Juventudes, Processos Educativos e Trabalho Introdução

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1 Grupo de trabalho: Juventudes, Processos Educativos e Trabalho Jovens migrantes timorenses: a Unilab como oportunidade de qualificação profissional e intercâmbio cultural Clarissa Diniz Diógenes / Jornalista da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (Unilab) Introdução Este artigo é uma reflexão de uma pesquisa mais extensa que está em fase inicial. No decorrer deste texto, serão apresentados questionamentos sobre os jovens timorenses, entre 18 e 22 anos, que vieram a Redenção, no Ceará, para cursar o Ensino Superior na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afrobrasileira (Unilab). Este artigo também aborda temas relacionados ao contexto histórico e social do país asiático, discutindo assuntos como identidade, cultural e língua portuguesa. Apesar da pouca idade, estes jovens nasceram num período no qual o Timor-Leste passava por muitos conflitos sociais e era dominado pelo país vizinho, a Indonésia, e há 10 anos, em maio de 2002, conquistaram a independência. A maioria deles chega ao Brasil com o sonho de concluir o Ensino Superior, ter fluência na língua portuguesa e retornar ao Timor com a experiência e formação capazes de contribuir para o desenvolvimento do país. No decorrer desse trabalho de pesquisa, tentaremos responder perguntas como: quais são as narrativas que os timorenses estão construindo para a formação de uma nova identidade e cultura local? Qual é o significado social, político e histórico que a língua portuguesa traz para o povo timorense? Quais são as trajetórias migratórias vividas por estes jovens provenientes de um continente asiático, com aspectos culturais e sociais tão distintos do Brasil? Como metodologia de pesquisa, utilizaremos o método da pesquisa-ação, um tipo de pesquisa participante que busca unir a investigação à prática, elaborando o conhecimento no decorrer do desenvolvimento da ação da pesquisa. O autor Engel (2000, p. 182) afirma que: uma das características deste tipo de pesquisa é que através dela se procura intervir na prática de modo inovador já no decorrer do próprio processo de pesquisa e não apenas como possível consequência de uma recomendação na etapa final do projeto.

2 2 De acordo com Franco, a proposta desta metodologia é ser transformadora, participativa e formativa. Tal metodologia assume o caráter emancipatório, pois mediante a participação consciente, os sujeitos da pesquisa passam a ter oportunidade de se libertar de mitos e preconceitos que organizam suas defesas à mudança e reorganizam a sua autoconcepção de sujeitos históricos (Franco, 2005, p. 486). Um dos objetivos desta pesquisa é analisar, por meio da oralidade e da produção de programas de rádio, as histórias de vidas e as narrativas construídas por estudantes representantes do Timor-Leste que ingressaram na Unilab, a partir do segundo trimestre letivo de O estudo pretende estudar como essas narrativas vêm sendo produzidas para a legitimação e o fortalecimento da identidade e da cultura do país asiático. O autor Errante (2000) explica como deve ser realizado este tipo de análise: as narrativas, sejam orais ou escritas, pessoais ou coletivas, oficiais ou não-oficiais, são narrativas de identidades (apud Anderson, 1991), tanto que elas são representações da realidade nas quais os narradores também comunicam como eles veem a si mesmos e como eles são vistos pelos outros (apud Stein, 1987, Volkan, 1988). As narrativas são formas que os sujeitos encontram para externar o alinhamento e as dissociações com outros sujeitos, grupos, ideias e símbolos. As histórias orais são um contexto no qual a identidade é praticada (Errante, 2000, p. 143 apud Friedmam, 1992). Para a análise das narrativas propostas nesta investigação, os sujeitos da pesquisa, no caso os estudantes timorenses na Unilab, serão divididos em grupos focais, para que eles possam falar, de forma aberta e coletiva, sobre as suas histórias de vida e experiências pessoais no Timor e, agora, no Brasil. O registro será feito por meio de gravação do áudio das conversas, além de anotações em diário de campo da pesquisadora. Esta terá o papel de mediar as discussões nos grupos focais, propondo temas e promovendo a interação entre os participantes. Paralelo a estes encontros, realizaremos também oficinas de produção de rádio, a partir da abertura de edital de seleção, com a participação exclusiva de timorenses na Unilab. Durante as oficinas, serão discutidos temas referentes à comunicação, política, língua portuguesa e cultura timorense, além de deixar livres os espaços para relatos de histórias e experiências de vida, de fatos do passado, de sonhos e projetos para o futuro. As pautas serão propostas pelos próprios participantes, sendo mediadas pela pesquisadora. Ao final das oficinas, os participantes irão produzir e editar os programas de rádio, que reunirão os materiais elaborados durante os encontros. A ideia é que sejam criados cinco programas radiofônicos, que abordem os diversos aspectos da história, comunicação, cultura,

