Sumário. Apresentação Falta de documentação ainda é um problema grave no Brasil Mutirões levam cidadania para as mulheres do campo...

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Sumário. Apresentação... 5. Falta de documentação ainda é um problema grave no Brasil... 7. Mutirões levam cidadania para as mulheres do campo..."

Transcrição

1 Sumário Apresentação... 5 Falta de documentação ainda é um problema grave no Brasil... 7 Mutirões levam cidadania para as mulheres do campo Expresso Cidadã amplia documentação para trabalhadoras rurais Documentação abre novas perspectivas para mulheres camponesas A satisfação de levar cidadania ao campo Demanda por documentação é antiga luta dos movimentos sociais Ações educativas promovem autonomia das mulheres do campo Parcerias aumentam eficiência das ações educativas Expresso Cidadã ampliará concessão de benefícios da Previdência Social PNDTR

2

3 Apresentação O Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR), criado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em 2004, completa cinco anos com resultados expressivos. Neste período, 1,7 mil mutirões de documentação, que atenderam mais de dois mil municípios de todas as regiões do País, resultaram na emissão gratuita de um milhão de documentos civis e trabalhistas. Graças ao PNDTR, cerca de 500 mil mulheres podem exercer seus direitos básicos de cidadania, como abrir conta bancária, acessar programas de crédito e linhas de financiamento, participar de programas habitacionais, ter posse da terra e até mesmo votar. A abrangência desta ação se deve ao compromisso dos órgãos parceiros dos governos Federal, Estaduais e Municipais e à participação dos movimentos sociais de mulheres. E, principalmente, das próprias beneficiárias, que superaram barreiras culturais em busca de sua autonomia econômica e social. Nestes cinco anos, o PNDTR reforçou a articulação com políticas públicas do Governo Federal. A ampliação da documentação civil básica para as mulheres do campo foi integrada a ações como o Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) e o II Programa Nacional da Reforma Agrária (PNRA). Como parte do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e da agenda social do Governo Federal, o PNDTR ingressou em uma nova etapa, especialmente através do Programa Territórios da Cidadania, do Plano de Erradicação do Sub-Registro Civil de Nascimento e Ampliação da Documentação Civil Básica e do Programa de Organização Produtiva de Mulheres Rurais. O PNDTR ganhou qualidade e agilidade. Até o final deste ano, 22 estados serão atendidos por unidades-móveis, conhecidas como Expresso Cidadã. E outras seis unidades entrarão em operação em Agora, os mutirões também prestam atendimento previdenciário, uma importante demanda dos movimentos sociais de mulheres do campo desde os anos 90. Esta ação facilita o acesso das trabalhadoras rurais aos benefícios da Previdência Social, direito assegurado pela Constituição mas que teve baixa efetivação devido à ausência de documentação pessoal necessária para obter os benefícios assegurados pelo Sistema Previdenciário. O trabalho para fazer valer o Estado de direitos para as que mais necessitam é cotidiano. Avançamos, mas ainda há muito por fazer para erradicar a ausência da documentação civil e assegurar às mulheres camponesas condições para exercer a cidadania plena. Nesta caminhada, é essencial a atuação conjunta do Estado e da sociedade, como ocorre com o Plano Nacional de Documentação da Mulher Trabalhadora. Nilcéa Freire Ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres Guilherme Cassel Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário PNDTR

4 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural

5 Falta de documentação ainda é um problema grave no Brasil Estado brasileiro desconhece número de homens e mulheres sem documentação civil A ausência de documentação civil e trabalhista atinge expressiva parcela da população brasileira. São homens e mulheres que não existem oficialmente para o Estado brasileiro. Portanto, sem possibilidade de usufruir de direitos básicos garantidos pela Constituição Federal como frequentar a escola, gozar da aposentadoria, ter acesso aos programas e benefícios sociais, marcar consultas médicas pelo Sistema Único da Saúde (SUS). As pessoas sem documentação também estão impedidas de abrir conta bancária, de acessar programas de crédito e linhas de financiamento, de participar de programas habitacionais, de ter posse da terra e até mesmo de votar. Essas são algumas das dificuldades ocasionadas pela falta de documentação civil e trabalhista. Um dado que reflete essa realidade é o subregistro de nascimento. Em 2007, 12,2% dos bebês não tiveram seu nascimento registrado em cartório, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os Estados onde há maior subregistro de nascimentos estão no Norte e no Nordeste. A maior estimativa de bebês sem certidão de nascimento foi detectada em Roraima: 43%. No entanto, esses números não dão conta de uma radiografia do problema da indocumentação (falta de documentos) no País. São poucas as informações sobre a ausência de documentação civil e trabalhista no Brasil só o subregistro de nascimento é contabilizado. O País desconhece quantas pessoas não possuem carteira de identidade (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), dentre outros documentos essenciais para o exercício dos direitos sociais e econômicos. Diversos motivos contribuem para esse quadro: dispersão de órgãos emissores e a quantidade de documentos a serem emitidos, desconhecimento da população de seus direitos civis e trabalhistas, distância dos centos urbanos onde se concentram os órgãos emissores de documentos, custos de emissão, dentre outros. PNDTR

6 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural Mulheres do campo são mais atingidas pela falta de documentos Além da distância geográfica dos órgãos emissores de documentos e dos custos para obter a documentação, desigualdades sociais contribuem para a indocumentação das mulheres trabalhadoras rurais. As mulheres enfrentam barreiras adicionais, uma vez que o estado civil condiciona o acesso à documentação, assim como a chefia familiar por parte dos homens, falta de reconhecimento social do trabalho feminino como uma atividade econômica e o patriarcalismo na legislação que regulamenta a emissão dos documentos civis. As mulheres só podem registrar os filhos nos casos em que o pai esteja ausente ou impedido de encaminhar o documento. A chefia familiar, por exemplo, está presente na emissão de Certidão de Nascimento. O pai é a figura responsável pela declaração de nascimento das crianças. O período para fazer a declaração pode ser superior a 15 dias nos casos em que o pai esteja ausente ou impedido de encaminhar o documento. Somente nesta condição a mãe, ou o parente mais próximo, poderá solicitar o registro de nascimento em 45 dias. O estado civil das mulheres também determina a emissão da Carteira de Identidade. A mulher casada, viúva ou separada judicialmente deve, obrigatoriamente, apresentar a Certidão

7 de Casamento, regra que não se aplica aos requerentes do sexo masculino. Até meados da década de 80, o principal documento utilizado para declaração da identidade era a Certidão de Casamento. Para além dos aspectos jurídicos que cercam a emissão de documentos civis, as relações sociais atribuem à chefia familiar e o trabalho rural como função masculina. Um exemplo é a filiação sindical, reservada aos homens até os anos 80. As mulheres rurais só tinham acesso à sindicalização pela carteira do pai, do marido ou do irmão. A falta de reconhecimento social, bem como de autorreconhecimento do trabalho das mulheres do campo, dificulta o registro da profissão. Na hora de emitir a Carteira de Trabalho e Previdência Social, muitas mulheres declaram-se como donas de casa e não como trabalhadoras rurais. Para superar essas barreiras, o Governo Federal, desde 2004, implementou, de forma articulada com a sociedade civil organizada e com os movimentos de mulheres trabalhadoras do campo, uma política pública que garante o acesso das camponesas à documentação, o público mais atingido pela indocumentação. A documentação civil e trabalhista é uma condição para promover a autonomia e a cidadania das mulheres do campo. A partir da documentação, as trabalhadoras rurais podem acessar políticas públicas de reforma agrária, da agricultura familiar e participar dos programas sociais do Governo Federal, dentre outros direitos. A cada ano, mais mulheres conquistam sua autonomia e o direito de ser chamada de cidadã. PNDTR

8 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural Cronologia do Registro Civil no Brasil 1874 O Registro Civil no Brasil é criado pelo Decreto 5.604, de 25 de abril, que regulamentou o registro civil de nascimentos, casamentos e óbitos. A partir de 1875, algumas cidades (somente os grandes municípios) começaram a criar ofícios de registro civil, os chamados "cartórios de registro civil" O Decreto 9.886, de 7 de março, determina a universalização do Registro Civil. Esse decreto instituiu a obrigatoriedade do registro de nascimento, de casamento e óbito em ofícios do Estado, delegados ao setor privado. O Registro Civil deixa de ser uma prerrogativa da Igreja Católica A Lei Nº 9.534, de 10 de dezembro, estabelece a gratuidade para o Registro Civil de Nascimento. As pessoas reconhecidamente pobres ficam isentas do pagamento de taxas pelas demais certidões extraídas pelo Cartório de Registro Civil. 10

