da educação das crianças. Recomendações semelhantes são encontradas nos relatórios de organismos multilaterais já mencionados BANCO MUNDIAL, 2012 e OIT; PNUD, Estes relatórios apontam para a necessidade de medidas legais relativas à conciliação família e trabalho que envolvam homens e mulheres com responsabilidades familiares e também fiscalização no cumprimento das mesmas. No caso da América Latina e Caribe, a Convenção nº 156 da OIT sobre trabalhadores e trabalhadoras com responsabilidades familiares foi ratificada por 10 paises da região, porém são encontradas poucas disposições legais que incluem o conceito de trabalhador de ambos os sexos, sendo em geral dirigidas às mulheres trabalhadoras (OIT; PNUD, 2009). Outro aspecto enfatizado é a política de creches e de cuidado para crianças de até 6 anos de idade. A existência de creches ou serviços de cuidado é uma medida fundamental para que os/as trabalhadores/as possam conciliar suas responsabilidades familiares com as obrigações relacionadas ao trabalho (OIT; PNUD, P.82). De acordo com a referida Convenção, cabe ao Estado a responsabilidade pelo desenvolvimento e promoção de serviços de assistência à infância e à familía (sejam eles comunitários, públicos ou privados). Segundo o Relatório do Banco Mundial, 2012, é recomendada como uma das medidas a serem implementadas visando o preenchimento de hiatos de ganhos e produtividade entre homens e mulheres a política de creches e de licenças parentais. O mesmo Relatório referindo se à política de creches em países de renda média na América Latina, dentre os quais cita exemplos do México, Colômbia, Argentina e Brasil, menciona que As evidências desses países, bem como as de países ricos (principalmente da Europa central e do norte) que têm esquemas semelhantes é que elas aumentam o número de horas que as mulheres podem trabalhar, além de permitir que elas trabalhem mais em empregos formais (BANCO MUNDIAL, p.27). Considera-se ainda que políticas dessa natureza, que viabilizariam melhores possibilidades de inserção e de remuneração das mulheres com encargos pelos filhos venham a contribuir para a redução da pobreza dos domicílios e a redução da desigualdade do país. As tendências da inserção ocupacional por posição na família e gênero Um aspecto a discutir sobre a equidade refere-se à inserção diferenciada dos componentes familiares no mercado de trabalho associada ao gênero e à divisão sexual do trabalho. As tendências da ocupação e do desemprego nas regiões metropolitanas analisadas na década de 90 evidenciaram diferenciações nas taxas de ocupação e de desemprego considerando-se os membros da família. Em estudo sobre a região metropolitana de São Paulo (Montali, 2006), constatou-se nos anos 90 até 2003, período de baixo crescimento econômico e sob o processo de reestruturação produtiva, que a precarização do trabalho e o desemprego afetaram distintamente os membros das famílias, tendo provocado, concomitantemente, a queda da taxa de ocupação dos chefes masculinos e filhos (as) maiores e a elevação da taxa de participação e de ocupação das cônjuges. O estudo revelou mudanças na inserção familiar no mercado de trabalho e no partilhamento da provisão familiar entre os componentes familiares, com o aumento do peso da participação das cônjuges tanto na inserção como na provisão (Montali, 2006; Montali; Tavares 2009). No período de recuperação da economia, entre , são mantidas as especificidades quando considerados a posição na família e gênero. Entretanto, as taxas de participação e de ocupação apresentam, no período, certa estabilidade para os componentes familiares, destacando-se o aumento da taxa de participação e de ocupação das cônjuges e também das 5

6 filhas e filhos maiores e 18 anos; destacam-se ainda as taxas de ocupação crescentes para todos. Por outro lado, se mantém comparativamente mais baixas as taxas de participação e de ocupação das cônjuges femininas e das chefes femininas em relação aos demais componentes, ressalte-se que estas são os componentes femininos com responsabilidade pela família, considerando-se as atribuições de gênero e a referida divisão sexual do trabalho. A análise das tendências da inserção dos componentes por sexo, mostra que nas regiões metropolitanas brasileiras há estabilidade nas taxas de participação masculina e leve crescimento nas taxas de participação feminina, mesmo