3 3 identidade, educação e desenvolvimento de Timor-Leste, a partir da visão dos estudantes timorenses que estão na Unilab. Além de servir como material de análise para esta pesquisa, os conteúdos produzidos serão transmitidos em emissoras de rádios locais e parceiras, com o objetivo de difundir a cultura timorense e tornar mais conhecida as experiências de vida destes migrantes do continente asiático no Brasil. 1) Uma breve contextualização do Timor-Leste O Timor-Leste está localizado na ilha de Timor, entre o sudoeste asiático e o Pacífico sul, a 500 km da Austrália. A parte oeste pertence ao arquipélago indonésio, que é formado por mais de ilhas. O país, que foi colônia de Portugal por 460 anos e entre 1975 e 1999 pertenceu à Indonésia, tem cerca de 480 km de comprimento e 100 km de largura no seu ponto mais largo, com uma área total de km. Com a presença de grandes regiões montanhosas, o país é essencialmente rural, em que prevalece a agricultura de subsistência. As principais cidades são a capital Díli e Baucau, com uma distância, entre elas, de cerca de 120 km. A invasão do país vizinho aconteceu em 1975, período em que Portugal vivenciava as consequências da Revolução dos Cravos e a questão da política ultramarina ganhou mais atenção. Por enquanto que nos países africanos, Portugal enfrentava guerrilhas contra a presença do colonizador, em Timor, a população não apresentava nenhuma resistência ao país europeu. Porém, com a grave instabilidade política, a prioridade para as colônias africanas e os poucos interesses econômicos na ilha, Portugal iniciou o processo de descolonização timorense. Entre 1974 e 1975, em Timor, começam a se formar os primeiros partidos políticos: a UDT (União Democrática Timorense), a ASDT (Associação Social Democrática Timorense), a APODETI (Associação Popular Democrática Timorense) e outros partidos menores como KOTA e Partido Trabalhista, que mais tarde se uniram à APODETI. Após alguns anos, a ASDT mudou de denominação para FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente). De agosto a setembro de 1975, a UDT e a Fretelin entram em uma guerra civil, causada, dentre alguns motivos, pelo fervor revolucionário da Fretelin e o envolvimento da UDT com os interesses indonésios. A Fretelin saiu vitoriosa e, no dia 28 de novembro de 1975, o partido proclama, de forma unilateral, a independência do país.