9 Veja quando surgiram e como obter os principais documentos civis e trabalhistas Registro Civil de Nascimento e Certidão de Nascimento O registro é gratuito e feito no Cartório de Registro Civil da cidade onde a criança nasceu (somente nos primeiros 90 dias), ou no cartório mais próximo de onde a família mora. A Certidão de Nascimento é o documento que a pessoa recebe no cartório, de graça, com os dados do Registro Civil. Nos mutirões itinerantes do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) também é emitida gratuitamente a Certidão de Nascimento. Como obter o Registro Civil e a Certidão de Nascimento: Se os pais são casados, é preciso levar a Declaração de Nascido Vivo (DNV) fornecida pelo hospital onde a criança nasceu e a Certidão de Casamento. Se os pais não são casados, é preciso levar a DNV e um documento de identidade (Certidão de Nascimento, Carteira de Identidade, etc). Nesse caso, é necessária a presença do pai e da mãe. Se o pai não puder comparecer, a mãe só pode fazer o Registro Civil com o nome paterno se tiver uma procuração expressa do pai para este fim específico. Se a mãe não tiver essa procuração, ela pode fazer o registro em seu nome apenas. Se a criança não nasceu no hospital e não tem DNV, os pais devem comparecer ao cartório, acompanhados por duas testemunhas maiores de idade, que confirmem o parto e a gravidez. Se os pais não são registrados, devem, primeiramente, se registrar para depois registrar o filho. Se os pais são menores de 16 anos, deverão comparecer ao cartório para fazer o registro acompanhados dos avós da criança, maternos e paternos, ou de seus representantes legais. O Registro Civil de adolescente (12 a 18 anos) e de adulto (maior de 18 anos) requer a presença de duas testemunhas maiores de idade, que declarem conhecer a pessoa e confirmem sua identidade. Carteira de Identidade O Registro Geral (RG), mais conhecido como Carteira de Identidade, foi criado em 1904 no Brasil. Trata-se do principal documento de identificação individual por meio de fotografia e impressão digital. Como obter: É necessário ter a Certidão de Nascimento ou a Certidão de Casamento, além de três fotos de tamanho 3x4. Os órgãos de segurança do Estado, geralmente as Secretarias Estaduais de Segurança Pública, são responsáveis pela emissão do RG. Cada Estado cobra uma taxa diferente e em muitos casos há isenção de taxa na primeira via. Nos mutirões itinerantes do PNDTR, o documento é gratuito. Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) O CPF, antigo Cartão de Identificação do Contribuinte (CIC), surgiu em É o registro do cidadão e da cidadã na Receita Federal brasileira. O documento não é obrigatório, mas é necessário para a maior parte das operações financeiras (como abertura de contas em bancos, por exemplo). A apresentação do CPF é obrigatória para participar do Programa Nacional de Reforma Agrária e acessar programas de crédito rural, como o Pronaf. Como obter: O CPF pode ser solicitado nas agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios. É preciso ter Certidão de Nascimento ou Carteira de Identidade e Título de Eleitora (pessoas maiores de 18 anos). O PNDTR emite gratuitamente o documento. PNDTR 11

10 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) Instituída pelo Decreto Nº , de 21 de março de 1932, e regulamentada pelo Decreto Nº , de 29 de outubro de 1932, a Carteira de Trabalho e Previdência Social tornou-se documento obrigatório para toda pessoa que venha a prestar algum tipo de serviço, seja na indústria, no comércio, na agricultura, na pecuária ou mesmo de natureza doméstica. O documento garante o acesso a alguns dos principais direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, benefícios previdenciários e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Como obter: É necessário Certidão de Nascimento ou Carteira de Identidade e apresentar duas fotos de tamanho 3x4. A CTPS é emitida gratuitamente nas superintendências Regionais do Trabalho, nas agências de Atendimento ao Trabalhador e nos municípios que possuem convênio com o Ministério do Trabalho e Emprego. O PNDTR também fornece o documento. Cadastro no INSS (Previdência Social) O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), criado em 1990, é responsável pela proteção social da trabalhadora no Brasil. É preciso estar cadastrada no INSS para ter direito à aposentadoria, dentre outros benefícios da Previdência Social. As mulheres trabalhadoras rurais também participam da Previdência como seguradas especiais. Ou seja, trabalhadoras que produzem em regime de economia familiar, sem utilização de mão de obra assalariada. Também são considerados segurados especiais a pescadora artesanal, as mulheres indígenas que exercem atividade rural e os familiares que participam da produção (regime de economia familiar). As seguradas especiais têm direito ao auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, salário-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão. Como se cadastrar: É necessário ter Carteira de Identidade ou Certidão de Nascimento ou de Casamento ou CPF. Os postos do INSS são responsáveis pelo cadastro. O PNDTR também faz o registro no INSS. Carteira de Pescadora (RGP) O Registro Geral da Pesca (RGP), conhecido como Carteira de Pescador ou Pescadora, foi instituído pelo Decreto-Lei Nº 221, de 28 de fevereiro de 1967, para regulamentar a atividade pesqueira. O documento é essencial para que as mulheres que vivem da pesca tenham direito ao auxílio-desemprego durante o defeso (período em que a pesca é proibida). Também é essencial para comprovar a atividade pesqueira para fins de aposentadoria. Em 29 de junho de 2009 foi sancionada a nova Lei da Pesca N , que dispõe sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca e regula as atividades pesqueiras, revogando o decreto de A nova lei passa a considerar pescadoras e aquicultoras como produtoras rurais com direito a créditos rurais (como o Pronaf), com acesso a recursos mais baratos para financiar a produção. Também reconhece como trabalhadoras da pesca as mulheres que desempenham atividades complementares à pesca artesanal. Por exemplo, uma mulher que conserta redes de pesca passa a ter os mesmos direitos das pescadoras. Como obter: Para obter o registro de pescadora é necessário Certidão de Nascimento ou Carteira de Identidade, CPF e cadastro no INSS (dispensado quando se tratar do primeiro registro junto ao Ministério da Pesca e Aquicultura, órgão responsável pela emissão do documento). O PNDTR fornece a Carteira de Pescadora. 12

11 PNDTR 13

12 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural 14

13 Mutirões levam cidadania para as mulheres do campo Programa de documentação já beneficiou mais de 445 mil mulheres com a emissão de um milhão de documentos Promover a cidadania e autonomia das mulheres do campo. Esses são os principais objetivos do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR), que realiza mutirões itinerantes por todo o Brasil para fornecer, gratuitamente, documentação civil e trabalhista para as mulheres trabalhadoras da agricultura familiar, assentadas da reforma agrária, acampadas, ribeirinhas, extrativistas, indígenas, quilombolas entre outras. Criado em 2004 pelo governo federal, sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o programa já beneficiou mais de 445 mil mulheres com a emissão de pouco mais de um milhão de documentos (1,008 milhão) em 2004 municípios brasileiros. São mulheres que vivem distantes dos grandes centros, com dificuldade de acesso aos cartórios e órgãos emissores de documentos e, em grande parte dos casos, sem ter conhecimento de seus direitos civis e trabalhistas. E, mesmo sabendo da necessidade de possuir a documentação, muitas vezes não têm condição financeira de arcar com os custos necessários como taxas, fotografias e deslocamento. Para superar essas dificuldades, todos os serviços são gratuitos e realizados diretamente nas áreas rurais. Para isso, o PNDTR envolve diversos órgãos do governo federal e entidades parcerias da sociedade civil. Por meio de um trabalho conjunto com a Caixa Econômica Federal, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Receita Federal, Ministério da Justiça (MJ), Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), que coordena o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, dentre outros parceiros, os mutirões emitem, principalmente, Certidão de Nascimento, Carteira de Identidade (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF), Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), além da Carteira de Pescadora. Nos mutirões também é possível se cadastrar no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e obter atendimento previdenciário. PNDTR 15

14 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural Além de fornecer documentação civil e trabalhista, o PNDTR desenvolve ações educativas voltadas às mulheres trabalhadoras rurais. O objetivo é informar e sensibilizar para a importância da documentação, além de orientar, difundir e capacitar o acesso das mulheres, a partir da documentação, a políticas públicas, especialmente àquelas destinadas às trabalhadoras rurais como o Pronaf Mulher, assistência técnica, acesso à terra, apoio à organização produtiva e ao desenvolvimento territorial com igualdade de gênero. De posse dos documentos, as mulheres passam a ser reconhecidas como cidadãs brasileiras e podem participar do Programa de Reforma Agrária e dos programas da agricultura familiar, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e dos programas sociais do Governo Federal e dos benefícios da previdência social, como aposentadoria e saláriomaternidade, dentre outros direitos. Grito de liberdade O mutirão é um momento único, uma porta que se abre. As mulheres estão dando um grito de liberdade a partir da documentação, destaca Assunção Aguiar, técnica do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Piauí (Emater-PI), que trabalhou no mutirão no povoado de São Vitor, no município de São Raimundo Nonato, no semiárido piauiense. Os mutirões do PNDTR fazem parte de um conjunto de ações do governo federal com foco nos 120 municípios dos Territórios da Cidadania. A maior parte da demanda está concentrada nas regiões Norte e Nordeste. Até julho de 2009, do total de atendimentos realizados, o Programa de documentação beneficiou 390 municípios da região Norte e 928 do Nordeste. A região Sudeste é a terceira mais atendida, com 274 municípios beneficiados. Embora direcionado às mulheres trabalhadoras rurais, qualquer pessoa pode requerer documentos e participar das atividades educativas nos mutirões. Ao completar cinco anos de existência, o PNDTR contabiliza desafios, avanços, conquistas e, principalmente, a satisfação de contribuir para a melhoria da qualidade de vida de mulheres antes à margem da sociedade. Viabilizar a documentação civil da mulher do campo proporciona que ela se torne de fato uma cidadã e busque seus direitos. É um novo cenário que se constrói no Brasil. 16

