ADENDO A DO APÊNDICE V AO ANEXO E CONCEITO DA OPERAÇÃO DO PLANO DE COOPERAÇÃO DE BUSCA E SALVAMENTO
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- Leila de Santarém Laranjeira
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1 PLAO DE AUXÍLIO MÚTUO MARÍTIMO PAM-M ADEDO A DO APÊDICE V AO AEXO E COCEITO DA OPERAÇÃO DO 1. Conceituação: 1.1. AR - abreviatura do inglês "search and rescue" - Busca e alvamento - correspondente a socorro, sob o enfoque da Lei nº 7273, de 10/12/ é todo ato ou atividade efetuados para prestar auxílio à vida humana em perigo no mar, nos portos e nas vias navegáveis interiores; 1.2. Emergência - ou sinistro - considera-se qualquer ocorrência que ofereça perigo à vida humana, ao material e/ou ao meio ambiente, tais como: incêndios ou explosões em embarcações ou instalações portuárias; acidentes com navios que transportem cargas perigosas ou poluentes; derramamento ou vazamento de óleo ou produtos químicos em larga escala; abalroamento ou colisões com risco de afundamento, derramamento de produtos perigosos ou poluentes ou com avarias sérias nas instalações portuárias; condições meteorológicas adversas que ofereçam riscos para a segurança da amarração e do fundeio de navios ou a navegação; e ocorrência em terra que coloquem em risco instalações portuárias ou embarcações Emergência AR - ou Incidente AR - qualquer situação anormal relacionada com a segurança de uma embarcação ou aeronave, que requeira notificação e alerta de recursos AR, e que possa exigir o desencadeamento de operações de Busca e alvamento; 1.4. Planos de Contingência - conjunto de procedimentos e ações que visam à integração dos diversos planos de emergência setoriais, bem como a definição dos recursos humanos, materiais e equipamentos complementares para a prevenção, controle e combate a emergências; 1.5. ocorro Marítimo - serviço gratuito, executado em regime de urgência, visando a salvaguarda da vida humana no mar, que compreende o emprego de pessoal e recursos disponíveis, de modo a prestar um rápido resgate de pessoas em perigo no mar; e 1.6. alvamento Marítimo - serviço executado em situações de urgência, quando o navio ou embarcação acidentada representam perigo à navegação e quando o retardamento do auxílio importar na sua perda ou agravamento sensível do acidente, não envol- - E - V - A - 1 -
2 PLAO DE AUXÍLIO MÚTUO MARÍTMO (PAMM) vendo, em nenhum dos casos, perigo iminente de vidas humanas. Este serviço, por envolver salvamento de material, em determinadas circunstâncias poderá ser cobrado. 2. Objetivos: 2.1. salvaguardar a vida humana no mar das pessoas que utilizam os serviços de embarcações destinadas ao transporte de passageiros e/ou veículos (e seus respectivos ocupantes), servindo de complementação às normas de segurança já existentes Proporcionar maior integração e um relacionamento harmônico entre os planos de respostas a emergências da empresa, embarcações e da Capitania dos Portos, permitindo o estabelecimento rápido e eficiente de comunicação entre as partes Prover a Capitania dos Portos de informações facilmente acessíveis a respeito das embarcações, em especial quanto a sua intenção de movimento, equipamentos de comunicação e sistemas de respostas a emergências Prover às embarcações acesso às informações existentes dos erviços de Busca e alvamento e outros serviços de emergência da área, conforme necessário, de apoio a decisão e planos de contingências, em situação de risco. 3. Regulamentação: Este Plano de Cooperação de Busca e alvamento obedece a regulamentação da Organização Marítima Internacional (IMO), ratificada pelo Brasil, a OLA V/7.3, que especifica a necessidade de embarcações que transportam passageiros terem a bordo um Plano de Cooperação de alvamento para ativação em situação de emergência. Contudo, o Plano de Cooperação de alvamento não deve substituir outros planos mais detalhados de respostas a emergências, que porventura possua a empresa e/ou a embarcação. Porém, os planos existentes deverão estar devidamente inter-relacionados, de forma que as três partes responsáveis ao atendimento AR, quais sejam: a empresa, a embarcação e a Capitania dos Portos, possam coordenarem-se eficaz e eficientemente. Cada uma das três partes responsáveis ao atendimento AR, deverão ter amplo a- cesso as suas cópias controladas dos Planos de Cooperação, de forma que as informações estejam sempre disponíveis e atualizadas. Faz-se necessário complementar que a busca e salvamento, com propósito de salvaguarda da vida humana no mar, nos portos e nas vias navegáveis interiores, ficam submetidos às disposições da lei nº 7273 de 10 de dezembro de 1984, a qual especifica que nada é devido pela pessoa salva, independentemente de sua nacionalidade, posição - E - V - A - 2 -