em 2009 (ver Gráfico 1). Embora as tendências sejam distintas daquelas do período anterior - que expressavam o baixo crescimento da economia e as mudanças no mercado de trabalho associadas à reestruturação produtiva analisada para a região metropolitana de São Paulo -, é mantida a distância entre as mais elevadas taxas de participação masculinas em relação às femininas, o mesmo ocorrendo com as taxas de ocupação 2. As taxas de participação para os homens se mantém cerca de 71% no período, enquanto as relativas às mulheres são crescentes - passam de 52% no primeiro ano para 53% entre 2006 e 2008 e para 54% em As taxas de ocupação crescem para ambos entre 2004 e 2008, com queda em 2009 para os homens - a taxa de ocupação masculina passa de 63% em 2004 para 66% em 2008-, enquanto a taxa de ocupação feminina passa de 43% em 2004 para 47% em Em 2009 é distinta a tendência entre homens e mulheres: queda na taxa de ocupação masculina de 66% para 64,7%, enquanto para as mulheres se mantém em 47% (Gráfico 1). O desemprego nas regiões metropolitanas brasileiras apresenta tendência de queda entre 2004 e caracterizado como um período de recuperação da economia - e pequena elevação em Entre 2004 e 2008 é maior a queda observada para o desemprego masculino relativamente ao feminino, pois a variação percentual é de redução da ordem de 34% no desemprego dos homens e de redução de 24% para o desemprego feminino. Ocorre nesse período a permanência de taxas de desemprego mais elevadas para as mulheres embora caiam de 16%, em 2004, para 12%, em 2008, enquanto para os homens a taxa de desemprego cai de 10,7% em 2004 para 7% em Estas informações corroboram as tendências nacionais apontadas por estudos (MONTAGNER, 2009; SEADE/DIEESE, 2008 e 2011) acerca da permanência de elevadas taxas de desemprego femininas no período da recuperação. Já no ano de 2009, sob o impacto da crise internacional, eleva-se a taxa de desemprego para a população economicamente ativa metropolitana: esta passa de 9,4% para 10,7%. Para os homens o acréscimo foi de um ponto percentual (8% em 2009) e para as mulheres cerca de dois pontos percentuais (14% em 2009); considerando-se a posição na família, destacam-se com maior elevação do desemprego as mulheres chefes de domicílios e as cônjuges (Gráfico 1). 2 Utiliza-se como referência a PEA Ampla, que incorpora ocupados sem remuneração em ajuda a membro do domicilio e os que produzem para auto-consumo e auto-construção. Essa classificação possibilita captar de forma mais completa a inserção das mulheres e dos jovens no mercado de trabalho. 6

7 Gráfico 1 Taxas de participação e ocupação e desemprego por posição na família Regiões Metropolitanas Brasileiras, Taxa de Participação Chefe masculino Chefe feminino Cônjuge feminino Filhos masculinos maiores de 18 anos Filhos femininos maiores de 18 anos PIA Homens Mulheres Taxa de Ocupação Chefe masculino Chefe feminino Cônjuge feminino Filhos masculinos maiores de 18 anos Filhos femininos maiores de 18 anos PIA Homens Mulheres Taxa de Desemprego Chefe masculino Chefe feminino Cônjuge feminino Filhos masculinos maiores de 18 anos Filhos femininos maiores de 18 anos PEA Homens Mulheres Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Elaboração: Montali, L., NEPP/UNICAMP. Excluídos da análise dos domicílios/família, os pensionistas, empregados domésticos residentes e parentes dos empregados domésticos. 7

8 Nesse período de recuperação econômica, além da redução do desemprego, outra tendência relevante que ocorre é o aumento da formalização do emprego. No entanto, nossos dados e alguns estudos mostraram que também ocorre diferenciadamente por sexo (LEONE, 2009).Para as mulheres ocorre o aumento do emprego, mas ainda continuam crescendo as ocupações não formais. Os dados da nossa investigação evidenciam essas tendências (Gráfico 2), corroborando as desigualdades já apontadas, associadas ao gênero e especialmente às atribuições familiares de chefes femininas e cônjuges femininas, definidas pela vigente divisão sexual do trabalho na família e no mercado. Dessa forma evidencia-se que as mulheres-cônjuge e as mulheres-chefes de família apresentam-se, em maiores proporções, absorvidas em trabalhos precários, perfazendo quase a metade das ocupadas; além da maior ocupação precária, a taxa de inatividade destas é mais elevada do que a das filhas maiores de 18 anos, bem como dos componentes masculinos (Gráfico 2). Gráfico 2 Distribuição da PIA segundo situação ocupacional e condição de precariedade na ocupação por posição na família, Regiões metropolitanas brasileiras, % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Chefe masculino Chefe feminino Cônjuge feminino Filhos masculinos maiores de Filhos femininos maiores de Parentes e não parentes Ocupados Não-Precários Ocupados Precários Desempregados Inativos Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração: NEPP/UNICAMP. 8