15 Gestão: participação e controle social O Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Assessoria Especial de Gênero, Raça e Etnia (Aegre), e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por intermédio da Diretoria de Projetos de Desenvolvimento em Assentamentos. O PNDTR atua em parceria com diversos órgãos do Governo Federal. Também integram o Programa, mediante os comitês gestores nacional e estaduais, entidades dos movimentos sociais de mulheres rurais, além de representantes de órgãos governamentais estaduais e municipais. São vários órgãos governamentais, entidades civis e movimentos sociais atuando conjuntamente para promover a cidadania das mulheres trabalhadoras rurais. Os comitês contribuem decisivamente para o planejamento das ações do programa, além de oferecer transparência e possibilitar a participação e o controle social da sociedade, especialmente das mulheres do campo, explica a coordenadora da Aegre/MDA, Andrea Butto. Parceiros governamentais do PNDTR: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério da Justiça (MJ), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Secretarias de Segurança Pública dos governos estaduais, Receita Federal, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste movimentos sociais parceiros DO PNDTR: Secretaria Nacional das Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Secretaria da Mulher Extrativista (CNS), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MMTR-NE), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Setor de Gênero do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). PNDTR 17

16 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural Expresso Cidadã amplia documentação das mulheres do campo 22 ônibus serão entregues até o final do ano, com investimento de R$ 11,2 milhões A ampliação da oferta dos serviços e do atendimento são preocupações constantes do MDA e do Incra para que o Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) beneficie cada vez mais mulheres. Até o fim do ano, o Programa terá 22 unidades-móveis para reforçar os mutirões de documentação, com investimento superior a R$ 11,2 milhões. Trata-se do Expresso Cidadã, ônibus adaptado para a emissão on-line de documentos civis e trabalhistas, como Certidão de Nascimento, Carteira de Identidade, CPF, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Registro de Pescadora e cadastro no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além de atendimentos previdenciários. Cada unidade, pintada na cor lilás em homenagem à luta das mulheres por autonomia e direitos iguais, possui balcões de atendimento e equipamentos que possibilitam o trabalho de todos os parceiros na emissão de documentos como computadores conectados à internet via satélite, impressoras, máquinas de fotografia, scanner e plastificadora de documentos. Também são equipados com microfone, projetor e televisão. Estes equipamentos permitem a realização de atividades educativas, como palestras e oficinas de capacitação para acessar os programas de reforma agrária e agricultura familiar, dentre outros temas de interesse das trabalhadoras rurais. 18

17 Em 2010, o PNDTR contará com 30 unidadesmóveis, sendo dois barcos adaptados para levar documentos às comunidades ribeirinhas e de difícil acesso nos estados do Amazonas e Pará. As unidades terrestres (ônibus e microônibus) começaram a ser testadas em 2007, em uma ação conjunta com os governos do Pará e Piauí. A primeira unidade foi lançada em abril de 2008, no Pará. A cidade escolhida para a estreia do Expresso Cidadã foi Marabá, município do Território da Cidadania Sudeste Paraense. Em outubro, o Piauí aderiu ao projeto. Um microônibus foi adaptado para atender as mulheres do Estado. O assentamento Recanto Santo Antônio, próximo de Teresina, foi o local escolhido para o início das atividades da unidade-móvel. No semiárido piauiense, a trabalhadora rural Maria do Socorro Silva, moradora do povoado São Vítor, em São Raimundo Nonato, município do Território da Cidadania Serra da Capivara, foi beneficiada pelo Expresso Cidadã. Foi bom demais, porque antigamente para tirar documento tinha que ir até São Raimundo. Passava dia enfrentando fila e às vezes nem dava tempo de fazer o documento, porque é muita gente. Vindo nas localidades, é muito mais fácil. Agora estou independente. A inovação representa modernidade, agilidade e redução de custos. Além de transportar as equipes, reduzindo gastos com transporte e facilitando o deslocamento, os servidores e servidoras que atuam nos mutirões não necessitam mais se preocupar com local para atendimento e equipamentos para trabalhar. A economia de tempo permite ampliar o número de documentos emitidos e de mulheres beneficiadas, melhorando a eficiência dos mutirões. Arco Verde Terra Legal O Expresso Cidadã também integra as ações do Mutirão Arco Verde Terra Legal, lançado pelo Governo Federal em junho de 2009, em Alta Floresta (MT), município do Território da Cidadania Portal da Amazônia. O Mutirão, coordenado pela Casa Civil e pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Meio Ambiente (MMA), combina acesso a direitos e cidadania com ações de regularização fundiária e combate à grilagem de terras nos 43 municípios onde são registrados os maiores índices de desmatamento da Floresta Amazônia. Estes municípios estão localizados no Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima. Uma destas iniciativas do Mutirão é o cadastro de posseiras (os) que ocupam áreas não destinadas da União e desejam obter titulação da terra. Esta ação é desenvolvida por meio do Terra Legal Amazônia. Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e desenvolvido em parceria com estados e municípios, o Programa regulariza posses rurais de até 15 módulos fiscais nos nove estados da Amazônia Legal. No cadastramento do Terra Legal são exigidos documento de identificação com foto e CPF (pessoal e do cônjuge). Além das unidades do Pará e Piauí, 13 estados já receberam os ônibus do Expresso Cidadã: Pará/Marabá (segunda unidade), Tocantins, Acre, Rondônia, Ceará, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais e Roraima. Até o fim de 2009, serão entregues as unidades do Amapá, Sergipe, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. PNDTR 19

18 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural 20

19 Documentação abre novas perspectivas para as mulheres do campo Eu tenho orgulho de ser uma índia brasileira que pode mostrar seus documentos. Eu consegui concluir a escola e pretendo fazer faculdade de agronomia, afirma Raiana Peixoto, 18 anos, estudante e trabalhadora rural que mora no povoado Vila São Francisco, em Bonfim, município do Território da Cidadania Raposa Terra do Sol e São Marcos, em Roraima. O orgulho de Raiana de ser cidadã brasileira, de conhecer seus direitos e de buscar sua autonomia é compartilhado por milhares de mulheres de todo o País que foram beneficiadas pelos mutirões de documentação. Mulheres que, ao obter seus documentos pessoais, passaram efetivamente a fazer parte do rol de cidadãs brasileiras e sentem-se valorizadas e capazes de mudar o rumo de suas vidas. É o caso da piauiense Vanícia Pereira, 20 anos, trabalhadora rural no povoado Olho D água, situado pouco mais de dois quilômetros de Dirceu Arcoverde, município do Território da Cidadania Serra da Capivara, no Piauí. Em todo lugar e para tudo se pede nossa documentação completa. Só com documentos é que a gente tem acesso a outros direitos. Vanícia foi beneficiada pelo Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) e recebeu, no mesmo dia, a Carteira de Identidade. Para tirar o RG, eu teria que gastar quase R$ 30,00 com foto e passagem de ônibus para o município de São Raimundo Nonato (a mais de 40 quilômetros de casa). Com o mutirão, recebi o documento em pouco tempo e sem pagar nada. Esse programa é bom demais, comemora. PNDTR 21

20 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural Futuro melhor A trabalhadora rural Luzimara Silva, 42 anos, moradora da comunidade quilombola Pitombeira, localizada em Vázea, município do Território da Cidadania Médio Sertão, na Paraíba, planta milho, hortaliças, feijão, batata, entre outros alimentos para a subsistência da família e da comunidade. A agricultora foi beneficiada pelo mutirão, obteve a Carteira de Identidade e se inscreveu na Previdência Social. A realização do mutirão foi uma grande oportunidade para nós que vivemos no quilombo. Um dia muito bonito e importante, porque nós precisamos nos organizar para ter uma vida melhor no futuro. Por isso eu me inscrevi na previdência, para ter direito a me aposentar e ter uma vida mais tranquila e segura. Para Luzimara, o programa de documentação precisa crescer e atender mais mulheres. As irmãs Sidnéia, 16 anos, e Claudinéia Morais Riedel, 17 anos, moram com o avô no assentamento Boa Sorte, no município de Itaquiraí, no Território da Cidadania Cone Sul, no Mato Grosso do Su, aproveitaram o mutirão e tiraram Carteira de Identidade, CPF e Carteira de Trabalho. Além disso, assistiram às palestras para se informar sobre planejamento familiar e violência doméstica. O Programa ajudou não apenas nós duas, mas todas as pessoas do assentamento, diz Sidnéia. Acesso a direitos O PNDTR possibilitou a pescadora Maria de Nazaré Paixão Matos, 52 anos, de Esperantina, município do Território da Cidadania Bico do Papagaio, no Tocantins, fazer o Registro de Pescadora e regularizar sua atividade profissional. Hoje, Maria de Nazaré tem direito ao auxílio-desemprego no período do defeso, quando é proibido pescar. Ela recebe um salário mínimo por quatro meses. É uma ajuda muito importante para nós, porque não podemos ter renda com a pesca no defeso, explica. Maria de Nazaré e outras mulheres que vivem da pesca no município integram a Colônia de Pesca- 22