3 PLAO DE AUXÍLIO MÚTUO MARÍTMO (PAMM) nada é devido pela pessoa salva, independentemente de sua nacionalidade, posição ou importância, e das circunstâncias em que foi encontrada. 4. Execução: 4.1. Possíveis situações de emergências previstas para as embarcações de transporte de passageiros e/ou veículos: A tabela abaixo apresenta as possíveis situações de emergências previstas para as embarcações de transporte de passageiros e/ou veículos, destacando-se a possibilidade ou não de acionamento deste Plano de Cooperação de Busca e alvamento. O acionamento do Plano de Cooperação de Busca e alvamento somente é devido nos sinistros que envolvam riscos à vida humana, ao meio ambiente e danos materiais significativos acontecidos e/ou possíveis. IITRO COCEITUAÇÃO P_COOPAR ACIOA? (/) 1. Abalroamento, sem feridos e/ou danos à embarcação. Abalroamento é o choque mecânico entre embarcações ou seus pertences e acessórios. Assim, não há abalroação se a embarcação se chocar com um corpo fixo ou flutuante insusceptível de navegar ou manobrar, tais como: recifes, cais, casco soçobrado, bóias e etc. 2. Abalroamento, (idem, acima). com feridos e/ou danos à embarcação. 3. Colisão, sem feridos Colisão pe o choque mecânico da embarcação e/ou seus apêndices e e/ou danos à acessórios, contra qualquer objeto que não seja outra embarcação embarcação. ou, ainda, contra pessoa (banhista, mergulhador). Assim, haverá colisão se a embarcação se chocar com um corpo fixo ou flutuante insusceptível de navegar ou manobrar, tais como: recife, cais, casco soçobrado, bóia, cabo submarino, etc. 4. Colisão, com feridos (idem, acima). e/ou danos à embarcação. 5. Condições Climáticas Condições climáticas adversas são todas as situações que envolvam: adversas. baixa visibilidade, vento, mar e corrente fortes, e/ou maré, que ve- nham a colocar em risco à embarcação e/ou as vidas das pessoas que estiverem a bordo. 6. Encalhe da embarcação. Encalhe da embarcação é o contato das chamadas obras vivas da embarcação (o que está abaixo d água) com o fundo, provocando resistências externas que dificultam ou impedem a movimentação da embarcação. - E - V - A - 3 -
4 PLAO DE AUXÍLIO MÚTUO MARÍTMO (PAMM) IITRO COCEITUAÇÃO P_COOPAR 7. Explosão. Explosão é a combustão brusca, provando a deflagração de ondas de pressão de grande intensidade. 8. Falha mecânica. Falha mecânica é decorrente, normalmente, da deterioração por deformação excessiva, ruptura ou mau funcionamento das máquinas e aparelhos de bordo. 9. Homem ao mar. Homem ao mar corresponde à queda de pessoa na água, em função das circunstâncias da navegação, de descuido e/ou de ato deliberado da própria pessoa. 10. Incêndio. Incêndio é a destruição provocada pela ação do fogo por combustão dos materiais de bordo, ou sobre as águas, em decorrência de derramamento de combustível ou inflamável, curto circuito elétrico, guarda ou manuseio incorretos de material inflamável ou explosivo. ACIOA? (/) 4.2. Quando da ocorrência de alguma emergência envolvendo a embarcação, o Mestre deverá, de imediato, pelo meio mais expedito, informar ao escritório da empresa e a Capitania dos Portos Preferencialmente, deverá ser empregado o meio de comunicação rádio, através do canal 16 do VHF. Outros meios de comunicações, como telefone celular, poderão ser empregados na impossibilidade da comunicação via rádio e a emergência não necessitar de ações urgentes, o canal 16 do VHF deverá ser usado para a chamada inicial. Um novo canal deverá ser estabelecido para a comunicação entre as partes e houver risco à vida humana, será caracterizado como uma emergência AR. este caso, a Capitania dos Portos acionará imediatamente o Plano de Cooperação de Busca e alvamento Dependendo da gravidade do sinistro, se a situação assim o exigir, o Coordenador da execução deste plano nas proximidades do sinistro, poderá solicitar ao Capitão dos Portos o acionamento do Plano de Auxílio Mútuo Marítimo (PAM-M) e/ou outro recurso julgado necessário Após executadas as tarefas atinentes ao socorro e salvamento da vida humana, as demais providências serão conduzidas, conforme necessárias, podendo este plano ser desativado. 5. Coordenação: - E - V - A - 4 -