9 Gráfico 3 Inserção de cônjuges e chefes femininas no mercado de trabalho segundo tipologia de arranjo domiciliar, Regiões metropolitanas brasileiras, % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sem filhos até 34 anos com filhos e/ou parentes 35 a 49 anos com filhos e/ou parentes anos e mais com filhos e/ou parentes até 34 anos a 49 anos anos ou mais Casais - Cônjuge feminina Chefe feminina sem cônjuge com filhos e/ou parentes Ocupados Não-Precários Ocupados Precários Desempregados Inativos Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Elaboração: Montali, L., NEPP/UNICAMP Na análise que compara os arranjos domiciliares com presença de crianças e adolescentes - que coincidem com aqueles mais vulneráveis ao empobrecimento - com os outros arranjos, fica evidente a mobilização acentuada das mulheres cônjuge e chefes monoparentais para o mercado e os limites colocados por suas atruibuições familiares, que se expressam na inserção precária e no elevado desemprego (Gráfico 3). Destacam-se entre os arranjos domiciliares com maior proporção de crianças e adolescentes entre seus componentes aqueles nucleados por casal em que a cônjuge tem idades até 34 anos e entre 35 e 49 anos, bem como nos arranjos monoparentais em que a chefe feminina está nesses grupos de idade. De forma coincidente, os arranjos familiares que apresentam maiores fragilidades para garantir a sobrevivência e que são mais suscetíveis ao empobrecimento são identificados, por esta pesquisa, entre os arranjos domiciliares nucleados pelo casal com idades de até 34 anos com filhos e/ou parentes (que correspondem à etapa de constituição no ciclo vital da família); aqueles em que o casal tem idades entre 35 e 49 anos, também com a presença de filhos e/ou parentes (etapa de expansão do ciclo vital familiar); e as famílias chefiadas por mulher com a presença de filhos e/ou parentes. Estes arranjos domiciliares apresentam composições distintas, vivenciam momentos distintos do ciclo de vida familiar, mas têm em comum composição desfavorável para a inserção de seus componentes no mercado de trabalho ou em atividades de geração de renda, por abrigarem crianças e adolescentes ou idosos. São identificados também por apresentarem rendimentos familiares per capita mais baixos que os demais arranjos domiciliares e abaixo da média regional; por apresentarem as mais elevadas concentrações entre os decís inferiores de renda familiar per capita. A situação desfavorável destes arranjos mais vulneráveis é expressa também nas taxas de geração de renda comparativamente mais baixas (Montali; Lima, 2011). 9

10 O trabalho feminino e os desafios da equidade Retomando os pressupostos deste estudo mencionados na introdução, o conceito de divisão sexual do trabalho tem papel central na explicação das restrições presentes na inserção dos componentes familiares no mercado de trabalho. A conhecida ampliação da entrada da mulher no mercado de trabalho pouco alterou suas atribuições domésticas, que passam a ser assumidas como dupla jornada. Este fato é apontado por estudos que mostram a manutenção destas atividades como femininas também em países da Europa e da América do Norte com poucos avanços das políticas governamentais que facilitem a conciliação família-trabalho (SORJ; OUTROS, 2007). A análise da inserção no mercado de trabalho das mulheres com responsabilidade pelos domicílios (cônjuges e chefes femininas sem cônjuge) e daquelas com responsabilidade por filhos, revela as especificidades da inserção destas segundo a tipologia de arranjos domiciliares (Gráfico 3); explicita com maior clareza a mais elevada participação no mercado das cônjuges com filhos e das chefes femininas monoparentais com idades respectivamente até 34 anos e 35 a 49, que correspondem às etapas do ciclo de vida da família identificadas como de