21 dores e Pescadoras de Esperantina. Branquinha, traíra, piranha e bodó estão entre os principais pescados da região. Organização Maria da Penha Zambon, liderança de Barra de São Francisco, município do Território da Cidadania Norte, no Espírito Santo, comemora o mutirão realizado em sua região. Foi um trabalho muito bonito, muito importante para nós. Maria da Penha continua orientando as mulheres da região a buscar sua documentação e informações sobre seus direitos. Muitas pessoas não entendiam como fazer e nem sabia o porquê da necessidade de ter os documentos pessoais, ressalta. O fato de obter o documento sem nenhum custo, inclusive com a fotografia 3x4 é um grande diferencial do Programa. Não ter que pagar ajudou bastante, explica Maria da Penha. Ela lembra que, após o mutirão, as mulheres de sua região mudaram de atitude. Agora elas estão procurando conhecer seus direitos. Estão se organizando para ter acesso aos benefícios, explica. O mutirão foi realizado em Barra do São Francisco no segundo semestre de 2008, mas Maria da Penha continua atuando junto às trabalhadoras. Visito as comunidades para levar novas informações e noto que as mulheres estão bem mais felizes e também mais qualificadas para o trabalho. O mutirão trouxe uma mudança muito grande na comunidade. Foi um grande incentivo para as trabalhadoras. Maria da Penha observa que, após a realização de mutirões, a procura pelos sindicatos de trabalhadores rurais aumentou, o que indica um maior interesse na organização e articulação das mulheres. Todos os municípios brasileiros deveriam fazer mutirões da documentação. Eles ajudam muito na organização das trabalhadoras rurais. PNDTR 23

22 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural A satisfação de levar cidadania Histórias vivenciadas emocionam homens e mulheres que atuam nos mutirões O Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) não traz benefícios apenas para as mulheres atendidas. Os servidores e servidoras dos diversos órgãos parceiros que trabalham nos mutirões também se sentem realizados por proporcionar um direito tão importante e essencial para o exercício da cidadania: a documentação civil e trabalhista das mulheres rurais. Nos mutirões, os funcionários e funcionárias têm a oportunidade de ir a campo e a cada viagem se deparam com uma realidade diferente, com novos desafios e, principalmente, com histórias emocionantes e muito diversas do que estão acostumados a vivenciar. O número de mulheres atendidas por dia normalmente é grande e o trabalho, cansativo. Mas ver homens e mulheres de diferentes idades e experiências de vida comemorando o fato de obter sua documentação, situação considerada comum nas cidades, é muito gratificante. Isso faz com que o trabalho proporcione um grande aprendizado. As equipes se revezam a cada mutirão. Dessa forma, mais servidores e servidoras têm a oportunidade de viver essa rica experiência e também de repassar seus conhecimentos à população. 24

23 José Maria destaca a receptividade por onde passam os mutirões. Aonde chegamos somos recebidos com alegria. A comunidade toda demonstra muita satisfação. Sentimento que motiva as equipes a desenvolver um trabalho cada vez mais eficiente. Às vezes fazemos até 400 carteiras de Identidade por dia. E temos que ter muito cuidado no trato, na forma de falar, porque lidamos com pessoas de muita sensibilidade. Mas os funcionários e funcionárias que participam gostam mesmo do trabalho. Algumas mulheres têm as mãos tão calejadas pelo trabalho pesado que é complicado fazer a leitura da digital. Chegam cansadas, queimadas do sol. Quando entregamos a Carteira de Identidade é uma alegria. Chuva no sertão É uma chuva no sertão! Assim o agente de polícia José Maria da Silva descreve o mutirão de documentação. Ele, que é um dos coordenadores do trabalho pelo Instituto de Identificação da Polícia Civil de Minas Gerais, faz essa afirmação baseando-se nas histórias que vivenciou em cerca de quatro anos participando dos mutirões. É uma conquista muito grande para essas mulheres, ressalta. José Maria coleciona histórias emocionantes. E afirma que por mais que tenha se acostumado em ver locais de extrema precariedade e pobreza, ainda se comove e sente imensa satisfação em ajudar as pessoas. Algumas mulheres têm as mãos tão calejadas pelo trabalho pesado que é complicado fazer a leitura da digital. Chegam cansadas, queimadas do sol. Quando entregamos a Carteira de Identidade é uma alegria. Elas se tornam cidadãs de verdade, salienta. Ele tem certeza de que, se não fosse o mutirão, a maioria das mulheres atendidas nunca teria acesso à documentação. Elas não teriam como pagar pelos documentos, já que o gasto não é apenas com as taxas referentes a eles. Tem que tirar a foto 3x4 e também se deslocar para alguma cidade próxima. É muito complicado. PNDTR 25

24 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural 26

25 Demanda por documentação é antiga luta dos movimentos sociais Tema ganhou repercussão nacional com campanha em 1997 A demanda por acesso à documentação civil é uma antiga luta dos movimentos sociais, especialmente das mulheres do campo, uma vez que várias conquistas sociais e trabalhistas obtidas com a Constituição Federal de 1988 não se efetivaram para significativa parcela da população brasileira em decorrência da falta de documentos. Ou seja, homens e mulheres que não existem oficialmente e, portanto, não têm acesso a direitos garantidos pelo Estado brasileiro. O tema da falta de documentação das mulheres trabalhadoras rurais ganhou repercussão no País em 1997, quando a Articulação Nacional de Trabalhadoras Rurais (ANMTR) lançou a Campanha Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural com o lema Nenhuma Trabalhadora Rural sem Documento. As trabalhadoras do campo passaram a sensibilizar o movimento sindical rural, ONGs, igrejas e os governos Federal, estaduais e municipais em torno da campanha. Na primeira edição da Marcha das Margaridas (principal manifestação das trabalhadoras rurais), realizada em 2000, a demanda por documentação foi o primeiro item da pauta de reivindicações. Mais recentemente, os movimentos sociais, particularmente durante a Marcha das Margaridas de 2007, e demais jornadas de lutas de movimentos sociais mistos, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), demandaram a universalização do acesso à documentação civil e trabalhista para as mulheres rurais. Parceria com os movimentos sociais Desde 2004, o Governo Federal desenvolve o Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) em parceria dos movimentos sociais, especialmente de mulheres do campo. Além de parceiros do Programa, os movimentos sociais contribuem com sua experiência no planejamento, avaliação, fiscalização e monitoramento do Programa. Pela primeira vez na história do Brasil, governos e sociedade trabalham em conjunto para promover a cidadania das mulheres trabalhadoras rurais. Além de participar dos mutirões, os movimentos sociais atuam na mobilização das trabalhadoras rurais e nas ações educativas do Programa. Além do acesso à documentação civil e trabalhista, o PNDTR tem por objetivo promover a autonomia das mulheres, oferecendo capacitação para que possam acessar os programas de reforma agrária, assistência técnica, crédito rural, abrir conta bancária, dentre outras ações emancipatórias. PNDTR 27

26 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural Pronaf Mulher Rosalina da Silva, integrante da coordenação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Piauí (Fetag/PI), afirma que o Programa criado pelo Governo Federal é de grande importância para as mulheres do campo tornarem-se cidadãs e sentirem-se donas de suas vidas. Acompanhamos os mutirões para possibilitar a documentação dessas mulheres. Assim, elas têm acesso a outros benefícios ao serem reconhecidas como cidadãs, como o Pronaf Mulher, que é um crédito específico para as mulheres trabalhadoras rurais. Política Pública Lisete Maria da Silva, diretora do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural Nordeste (MMTR-NE), lembra que o Governo Federal fortaleceu as ações de documentação dos movimentos sociais ao implementar esta política pública voltada às mulheres do campo. Antes, as mulheres dependiam do marido até na documentação, pois não tinham consciência da importância dos documentos. Não podiam se aposentar, acessar o Pronaf e outras políticas. Hoje, as trabalhadoras do campo têm a sua cidadania garantida e autonomia econômica. A partir dos mutirões de documentação, o MMTR- NE incentiva a organização produtiva das trabalhadoras rurais. Temos vários núcleos de produção de mulheres em agroecologia e artesanato com acesso a políticas de crédito, assistência técnica e comercialização. As mulheres não dependem mais de ninguém, afirma Lisete, ao celebrar as conquistas das trabalhadoras rurais. Mobilização Social Crhystiane Souza Moreira, coordenadora estadual do Movimento de Mulheres Camponesas do Pará (MMC), que integra a Via Campesina, ressalta a importância de o Governo Federal executar, em parceria com os movimentos sociais, políticas públicas de documentação, crédito, assistência técnica, acesso à terra, dentre outras ações voltadas às mulheres do campo. Essa é uma luta de muitos anos das mulheres e que precisa continuar. A documentação é a porta de entrada das mulheres para a cidadania. A coordenadora do MCC ressalta a mobilização social que acorre em torno do PNDTR. Mobilizamos sindicatos rurais, movimentos sociais, prefeituras, lideranças locais, rádios e jornais durante os mutirões. Há toda uma articulação e sensibilização da sociedade para garantir a dignidade e autonomia das mulheres do campo. Essa articulação é importante para fortalecer a luta das mulheres camponesas. Os movimentos sociais, sindicatos rurais, federações de agricultores e agricultoras contribuem para que o trabalho realizado durante os mutirões tenha continuidade. O repasse constante de informações e o apoio para que as mulheres se organizem são essenciais para que os objetivos do PNDTR sejam alcançados. 28