4 4 Porém, após sete dias, a Indonésia 1 invade o território timorense, argumentando o abandono de Portugal e a garantia ao exercício de autodeterminação do povo timorense. Apesar do esforço da Indonésia em legitimar para a comunidade internacional a anexação da ilha e a aceitação do povo timorense, a ONU condenou a ocupação do país vizinho e reconhecia apenas Portugal como potência administrativa de Timor-Leste. A intervenção da opinião internacional aconteceu de forma mais efetiva com o massacre no cemitério de Santa Cruz, em que por meio de imagens gravadas por jornalistas estrangeiros, mostrou ao mundo a truculência dos invasores. As imagens também exibiram os moradores de Díli, durante o acontecimento, rezando em português, fato que chamou a atenção do governo e da sociedade civil portuguesa, além de defensores de direitos humanos de outros países. Depois de intensas negociações entre Portugal e Indonésia, o país invasor aceitou a realização de um referendo popular, sob a organização e supervisão das Nações Unidas, em que o povo timorense deveria decidir ou não pela independência. A votação aconteceu no dia 30 de agosto de 2002, em que a maior parte da população timorense optou ser favorável a desintegração do país da Indonésia. Na época da consulta, a presença ostensiva da comunidade internacional parecia garantir uma ideia de segurança e a Missão da ONU em Timor (UNAMET) não avaliou os reais riscos desse processo. Após o resultado a favor da independência, os timorenses viveram o setembro negro, com as represálias provocadas pelas forças indonésias. Esse período foi relatado por Santina durante entrevista: Os timorenses eram muito perseguidos. Quando vencemos aquela eleição em 1999, apareceu outra guerra. Eles (indonésios) queimaram tudo; incendiaram a minha casa. Eu perdi tudo. Eu saí da minha casa no dia 07 de setembro e ela foi incendiada no dia 09. Eu fui para o país deles (indonésios) porque não tinha como. Eles entravam, matavam as pessoas e incendiavam as casas, e nós tínhamos que sair da nossa cidade. Depois de três semanas, eu voltei e fui morar com os meus irmãos (Entrevista realizada no dia 31 de agosto de 2012). De outubro de 1999 a maio de 2002, uma nova Missão da ONU foi estabelecida em Timor, a UNTAET, que ficou responsável pela administração plena do território, exercendo os poderes executivo, legislativo e judiciário. Rizzi (2010) explica que nessa fase ocorreram importantes fatos para a consolidação do Estado Nação Timor-Leste, foram eles: As eleições legislativas (agosto de 2011), a promulgação da Constituição Nacional (março de 2002) e as eleições 1 De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap), a Indonésia é considerada o quarto país mais populoso do mundo, com mais de 232 milhões de habitantes. A população do país é composta por aproximadamente 300 etnias, entre elas são faladas mais de 580 línguas e dialetos.

5 5 presidenciais (abril de 2002), quando Xanana Gusmão, da FRETELIN, se consagrou como novo presidente timorense: 20 de maio de 2002, o Timor-Leste tornou totalmente independente (Rizzi, 2010, p. 19). Após 10 anos de conquista, o povo timorense ainda sofre com as consequências culturais, políticas, educacionais e linguísticas, estabelecidas pelo país vizinho. Segundo dados do Relatório de Avaliação da situação no país, feito pelo secretário-geral das Nações Unidas, em 2006 (apud Rizzi, 2010), aproximadamente, 42% da população vive abaixo da linha de pobreza e a taxa de crescimento populacional é a mais elevada da região; o país não produz alimentos suficientes para satisfazer o consumo mínimo diário; aumento das disparidades de gênero e educação; o desemprego dos jovens urbanos é de 44%. 2) Cultura, identidade e mundo lusófono Uma característica marcante na cultura de Timor está ligada à política linguística. Atualmente, há duas línguas oficiais faladas no país, o tétum e o português. Porém, a inclusão da língua portuguesa no cotidiano do país ainda não é unanimidade entre a população, principalmente para os mais jovens, que foram instruídos na escola por meio da língua bahasa indonésia e o tétum, além do inglês. De acordo com alguns grupos de jovens, por exemplo, a Resistência Nacional dos Estudantes de Timor-Leste (RENETIL), a decisão em transformar a língua portuguesa como oficial no país é uma imposição da geração mais velha, ignorando a população de jovens que não sabem falar e escrever em português. Segundo Gonçalves (2011, p. 7), dentre as características fundamentais para a constituição da identidade timorense genuína, a Língua Portuguesa surge como o único fator que não é consensual. A construção de uma identidade acontece a partir de um processo relacional, pois para a sua formação é preciso haver a relação com o outro, sendo este o próprio complemento da identidade, ou seja, ela é construída a partir do diálogo e do intercâmbio entre os sujeitos. É através desse processo que eles se sentem desprezados ou reconhecidos pelos outros. A identidade não é, pois, o que é atribuído a alguém pelo fato de estar aglutinado num grupo, mas, sim, a expressão daquilo que dá sentido e valor à vida do indivíduo (MARTIN- BARBERO, 2006, p. 65). A identidade do sujeito não é algo fixo ou permanente. A sua formação se dá a partir de um processo ativo e dinâmico. À medida que os sistemas de significação e representação se multiplicam, somos confrontados por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de