constituição e de consolidação. Por outro lado, evidenciam que a taxa de participação das mulheres na posição de chefes femininas sem cônjuge, que integram os arranjos monoparentais femininos, é comparativamente mais elevada do que a das cônjuges. Considerando os arranjos domiciliares conjugais e monoparentais, nos quais a mulhercônjuge e a mulher-chefe têm até 34 anos, e sem deixar de considerar a especificidade já referida que as diferencia referente às taxas mais elevadas para as chefes femininas, verificase, entre as ocupadas, que estas se dividem em cerca da metade entre ocupações não precárias e ocupações precárias; também chama a atenção no caso de ambas, as mais elevadas proporções em busca de emprego, comparativamente àquelas nos outros arranjos domiciliares (Gráfico 3). Lembrando que essa idade das mulheres identifica os arranjos da etapa de constituição da família que concentram a maior parte das crianças de até 6 anos de idade, as características apontadas da inserção laboral das cônjuges e chefes femininas sem cônjuge com idades até 34 anos revelam os constrangimentos que encontram para sua inserção no mercado de trabalho. Em primeiro lugar, a elevada proporção destas em ocupação precária evidencia as limitações para o acesso a empregos de qualidade relacionada às suas atribuições sob a divisão sexual do trabalho vigente e as dificuldades de conciliar família e trabalho. Em segundo lugar, a maior proporção de desempregadas entre estes componentes familiares, evidencia as maiores restrições do mercado de trabalho para absorver mães jovens, que possivelmente ainda terão filhos 3. Por sua vez, a análise da condição de absorção da força de trabalho das cônjuges que participam de arranjos com filhos e das mulheres-chefe com filhos nas idades entre 35 e 40 anos, mostra que estas apresentam como traço comum taxas de participação e de ocupação mais elevadas que as mais jovens; apresentam, entretanto, proporções mais elevadas de ocupadas absorvidas em atividades marcadas pela precariedade, evidenciando por um lado, as restrições impostas pela divisão sexual do trabalho vigente tanto na família como no mercado de trabalho e, por outro, as estratégias das mulheres com filhos para viabilizar a conciliação família-trabalho. Estas informações explicitam como os valores tradicionais da divisão sexual do trabalho limitam a inserção laboral das mulheres com encargos por filhos no acesso a empregos de qualidade e a melhores remunerações, apesar das elevadas taxas de participação destas no 3 Análise que discute os custos para as empresas do trabalho das mulheres associado à maternidade e ao cuidado infantil é feita em OIT (2005). 10

11 mercado de trabalho. Indicam também que, embora tenham participação importante na composição dos rendimentos domiciliares, esta poderia contribuir de forma mais efetiva para a superação da pobreza, em muitas situações, se houvesse política de apoio no cuidado de crianças através de educação infantil adequada e no cuidado de adolescentes através da educação em tempo integral, que viabilizasse a conciliação das atividades relacionadas à família e as atividades no mercado de trabalho. Este é um dos aspectos a se considerar como foco importante das políticas de equidade de gênero no mercado de trabalho. Certamente os efeitos positivos de tal política para a equidade de gênero no mercado de trabalho teriam repercussões nos tipos de arranjos identificados neste estudo como mais vulneráveis ao empobrecimento e também na redução da desigualdade de renda entre os domicílios metropolitanos, realidade objeto deste estudo. O último aspecto a ser abordado dá continuidade à análise dessa problemática e apresenta informações que demonstram que as possibilidades de inserção no mercado de trabalho das mulheres com responsabilidade por crianças estão relacionadas ao acesso à educação infantil (0-3 e 4-6), reforçando o argumento sobre a necessidade de investimento na educação infantil como um dos mecanismos que possibilitam a obtenção de melhores rendimentos pelas mulheres com tais encargos, bem como a superação da pobreza pelos domicílios com a presença de crianças. As informações analisadas indicam que existe uma relação positiva entre o acesso a educação infantil, especialmente para as crianças com idades entre 0 e 3 anos, e as possibilidades de inserção no mercado de trabalho de cônjuges e