27 Ações educativas promovem autonomia das mulheres do campo Encontros mobilizam mulheres a se organizar e lutar por seus direitos O acesso à documentação civil e trabalhista é o primeiro passo do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR) para promover a cidadania e a autonomia das mulheres do campo. Mas a cidadania plena não é conquistada somente com a documentação. É preciso que as trabalhadoras rurais saibam da importância dos documentos e, a partir da documentação, busquem seus direitos sociais e econômicos como aposentadoria, conta bancária, políticas de crédito rural, posse da terra, assistência técnica, organização produtiva, comercialização da produção, dentre outras políticas públicas. Para atingir estes objetivos, o PNDTR promove, juntamente com os mutirões de documentação, ações educativas para a conscientização das mulheres. Esse trabalho vem sendo aperfeiçoado ao longo dos anos, de forma a ser cada vez mais eficiente na promoção da cidadania das mulheres do campo. O objetivo é informar e sensibilizar sobre a importância da documentação, além de orientar, difundir e capacitar as trabalhadoras rurais a acessar o Programa Nacional de Reforma Agrária e políticas públicas da agricultura familiar. As ações educativas também orientam as trabalhadoras a produzir e gerar renda para conquistar sua autonomia, a acessar benefícios da Previdência Social PNDTR 29

28 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural e a combater a violência contra a mulher, dentre outros temas que dialogam com a realidade da mulher do campo. Para mobilizar um número maior de mulheres, o Programa realiza reuniões preparatórias na véspera dos mutirões de documentação com lideranças locais, movimentos sociais e trabalhadoras rurais. O objetivo é capacitar mulheres das próprias comunidades para que atuem na mobilização e organização das trabalhadoras rurais de forma continuada. A mobilização apresenta resultados. Após dois anos atuando nos mutirões, Edna Cristina Martins, gestora da unidade-móvel da Gerência Executiva do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Anápolis (GO), percebe que a demanda pelos benefícios oferecidos pelo Governo Federal tem aumentado. As trabalhadoras estão percebendo que têm direitos e se informando de como podem ter acesso a eles. Um exemplo comum é que muitas já têm direito à aposentadoria, mas por não ter carteira de trabalho acreditam que não podem usufruir do benefício. Depois do mutirão, providenciam a documentação necessária para se aposentar. Essa mudança de comportamento pode ser creditada às ações educativas. É um trabalho de educação e informação bastante direcionado, explica Edna. A comprovação de exercício da atividade rural pode ser feita com um dos seguintes documentos: contrato de arrendamento contemporâneo, parceria ou comodato rural; comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); bloco de notas de produtor rural e/ou nota fiscal de venda realizada por produtor rural; declaração de sindicatos de trabalhadores rurais, de pescadores ou colônia de pescadores devidamente registrada no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), como também declaração fornecida pela Fundação Nacional do Índio (Funai), homologada pelo INSS. Para 2009, foram definidos temas comuns a serem tratados em todos os mutirões e temas opcionais, conforme a necessidade das mulheres de cada região. Os temas permanentes abordam a luta das mulheres rurais e as políticas públicas; políticas públicas para as mulheres rurais de acesso a terra e apoio à produção; as desigualdades entre mulheres e homens e sua relação a documentação; importância, uso e conservação da documentação civil e trabalhista; direitos previdenciários e violência contra a mulher. Os temas opcionais tratam de políticas sociais, saúde da mulher, agroecologia, gênero e raça, gênero e semiárido, organização e gestão produtiva. 30

29 Parcerias aumentam eficiência das ações educativas Para fortalecer as ações educativas, o PNDTR firmou parceria com a Sempreviva Organização Feminista (SOF) e com o Centro Feminista 8 de Março (CF8). Segundo Neuza Tito, técnica de formação da SOF, uma das estratégias da organização será apoiar parcerias que contribuam para aproximar e melhorar o diálogo entre lideranças das comunidades e as trabalhadoras rurais. Queremos formar monitoras locais que atuem não só durante os mutirões, mas que possam dar continuidade tanto na articulação quanto na formação das mulheres. Assim, conseguiremos um interesse contínuo e o maior acesso das mulheres do campo às políticas públicas, promovendo a cidadania plena das trabalhadoras camponesas, destaca Neuza. Arte e cidadania O teatro é a maneira encontrada pelo Centro Feminista 8 de Março (CF8) para promover a cidadania das mulheres que participam dos mutirões de documentação. A entidade promove apresentações teatrais somente com mulheres, explicando de forma lúdica e didática, a importância dos documentos e como proceder para acessar políticas públicas voltadas às trabalhadoras do campo. Mostramos as mulheres como protagonistas de suas vidas. Mulheres que passam a ter direitos e a exercer a cidadania a partir da documentação, reforça Conceição Dantas, coordenadora técnica do CF8. Conceição destaca o alcance do PNDTR. O Programa tem um impacto muito grande na vida dessas mulheres, que não eram reconhecidas perante o Estado. Após a documentação, elas passam a ter conta bancária, crédito no mercado e a comercializar sua produção, pois é preciso CPF para dar recibo, exemplifica. A parceria do PNDTR com a SOF e CF8 possibilitará o atendimento de mulheres do campo em 84 Territórios da Cidadania, a maioria no Nordeste. PNDTR 31

30 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural 32

31 Expresso Cidadã ampliará concessão de benefícios da Previdência Social Parceria com INSS leva serviços e educação previdenciária para as trabalhadoras rurais Acordo de cooperação firmado em agosto de 2009 entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai ampliar o acesso das mulheres do campo aos benefícios e serviços previdenciários, fortalecendo ações de educação previdenciária no âmbito do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR). Servidores e servidoras do Instituto Nacional do Seguro Social vão orientar as beneficiárias nos mutirões de documentação sobre questões relativas à Previdência Social. Durante o atendimento, serão esclarecidas dúvidas quanto a aposentadoria, pensão e outros benefícios. As trabalhadoras do campo também serão cadastradas na Previdência. Elas se enquadram como seguradas especiais. Ou seja, que produzem em regime de economia familiar, sem utilização de mão-de-obra assalariada. As seguradas especiais e seus dependentes têm direito a auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, salário-maternidade, pensão por morte, auxílio-reclusão e auxílio-acidente. O trabalho, fruto do acordo, é executado em todo o Brasil, especialmente nos municípios que compõem os Territórios da Cidadania. Prioritariamente são beneficiadas trabalhadoras rurais, assentadas da reforma agrária, mulheres quilombolas, extrativistas, pescadoras artesanais, mulheres indígenas e ribeirinhas. PNDTR 33

32 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural Ampliação dos atendimentos As unidades-móveis do PNDTR (Expresso Cidadã), com o apoio do INSS, possibilitarão ampliar os atendimentos previdenciários para mulheres do campo. Isto é, além de cadastrar as mulheres no Regime Geral da Previdência Social, as equipes do INSS passarão a receber e a encaminhar a documentação necessária para conceder aposentadoria às trabalhadoras rurais, além de benefícios previdenciários. Para Everaldo Bernardes de Oliveira, chefe da Divisão de Gerenciamento da Educação Previdenciária da Coordenação de Educação Previdenciária do INSS, a parceria é importante para promover a cidadania das mulheres do campo, informar e conscientizá-las acerca de direitos e deveres. A finalidade é assegurar a proteção social, por meio da inclusão e permanência na Previdência Social, e divulgar os canais de acesso aos serviços do INSS. 34

33 PNDTR 35

34 Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural 36

A porta de entrada para você receber os benefícios dos programas sociais do Governo Federal.

A porta de entrada para você receber os benefícios dos programas sociais do Governo Federal. A porta de entrada para você receber os benefícios dos programas sociais do Governo Federal. Para que serve o Cadastro Único? O Cadastro Único serve para que as famílias de baixa renda possam participar

Leia mais

Projeto Alvorada: ação onde o Brasil é mais pobre

Projeto Alvorada: ação onde o Brasil é mais pobre Projeto Alvorada: ação onde o Brasil é mais pobre N o Brasil há 2.361 municípios, em 23 estados, onde vivem mais de 38,3 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza. Para eles, o Governo Federal criou

Leia mais

HUMANO DIREITO QUE DA DIREITOS CERTIDÃO DE CERTIDÃO NASCIMENTO CERTIDÃO DE NASCIMENTO NASCIMENTO E UMDIREITO UM DEVER DE UM DEVER DE

HUMANO DIREITO QUE DA DIREITOS CERTIDÃO DE CERTIDÃO NASCIMENTO CERTIDÃO DE NASCIMENTO NASCIMENTO E UMDIREITO UM DEVER DE UM DEVER DE CERTIDÃO DE DE CERTIDÃO NASCIMENTO NASCIMENTO UM E UMDIREITO DIREITO QUE DA DIREITOS HUMANO UM DEVER DE UM DEVER DE TODO TODO O O BRASIL BRASIL MOBILIZAÇÃO NACIONAL PELA CERTIDÃO DE NASCIMENTO E DOCUMENTAÇÃO

Leia mais

Políticas de Desenvolvimento para as Mulheres Rurais a partir de uma perspectiva de Raça a e Gênero. Andrea Butto

Políticas de Desenvolvimento para as Mulheres Rurais a partir de uma perspectiva de Raça a e Gênero. Andrea Butto Políticas de Desenvolvimento para as Mulheres Rurais a partir de uma perspectiva de Raça a e Gênero Andrea Butto Ministério do Desenvolvimento Agrário Temas abordados Estados assumiram compromissos que

Leia mais

Sem Certidão de Nascimento, nada feito. Mobilização para o Registro Civil de Nascimento e Documentação Básica. Por um Brasil com nome e sobrenome.

