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1 Edição número 2105 segunda-feira, 27 de agosto de 2012 Fechamento: 09h15 Veículos Pesquisados: Clipping CUT é um trabalho diário de captação de notícias realizado pela equipe da Secretaria Nacional de Comunicação da CUT. Críticas e sugestões com Leonardo Severo (leonardo@cut.org.br) Isaías Dalle (isaias@cut.org.br) Paula Brandão (paula.imprensa@cut.org.br) Luiz Carvalho (luiz@cut.org.br) William Pedreira (william@cut.org.br) Secretária de Comunicação: Rosane Bertotti (rosanebertotti@cut.org.br)

2 Estadão.com Governo encerra negociações com grevistas. Corte de ponto atinge mais servidores no Rio Eugênia Lopes e Vannildo Mendes (Política) Os servidores públicos federais lotados no Rio de Janeiro vão ser os mais punidos com o corte de ponto determinado pela presidente Dilma Rousseff nos salários de grevistas. Motivo: 40% dos funcionários punidos estão lotados em repartições públicas da União do Estado. Esse alto índice de "prejudicados" no Rio é fruto de uma realidade que se perpetua 50 anos depois de a capital federal ter sido transferida para Brasília. O Rio detém até os dias de hoje o maior contingente de servidores: cerca de 20% de todo o funcionalismo público federal da ativa contra 12% dos servidores lotados em Brasília. Dados do Boletim Estatístico de Pessoal, referentes a maio de 2012 e publicados pelo Ministério do Planejamento, mostram um contingente ainda maior de servidores lotados no Rio, se forem levados em conta os aposentados e pensionistas. Do total de pessoas que vivem às custas dos cofres públicos federais no Rio de Janeiro, são aposentados, , pensionistas e servidores estão na ativa. De acordo com o Ministério do Planejamento, a maioria dos funcionários públicos em greve está lotada em órgãos da administração indireta, como as agências reguladoras, fundações e autarquias. É o caso, por exemplo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sediado no Rio, que teve adesão de 52,4% (3.379) dos funcionários. O mesmo ocorre na Comissão Nacional de Energia Nuclear e Agência Nacional do Cinema, ambas com sede no Rio, com 40,5% e 39,4% dos funcionários paralisados, respectivamente. Um dos motivos para o estado abrigar até hoje tantos servidores da ativa é a manutenção, ali, de estruturas federais grandes nas áreas de Saúde e de Educação. Afinal, o Estado conta com seis hospitais federais, quatro universidades também federais e colégios como o Pedro II e o Aplicação. Mais da metade dos servidores públicos federais da ativa lotados no Rio trabalha nos setores de saúde e de educação. Dados do Ministério do Planejamento apontam funcionários na área de saúde e , em Educação. Em 2011, o governo federal gastou R$ 20,3 bilhões com o pagamento de servidores da ativa e inativos que vivem no Rio. Já com a folha de pessoal dos servidores ativos e inativos lotados em Brasília foram desembolsados R$ 10,1 bilhões no ano passado. A alta concentração de funcionários públicos no Rio acaba influenciando nas campanhas eleitorais e até nos programas partidários. "É evidente que os servidores públicos têm um peso grande nas campanhas. O candidato que não considera isso, perde a eleição", observa o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que conta com um eleitorado forte no funcionalismo público. Com muita conversa e poucos resultados, terminou ontem o mutirão de dois dias de negociações do governo com categorias do serviço público que reivindicam

3 melhores salários, em meio a uma onda de greves e protestos que já duram três meses. Foram realizadas 12 rodadas com os sindicatos no fim de semana. Todos rejeitaram a proposta de 15,8% de reajuste, fatiado em três parcelas. Mas comprometeram-se a dar a resposta final amanhã, depois de apresentar os números oferecidos pelo governo às categorias. O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, disse que aqueles que não aceitarem ficarão sem reajuste em 2013 e só voltarão a negociar salário no próximo ano. "Ponto final: de agora até terça, o governo só vai aguardar retorno e fechar acordos para mandar o projeto do Orçamento ao Congresso, com reajuste apenas para as categorias que aceitaram a proposta", afirmou. "Saio bastante satisfeito e confiante que a grande maioria aceite o reajuste." Mendonça admitiu que o governo reverterá a decisão de cortar os dias parados para as categorias que fecharem acordo, mediante compromisso de reposição do serviço acumulado. Ressalvou, porém, que a anistia não é automática e as negociações são distintas. "Uma é a negociação da reposição do trabalho, das horas que foram decorrentes da greve. Se houver a possibilidade de acerto sobre a reposição das horas de trabalho, faremos acordo, mas um não depende do outro", observou. Nessa hipótese, segundo ele, o governo devolverá o dinheiro descontado dos grevistas. O governo jogou duro na negociação e conta com o fim do movimento, desgastado pela longa paralisação, o corte dos dias parados e a falta de perspectiva, além do risco real de ficar sem aumento algum no próximo ano. Na prática, a maior parte das categorias deixou a resposta para a última hora como tática de ganhar tempo. Uma ficou esperando pela outra, na esperança de conseguir algo a mais no contracheque. Desde o início das negociações, porém, o governo se manteve firme na proposta de reajuste linear de 15,8%, dividido em parcelas de 5% de 2013 a Balanço. Pelos cálculos dos sindicatos, 350 mil servidores - 70% do universo de ativos - participaram das paralisações nos últimos três meses, entre os quais os das universidades federais. O governo avalia que entre 75 e 80 mil continuam paralisados. Entre estes estão auditores e analistas da Receita Federal, policiais federais e rodoviários e outras carreiras de elite, chamadas de "sangue azul", que lutam por reestruturação de suas carreiras. A primeira categoria a fechar acordo foi a do pessoal do grupo educação, que inclui docentes e técnico-administrativos das instituições federais de ensino, que representam 40% do universo da negociação. Durante o esforço concentrado do fim de semana, sinalizaram em favor do acordo as categorias de fiscais agropecuários e as dos servidores do Instituto Nacional de Pesquisa Industrial e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As demais pediram para dar a resposta entre hoje e amanhã. Desde o início das negociações, há cerca de um mês, o governo realizou 190 reuniões com 31 categorias de servidores públicos federais. Greve custa caro na saúde e na educação (Política) Paralisações pelo País deixam doentes sem remédios e atrasam a vida de estudantes