de chefes femininas com responsabilidade por filhos. Constatou-se ainda que a possibilidade de estarem inseridas no mercado de trabalho através de vínculos não precários encontra-se associada ao maior acesso à educação pelas crianças nessas idades. Um estudo de Sorj, (2004), interpreta a ampliação do acesso a creches e a pré-escola, analisadas para o período entre 2001 e 2004, como mecanismo que facilita a conciliação família e trabalho, com repercussões no aumento da participação feminina no mercado de trabalho, no aumento da jornada de trabalho e na elevação da renda. O presente estudo mostrou, no período , importante crescimento da atividade especialmente das cônjuges femininas nas idades até 34 anos e entre 35 a 49 anos, em ritmo superior ao da média metropolitana para esse componente familiar. Uma das hipóteses deste estudo é que o crescimento da taxas de ocupação e de participação de ambas pode estar relacionado ao crescimento na oferta de vagas para educação infantil que embora importante na década, se mostra ainda incipiente para as idades entre 0 e 3 anos (Montali, 2012). Um achado desta investigação é a relação positiva entre inserção no mercado de trabalho das mulheres-cônjuge e das mulheres chefes de domicílios monoparentais e o acesso à educação infantil. No presente estudo observou-se um gradiente que relaciona a taxa de acesso à educação infantil e o tipo de vinculação ao mercado de trabalho das mulheres-cônjuge e chefes femininas monoparentais. Constatou-se, assim, um gradiente do maior ao menor acesso a educação infantil (0-3 e 4-6 anos) correspondendo a vinculações não precárias, precárias e ao não trabalho de mulheres, sejam elas cônjuges ou chefes femininas sem cônjuge, em arranjos domiciliares com filhos. Esse gradiente foi constatado nos dois anos analisados, 2001 e

12 Tabela 1 Taxa de acesso escolar de crianças segundo condição de ocupação da cônjuge por tipo de arranjo domiciliar nucleado por casal, segundo idade da cônjuge feminina (%) Regiões Metropolitanas Taxas de acesso escolar (3) Faixas de idade (2) 0 a 3 4 a 6 7 a 9 Cônjuge de até 34 anos 24,9 79,1 99,5 59,2 Trabalho Não Precário Cônjuge de 35 a 49 anos 35,1 86,5 99,5 79,2 Cônjuge de 50 anos ou mais 28,8 80,0 100,0 56,5 (1) 27,9 81,5 99,5 66,5 Trabalho Precário Não Trabalha Trabalho Não Precário Trabalho Precário Cônjuge de até 34 anos 14,7 70,6 98,2 57,4 Cônjuge de 35 a 49 anos 14,0 73,2 97,7 66,3 Cônjuge de 50 anos ou mais 12,4 67,1 98,7 58,1 (1) 14,7 71,0 97,9 60,8 Cônjuge de até 34 anos 7,4 62,0 97,1 42,6 Cônjuge de 35 a 49 anos 7,4 65,4 97,0 60,8 Cônjuge de 50 anos ou mais 14,0 74,0 96,3 60,6 (1) 8,0 64,2 97,0 49,1 Cônjuge de até 34 anos 36,6 87,8 99,6 68,7 Cônjuge de 35 a 49 anos 37,1 94,8 99,6 79,8 Cônjuge de 50 anos ou mais 39,4 80,4 100,0 72,8 (1) 37,4 90,6 99,6 73,5 Cônjuge de até 34 anos 26,4 80,6 98,9 67,1 Cônjuge de 35 a 49 anos 26,8 85,4 99,0 76,9 Cônjuge de 50 anos ou mais 23,0 80,7 98,5 67,1 (1) 26,1 82,6 98,9 71,0 Cônjuge de até 34 anos 13,2 76,8 98,5 53,8 Não Trabalha Cônjuge de 35 a 49 anos 17,5 80,1 98,2 69,0 Cônjuge de 50 anos ou mais 26,4 84,5 99,2 70,6 (1) 15,6 78,2 98,5 59,7 Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração: NEPP/UNICAMP. (1) O inclui outros arranjos nucleados por casal. Na tabela constam apenas os arranjos com crianças menores de 10 anos de idade (filhos ou outros parentes). (2) Inclui todas as crianças nestas idades presentes no domicílio, sejam filhos ou outros parentes. (3) Taxa de acesso escolar: proporção de crianças na faixa etária específica que freqüenta creche ou escola, em relação ao total de crianças na respectiva faixa etária. Tomando como referência o ano de 2009, a análise da situação laboral das cônjuges nos arranjos domiciliares nucleados por casais com a presença de filhos, mostra que esse gradiente se repete em todas as idades das cônjuges, com a exceção da observada para a condição de não trabalho das cônjuges com 50 anos e mais, em que não ocorre queda na taxa de acesso escolar e que indica a presença de crianças que são possivelmente netos 4 (Tabela 1). Outra informação a resaltar, é que exatamente o grupo de cônjuges mais jovem, de até 34 anos, que concentra a maior parte das crianças, é o que apresenta, comparativamente, as menores taxas de acesso escolar para as faixas de idade de 0 a 3 anos e de 4 a 6 anos, seguido pelo grupo de cônjuges com idades entre 35 e 49 anos. É relevante destacar que o grupo de cônjuges mais jovem corresponde ao arranjo domiciliar identificado como o mais vulnerável ao empobrecimento em nossos estudos (Montali; Lima, 2011). 4 Verificou-se na composição desse arranjo domiciliar elevada presença de crianças identificadas como outros parentes. Dessa forma, crianças residentes no domicílio com acesso escolar associadas à condição de ocupação da cônjuge nesta idade não são filhos, sugerindo a presença de netos e outras crianças aparentadas, bem como a presença de famílias ampliadas que permitem estratégias distintas para a conciliação famíla-trabalho. 12