6 6 identidades possíveis, com cada uma das quais poderíamos nos identificar ao menos temporariamente (HALL, 2000, p. 13). De acordo com o autor (2000, p. 13), a identidade: É definida historicamente e não biologicamente. O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos. Identidades que não são unificadas ao redor de um eu coerente. Dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo continuamente deslocadas. No caso da língua, ela está completamente relacionada à afirmação da identidade, simbolismo e cultura de um país. De acordo com Brito e Bastos (2008, p. 242), a língua não é somente instrumento de economia e trocas comerciais ; é antes, o meio de expressão cultural e identitária e de transmissão dos valores e sentimentos de uma comunidade. Ainda segundo as autoras, a língua ocupa um espaço cultural e um modo de vida. A cultura de uma nação não é homogênea e unificadora, pelo contrário, é um mosaico formado por diferentes costumes, hábitos, religiões, raças e etnias. Analisar a identidade de um país é conhecer um enumerado de aspectos multiculturais de uma sociedade. Dessa forma, conhecer Timor-Leste é se deparar com um país que recebeu e recebe influências culturais dos países vizinhos, como Indonésia e Austrália, dos exploradores portugueses e de novos parceiros, como o Brasil. 3) A juventude timorense A população jovem timorense está diretamente ligada à transformação social do país, a participação nos movimentos de resistência e a luta pelas questões nacionalistas. As últimas gerações de Timor, no período entre 1970 até os dias de hoje, viveram marcantes fatos históricos com a presença de diferentes sistemas políticos, educativos, econômicos e linguísticos. Gonçalves (2011, p. 4) apresenta estas três gerações: A geração de 1975, que viveu no período colonial português (antes de 1975) [mais de 50 anos]; a denominada gerasaun foun, que cresceu durante a invasão da Indonésia (1975 a 1999) [com idade entre 27 e 50 anos] e, finalmente, a gerasaun independensia que viveu a sua infância no período de transição entre ocupação Indonésia e a independência ou que já nasceu após a consulta popular (pós-1999) [com idade igual ou inferior a 26 anos]. A geração de 1975 defende, principalmente, a aproximação de Timor com a cultura lusófona, por meio da utilização oficial da língua portuguesa e da busca de parceria com os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), dentre eles o Brasil. A gerasaum foun aprendeu a cultura e a língua indonésia através do ensino escolar. Ela foi a protagonista dos grandes movimentos de resistência, organizando manifestações contra a presença da Indonésia e no período de pós Já a geração pós-independência vive hoje

7 7 um período de transição, em que é preciso lidar com as recentes transformações políticas e sociais. Gonçalves (2011) fala ainda sobre o papel fundamental desempenhado por estas gerações na luta contra os exploradores estrangeiros, como é o caso das Forças Armadas da Libertação Nacional de Timor-Leste (FALINTIL), a partir do início dos anos 90. As manifestações organizadas pelos jovens timorenses, em grande parte na Universidade Nacional em Díli (UNTIL) e nas universidades Indonésias, colocaram Timor-Leste nas manchetes da média internacional e deram novo alento à resistência timorense (Gonçalves, 2011, p. 4, apud in Mattoso, 2005: ). Atualmente, a população de Timor é prioritariamente jovem. De acordo com o Censo 2010, 41,4% tem entre zero e 14 anos, 53,9% tem entre 15 e 64 anos e 4,7% tem mais de 65 anos. A faixa etária que compreende a grande maioria dos moradores, a juventude, convive com problemas sociais, dada as características de um país em plena reconstrução, tais como desemprego, analfabetismo, além da falta de assistência à saúde e educação de qualidade. Nesse contexto, é visível a necessidade de ajuda e cooperação internacional para atender às diversas demandas da população nas áreas da educação, segurança, economia, saúde, infraestrutura, entre outras. A subsecretária-geral Política II, a embaixadora Maria Edileuza Fontenete Reis, durante visita a Unilab, relatou em seu discurso que: Timor-Leste é um dos países que recebe maior volume de recursos da cooperação externa brasileira. O Programa de Cooperação Técnica Brasil - Timor-Leste dispõe de investimento total de US$ 8,3 milhões, sendo US$ 5,6 milhões da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, equivalente a quase 70% dos custos. As atividades estão focadas em setores fundamentais à construção do nascente Estado timorense como educação, formação de mão-de-obra, consolidação da lusofonia; afirmação do sistema romano-germânico no ordenamento jurídico; e segurança [Discurso realizado em 21 de maio. Disponível no site: Dentre as ações de cooperação, analisaremos o caso da Unilab, que surgiu com o propósito de formar pessoas aptas para contribuir para a integração do Brasil com os países do mundo lusófono, promovendo o desenvolvimento regional e o intercâmbio cultural, científico e educacional entre as regiões. Nos últimos anos, a educação superior tem ganhado destaque nas políticas públicas brasileiras, a partir da percepção da universidade como uma instituição social inseparável da noção de democracia, de democratização do saber e de exercício da cidadania, sendo um componente fundamental no desenvolvimento das nações. Dessa forma, a internacionalização do ensino superior brasileiro que, por meio do acolhimento de estudantes estrangeiros, tem beneficiado principalmente os representantes do