4 Enquanto sindicatos e governo prosseguem sua queda de braço, com cerca de 370 mil servidores parados em todo o País - em alguns casos, há quatro meses -, no Recife o menino Lucas Dantas, de 6 anos, tem um problema prático e urgente: ele depende diariamente de Aminomed, um alimento só fabricado na Alemanha - e o estoque da casa só dá para mais dez dias. "Não há mais nenhuma lata em Pernambuco nem nos Estados vizinhos. Um amigo conseguiu duas em São Paulo", diz o pai do garoto. Lucas sofre de alergia alimentar severa e, agora, sofre também dos efeitos da greve de funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que reduziu o ritmo de liberação de medicamentos nos portos e aeroportos do País. Como ele, outro menino recifense, Igor Lacerda, 9 anos, depende do fornecimento permanente de um medicamento holandês, o Nutrison. "Fico revoltada porque o direito de greve não pode superar o direito de viver do meu filho e de outros que precisam de produtos como este para viver", disse ao Estado a mãe do menor, Ingrid Lacerda. Um amigo da família, o advogado Ricardo Buarque, entrou com liminar para que o pai de Igor possa ir à Holanda buscar o produto, que começará a faltar na casa em três semanas. Casos como os de Recife ocorrem em outros Estados, onde o impacto maior das greves e operações-padrão, que irritam e desorganizam a vida de muitos cidadãos, tornam-se dramáticas quando afetam a saúde. E o problema não se resume a hospitais ou postos de saúde: ele alcança, por exemplo, distantes tribos do interior do Amazonas, onde os indígenas sofrem com a interrupção da assistência. Com 70% dos funcionários parados nas suas dez coordenadorias, a Funai deixou de atender, num serviço permanente, as comunidades indígenas. "Deixamos de emitir pelo menos dez Ranis por dia", diz o indigenista Victor Santana. Rani é o documento que registra o nascimento ou óbito dos índios. Dengue. Do mesmo modo, a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) paralisou parte das ações de coleta de sangue, exames e tratamento da dengue nas tribos - que agora corre por conta de servidores do Estado e dos municípios amazonenses. Bem longe dali, em Foz do Iguaçu (PR), a greve traz outro tipo de perigo: o desemprego. "Mais de 300 pessoas já foram demitidas", diz Juan Ramirez Añazco, da Câmara de Comércio de Ciudad de Leste - onde as vendas já sofriam com a crise e agora, com as lojas fechadas, caíram 50%. Na Ponte da Amizade não se veem filas há 15 dias. A média diária de 35 mil pessoas e 15 mil carros é mais ou menos fiscalizada, atualmente, por quatro policiais por turno. "Megaliquidações para recuperar o movimento nada resolveram", resume Añazco. Em Curitiba, uma conta da Universidade Federal do Paraná revela que pessoas deixaram de fazer exames médicos e, por falta dele, perderam suas consultas. Mais urgente, porém, é a situação de 30 adultos e 25 crianças que aguardam cirurgia na Unidade de Transplantes de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da UFPR. Para evitar maiores estragos, a Anvisa mantém acordo com a Secretaria da Saúde, para os casos mais urgentes. Nas universidades de vários Estados, estudantes já fazem as contas do impacto da greve nos próximos meses. A extensão de aulas além de dezembro, o atraso na obtenção de documentos para bolsas - algumas para fora do Brasil - a perda de semestre por pura falta de aulas e notas são notados por toda parte.

5 "A formatura em dezembro já era", resume a estudante Renata Aquino, 26 anos, que cursa Letras na UFMG. "Se as aulas começarem em outubro, terei de arrumar outro estágio em 2013 para completar as horas. E não podemos conseguir emprego sem o diploma." Ministros de Dilma liberam verba para próprias propostas Fábio Fabrini (Política) Ao assumir seus cargos após a chamada "faxina ética" promovida pelo Planalto, os ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), e do Trabalho, Brizola Neto (PDT-RJ), usaram a caneta de suas pastas para pagar emendas parlamentares propostas por eles mesmos no Congresso, quando ainda eram deputados. Um terceiro ministro, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), da Integração Nacional, reservou fatia generosa de recursos destinados por sua pasta para agraciar, em ano de campanha, projeto apadrinhado pelo seu filho, o deputado federal Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), candidato à Prefeitura de Petrolina. Na Agricultura, Mendes Ribeiro já pagou R$ 1,2 milhão para emendas de sua autoria em ele figura entre os quatro maiores beneficiados com recursos. O dinheiro foi repassado em maio para seis municípios do Rio Grande do Sul nos quais o ministro teve boa votação em 2010: Passa Sete, Segredo, Doutor Ricardo, Barros Cassal, Salto do Jacuí e Tunas - os últimos quatro municípios são administrados pelo PMDB, partido do ministro. Segundo o sistema controle orçamentário do governo, os recursos liberados bancaram projetos de "desenvolvimento do setor agropecuário". Antecessor de Ribeiro, Wagner Rossi (PMDB-SP) deixou o cargo em agosto de 2011 sob suspeita de irregularidades, entre elas a de permitir que um lobista interferisse em licitações da pasta. No Trabalho, Brizola Neto já liberou R$ 1,8 milhão para projetos apadrinhados pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que disputa a Prefeitura de São Paulo. O valor é o mais alto pago este ano. Bancou programas de habilitação de trabalhadores ao Seguro Desemprego e de "orientação e intermediação" de mão de obra em São Paulo. O segundo no ranking é o próprio ministro, empossado em 3 de maio. Quatro dias depois, a pasta pagou R$ , referentes a uma emenda dele, para a Prefeitura de Belford Roxo, sua base eleitoral - a cidade é administrada pelo aliado PT. O valor bancou projeto para elevação da escolaridade e qualificação profissional de trabalhadores no Programa ProJovem. Brizola Neto sucedeu a Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, que pediu demissão em 2011 sob suspeitas de favorecer a sigla. Em família. Na Integração Nacional, Bezerra Coelho já pagou este ano R$ 4,6 milhões de emenda do filho. O dinheiro foi enviado em parcelas para apoio a projetos de desenvolvimento sustentável em Pernambuco, base política da família. Bezerra Filho é o deputado mais contemplado com recursos de emendas específicas, pagas este ano pelo ministério comandado pelo pai. Políticos do PSB lideram os repasses da Integração. Dos R$ 18,7 milhões repassados este ano, receberam R$ 6,7 milhões. Líder do partido na Câmara, Givaldo Carimbão (AL) também está entre os mais contemplados. Conseguiu liberar