Sem Certidão de Nascimento, nada feito. Mobilização para o Registro Civil de Nascimento e Documentação Básica. Por um Brasil com nome e sobrenome. Sem Certidão de Nascimento, nada feito. Mobilização para o Registro Civil de Nascimento e Documentação Básica. Por um Brasil com nome e sobrenome. Mobilização para o Registro Civil de Nascimento e Documentação

Leia mais

DECRETO N 037/2014. O Prefeito Municipal de Santa Teresa Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições legais,

DECRETO N 037/2014. O Prefeito Municipal de Santa Teresa Estado do Espírito Santo, no uso de suas atribuições legais, DECRETO N 037/2014 Regulamenta aplicação das Instruções Normativas SDE Nº 01/2014 a 02/2014, que dispõem sobre as Rotinas e Procedimentos do Sistema de Desenvolvimento Econômico a serem observados no âmbito

Leia mais

A porta de entrada para você receber os benefícios dos programas sociais do Governo Federal.

A porta de entrada para você receber os benefícios dos programas sociais do Governo Federal. A porta de entrada para você receber os benefícios dos programas sociais do Governo Federal. Para que serve o Cadastro Único? O Cadastro Único foi criado para o governo saber melhor quem são e como vivem

Leia mais

No entanto, a efetividade desses dispositivos constitucionais está longe de alcançar sua plenitude.

No entanto, a efetividade desses dispositivos constitucionais está longe de alcançar sua plenitude. A MULHER NA ATIVIDADE AGRÍCOLA A Constituição Federal brasileira estabelece no caput do art. 5º, I, que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações e reconhece no dispositivo 7º a igualdade de

Leia mais

Objetivos Consolidar uma política garantidora de direitos Reduzir ainda mais a desigualdade social

Objetivos Consolidar uma política garantidora de direitos Reduzir ainda mais a desigualdade social AGENDA SOCIAL AGENDA SOCIAL Estamos lutando por um Brasil sem pobreza, sem privilégios, sem discriminações. Um país de oportunidades para todos. A melhor forma para um país crescer é fazer que cada vez

Leia mais

Nome e contato do responsável pelo preenchimento deste formulário: Allyson Pacelli (83) 88252115 e Mariana Oliveira.

Nome e contato do responsável pelo preenchimento deste formulário: Allyson Pacelli (83) 88252115 e Mariana Oliveira. Dados da empresa PRÊMIO ABF- AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Categoria Franqueado Razão Social: Capacita Empreendimentos Educacionais Nome Fantasia: SOS Educação Profissional

Leia mais

Orientações sobre Benefícios do INSS

Orientações sobre Benefícios do INSS Orientações sobre Benefícios do INSS A PREFEITURA DE GUARULHOS MANTÉM UM CONVÊNIO COM O INSS AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DE GUARULHOS PARA REQUERIMENTO DOS SEGUINTES BENEFÍCIOS: AUXÍLIO DOENÇA PREVIDENCIÁRIO,

Leia mais

CADASTRO ÚNICO POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA E SEUS DIREITOS

CADASTRO ÚNICO POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA E SEUS DIREITOS CADASTRO ÚNICO POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA E SEUS DIREITOS SABIA? VOCÊ As pessoas em situação de rua têm direito a estar no Cadastro Único. O que é o Cadastro Único? O Cadastro Único identifica quem são

Leia mais

Ministério do Desenvolvimento Agrário

Ministério do Desenvolvimento Agrário Ministério do Desenvolvimento Agrário MISSÃO Promover a política de desenvolvimento do Brasil rural, a democratização do acesso à terra, a gestão territorial da estrutura fundiária, a inclusão produtiva

Leia mais

Inserção da Agricultura Familiar na Alimentação Escolar. Estratégia e Políticas Públicas de Apoio da SAF/MDA

Inserção da Agricultura Familiar na Alimentação Escolar. Estratégia e Políticas Públicas de Apoio da SAF/MDA Inserção da Agricultura Familiar na Alimentação Escolar Estratégia e Políticas Públicas de Apoio da SAF/MDA Objetivo da Apresentação Possibilitar a compreensão das políticas públicas relacionadas e/ou

Leia mais

Comunidade Solidária: parcerias contra a pobreza

Comunidade Solidária: parcerias contra a pobreza Comunidade Solidária: parcerias contra a pobreza OConselho da Comunidade Solidária foi criado em 1995 com base na constatação de que a sociedade civil contemporânea se apresenta como parceira indispensável

Leia mais

Munic 2014: 45% dos municípios tinham política de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica

Munic 2014: 45% dos municípios tinham política de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica Munic 2014: 45% dos municípios tinham política de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica A Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic) e a Pesquisa de Informações Básicas Municipais

Leia mais

Carnê da Cidadania do MEI

Carnê da Cidadania do MEI Carnê da Cidadania do MEI NOTÍCIAS ATENÇÃO: Vários empreendedores do Paraná começaram a receber o carnê!!! A Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (SMPE/PR) vai enviar, pelos

Leia mais

Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR Câmara temática de Insumos Agropecuários Brasília, 27 de maio de 2014

Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR Câmara temática de Insumos Agropecuários Brasília, 27 de maio de 2014 Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR Câmara temática de Insumos Agropecuários Brasília, 27 de maio de 2014 O QUE É O CAR O Cadastro Ambiental Rural - CAR, é o registro público eletrônico de âmbito

Leia mais

PRÊMIO ABF- AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Categoria Franqueado

PRÊMIO ABF- AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Categoria Franqueado PRÊMIO ABF- AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Categoria Franqueado Dados da empresa Razão Social: FLY IDIOMAS Nome Fantasia: WIZARD Data de fundação: 10/07/2010 Número de funcionários:

Leia mais

alimentos para o brasil APRESENTAÇÃO

alimentos para o brasil APRESENTAÇÃO 2014-2015 alimentos para o brasil APRESENTAÇÃO O Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/2015 Alimentos Para o Brasil vem consolidar mais de uma década de políticas públicas que melhoram a vida de quem

Leia mais

SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA

SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA José Ivo dos Santos Pedrosa 1 Objetivo: Conhecer os direitos em saúde e noções de cidadania levando o gestor a contribuir nos processos de formulação de políticas públicas.

Leia mais

DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL. (Pesquisa qualitativa -- RESUMO)

DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL. (Pesquisa qualitativa -- RESUMO) DIÁLOGOS SOBRE O DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO NO BRASIL (Pesquisa qualitativa -- RESUMO) Realização: Ibase, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) Objetivos da Pesquisa: Os Diálogos sobre

Leia mais

TERMO DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA

TERMO DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA TERMO DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA I - Identificação:(Título/Objeto da Despesa 1.1. Título do projeto: Fortalecimento do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural nos Territórios da Cidadania

Leia mais

APRESENTAÇÃO Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS)

APRESENTAÇÃO Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) APRESENTAÇÃO A formação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e a participação atuante das comunidades são imprescindíveis para o desenvolvimento rural. É função dos Conselhos

Leia mais

Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma Colheita para o Futuro

Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma Colheita para o Futuro Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma Colheita para o Futuro A Campanha Nacional pela Proteção Infanto-Juvenil no campo: uma colheita para o futuro, é uma ação estratégica do Movimento Sindical de Trabalhadores

Leia mais

Dimensão social. Educação

Dimensão social. Educação Dimensão social Educação 218 Indicadores de desenvolvimento sustentável - Brasil 2004 36 Taxa de escolarização Representa a proporção da população infanto-juvenil que freqüenta a escola. Descrição As variáveis

Leia mais

alimentos para o brasil APRESENTAÇÃO

alimentos para o brasil APRESENTAÇÃO 2014-2015 APRESENTAÇÃO O Plano Safra da Agricultura Familiar 2014/2015 Alimentos Para o Brasil vem consolidar mais de uma década de políticas públicas que melhoram a vida de quem vive no Brasil Rural.

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES

DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL NO BRASIL: UMA ANÁLISE DOS PADRÕES RECENTES Barbara Christine Nentwig Silva Professora do Programa de Pós Graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social /

Leia mais

ESPORTE NÃO É SÓ PARA ALGUNS, É PARA TODOS! Esporte seguro e inclusivo. Nós queremos! Nós podemos!

ESPORTE NÃO É SÓ PARA ALGUNS, É PARA TODOS! Esporte seguro e inclusivo. Nós queremos! Nós podemos! ESPORTE NÃO É SÓ PARA ALGUNS, É PARA TODOS! Esporte seguro e inclusivo. Nós queremos! Nós podemos! Documento final aprovado por adolescentes dos Estados do Amazonas, da Bahia, do Ceará, do Mato Grosso,

Leia mais

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa?