8 8 continente africano, como os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop s) e, mais recentemente, do Timor-Leste. No caso desta pesquisa, nos deteremos a analisar a parceria entre a Unilab e a Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL), em Timor-Leste, que possibilitou a migração de jovens timorenses para o Brasil. 4) A Unilab como uma nova experiência de vida A Unilab é uma instituição federal de ensino superior que desenvolve ações ligadas ao ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa, extensão, mobilidade e assistência estudantil. Para isso, são realizadas parcerias com instituições do Maciço de Baturité e de demais regiões do Brasil, além de países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). As atividades letivas da Unilab iniciaram em maio de 2010, porém ainda em 2008, foi criada a Comissão de Implantação da Unilab que, ao longo de dois anos fez levantamentos e estudos a respeito de temas e problemas comuns ao Brasil e países parceiros nessa integração, além de estabelecer definições burocráticas para o início do calendário universitário. Em 20 de julho de 2010, o presidente da República sancionou a lei nº instituindo a Unilab como Universidade Pública Federal. Atualmente, há 155 estudantes estrangeiros e 549 brasileiros, sendo estes a maioria moradores da região cearense do Maciço de Baturité, onde está situada a universidade. Os cursos ofertados são Ciências da Natureza e Matemática, Agronomia, Bacharelado em Ciências Humanas, Letras Língua Portuguesa, Administração Pública, Engenharia de Energias e Enfermagem. Conforme estimativas da equipe do reitorado da Unilab, em 2017, a universidade deve ter cinco mil estudantes matriculados, sendo este número representado por 50% brasileiros e 50% estrangeiros. A vinda dos 69 timorenses para o Ceará foi articulada em uma parceria entre a Unilab e a UNTL. Eles chegaram a Unilab no dia 26 de março de 2012 e foram recebidos em uma solenidade, com a presença de estudantes veteranos, professores, coordenadores, pró-reitores e o reitor da Universidade. Além disso, havia autoridades do Timor como, o embaixador do país no Brasil e a equipe de articuladores da UNTL. Durante a recepção, os recém-chegados estavam muito tímidos, vestidos com roupas formais e o taes (tecido típico do país), interagindo muito pouco com os outros estudantes. Eu fiz a cobertura do evento para o site e tive algumas dificuldades na hora de fazer as entrevistas, já que eles falavam quase nada em português. Segue abaixo alguns depoimentos coletados: Estamos aqui na universidade e vamos voltar para ajudar o nosso país. A nossa nação precisa de recursos humanos e nós viemos para nos capacitar (Dines de Sousa, 21 anos, inscrito no curso de Enfermagem).