6 R$ 2 milhões para investimentos de infraestrutura em seu Estado (leia ao lado mais informações sobre os repasses aos partidos dos ministros). BB e Caixa colocam mais R$ 64 bi em crédito na economia no 2º trimestre Seguindo orientação federal, bancos públicos foram responsáveis por mais de 70% do aumento de R$ 93 bilhões em crédito no País no período Raquel Landim (Economia) Os bancos públicos em geral despejaram R$ 65,7 bilhões no mercado no segundo trimestre, colaborando para a volta do crédito e para a retomada da economia. Esse valor representa mais de 70% do crescimento total do crédito no País, que chegou a R$ 93 bilhões no período, conforme dados do Banco Central - o saldo passou de R$ 2,074 trilhões no primeiro trimestre para R$ 2,167 trilhões no segundo. Obedecendo às orientações da presidente Dilma Rousseff, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil foram os maiores responsáveis por esse crescimento do crédito. A Caixa aumentou em R$ 29 bilhões o volume de empréstimos, enquanto o BB colaborou com R$ 35 bilhões - um total de R$ 64 bilhões. Atraídos pela agressiva política de redução de juros dos bancos públicos, os consumidores migraram suas dívidas. Também optaram por tomar crédito na Caixa e no BB em áreas até agora pouco exploradas, como o financiamento de veículos. Nos últimos meses, a portabilidade de crédito deslanchou. Os indicadores do BC apontam que foram, em média, 45,2 mil operações mensais de maio a julho, representando R$ 522 milhões por mês. Não há dados oficiais, mas é provável que boa parte dessa migração tenha sido em direção aos bancos públicos. A Caixa foi a mais agressiva, com alta de 51,5% na carteira de crédito no primeiro semestre. A participação da Caixa nas concessões, excluindo financiamentos imobiliários, nos quais já é tradicionalmente forte, subiu de 5,9% em dezembro de 2011 para 7,1% em junho deste ano. Cerca de 27 mil pessoas levaram suas dívidas para a Caixa no segundo trimestre, um aumento de 123% em relação ao primeiro. Em seis meses, foram 42 mil operações. "Acreditamos desde o começo no crescimento da economia e nos antecipamos", diz Márcio Percival, vice-presidente de finanças da Caixa. O BB foi mais cauteloso, mas, pelo seu peso, fez diferença. O banco cortou as taxas de juros em até 30% e sua participação de mercado subiu de 19,2% no primeiro trimestre para 19,5% no segundo. De acordo com Alexandre Abreu, vice-presidente de negócios de varejo, o banco cresceu na área de veículos, em que praticamente não atuava. Ele conta que cerca de 60% dos novos financiamentos foram concedidos para pessoas que tomaram empréstimos pela primeira vez. Os brasileiros também trocaram dívidas caras por mais baratas. No BB, o consignado cresceu 20,6% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2011, enquanto as concessões no cheque especial e no rotativo do cartão de crédito caíram 7% e 6%, respectivamente.

7 Com o impulso dos bancos públicos, o mercado de crédito começa a dar sinais de fôlego, mas a previsão dos analistas é que a recuperação só ocorrerá no quarto trimestre. "Estamos em um momento de transição", diz Luís Miguel Santacreu, da Austin Asis. O mercado brasileiro de crédito viveu um boom. Em 2008, cresceu 31%. Esse patamar desacelerou em 2009, para 15%, mas voltou a ganhar ritmo, com alta de 20,6% em 2010 e 19,1% em O brasileiro comprometeu uma fatia elevada da renda com dívidas e a inadimplência subiu. No primeiro semestre, o crédito avançou apenas 6,8% em relação ao mesmo período de 2011, mas o BC prevê alta 15% no ano. Para os especialistas, há condições para uma retomada: estabilização da inadimplência, queda da taxa Selic e dos spreads bancários e renegociação de dívidas. Em julho, a quantidade de pessoas que saiu de casa para procurar crédito aumentou 2% em relação a julho de 2012, segundo a Serasa Experian. Foi a primeira alta inter anual em nove meses. O registro de pessoas inadimplentes cresceu 10,5%no período - o menor ritmo desde julho de "As pessoas estão resolvendo os pagamentos atrasados e voltando a tomar crédito", diz Luiz Rabi, gerente de indicadores de mercado da Serasa. De janeiro a julho, a recuperação de dívidas cresceu 13,5%, mais que a alta de 7% dos registros de inadimplentes, segundo a Boa Vista Serviços, que administra o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Até 2011, as pessoas davam mais calote que limpavam o nome. "Estamos no início de um ciclo mais sustentável de crédito", diz Dorival Dourado, presidente da Boa Vista. Mercado prevê corte de 0,5 ponto no juro PIB ainda fraco e inadimplência em alta devem fazer com que o Banco Central reduza a taxa básica de juros (Selic) de 8% ao ano para 7,5% ao ano Denise Abarca, Maria Regina Silva e Flavio Leonel (Economia) O mercado financeiro aposta que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduzirá novamente a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto porcentual na reunião da semana que vem, nos dias 28 e 29. Se a projeção estiver certa, a taxa de juros cairá de 8% para 7,5% ao ano. Das 81 instituições financeiras consultadas pelo AE Projeções, da Agência Estado, 80 estão com esta previsão de corte de meio ponto porcentual. O Banco Ribeirão Preto é a única instituição que diverge, apostando em uma redução de 0,25 ponto porcentual. As previsões dos departamentos econômicos das instituições financeiras estão alinhadas às apostas das mesas de renda fixa. Qualquer decisão diferente de um corte de 0,5 ponto será uma grande surpresa para os economistas. Segundo eles, se vier algo diferente, é mais provável que o corte seja menor, de 0,25 ponto, e não de 0,75 ponto. Afinal, tanto os dados de inflação quanto os de atividade econômica começaram a vir mais fortes. Para Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, há 70% de chance de o Copom diminuir a taxa em 0,50 ponto e 30% de a redução ser um pouco menor. "O BC pode surpreender e cortar 0,25 ponto", disse.

8 A justificativa para uma eventual redução dessa magnitude, segundo o economista, são os riscos de pressão inflacionária para este ano. "O impacto da alta das commodities agrícolas sobre os preços é questão de tempo", afirmou. Ele destaca a elevação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que subiu 0,39% em agosto, após 0,33% em julho. De todo modo, o cenário central do mercado é de que o Copom repetirá o script das reuniões recentes. "Não tem como fugir do corte de 0,5 ponto", disse o sócio-gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi. "Ainda teremos um PIB fraco e inadimplência em alta, apesar do discurso da equipe econômica de que isso está melhorando", completou. Guilherme Loureiro, economista do Barclays, argumenta que, embora os dados recentes de atividade interna e da economia americana apontem melhora e o cenário de commodities traga algum risco para a inflação, o Copom deve, em agosto, dar continuidade ao que vem sendo feito na política monetária. Para Loureiro, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre que será divulgado no dia 31 de agosto ainda virá fraco - a expectativa da instituição é de alta de 0,2%. "Acredito que esse hiato só fecha em meados do ano que vem", disse. Expectativa. O que deve gerar alguma curiosidade é o conteúdo do comunicado do Banco Central. Caso se confirme o corte de 0,5 ponto do juro e já esteja nos planos do BC que o ciclo de afrouxamento monetário termina este mês, como acredita parte do mercado, o texto já deverá dar algum sinal sobre isso. "A comunicação deve ser supercrítica. Se o Banco Central não sinalizar nesta direção de que fechou o ciclo, reforça nossa hipótese de novo corte de outubro", afirmou Loureiro. Nelson Rocha Augusto, do Banco Ribeirão Preto, justificou que a sua estimativa de um corte menor de juro está embasada em uma série de variáveis macroeconômicas, que compreendem, entre outros fatores, o cenário de inflação em alta, atividade econômica em aquecimento e um quadro fiscal que, se não chega a estar ruim, também não é dos melhores. "Na nossa opinião, o BC deveria dar neste momento a menor redução possível para a Selic", disse. "Dessa forma, emitirá um sinal de responsabilidade com relação à questão da inflação e dará tempo para que todos os estímulos implementados nos últimos meses entrem em funcionamento". Ele diz que o emprego está mais forte e a economia crescendo, e além disso a inflação está mais alta, o que tornaria arriscado manter os cortes elevados de juros. Ele cita o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que apontou a surpreendente geração de postos de trabalho em julho. "Vamos entrar num período sazonalmente favorável para o emprego", completou. "É importante aumentar o investimento e a confiança dos agentes econômicos, o que passa pela redução da volatilidade." Folha de S.Paulo Painel Vera Magalhães (Poder)