5 PLAO DE AUXÍLIO MÚTUO MARÍTMO (PAMM) 5.1. A eficácia deste plano está intimamente ligada ao perfeito relacionamento e troca de informações entre embarcações, empresa e Capitania dos Portos A coordenação das ações necessárias à execução do Plano de Cooperação de Busca e alvamento é da competência da Capitania dos Portos, sendo o seu responsável o Chefe do Departamento de egurança do Tráfego Aquaviário A responsabilidade pela execução do Plano de Cooperação de alvamento da empresa, é do Mestre da embarcação em que a emergência estiver ocorrendo e do funcionário que estiver em serviço no escritório. 6. Administração: 6.1. COMIÃO DE COOPERAÇÃO DE BUCA E ALVAMETO Para manter uma constante avaliação e atualização deste plano cria-se A Comissão de Cooperação de Busca e alvamento (COOPAR), composto por, pelo menos, um representante de cada uma das Empresas responsáveis por embarcações de transporte de veículos, de passageiros e da própria Capitania dos Portos. O representante da Capitania dos Portos será o coordenador das reuniões da Comissão A Comissão de Cooperação de Busca e alvamento (COOPAR) reunir-se-á semestralmente, na Capitania dos Portos As reuniões da Comissão de Cooperação de Busca e alvamento (COOPAR) serão secretariadas por um representante designado por seus membros, o qual formalizará em ata as deliberações havidas, que será assinada por todos os presentes As deliberações da Comissão de Cooperação de Busca e alvamento (COOPAR) deverão ser aprovadas pela maioria dos participantes. As deliberações, quando aprovadas, serão consideradas como aceitas por todos os demais membros, mesmos os ausentes EXERCÍCIO PERIÓDICO A Comissão de Cooperação de Busca e alvamento (COOPAR) promoverá o planejamento de palestras e exercícios periódicos, de forma que este Plano de Cooperação de Busca e alvamento e os Planos decorrentes das empresas de transporte de passageiros e/ou veículos possam ser efetivamente testados, contribuindo, assim, para a atualização dos mesmos. - E - V - A - 5 -
6 PLAO DE AUXÍLIO MÚTUO MARÍTMO (PAMM) A Capitania dos Portos, quando julgado pertinente, promoverá exercícios tempestivos, de forma a averiguar a efetiva preparação das tripulações das embarcações, objetivando garantir respostas eficazes às ações emergenciais A empresa deverá implementar programas de exercícios, os quais a- tendam as necessidades de prontidão de seus recursos, embarcações e pessoal, na prática de possíveis demandas de salvamento. A Capitania dos Portos poderá ser convidada para participar daqueles exercícios A empresa elaborará relatórios dos exercícios que realizar, mantendo em arquivo cópia dos mesmos, para possíveis vistorias futuras Os exercícios a serem realizados serão do tipo: a) Completo ou Real, com simulação de acidente, ativação deste Plano de Cooperação de Busca e alvamento e conseqüente ativação do Plano de Cooperação de alvamento das empresas; e b) Coordenação e Comunicações, para verificação da tramitação de informações entre as embarcações, o escritório da empresa e a Capitania dos Portos; Os exercícios deverão ser conduzidos eficientemente, de forma a minimizar eventuais custos, garantindo maior eficácia no emprego dos recursos disponíveis Relacionamentos com a Mídia Os relacionamentos com a Mídia, quando da ativação do Plano de Cooperação de Busca e alvamento, deverão ser feitos pela Comissão de Cooperação de Busca e alvamento (COOPAR), preferencialmente através de boletins informativos. GECIEL RAGEL COTA Capitão-de-Corveta (T) Deptº de egurança do Tráfego Aquaviário AIADO DIGITALMETE - E - V - A - 6 -
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