9 9 Quero ganhar capacidade intelectual e contribuir para o desenvolvimento do meu país. Timor-Leste é um país novo e está em processo de investimento (Febrianos Patri-Son, 21 anos, vai cursar Engenharia de Energias). De acordo com a embaixada do Timor no Brasil, há mais timorenses em Redenção do que no restante no Brasil. Segundo o embaixador Domingos de Sousa, que estava presente no dia da recepção na Unilab, este é o primeiro grande grupo que sai de Timor-Leste para o Brasil. Durante a entrevista, ele afirmou: o governo timorense vê com grande expectativa a vinda dos estudantes. Vai desenvolver a cultura e a economia. Espero que outras universidades do país também possam receber os timorenses. Certa vez, eu disse para Brígida que tinha aprendido algumas palavras em tétum, porém ela não ficou satisfeita com a notícia e disse: Eles não têm que ensinar o tétum pra vocês, eles têm que aprender o português. Só daqui há uns dois anos que podem ensinar o tétum para vocês. Nos corredores da universidade, é possível perceber os diferentes dialetos falados, seja pelos representantes de Timor seja pelos africanos. Tétum, criolo e português se misturam. Por enquanto, os timorenses continuam reservados e com grupos bem definidos entre eles. Há tentativas de integração, mas isso ainda não é tão claro entre os estudantes vindos de Timor. Uma destas tentativas foi a comemoração de 10 anos da conquista da independência do país. A equipe da Unilab, junto com estudantes timorenses, organizou uma manhã de atividades em que o público pode conhecer um pouco mais da cultura, arte e história timorense. Eles encenaram uma apresentação teatral, narrada em português, que falou sobre a lenda do crocodilo, a colonização portuguesa, a influência da religião católica, a invasão da Indonésia, os conflitos pró-independência, a conquista da democracia e os desafios para o desenvolvimento do país. Ao final da apresentação, uma das mais emocionadas era a timorense Maria Evangelina, que disse: Essa é a história das pessoas que lutaram pela independência do país. É a minha infância. Meus pais e irmãos morreram nessa guerra. Espero que agora os governantes coloquem o nosso país pra frente. Com essa mesma expectativa, está a população mais jovem, como é o caso de Nércia Guterres Gusmão, sobrinha do ex-presidente, e hoje Primeiro-Ministro do país, Xanana Gusmão, que é uma das estudantes da Unilab. Assim como Nércia, a grande parte destes estudantes timorenses tem o sonho de contribuir e transformar o país, por meio da oportunidade de cursar o Ensino Superior no Brasil. Considerações finais

10 10 Este artigo apresentou, de maneira geral, o contexto histórico e cultural do país Timor-Leste, em que nos últimos anos, a população enfrentou intensos momentos de lutas e conquistas por uma vida melhor. Um exemplo disso é disposição de jovens em aceitarem o desafio de estudar em um país estrangeiro e ocidental, com costumes e modos de vida completamente diferentes, compartilhando experiências junto com outros estudantes brasileiros e africanos, em uma universidade cujo principio básico é a integração e cooperação solidária entre os países. Neste texto, ainda há assuntos que precisam ser discutidos e aprofundados, porém ele cumpre o seu objetivo já que, desde o início, este artigo pretende ser algo mais reflexivo e questionador, introduzindo temas referentes à cultura, identidade, migração, educação superior e juventude. Referências bibliográficas BASTOS, Neusa Maria Oliveira Barbosa; BRITO, Regina Helena Pires de. "Hello, mister", "Obrigadu barak" e "boa tarde": desafios da expressão linguística em Timor-Leste. Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa. vol. 2, n.3, p , Disponível em: < Acessado em: 27 de agosto de ERRANTE, Antoinette. Mas afinal, a memória é de quem? Histórias orais e modos de lembrar e contar. História da Educação / Revista da ASPHE, Pelotas: Editora da UFPel. n. 8, p , set FRANCO, Maria Amélia Santoro. Pedagogia da Pesquisa Ação. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 31, n. 3, p , set./dez GONÇALVES, Marisa Ramos. A Língua Portuguesa e o conflito intergeracional em Timor-Leste, comunicação apresentada no âmbito do Simpósio nº 37, sobre a Língua Portuguesa em Timor-Leste, no âmbito do III SIMELP, Macau, Agosto Disponível: _final.pdf. Acessado em: 09 de setembro de HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva, Guaracira Lopes Louro. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A p. MARTIN-BARBERO, Jesús. Tecnicidades, identidades, alteridades: mudanças e opacidades da comunicação no novo século. In: MORAES, Dênis d. (Org). Sociedade Midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad, Cap. 3, p

11 11 RIZZI, Kamilla. A construção do Estado no Timor-Leste: Colonização, Ocupação e Independência. Ciências & Letras - Revista da Faculdade Porto-Alegrense. Ásia: História e Cultura. Nº 48, p , jul / dez Porto Alegre RS. Disponível em:

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