9 Agora vai Passado o anúncio das concessões de rodovias e ferrovias ao setor privado e a renovação de contratos do setor elétrico, prevista para o mês que vem, o governo planeja divulgar em outubro as novas regras para o Código de Mineração. A ideia é aumentar a alíquota dos royalties de exploração dos minérios, estipulando uma taxa de até 4%. Técnicos alegam que o projeto, que passou por idas e vindas, atrasou devido ao "espancamento" de Dilma Rousseff para evitar falhas no texto. Deu jogo Nas negociações do final de semana, o governo fechou aumentos para os servidores do Legislativo de cerca de 5% pelos próximos três anos, atingindo os 15,8% propostos. As agências reguladoras sinalizaram que aceitarão hoje os números discutidos com técnicos do Ministério do Planejamento. Osso duro Entre hoje e amanhã, os sindicatos de categorias como Polícia Federal, IBGE e Receita voltarão à pasta para dizer se topam ou não a proposta do governo. Relax Prestes a se aposentar e alvo de dúvidas sobre se poderá votar no julgamento do mensalão, o ministro do STF Cezar Peluso aliviava a tensão jogando tênis ontem na Asbac, clube de funcionários do Banco Central, na capital federal. Daqui não saio Aliados do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), que é um dos réus no mensalão, já articulam nos bastidores barrar pedidos de cassação de mandato se propostos pela oposição na CCJ da Câmara, caso ele seja condenado pelos ministros do Supremo. Meu garoto O ex-presidente Lula tem brincado com interlocutores sobre seu "xará", o ministro Luís Inácio Adams, na bolsa de apostas para uma das próximas vagas no STF: "Meu filho alemão vai pro Supremo". Essa era a forma com que ele chamava o advogado-geral da União quando era presidente. Sem vínculo A eleição de 2012 arrecadou até agora em todo o país R$ 466 milhões. Do total doado, R$ 53 milhões foram para as direções nacionais, estaduais e municipais dos partidos. São as chamadas doações ocultas, em que a verba é destinada à sigla, que transfere o dinheiro aos candidatos. No topo O grosso do dinheiro destinado às cúpulas nacionais dos partidos partiu das empreiteiras. De R$ 6,5 milhões recebidos pelo PMDB, R$ 4,5 milhões vieram das construtoras. Dos R$ 3,2 milhões obtidos pelo PT nacional, R$ 2 milhões vieram das empresas do setor. Investimento Uma das maiores doações individuais até agora no país foi a do candidato Ivan Rodrigues. Ele doou R$ 500 mil para a própria campanha a prefeito pelo PSD em São José dos Pinhais, no Paraná. Sinal amarelo O PSDB-SP e o Palácio dos Bandeirantes monitoram com lupa a eleição em duas cidades com mais de 600 mil habitantes administradas pelo partido há 16 anos e hoje sob ataque do consórcio PT-PMDB, que ensaia aliança para Tapetão Em Sorocaba, tucanos estão aliviados com a rejeição da candidatura do peemedebista Renato Amary pelo TRE-SP, embora ainda caiba recurso. Acreditam que a decisão dará fôlego ao ex-deputado Antonio Carlos Pannunzio, que aparece em segundo nas pesquisas. Regra 3 A situação mais crítica, na avaliação do QG de Geraldo Alckmin, é a de São José dos Campos, onde Carlinhos Almeida (PT) detém larga vantagem na dianteira. Na cúpula tucana, é forte a pressão para que Alexandre Blanco seja substituído pelo padrasto, Emanuel Fernandes.

10 Ministros debatem hoje no STF caso João Paulo Cunha Relator e revisor fazem 'réplica' e 'tréplica' para apontar deficiências em votos Ao ler seu parecer pela absolvição do petista, Lewandowski atribuiu ao TCU uma conclusão que não é do órgão Rubens Valente (Poder) O julgamento do mensalão entra hoje na sua 15ª sessão no Supremo Tribunal Federal (STF) com um debate entre o relator, Joaquim Barbosa, e o revisor, Ricardo Lewandowski. Eles divergiram sobre o ponto da acusação que trata do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). No capítulo que aborda uma suposta propina paga a João Paulo, Barbosa votou pela condenação do deputado, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e de dois sócios pelos crimes de corrupção e peculato. Lewandowski decidiu pela absolvição. Hoje Barbosa faz sua "réplica" e Lewandowski, sua "tréplica", expressões típicas de debate eleitoral, mas que têm sido usadas pelos próprios ministros. Barbosa deve apontar deficiências no voto do colega e vice-versa. Na sequência, os outros nove ministros devem votam as acusações contra o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato -parte em que Barbosa e Lewandowski concordaram pela condenação. EQUÍVOCO Lewandowski cometeu pelo menos um erro no voto que leu na quinta-feira passada. Ele atribuiu a um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) uma conclusão que não é dele nem do tribunal, mas de um personagem que foi alvo de uma auditoria do órgão, o ex-diretor-geral da Câmara Sérgio Sampaio. Lewandowski disse que o ministro do TCU relator da apuração sobre o contrato de Valério com a Câmara afirmara que uma apuração da Secretaria de Controle Interno da Câmara (que apontou problemas no contrato) fora "maculada por vícios que a nulificam [anulam]". Ele mencionou a página e o volume do processo do mensalão em que estaria a conclusão do TCU. No documento, contudo, vê-se que a afirmação sobre "mácula", "vícios" e "inimizade" não partiu do TCU, mas do próprio Sampaio. Segundo Sampaio, a reprovação da auditoria interna da Câmara seria decorrente de uma suposta "notória inimizade" entre o então secretário de Controle Interno, Alexis Paula Souza, com o diretor de comunicação da Câmara, Márcio Araújo, e ele. Apesar de ter aprovado os gastos do contrato, o TCU não avalizou essa versão. Ontem, a assessoria do ministro reconheceu: "Houve um equívoco, uma falha de interpretação, mas o ministro mantém que a informação consta do acórdão do TCU. O essencial é que o TCU decidiu pela legalidade do contrato". PT privilegia campanhas de SP e MG na distribuição de dinheiro