13 Na análise destes dois grupos de mulheres-cônjuge, chama a atenção a acentuada importância do acesso escolar de crianças associado à condição laboral. Para aquelas que se inserem no mercado de trabalho através de vínculos não precários, verifica-se elevada taxa de acesso escolar para crianças de 0 a 3 anos, da ordem de 37%, acima da média metropolitana nesse ano, que é de de 23,6%; para aquelas com vinculações precárias, a taxa de acesso escolar é cerca de 26% e para aquelas em situação de não trabalho, a taxa de acesso escolar para as crianças de 0 a 3 anos é a mais baixa, de 13%, no caso das mais jovens (até 34 anos), e de 17,5% no caso daquelas com idades entre 35 e 49 anos. Em decorrência de limites estatísticos a análise não discriminou, na condição de não ocupadas, aquelas em busca de trabalho, daquelas inativas. Aqui deve ser discutido que a pequena disponibilidade de creches públicas 5 pode estar limitando que estas mulheres se insiram no mercado de trabalho. Esta suposição encontra respaldo na análise por decís de renda domiciliar per capita, que evidencia o restrito acesso escolar de crianças de 0 a 3 anos nos domicílios entre os 20% mais pobres das regiões metropolitanas, da ordem de 11%, no caso das cônjuges jovens (de até 34 anos) em 2009; também é baixo o acesso naqueles domicílios que se situam entre os 50% mais pobres - que incluem esses 20% - da ordem de 17%; tais taxas de acesso escolar contrastam com aquelas correspondentes à encontrada nos domicílios acima da renda mediana, da ordem de 35% no mesmo ano para crianças de 0 a 3 anos, para cônjuges de até 34 anos (Tabela 1). Correspondendo às cônjuges com idades entre 35 e 49 anos são também bastante baixas as taxas de acesso escolar das crianças de 0 a 3 anos nos decís inferiores de renda: da ordem de 15% nos domicílios mais pobres (20% mais pobres) e perto de 20% nos domicílios abaixo da mediana da renda metropolitana (50% mais pobres). Por outro lado, entre os domicílios com rendimentos superiores à mediana metropolitana o acesso à creche das crianças de até 3 anos de idades também supera os 35%. Lembre-se que para a média metropolitana a taxa de acesso à creches para crianças de 0 a 3 anos, em 2009, é de 23,6%. A desigualdade no acesso escolar também ocorre, porém é mais atenuado no caso das crianças com idades entre 4 e 6 anos, no ano de 2009, tanto relacionada à condição laboral das mulheres-cônjuges com idades até 34 anos e 35 e 49 anos (Tabela 1), como associada aos decís de renda domiciliar per capita, correspondendo a esse grupo de idade de cônjuges que concentra a maior parte das crianças. Atribui-se ao aumento da oferta de matriculas na educação infantil pré-escolar, que atinge 80% em 2009, a diferença menos acentuda observada entre as taxas de acesso escolar das crianças e a situação laboral das mulherescônjuge. Comportamento semelhante em relação à situação laboral e aos decis de rendimento domiciliar per capita é também encontrado nos arranjos domiciliares monoparentais femininos nos anos de 2001 e Na análise das chefes femininas que integram os arranjos monoparentais observa-se o gradiente já referido que relaciona a condição de atividade e qualidade dos vínculos com o mercado para todas as idades das chefes, nos dois momentos analisados, com o acesso escolar de crianças de até 6 anos de idade (Tabela 2). Associada ao trabalho não precário das chefes monoparentais, a taxa de acesso à creche de crianças de até 3 anos de idade supera os 30% nos três grupos de idade, chegando a 39% para aquelas de 50 anos e mais. Para as chefes monoparentais com vinculação precária ao mercado de trabalho é acentuada a queda no acesso à creche, que fica pouco acima dos 20% para as mais jovens (até 34 anos) e para aquelas de 50 anos e mais, caindo para cerca de 18%, a taxa 5 Cerca de metade das creches nas regiões metropolitanas brasileiras são de natureza privada, havendo diferenças nessa proporção entre as regiões metropolitanas (Montali, 2012). 13

