SEMINÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO EM CONTABILIDADE II
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- Carlos Eduardo Sequeira Tavares
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1 SEMINÁRIOS DE ATUALIZAÇÃO EM 2016 A CONTABILIDADE E SEU AMBIENTE NO BRASIL - - Desenvolvimento da auditoria no Brasil - Profissão contábil no Brasil 1
2 As empresas brasileiras estão divididas basicamente em dois grandes grupos: Sociedades anônimas (capital aberto ou fechado); Sociedades por quota de responsabilidade; Importante salientar que a natureza jurídica da empresa será o fator determinante das suas obrigações em relação à publicação de demonstrações e também de procedimentos e estruturação interna. As sociedades anônimas estão sujeitas à Lei 6.404/76 atual Lei /2007 e de acordo com a mesma tem responsabilidade de publicar suas demonstrações, de ter conselho fiscal e de mostrar transparência em seus atos. 2
3 As sociedades anônimas de capital aberto são aquelas que tem suas ações negociadas na bolsa de valores. São fiscalizadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e estão obrigadas a remeter trimestralmente para este órgão e para as Bolsas de Valores bem como publicar anualmente as seguintes demonstrações: Balanço Patrimonial (BP); Demonstração de Resultado do Exercício (DRE); Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC); Demonstração do Valor Adicionado (DVA); Parecer dos Auditores Independentes; 3
4 As sociedades anônimas de capital fechado são aquelas que não tem suas ações negociadas na bolsa de valores logo não serão fiscalizadas pela CVM. Normalmente pertencem a grupos familiares ou econômicos. Nesta modalidade não pode haver publicidade para a venda de ações e somente é possível a um terceiro a compra caso algum dos sócios tenha interesse real de vende-las (seguindo o que determina o estatuto social). Estas companhias estão obrigadas a publicar anualmente as seguintes demonstrações: Balanço Patrimonial (BP); Demonstração de Resultado do Exercício (DRE); Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA); Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC); Fica dispensada da publicação a SA de capital fechado que tiver menos de 20 acionistas e Patrimônio Líquido inferior a R$ ,00 (um milhão de reais). Esta empresas também não estão sujeitas à obrigatoriedade de auditoria independente. 4
5 As empresas por quotas de responsabilidade limitada não estão obrigadas à auditoria independente nem mesmo a publicarem suas demonstrações ou prestar qualquer tipo de informação quanto ao seu desempenho econômico/financeiro. As limitadas de grande porte definidas no Art. 3 da Lei /2007 como sendo aquelas com ativo total superior à R$ ,00 e receita bruta anual superior a R$ ,00 ficam equiparadas às SA de capital fechado porém com a obrigatoriedade de parecer de auditor independente. Empresas Brasileiras por Tipo Jurídico Firma Individual: (52%) Sociedade Limitada: (47,6%) Sociedade Anônima: (0,2%) Outro tipos: (0,2%) *Dados de
6 Passa a ter importância maior a partir da década de 70 com a obrigatoriedade de parecer de auditoria independente para as SA de capital aberto (Lei 6.404/76). Até então era normalmente utilizada para atender questões estatutárias, para consolidação de balanços de subsidiária brasileira de empresa multinacional no exterior e para obtenção de crédito em instituições financeiras. Atualmente atividades regulamentadas pelo Governo, que captem recursos de terceiros ou de serviços de utilidade pública também estão obrigadas à auditoria independente tais como bancos e instituições financeiras equiparadas, seguradoras, empresas de previdência privada, empresas de telefonia e de energia elétrica. 6
7 O IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) antes chamado IAIB é o órgão que congrega os profissionais da área de auditoria. Para se credenciar o profissional deve ter cadastro no CRC de seu estado e na CVM. A CVM exige 5 anos de comprovação na atividade de auditoria com apresentação dos pareceres e demonstrações auditadas além de aprovação em exame específico. A Comissão de Valores Mobiliários, para as SA de capital aberto, bem como o Banco Central para as instituições financeiras, tem exigido o rodízio dos auditores a cada 3 anos para evitar o comprometimento da sua efetiva independência. Auditores independentes não podem exercer atividade de consultoria para seus clientes (planejamento tributário é permitido). 7
8 O auditor independente e os demais contadores que compõem a firma de auditoria, estando ou não exercendo a atividade de auditoria independente, e demais contadores que integram o quadro técnico de auditores da firma deverão cumprir 40 (quarenta) pontos por ano-calendário de Educação Profissional Continuada. O descumprimento constitui infração do Código de Ética Profissional, bem como pode acarretar a baixa do CNAI (Cadastro Nacional de Auditores Independentes). Futuramente será regra para todos os profissionais. 8
9 Profissão Contábil no Brasil Basicamente dois organismos são responsáveis pela regulamentação e fiscalização: CFC e IBRACON. O CFC Conselho Federal de Contabilidade foi criado pelo Decreto 9.295/46 tem por objetivo orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil no Brasil. De 1999 até 2004 realizou Exame de Suficiência Profissional (duas vezes por ano) habilitando Técnicos em Contab. (nível médio) e Contadores (nível superior). Retorna a partir do segundo semestre de 2010 até o primeiro semestre de 2015 quando o registro de Técnicos em Contabilidade deixa de existir ficando apenas o de Contador. 9
10 Profissão Contábil no Brasil Veja quantos profissionais e escritórios registrados e ativos existem no território nacional. Técnicos em Contabilidade: (46%) Contadores: (54%) Organizações/Escritórios(PF/PJ): *Dados de 2010 Profissão Contábil no Brasil A partir de 1996 cria Grupos de Trabalho para desenvolver Normas Brasileiras de Contabilidade constituídos por representantes de diversos órgãos reguladores como IBRACON, BC, CVM entre outros. Se tais representantes transformarem as NBCs em instruções e deliberações as mesmas passarão a ter força de lei e a adoção obrigatória para as companhias. 10
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