11 Candidatos nos dois estados foram os que mais receberam doações da direção nacional da sigla Eduardo Paes (PMDB), que disputa reeleição no Rio, foi o que mais recebeu do próprio partido, R$ 3 milhões Paulo Gama e Rodrigo Vizeu (Poder) Os números da primeira prestação de contas parcial das campanhas em todo o país dão dimensão da importância que PT está dando para suas candidaturas em São Paulo e Minas Gerais. Dos 7 maiores repasses de verbas feitos pela direção nacional petista no primeiro mês de campanha, 6 foram para candidatos a prefeito dos dois Estados, ambos governados pelo PSDB. O PT considera a capital paulista estratégica para tentar tirar os tucanos do comando estadual, onde estão desde Já Minas é governada desde 2003 pelo grupo do senador oposicionista e ex-governador Aécio Neves, possível candidato à Presidência da República em Parte da verba transferida pelos partidos aos seus próprios candidatos são as chamadas "doações ocultas" de campanha. Ocorre normalmente quando uma empresa oferece dinheiro para ajudar uma determinada candidatura, mas não quer associar seu nome diretamente ao candidato. Então a firma doa ao partido -que mistura a doação com verbas recebidas de várias outras fontes- e, depois disso, o partido entrega o valor correspondente ao candidato indicado informalmente pela empresa. Fernando Haddad, a aposta bancada por Lula para disputar a Prefeitura de São Paulo, foi quem mais recebeu recursos da direção nacional do PT: R$ 950 mil -além de outros R$ 500 mil doados pelo diretório municipal. Logo atrás dele está Patrus Ananias, ex-ministro de Lula, candidato a prefeito de Belo Horizonte após uma articulação política liderada pessoalmente pela presidente Dilma Rousseff. Patrus foi contemplado com R$ 807 mil pela direção nacional. Petistas que concorrem em cidades das regiões metropolitanas das duas capitais também foram premiados: Maria do Carmo Lara, candidata em Betim, na Grande BH, recebeu R$ 285 mil. Já a campanha de João Paulo Cunha em Osasco foi agraciada com R$ 475 mil. Réu no processo do mensalão, João Paulo é o terceiro petista que mais dinheiro recebeu da direção do partido em todo o país. Com a injeção de recursos no Sudeste -a direção estadual do Rio levou outros R$ 475 mil-, quem ficou à míngua foram os candidatos do partido no Nordeste. Os nomes que disputam prefeituras na região, principal responsável pela eleição de Dilma em 2010, não estão entre os que mais receberam recursos do partido.

12 O PT não investiu um centavo em seus candidatos em Recife e Fortaleza, onde rompeu com o PSB e enfrenta adversários apoiados pelas máquinas estaduais dos governadores Eduardo Campos e Cid Gomes. CAMPEÃO Nenhum candidato recebeu tanta doação da direção nacional do próprio partido como Eduardo Paes, candidato à reeleição pelo PMDB no Rio de Janeiro. Foram, segundo sua prestação de contas, R$ 3 milhões, quase oito vezes mais que o doado pelo partido a Gabriel Chalita, que concorre em São Paulo. No PSB, quem mais recebeu da própria sigla foi Luciano Ducci (R$ 2,15 milhões), que concorre em Curitiba. Os candidatos do partido em Belo Horizonte, Marcio Lacerda, e no Recife, Geraldo Julio, ambos em disputa acirrada com o PT, receberam o mesmo valor: R$ 1 milhão cada. OPOSIÇÃO O DEM privilegiou cidades em que acredita ter mais chances. ACM Neto, que lidera as pesquisas em Salvador, levou R$ 750 mil. PT se preocupa com desempenho ruim no Nordeste Apesar de ter candidato próprio em 7 das 9 capitais da região, partido só lidera em Recife, com Humberto Costa Oposição está à frente em 6 capitais, sendo 4 delas com ao menos dez pontos percentuais de diferença para petistas Catia Seabra e Erich Decat (Poder) O baixo desempenho dos candidatos petistas em pesquisas eleitorais feitas no Nordeste acendeu o sinal de alerta na cúpula da sigla. Os levantamentos indicam que, apesar de ter candidato próprio em 7 das 9 capitais da região, em só uma, Recife, o partido lidera, com Humberto Costa, que no entanto caiu oito pontos percentuais desde o início da disputa. Nas outras duas capitais, os candidatos apoiados pelo PT também enfrentam dificuldades. Em Maceió, o pedetista Ronaldo Lessa está em empate técnico com o tucano Rui Palmeira. Em Aracaju, Valadares Filho (PSB) está mais de 40 pontos atrás de João Alves Filho (DEM). Se as posições das pesquisas forem corroboradas nas urnas, o resultado deste ano será ainda pior que o do pleito municipal anterior, em 2008, quando o PT lançou nomes em sete capitais e venceu em duas (Recife e Fortaleza). Ainda assim, naquele ano, passado o segundo turno, sete das nove capitais terminaram nas mãos de partidos da base aliada. Hoje, segundo os levantamentos, a oposição lidera em quatro capitais com ao menos dez pontos de diferença. Em outras duas, está na frente, mas com vantagens menores. A importância estratégica do Nordeste se evidenciou na eleição presidencial, na qual Dilma venceu em todos os Estados da região e conquistou 18 milhões de votos, mais que o dobro do tucano José Serra. O PT não aponta causas para o atual cenário, mas alguns fatores ajudam a explicálo.

13 Nelson Pelegrino, candidato petista em Salvador, não decola devido ao efeito negativo das greves dos professores no Estado comandado por Jaques Wagner (PT), segundo integrantes do partido. No Recife, o efeito do racha entre PT e PSB, do governador Eduardo Campos, é tido como um dos elementos da queda de Humberto Costa. Já o candidato do partido em Fortaleza, Elmano de Freitas, passaria pelo mesmo problema de Fernando Haddad em São Paulo: ainda não é conhecido pelos eleitores. MOBILIZAÇÃO A conjuntura foi apresentada nesta semana em reunião da cúpula do PT em São Paulo, quando o comando do partido se debruçou sobre dados das disputas em todo o país. "Temos de mobilizar as lideranças para fazer acompanhamento minucioso e tentar reverter alguns cenários", disse o coordenador da bancada do Nordeste e vicepresidente do PT, José Guimarães (CE). "Temos potencial, mas os candidatos ainda não decolaram. Não deixa de ser um sinal de alerta." Antes disposto a atuar apenas em algumas cidades -como São Paulo, Recife e Belo Horizonte- o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recrutado para ajudar Pelegrino na Bahia. Também serão convocados a participar das campanhas na região os ministros Alexandre Padilha (Saúde), Paulo Bernardo (Comunicação) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Por acordo, governo pode perdoar falta de grevistas Ministério cogita devolver dinheiro que descontou de servidores De acordo com a pasta, reposição do ponto é sempre 'elemento de negociação'; reuniões marcam fim de semana Breno Costa e Julia Borba (Cotidiano) O governo federal já discute com servidores grevistas a devolução do dinheiro descontado dos contracheques de funcionários que tiveram ponto cortado durante os dias de paralisação. A negociação é feita pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. "Ele disse que está disposto a negociar [a devolução dos dias cortados], se houver reposição da atividade represada", disse o presidente do Sinagências (Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação), João Maria Medeiros. Durante o fim de semana, o ministério fez várias rodadas de negociação. Além das agências reguladoras, foram recebidos funcionários do Incra, da área de infraestrutura, gestão e fiscalização, meio ambiente, controladores de voo, servidores do Itamaraty e fiscais agropecuários.