14 de acesso escolar no caso das chefes monoparentais com idades entre 35 e 49. Como visto na análise da inserção no mercado (Gráfico 3), as chefes neste último grupo de idades encontram-se prioritariamente inseridas em ocupações precárias (42% delas) e este pequeno acesso à creche pode ser uma das limitações para inserções de melhor qualidade no mercado. Tabela 2 Taxa de acesso escolar de crianças segundo condição de ocupação da chefe no arranjo domiciliar monoparental feminino, segundo idade da chefe (%) Regiões Metropolitanas Taxa de acesso escolar (2) Faixas de Idade (1) 0 a 3 4 a 6 7 a Trabalho Não Precário Trabalho Precário Não Trabalha Trabalho Não Precário Trabalho Precário Chefe feminino até 34 anos 24,9 70,3 98,5 62,2 Chefe feminino de 35 a 49 anos 19,5 86,6 97,7 63,9 Chefe feminino de 50 anos ou mais 15,6 71,0 98,5 60,1 20,8 76,5 98,1 62,7 Chefe feminino até 34 anos 18,3 63,5 97,1 58,4 Chefe feminino de 35 a 49 anos 10,2 70,3 96,2 57,9 Chefe feminino de 50 anos ou mais 11,8 76,5 93,8 57,5 13,6 69,1 96,2 58,0 Chefe feminino até 34 anos 12,8 60,6 93,6 48,5 Chefe feminino de 35 a 49 anos 9,3 64,4 93,6 53,9 Chefe feminino de 50 anos ou mais 11,4 75,2 95,1 58,7 11,3 68,2 94,3 54,5 Chefe feminino até 34 anos 33,6 90,9 99,6 76,7 Chefe feminino de 35 a 49 anos 33,3 86,6 99,7 76,7 Chefe feminino de 50 anos ou mais 39,5 85,6 100,0 75,0 34,6 88,4 99,7 76,4 Chefe feminino até 34 anos 22,4 83,9 98,5 69,6 Chefe feminino de 35 a 49 anos 17,8 86,0 99,8 72,4 Chefe feminino de 50 anos ou mais 24,8 82,0 96,9 68,0 21,2 84,3 98,7 70,4 Chefe feminino até 34 anos 19,4 75,1 98,7 61,3 Não Trabalha Chefe feminino de 35 a 49 anos 18,9 70,0 95,6 61,7 Chefe feminino de 50 anos ou mais 25,3 83,0 98,6 68,2 22,1 77,4 97,9 64,7 Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração: NEPP/UNICAMP. (1) Inclui todas as crianças nestas idades presentes no domicílio, sejam filhos ou outros parentes. (2) Taxa de acesso escolar: proporção de crianças na faixa etária específica que frequenta creche ou escola, em relação ao total de crianças na respectiva faixa etária. Merece ser ressalvado que é mais elevado o acesso à educação infantil entre os domicílios nucleados pela chefe feminina monoparental do que o acesso por aqueles nucleados pelo casal, verificando-se esta diferença tanto na comparação entre os estratos mais ricos, como entre os estratos mais pobres. Entre os domicílios monoparentais femininos repete-se a desigualdade no acesso à educação infantil entre os domicílios 50% mais pobres e 50% mais ricos; na média a diferença é de cerca de uma vez e meia. Considerando-se o arranjo nucleado pela chefe feminina de até 34 anos, é maior que o dobro o acesso à creche comparando-se as taxas de acesso escolar dos domicílios acima do valor mediano metropolitano da renda domiciliar per capita (47%) e aqueles abaixo da renda mediana (22%). 14

15 Considerações Finais A partir da década de 90 acentua-se a participação feminina no mercado de trabalho e é acentuada a elevação da taxa de geração de renda especialmente daquelas na posição de cônjuge nas famílias conjugais. Nas famílias monoparentais a chefe tem participação mais elevada entre os ocupados na família e responde por mais que a metade da provisão familiar. Dessa forma, observa-se o crescimento da importância das chefes femininas e das cônjuges na provisão da família, no entanto, como a vinculação desses componentes ao mercado de trabalho - segundo as evidências apontadas - é bastante associada a divisão sexual do trabalho e às atribuições na família, ao buscarem a conciliação família-trabalho se inserem intensamente nas atividades precárias. Esta forma de inserção condicionada à conciliação família-trabalho afeta a remuneração que estas poderiam auferir se a inserção fosse de outra natureza, ou seja, sob a regulamentação trabalhista, com jornadas maiores e menos intermitentes. Assim, a entrada da mulher no mercado de trabalho é importante, porém sua contribuição para a superação da pobreza nos arranjos domicíliares mais fragilizados para inserção no mercado de trabalho e na geração de renda poderia ser mais