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa? Destaque: Somos, nós mulheres, tradicionalmente responsáveis pelas ações de reprodução da vida no espaço doméstico e a partir da última metade do século passado estamos cada vez mais inseridas diretamente

Leia mais

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA)

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) Relatório com as principais notícias divulgadas pela mídia

Leia mais

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013 Instituto Lojas Renner Instituto Lojas Renner Promover a inserção de mulheres no mercado de trabalho por meio de projetos de geração de renda é o objetivo do Instituto Lojas

Leia mais

PROJETO REDE ITINERANTE CONTRA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DIVULGAÇÃO E MEMORIAL FOTOGRÁFICO DO PROJETO

PROJETO REDE ITINERANTE CONTRA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DIVULGAÇÃO E MEMORIAL FOTOGRÁFICO DO PROJETO Veículo: Site Institucional do Ministério Público do Pará http://www.mppa.mp.br/index.php?action=menu.interna&id=4963&class=n Principal SANTARÉM: Rede itinerante de serviços de combate à violência doméstica

Leia mais

DOCUMENTAÇÃO DO CANDIDATO

DOCUMENTAÇÃO DO CANDIDATO DOCUMENTAÇÃO DO CANDIDATO Cópia da identidade Cópia CPF Comprovante de ensino médio (histórico original e cópia) Se cursou todo ou parte do ensino médio na rede privada, apresentar documento fornecido

Leia mais

Analfabetismo no Brasil

Analfabetismo no Brasil Analfabetismo no Brasil Ricardo Paes de Barros (IPEA) Mirela de Carvalho (IETS) Samuel Franco (IETS) Parte 1: Magnitude e evolução do analfabetismo no Brasil Magnitude Segundo estimativas obtidas com base

Leia mais

PRÊMIO ABF-AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Inscrição Prêmio ABF-AFRAS - Categoria Fornecedor

PRÊMIO ABF-AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Inscrição Prêmio ABF-AFRAS - Categoria Fornecedor PRÊMIO ABF-AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Inscrição Prêmio ABF-AFRAS - Categoria Fornecedor Dados da empresa Razão Social: Visa do Brasil Empreendimentos Ltda. Nome Fantasia:

Leia mais

Segunda Conferencia Regional para América Latina y el Caribe sobre el Derecho a la Identidad y Registro Universal de Nacimiento

Segunda Conferencia Regional para América Latina y el Caribe sobre el Derecho a la Identidad y Registro Universal de Nacimiento Segunda Conferencia Regional para América Latina y el Caribe sobre el Derecho a la Identidad y Registro Universal de Nacimiento da Presidência da República Brasil - Mercosul Sistema brasileiro de registro

Leia mais

Orientações sobre Micro Empreendedor Individual

Orientações sobre Micro Empreendedor Individual Orientações sobre Micro Empreendedor Individual Micro Empreendedor individual Definição Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário.

Leia mais

Declaração de Aptidão ao Pronaf DAP

Declaração de Aptidão ao Pronaf DAP Declaração de Aptidão ao Pronaf DAP É o instrumento que identifica os agricultores familiares e/ou suas formas associativas organizadas em pessoas jurídicas, aptos a realizarem operações de crédito rural

Leia mais

www.prevfacil.com CONHEÇA NOSSOS SERVIÇOS: Aposentadoria por tempo de serviço Revisão judicial LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social

www.prevfacil.com CONHEÇA NOSSOS SERVIÇOS: Aposentadoria por tempo de serviço Revisão judicial LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social CONHEÇA NOSSOS SERVIÇOS: Aposentadoria por tempo de serviço Revisão judicial LOAS - Lei Orgânica da Assistência Social Aposentadoria por idade Aposentadoria especial Auxílio doença Pensão por morte EMPRESA

Leia mais

PREVIDÊNCIA SOCIAL INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Previdenciária. ria

PREVIDÊNCIA SOCIAL INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Previdenciária. ria Previdenciá Previdenciá Previdenciá MISSÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Garantir proteção ao trabalhador e sua família, por meio de sistema público p de política previdenciá solidá, inclusiva e sustentável, com

Leia mais

Quais as condições necessárias para que eu me cadastre como empreendedor individual? Faturar até R$ 36 mil por ano;

Quais as condições necessárias para que eu me cadastre como empreendedor individual? Faturar até R$ 36 mil por ano; cultura 1. Quais as condições necessárias para que eu me cadastre como empreendedor individual? 2. Faturar até R$ 36 mil por ano; Não participar de outra empresa, como sócio ou titular; Trabalhar sozinho

Leia mais

NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL. PARCERIA MDA / CNPq. Brasília, 13 de maio de 2014

NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL. PARCERIA MDA / CNPq. Brasília, 13 de maio de 2014 NÚCLEOS DE EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL PARCERIA MDA / CNPq Brasília, 13 de maio de 2014 A política de desenvolvimento territorial Desde 2004 a SDT implementa a estratégia de desenvolvimento

Leia mais

Programa NOSSABOLSA LISTA DE DOCUMENTOS

Programa NOSSABOLSA LISTA DE DOCUMENTOS Programa NOSSABOLSA OS DOCUMENTOS ENVIADOS PARA A FUNDAÇÃO DE APOIO À CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO - FAPES DEVEM ESTAR RIGOROSAMENTE DE ACORDO COM O DISPOSTO NESTA LISTA, EM CÓPIAS DE TAMANHO

Leia mais

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul.

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Pesquisa A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul. Introdução Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e políticas capazes de ampliar a inserção da mulher no mercado de trabalho.

Leia mais

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças

Leia mais

CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CARTA DO COMITÊ BRASILEIRO DE DEFENSORAS/ES DOS DIREITOS HUMANOS À MINISTRA DA SECRETARIA DOS DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Brasília,12 de Dezembro de 2012. O Comitê Brasileiro de Defensoras/es

Leia mais

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES O Ateliê de Idéias é uma organização social, sem fins lucrativos, fundada em 2003, que tem como missão desenvolver

Leia mais

A Previdência Social vive um novo tempo

A Previdência Social vive um novo tempo A vive um novo tempo Castro dos Segurados Especiais Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal Brasília, 15 de setembro de 2009 Legislação Segurado Especial Constituição de 1988 - Art.

Leia mais

FOME ZERO. O papel do Brasil na luta global contra a fome e a pobreza

FOME ZERO. O papel do Brasil na luta global contra a fome e a pobreza FOME ZERO O papel do Brasil na luta global contra a fome e a pobreza Seminário Internacional sobre Seguro de Emergência e Seguro Agrícola Porto Alegre, RS -- Brasil 29 de junho a 2 de julho de 2005 Alguns

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Brasília/DF com disponibilidade para viagens em todo o território nacional.

TERMO DE REFERÊNCIA. Local de atuação: Brasília/DF com disponibilidade para viagens em todo o território nacional. TERMO DE REFERÊNCIA Denominação: Consultor(a) especializado(a) para atuação na área de suporte técnico e avaliação das políticas de fortalecimento da agricultura familiar, com enfoque nos princípios da

Leia mais

Projeto de Desenvolvimento de Capacidade de Governança no Brasil 2008-2011

Projeto de Desenvolvimento de Capacidade de Governança no Brasil 2008-2011 Projeto de Desenvolvimento de Capacidade de Governança no Brasil 2008-2011 Plano de Implementação do Projeto Maio de 2008 Março de 2011 Índice Plano de Implementação do Projeto (PIP): i. Sumário Executivo

Leia mais

A SECRETARIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES AS AÇÕES SÃO DESENVOLVIDAS POR QUATRO ÁREAS ESTRATÉGICAS:

A SECRETARIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES AS AÇÕES SÃO DESENVOLVIDAS POR QUATRO ÁREAS ESTRATÉGICAS: O QUE É QUE FAZ A SECRETARIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES A Prefeitura de São Paulo, em maio de 2013, seguindo a política implementada nacionalmente e atendendo uma reivindicação histórica do movimento

Leia mais

a. Registro na CTPS na função pretendida

a. Registro na CTPS na função pretendida CRITÉRIOS PARA OBTENÇÃO DO ATESTADO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL, NAS FUNÇÕES REGULAMENTADAS PELA LEI 6533/78, DECRETO 82385/78 QUADRO ANEXO - ITEM II CINEMA Tendo em vista que o exercício das profissões

Leia mais

O QUE É. Uma política de governo para redução da pobreza e da fome utilizando a energia como vetor de desenvolvimento. Eletrobrás

O QUE É. Uma política de governo para redução da pobreza e da fome utilizando a energia como vetor de desenvolvimento. Eletrobrás O QUE É Uma política de governo para redução da pobreza e da fome utilizando a energia como vetor de desenvolvimento 1 QUEM SÃO Total de Pessoas: 12.023.703 84% Rural 16% Urbano Total: 10.091.409 Total:

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego

Pesquisa Mensal de Emprego Pesquisa Mensal de Emprego EVOLUÇÃO DO EMPREGO COM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA 2003-2012 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 2 Pesquisa Mensal de Emprego - PME I - Introdução A Pesquisa

Leia mais

Previdência Social sob a forma de Regime Geral

Previdência Social sob a forma de Regime Geral Previdência Social sob a forma de Regime Geral Estrutura do Sistema Previdenciário no Brasil Regime Geral de Previdência Social (RGPS) Administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); Obrigatório,

Leia mais

As Compras Públicas da Agricultura Familiar para Programas Sociais

As Compras Públicas da Agricultura Familiar para Programas Sociais As Compras Públicas da Agricultura Familiar para Programas Sociais INCLUSÃO PRODUTIVA RURAL Aumento da produção para segurança alimentar e ampliação de canais de comercialização Programa de Aquisição de

Leia mais

Plano Municipal de Educação

Plano Municipal de Educação Plano Municipal de Educação Denise Carreira I Encontro Educação para uma Outra São Paulo 30 de novembro de 2007 O Plano Municipal de Educação e as reivindicações dos movimentos e organizações da cidade

Leia mais

3 BLOCOS TEMÁTICOS PROPOSTOS. Ensino Religioso História Geografia. cotidiano

3 BLOCOS TEMÁTICOS PROPOSTOS. Ensino Religioso História Geografia. cotidiano 1 TÍTULO DO PROJETO O REGISTRO DE NASCIMENTO 2 CICLO OU SÉRIE 1º CICLO OU SÉRIE 1º CICLO 7 anos 3 BLOCOS TEMÁTICOS PROPOSTOS Ensino Religioso História Geografia Alteridade (O Eu/ EU sou História local

Leia mais

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA. TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE 03 01 Vaga

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA. TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE 03 01 Vaga INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA CONS - OPE 03 01 Vaga 1. IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Consultoria para promover estudos, formular proposições e apoiar as Unidades

Leia mais

Consultoria para avaliar a atividade de monitoramento e implementação do Programa Brasil Quilombola

Consultoria para avaliar a atividade de monitoramento e implementação do Programa Brasil Quilombola Consultoria para avaliar a atividade de monitoramento e implementação do Programa Brasil Quilombola 1. Programa: Atividade do Programa Interagencial para a Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia.