14 De acordo com o ministério, 40% dos grevistas deverão fechar acordo com o governo entre hoje e amanhã. Segundo a pasta, a reposição do ponto é sempre "elemento de negociação", mas que, como nenhum acordo foi fechado, o ponto segue cortado. Hoje, o governo deverá ter um balanço sobre as categorias que aceitarão o reajuste de 15,8% em três anos. VOLTA AO TRABALHO Uma das categorias que estão perto de acordo é a dos fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "Neste fim de semana, a gente já liberou equipe de grevistas para trabalhar em Galeão e Guarulhos e acelerar a liberação de insulina, matéria prima para medicamentos contra o câncer e insumos farmacêuticos para exames", disse Medeiros. O Sinagências representa as dez agências reguladoras e o Departamento Nacional de Produção Mineral. Ao todo, servidores aderiram à greve, metade do quadro. O sindicato já avalia que será necessário que os servidores trabalhem durante à noite, por mais de 15 dias, para pôr em dia os trabalhos. Valor Econômico Reforma precisa fixar idade mínima para aposentadoria (Editorial) O Brasil é um dos quatro países do mundo que não exigem idade mínima para o trabalhador do setor privado requerer aposentadoria. Os outros são o Irã, o Equador e o Iraque. No fim da década de 1990, a idade mínima quase foi instituída, mas faltou um voto para aprovação da proposta de emenda constitucional. Como não conseguiu esse dispositivo, indispensável para o equilíbrio de médio e longo prazo das contas previdenciárias em um cenário de rápido envelhecimento da população, o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso propôs, e o Congresso Nacional aprovou, a criação do fator previdenciário, que foi aplicado apenas aos segurados do INSS. Esse fator nada mais é do que uma fórmula matemática que combina a idade do trabalhador no momento da requisição da aposentadoria, o tempo de contribuição e a expectativa de sobrevida. Ele foi concebido para desestimular a chamada aposentadoria precoce. Hoje, pela fórmula adotada, mesmo que o trabalhador já tenha contribuído por 35 anos para a Previdência Social só conseguirá obter o valor integral do benefício se tiver quase 64 anos. O fator reduz, portanto, o valor do benefício, forçando o cidadão a ficar mais tempo trabalhando e menos tempo recebendo a aposentadoria. Os sindicatos de trabalhadores são contra o fator previdenciário e querem revogálo. Entre as razões para isso alegam que o trabalhador não consegue planejar sua aposentadoria porque a tabela de expectativa de vida, calculada pelo IBGE, muda ao longo dos anos. E muda porque as pessoas estão, felizmente, vivendo cada vez mais.

15 Um segurado que se aposentava aos 60 anos tinha uma sobrevida estimada em 21,4 anos em 2010, face a 21,2 anos em 2008 e 20,9 anos em 2006, segundo o Ministério da Previdência. Isto significa que se, em 2006, ele acreditava que sua aposentadoria aconteceria em 2012, certamente foi obrigado a trabalhar mais alguns meses até obter o benefício sem desconto. Outra razão apontada pelos sindicalistas contra o fator previdenciário foi que ele representou uma alteração substancial nas regras do jogo durante a partida. Os trabalhadores que já estavam no mercado de trabalho e tinham expectativa de aposentadoria de acordo com normas conhecidas e estabelecidas antes mesmo de seu ingresso foram surpreendidos com a mudança de rota. Alegam que o mesmo não aconteceu com os funcionários públicos, cujas novas regras só passaram a valer para aqueles que ingressaram no serviço público após as mudanças. Teria havido, portanto, tratamento desigual entre servidores e trabalhadores da iniciativa privada. Surge agora uma nova oportunidade de avançar na questão previdenciária. O movimento a favor do fim do fator previdenciário atingiu tal magnitude que conta com o apoio do próprio presidente da Câmara dos Deputados. Age bem o governo da presidente Dilma Rousseff ao condicionar a eliminação do fator à criação de outros mecanismos que impeçam o aumento do já considerável déficit da Previdência Social. Ao que se anuncia, a proposta que o governo vai apresentar para substituir o fator previdenciário prevê também o fim da aposentadoria por tempo de contribuição. A fórmula do governo prevê que a aposentadoria poderá ser requerida quando a idade do segurado somada ao seu tempo de contribuição ao INSS atingir 95 anos, se homem, ou 85 anos, se mulher. Ao mesmo tempo, será criada uma idade mínima para aqueles que ingressarem no mercado de trabalho após a aprovação da reforma. Neste caso, os homens só poderiam requerer o benefício da aposentadoria aos 65 anos e as mulheres, aos 60. A substituição da aposentadoria por tempo de contribuição e do fator previdenciário pela fórmula 85/95 anos terá um impacto negativo sobre as contas da previdência. Sob esse aspecto, alguns críticos consideram a mudança um retrocesso. Esse custo fiscal poderá, entretanto, ser diminuído se essa fórmula tiver uma progressividade, como parece ser a intenção do governo. Ou seja, com o tempo a fórmula vai se aproximar de 90/100 anos. Esse custo para a Previdência Social poderá ser administrado desde que seja introduzida a idade mínima para os novos segurados. Será um início. Mas é quase certo que no futuro o país terá que ampliar essa idade, como já fizeram alguns países europeus. PT culpa Dilma por radicalização da greve Raymundo Costa e Raquel Ulhoa O PT culpa a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pela radicalização entre o governo e o movimento sindical. Segundo os petistas, o clima de alta voltagem se estabeleceu quando os dois, Mantega especialmente, decidiram "apostar no cansaço", o que contraria a tradição petista. No Palácio do Planalto prevê-se que esta seja a semana mais tensa desde o início da paralisação, já que o prazo final para a negociação das reivindicações dos servidores públicos terminou no fim de semana. Isso porque o reajuste precisa constar da proposta de lei orçamentária de 2013, que tem prazo até sexta-feira, dia

16 31, para ser enviada pelo Executivo ao Congresso. "É como se tivesse uma grande data base", comentou um auxiliar da presidente. Segundo petistas históricos, mais do que divergências em relação à condução da economia, o maior estresse do partido com a presidente é exatamente a forma como a questão sindical é tratada no governo. E a greve atual agravou ainda mais a insatisfação. O governo demorou a iniciar o processo de negociação e, quando o fez, o outro lado estava radicalizado. Até o ministro Gilberto Carvalho, secretáriogeral da Presidência da República, queixou-se do fato de Dilma e Mantega terem adiado reunião com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que ele próprio havia marcado, cerca de um mês antes de deflagrada a greve. "Falta a Dilma sensibilidade e experiência nesse ramo negocial", diz um petista, afirmando que essa é a mais marcante diferença entre Dilma e o antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. O estilo da presidente, de "apostar no cansaço" dos manifestantes, preocupa o partido. A própria Dilma admite a assessores que terá de buscar uma "distensão" com os servidores e os movimentos sindicais, após essa greve. Até porque, como a presidente diz, esses servidores terão de conviver com ela até O comportamento de Dilma, no entanto, não pode ser atribuído apenas a uma suposta falta de habilidade política, como dizem os petistas. Especialmente com a CUT, a relação com o ex-presidente da entidade Artur Henrique foi marcada por forte tensão. Segundo assessores da presidente, ela "não o perdoa" por ter feito críticas às mudanças no cálculo da rentabilidade da poupança (que passou a ser alterada toda vez que a taxa básica de juros ficar abaixo de 8,5%), quando até mesmo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, elogiou a medida. Na reunião em que a presidente explicou a medida para centrais sindicais, o então presidente da CUT cobrou de Dilma a discussão da pauta dos trabalhadores. Dilma sentiu-se "ofendida" com as duas intervenção de Arthur, segundo assessores da presidente porque era um momento especialmente importante para o governo, que naquela altura desconhecia quais seriam as consequências da alteração da regra da poupança. Depois disso, o Palácio do Planalto teria enviado recados ao presidente da CUT pedindo que desse declarações favoráveis à medida, o que não ocorreu. O afastamento entre a presidente a central é anterior ao episódio. Assim que tomou posse, Dilma combinou com dirigentes da CUT a realização de encontros periódicos. A CUT afirma que a presidente não cumpriu o combinado. A CUT reivindicava o Ministério do Trabalho desde o governo Lula, mas Dilma manteve o cargo com o PDT - primeiro, com Carlos Lupi e, depois, com Brizola Neto - deixando furioso o PT. Em julho deste ano, tomou posse o novo presidente da CUT, Vagner Freitas, que ao assumir criticou a forma como o governo estava lidando com a greve dos servidores. "Se o Estado é democrático, tem que aprender a lidar com conflitos e não pode punir quem está em greve. Exigiremos o imediato recebimento da CUT por parte do ministro do Planejamento para solução da paralisação no setor público. Porque a greve existe apenas enquanto o governo somente enrola e não aponta propostas consistentes". Para o Planalto, a radicalização foi uma forma de o dirigente "se afirmar". É atribuída a ele a iniciativa das vaias ao ministro Gilberto Carvalho, na abertura da I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente. Antes do discurso do ministro, Freitas disse que iria mover um processo na Justiça contra o decreto