efetiva se houvesse maior equidade na inserção no mercado de trabalho. Assim, os resultados da investigação apontam para a necessidade de implementar políticas que promovam a equidade de gênero para inserção no mercado de trabalho visando as mulheres com encargos por crianças e que possibilitem elevar a renda domiciliar. Nesse sentido, as recomendações são de duas naturezas: por um lado, incentivar programas voltados para a qualificação e a elevação da escolaridade dos adultos, bem com de intermediação com o mercado de trabalho; por outro lado, ampliar a aperfeiçoar o apoio no cuidado: aumento da oferta de ensino em tempo integral e ampliação de vagas em creches públicas e para a educação infantil, além de outros incentivos. Recomenda-se o investimento em cuidado para crianças e adolescentes em tempo integral, visando, especialmente, a educação infantil para que, além do desenvolvimento cognitivo da criança, seja possível o acesso a emprego de qualidade para mulheres com encargo por crianças, enquanto formas de enfrentamento da pobreza. Referências bibliográficas ARAUJO, Clara; PICANÇO, Felícia; SCALON, Celi (org) Novas conciliações e antigas tensões? Gênero, família e trabalho em perspectiva comparada. Bauru: EDUSC, BANCO MUNDIAL, Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial Igualdade de Gênero e Desenvolvimento. Visão Geral. Washington, D.C.: Banco Mundial, Disponível em: Acesso em junho de Folha de São Paulo. Mulheres trabalham menos tempo em casa. Sobe número de homens que têm tarefas no lar. Folha de São Paulo: 18/02/2010. Disponível em: Acesso 29/05/2011. Folha de São Paulo. Renda da mulher sobe mais do que a do homem no NE. Folha de São Paulo: 09/03/2011. Mercado. B3. FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO e SESC. Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado. Disponível em: Acesso em 29/05/2011. LEONE, E. O Perfil dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Economia Informal. Seminário Tripartite - OIT: A economia informal no Brasil: Políticas para facilitar a transição para a formalidade. Brasília, maio de LOMBARDI, M. R.. Anotações sobre desigualdades de gênero no mercado de trabalho. Seminário Brasil-França Economia Solidária, organizado por Fundação Carlos Chagas em Campinas - Unicamp, agosto Disponível em: 15

16 Acesso em 06 de abril de MONTAGNER, P. O desenvolvimento econômico e estrutura das ocupações A situação brasileira entre In: Baltar, P.; Klein.J.; Sallas. C. (Org.). Economia e trabalho: Brasil e México. São Paulo: LTr, 2009, v. 7, p MONTALI, L. Rearranjos Familiares de Inserção, Precarização do Trabalho e Empobrecimento In: ABEP Revista Brasileira de Estudos de População, v. 21, n. 2, jul/dez Provedoras e co-provedoras: mulheres-cônjuge e mulheres-chefe de família sob a precarização do trabalho e desemprego. In: ABEP Revista Brasileira de Estudos de População, v. 23, n. 2, jul/dez MONTALI, L.. (coord.) Relatório Final do Projeto Desigualdade e pobreza nas famílias metropolitanas: diagnóstico e recomendações para a redução das desigualdades. CNPq. Edital MCT/CNPq/MDS-SAGI n º 36/ Processo / NEPP/UNICAMP MONTALI, L. e LIMA, M. Os desafios para a redução da desigualdade de renda entre os domicílios metropolitanos. XXVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA ALAS. 6 a 11 de setembro de 2011, UFPE, Recife-PE MONTALI, L. e LOPES, G. Relações familiares e trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo na década de 90. Caderno CRH, CRH-UFBA, v. 1, n. 38, MONTALI, L. e TAVARES, M.. Famílias metropolitanas e arranjos familiares de inserção sob a precarização do trabalho. In: MENEZES, José E. X. de; CASTRO, Mary Garcia. (Org.). Família, população, sexo e poder - Entre saberes e polêmicas (Coleção Família na Sociedade Contemporânea). São Paulo: Ed. Paulinas, v. 1, p ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Trabalho e Família: rumo a novas formas de conciliação com corresponsabilidade social. Brasilia: OIT, Disponível em: Acesso em junho de SEADE/DIEESE Sistema PED. A mulher no mercado de trabalho metropolitano. Março de Redução de desemprego não diminuiu desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Disponível em: Acesso em 06 de abril de SEADE/DIEESE Sistema PED. Boletim Mulher e Trabalho. São Paulo, março de Disponível em: Acesso em 29/05/

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