17 assinado pela presidente que permite a substituição temporária de servidores federais em greve por servidores estaduais. A presidente manifesta preocupação em tentar recompor as relações com os movimentos sindicais, após o fim da greve. Mas não por temer as consequências eleitorais citadas por petistas: avaliação no Palácio do Planalto é que a greve é uma das mais impopulares já realizadas no país e, ao endurecer, o governo só tem a ganhar politicamente. Exceto pela ala mais radical de esquerda da legenda, os petistas, em geral, aceitaram o discurso que tenta demarcar as diferenças entre as privatizações realizadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso e as concessões lançadas por Dilma - a greve e o projeto das concessões caminharam em paralelo. Parece ter sido absorvido o argumento pelo qual o governo Dilma mantém o controle sobre as empresas e decidiu apenas conceder a exploração dos serviços públicos, sem vender ativos, o que foi feito pelos tucanos. Apesar da pouca identidade partidária de Dilma, a sigla, de um modo geral não tem queixas da gestão. Ao contrário, há grande demanda por parte de candidatos do PT nas eleições municipais pelo apoio da presidente. "Qual candidato não gostaria de ter Dilma ao seu lado na campanha? Eles sabem de onde vem o poder", diz um auxiliar próximo da presidente da República, cada vez mais candidatíssima à reeleição em Mas a situação de governadores do PT, como Marcelo Déda (SE) e Jaques Wagner (BA), que tiveram a popularidade abalada nas capitais por greves de servidores, é usada como exemplo por petistas que temem o efeito eleitoral dessa greve para Dilma, especialmente pela sua amplitude. Cresce participação de importados na Zona Franca Marta Watanabe Mesmo com a desaceleração dos desembarques, os importados ampliaram sua participação no total dos insumos utilizados pelos fabricantes do Polo Industrial de Manaus no primeiro semestre deste ano. No acumulado de janeiro a junho a participação dos importados nos insumos totais adquiridos na região foi de 58,8%. No mesmo período do ano passado, a fatia era de 55,4%. A conta é feita com base nos valores dos insumos em reais. Os dados são da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Parte do aumento de participação pode ser explicada pela desvalorização da moeda nacional em relação ao dólar, mas nem tudo. Em dólares, de janeiro a junho, a importação de insumos no polo teve, na realidade, queda de 4,12% na comparação com iguais meses de Na mesma comparação, a redução do total de insumos usados no polo, porém, foi muito maior, de 9,22%. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a importação brasileira total de matérias-primas e bens intermediários teve elevação de 0,43%. Para José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a evolução mostra que o insumo importado continua sendo atraente, mesmo com desvalorização do real frente ao dólar. A redução na importação de insumos na Zona Franca, acredita, é também reflexo do desaquecimento da economia doméstica. Segundo a Suframa o faturamento no polo industrial de Manaus teve elevação de 3,16% no primeiro semestre deste ano,

18 na comparação com iguais meses de No primeiro semestre do ano passado a elevação de faturamento havia sido de 12,61%. Outro problema, lembra Castro, está no mix de insumos aplicados pelos fabricantes da Zona Franca. Muitos desses bens, diz, não possuem fabricantes nacionais ou teve a produção nacional reduzida. O surgimento ou a retomada de oferta doméstica maior depende de uma certeza mais forte sobre o novo nível de dólar em R$ 2,00. "O governo tem sinalizado que esse é o câmbio desejado, mas não sabemos até quando." "É muito pouco tempo para a desvalorização do real ter algum efeito na fatia dos insumos importados", diz Welber Barral, sócio da Barral M Jorge Consultores. "Esse efeito pode demorar mais de um ou dois anos, até." Barral lembra que as estruturas de fornecimento global, cada vez mais comuns, também são um desafio para limitar a importação de insumos. "Hoje a produção de uma serra elétrica demanda a importação de insumos de cem países diferentes." A diversidade de fornecimento é uma forma de utilizar o melhor custo de produção para cada um do insumos. Na indústria eletroeletrônica, a mais representativa em Manaus, a cadeia de suprimentos global é regra e a decisão de mudar fornecedores fica por conta das matrizes das multinacionais. Regras para aeroportos opõem grupos no governo Daniel Rittner A elaboração do pacote de novas concessões de aeroportos jogou o governo em uma zona de atrito constante entre dois grupos que guardam divergências ideológicas. Ao contrário do que vinha ocorrendo no desenho das medidas para rodovias e ferrovias, áreas nas quais a presidente Dilma Rousseff formou convicção rapidamente do caminho a seguir e seus principais auxiliares falavam a mesma língua, o mal estar entre essas duas alas se acentuou com a hesitação dela em torno do futuro dos aeroportos. Nada está fechado até agora. O primeiro grupo é chamado de "privatista" no Palácio do Planalto. Estão nele o ministro Wagner Bittencourt (Secretaria de Aviação Civil), Luciano Coutinho (presidente do BNDES), Marcelo Guaranys (presidente da Agência Nacional de Aviação Civil) e Antônio Henrique Silveira (secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda). Todos defendem novas concessões, começando pelo Galeão (Rio) e Confins (Belo Horizonte), mas incluindo pelo menos um aeroporto no Nordeste. Eles também levaram ao gabinete presidencial a ideia de privatizar dois terminais médios - Goiânia e Vitória - que têm um histórico de problemas graves com o Tribunal de Contas da União (TCU) e exigem investimentos em ampliação da capacidade. No segundo grupo, destaca-se o secretário do Tesouro, Arno Augustin. Ele chegou ao ápice de sua força no governo Dilma e hoje é considerado o "cérebro" da ala que combate novas privatizações e defende o fortalecimento da Infraero. Nenhuma reunião sobre aeroportos é feita sem a sua presença. O grupo tem ainda a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o secretário-executivo dela, Beto Vasconcelos, uma espécie de "pupilo" de Dilma. O grau de divergências e a incerteza da presidente podem levar ao adiamento do anúncio de novas medidas. "Vamos deixar isso para outubro", sugeriu Arno, na

19 última reunião. Foi uma das poucas vezes em que Dilma demonstrou discordância com ele, na frente dos demais auxiliares, e cobrou empenho para fechar o restante do pacote em setembro. Arno mexeu no plano de aviação regional, elaborado durante meses pela Secretaria de Aviação Civil, para incluir o ressurgimento de um subsídio do governo às companhias aéreas para viabilizar novas rotas entre pequenos municípios do interior. E foi pai da ideia de fazer parcerias público-privadas (PPPs) para atrair um sócio estrangeiro à Infraero, que continuaria como majoritária na gestão dos aeroportos. Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) chegaram a participar de algumas reuniões, mas se manifestaram de forma tímida e não são considerados protagonistas no debate. O comportamento do presidente da Infraero, Gustavo do Vale, intriga os dois lados. Ele chegou à estatal como um entusiasta das concessões, mas hoje acredita que tem condições de tocar obras no Galeão e em Confins com recursos públicos, além de ressaltar o fato de que pode comprometer sua capacidade financeira caso perca mais aeroportos lucrativos para a administração da iniciativa privado. Nas palavras de um conhecedor do que se passa nessas reuniões, Vale tem "coração privatista" e "cabeça estatizante", mas manifesta apoio à ideia das PPPs. Inclinada a favor do segundo grupo, Dilma determinou uma ida de Gleisi e de Bittencourt à Europa, para conversas pessoais com grandes operadores de aeroportos. Quatro gigantes serão sondadas e receberão explicações detalhadas sobre o modelo alternativo que ela pensa em aplicar: a alemã Fraport (Frankfurt), a francesa Aéroports de Paris (Charles de Gaulle), a britânica BAA (Heathrow) e a holandesa Schipol (Amsterdã). Todas essas operadoras participaram do leilão de fevereiro, em associação com grupos nacionais, mas perderam a disputa por Guarulhos, Viracopos e Brasília. Em contatos informais com empreiteiras brasileiras, disseram não ter interesse em uma associação com a Infraero nos moldes das PPPs propostas agora pelo governo. A missão de Gleisi e Bittencourt à Europa estava sendo programada para esta semana e pode ser confirmada hoje. Dilma, agora disposta a levar adiante as PPPs, tem demonstrado irritação nas últimas reuniões e seus auxiliares estão convencidos de que sua decisão ainda pode tomar um rumo diferente. No ano passado, quando os assessores presidenciais entraram em sua sala para uma reunião conclusiva sobre a proposta de privatizar o aeroporto de Guarulhos, ela surpreendeu a todos: "Quero incluir Viracopos e Brasília". Ninguém tinha sido avisado e os dois outros aeroportos sequer constavam da pauta. Para um auxiliar de Dilma, é um sinal de que "às vezes ela decide com o fígado". Se vingar o modelo de PPPs com participação majoritária da Infraero, é provável que ela ganhe mais flexibilidade nas contratações, saindo definitivamente das amarras da Lei 8.666/93 (Lei de Licitações). Se as dificuldades levarem Dilma a optar pela continuidade das privatizações, é certo que haverá mudanças. Nesse caso, a tendência mais forte é que não haja obrigatoriedade de os consórcios incluírem uma operadora estrangeira no grupo, como ocorreu no leilão de fevereiro. Uma vez definidos os vencedores da disputa, haveria a exigência de, aí sim, encaixar uma grande operadora no negócio. A outra hipótese é aumentar o requisito de movimentação mínima de passageiros em um aeroporto estrangeiro.

20 Esse número foi de 5 milhões por ano no primeiro e pode subir a níveis próximos de 30 milhões por ano, limitando a concorrência às maiores operadoras mundiais. Hoje, o retrato é de pouca força política do grupo a favor das privatizações. Bittencourt e Guaranys foram apontados como responsáveis pela ausência dos grupos mais robustos na lista de vencedores do primeiro leilão. Antônio Henrique Silveira tem estudado profundamente o assunto, mas tem evitado entrar em conflito, nas reuniões. Apesar de Gleisi e Beto Vasconcelos estarem a poucos metros do gabinete de Dilma, os assessores da presidente avaliam que o futuro dos aeroportos hoje depende, em boa parte, das propostas que apenas duas pessoas lhe levarem: Luciano Coutinho e Arno Augustin. Enquanto isso, o desencontro das informações veiculadas recentemente sobre as concessões de aeroportos, que reflete a indefinição dentro do próprio governo, constrange o Palácio do Planalto e tem levado o gabinete presidencial a disparar telefonemas que buscam identificar, entre os participantes das reuniões, quem está na origem dos vazamentos. Haitianos 'vingam' como operários no Brasil Carlos Giffoni Neste ano, dezenas de haitianos atravessaram 4,1 mil km de Brasileia, no Acre, a Encantado, no Rio Grande do Sul, para onde foram recrutados a trabalho. Mas esse é apenas um dos caminhos percorridos pelos caribenhos, que se espalharam pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. No primeiro semestre, haitianos entraram no mercado de trabalho brasileiro de forma legal. Esse número de autorizações de trabalho para haitianos foi 424% maior que em igual período de 2011, segundo o Ministério do Trabalho (MTE). Tudo indica que a experiência tem sido positiva. Na Odebrecht, 133 haitianos trabalham hoje na construção das usinas hidrelétricas de Teles Pires e Santo Antônio. Já em Encantado, cidade a 148 km de Porto Alegre, uma cooperativa de agricultores espera desde março cerca de oitenta haitianos para trabalhar no abate de suínos e na industrialização de produtos alimentícios. A chegada desse contingente levou empresas de vários Estados ao Acre e Rondônia, principais portas de entrada dos haitianos, na tentativa de recrutar os trabalhadores. A procura foi tão grande que a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) do Acre criou um cadastro de empresas à espera dos imigrantes. Segundo Nilson Mourão, responsável pela pasta, 37 trabalhadores do país caribenho estão "disponíveis", mas seu encaminhamento não é arbitrário. A Sejudh exige que haja uma apresentação das condições do trabalho oferecido e há uma avaliação sobre a compatibilidade do perfil dos trabalhadores com as vagas. Em contrapartida, o governo brasileiro facilitou a concessão de vistos humanitários a esses haitianos, o que lhes permitiu tirar CPF e carteira de trabalho. "Nós apenas recebemos as empresas. Elas precisam vir aqui [ao Acre], entrar em contato direto com os imigrantes e conversar sobre o trabalho, salários, condições de habitação e responder às suas perguntas. Também cabe a elas providenciar o envio de passagens e conduzir os haitianos até o local de trabalho", explica Mourão. De acordo com o secretário, a Sejudh notifica o MTE sobre as contratações realizadas e não é raro que os próprios Estados busquem informações sobre essas contratações. "Em julho, recebemos uma delegação de parlamentares do Rio

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