Leia mais

Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR

Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR O QUE ÉO CAR O Cadastro Ambiental Rural - CAR, é o registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade

Leia mais

Contribuinte individual / facultativo aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença

Contribuinte individual / facultativo aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença Previdência social Benefícios Documentação específica, por categoria Contribuinte individual / facultativo aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença Empregado(a) doméstico(a) aposentadoria por invalidez

Leia mais

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor Movimento incentiva a escolha pelos pequenos negócios na hora da compra A iniciativa visa conscientizar o consumidor que comprar dos pequenos é um ato de cidadania que contribui para gerar mais empregos,

Leia mais

Saiba o que muda com as novas regras para seguro-desemprego, auxíliodoença e pensão por morte.

Saiba o que muda com as novas regras para seguro-desemprego, auxíliodoença e pensão por morte. Saiba o que muda com as novas regras para seguro-desemprego, auxíliodoença e pensão por morte. O governo federal publicou na noite da terça-feira, 30 de dezembro de 2014, em edição extraordinária do Diário

Leia mais

Desenvolvimento Rural Sustentável na Abordagem Territorial. Alexandre da Silva Santos Consultor da SDT/MDA Balneário Camboriu, Novembro de 2011

Desenvolvimento Rural Sustentável na Abordagem Territorial. Alexandre da Silva Santos Consultor da SDT/MDA Balneário Camboriu, Novembro de 2011 Desenvolvimento Rural Sustentável na Abordagem Territorial Alexandre da Silva Santos Consultor da SDT/MDA Balneário Camboriu, Novembro de 2011 Apresentação: Território Rural de Identidade; Programa Territórios

Leia mais

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sistema de pesquisas domiciliares existe no Brasil desde 1967, com a criação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD; Trata-se de um sistema de pesquisas

Leia mais

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E AGRICULTURA FAMILIAR

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E AGRICULTURA FAMILIAR ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E AGRICULTURA FAMILIAR ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E AGRICULTURA FAMILIAR Com a aprovação da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, e da Resolução FNDE nº 38, de 16 de julho de 2009, as escolas

Leia mais

PLANO DE GESTÃO DA TERRA INDIGENA SETE DE SETEMBRO EM CACOAL-RONDÔNIA-BRASIL. PAITER X PROJETO REDD+

PLANO DE GESTÃO DA TERRA INDIGENA SETE DE SETEMBRO EM CACOAL-RONDÔNIA-BRASIL. PAITER X PROJETO REDD+ PLANO DE GESTÃO DA TERRA INDIGENA SETE DE SETEMBRO EM CACOAL-RONDÔNIA-BRASIL. PAITER X PROJETO REDD+ GASODÁ SURUI TURISMOLOGO E COORDENADOR DE CULTURA PAITER NA ASSOCIAÇÃO METAREILA DO POVO INDIGENA SURUI.

Leia mais

Coordenação: Profª. Alexandra Filipak IFSP Matão e Profª. Drª. Sany Spínola Aleixo UNIRP Centro Universitário de São José do Rio Preto.

Coordenação: Profª. Alexandra Filipak IFSP Matão e Profª. Drª. Sany Spínola Aleixo UNIRP Centro Universitário de São José do Rio Preto. Atividades desenvolvidas a partir do Projeto: As mulheres rurais e a agroecologia na Região Sudeste: tecnologias para autonomia econômica, segurança alimentar e conservação da biodiversidade IFSP Campus

Leia mais

Erradicação do Trabalho Infantil. Secretaria de Inspeção do Trabalho Departamento de Fiscalização do Trabalho

Erradicação do Trabalho Infantil. Secretaria de Inspeção do Trabalho Departamento de Fiscalização do Trabalho Erradicação do Trabalho Infantil Secretaria de Inspeção do Trabalho Departamento de Fiscalização do Trabalho Estrutura do MTE para o Combate ao Trabalho Infantil a Serviço da Rede de Proteção à Infância.

Leia mais

Programa de Responsabilidade Socioambiental

Programa de Responsabilidade Socioambiental Programa de Responsabilidade Socioambiental Conheça o Programa de Responsabilidade Socioambiental da BAESA e da ENERCAN e saiba como ajudar sua comunidade Você já deve ter ouvido falar da BAESA e da ENERCAN.

Leia mais

Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias: expansão e reordenamento

Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias: expansão e reordenamento Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias: expansão e reordenamento Brasília, 06/03/2014 Contextualização Em 2008, a Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua apontou que 76,15% da população

Leia mais

O papel da agricultura familiar no desenvolvimento rural sustentável nos próximos 10 anos. Carlos Mielitz PGDR-UFRGS

O papel da agricultura familiar no desenvolvimento rural sustentável nos próximos 10 anos. Carlos Mielitz PGDR-UFRGS O papel da agricultura familiar no desenvolvimento rural sustentável nos próximos 10 anos Carlos Mielitz PGDR-UFRGS ANTECEDENTES E TRAJETÓRIA RECENTE DA AGRICULTURA FAMILIAR - PÓS 1964, Projeto Nacional,

Leia mais

Relatório produzido em conjunto por três agências das Nações Unidas

Relatório produzido em conjunto por três agências das Nações Unidas Relatório produzido em conjunto por três agências das Nações Unidas Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) Organização Internacional

Leia mais

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT Proposta do CDG-SUS Desenvolver pessoas e suas práticas de gestão e do cuidado em saúde. Perspectiva da ética e da integralidade

Leia mais

10 ANOS. Conte até 10 e saiba por quê.

10 ANOS. Conte até 10 e saiba por quê. 10 ANOS O Programa de Aquisição de Alimentos completou dez anos. Instituído pela Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003, o PAA tem se consolidado como um instrumento de estímulo à organização produtiva e

Leia mais

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento,

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento, Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento, Projetos e Capacitação Ministério do Desenvolvimento Social

Leia mais

Apoio. Patrocínio Institucional

Apoio. Patrocínio Institucional Patrocínio Institucional Apoio O Grupo AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta potencialidades artísticas que elevam a autoestima de jovens

Leia mais

Contribuinte individual / facultativo aposentadoria por idade

Contribuinte individual / facultativo aposentadoria por idade Previdência social Aposentadoria por idade Documentação específica, por categoria Contribuinte individual / facultativo aposentadoria por idade Empregado(a) doméstico(a) aposentadoria por idade Segurado

Leia mais

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões.

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões. No Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais são regis- trados os atos mais importantes da vida de uma pessoa, como o nascimento, o casamento e o óbito, além da emancipação, da interdição, da ausência

Leia mais

Apoio às políticas públicas já existentes;

Apoio às políticas públicas já existentes; Uma voz complementa a outra, um sorriso cativa o próximo e é nesse pensamento que o Instituto Mundo Melhor, organização sem fins lucrativos liderada pelo Grupo MM Mercadomóveis, trabalha com projetos sociais

Leia mais

Atuando com responsabilidade para. colher um futuro melhor. Fábrica de São José dos Campos

Atuando com responsabilidade para. colher um futuro melhor. Fábrica de São José dos Campos Atuando com responsabilidade para colher um futuro melhor. Fábrica de São José dos Campos Compromisso com um futuro melhor. Com o nosso trabalho, somos parte da solução para uma agricultura mais sustentável.

Leia mais

BAIXO ARAGUAIA PORTAL DA AMAZÔNIA BAIXADA CUIABANA NOROESTE

BAIXO ARAGUAIA PORTAL DA AMAZÔNIA BAIXADA CUIABANA NOROESTE BAIXO ARAGUAIA PORTAL DA AMAZÔNIA BAIXADA CUIABANA NOROESTE APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA TERRITÓRIOS RIOS DA CIDADANIA Objetivos Os Territórios TERRITÓRIOS RIOS Os Territórios Rurais se caracterizam por: conjunto

Leia mais

Mobilização e Participação Social no

Mobilização e Participação Social no SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Mobilização e Participação Social no Plano Brasil Sem Miséria 2012 SUMÁRIO Introdução... 3 Participação

Leia mais

Programa de Formalização do Micro Empreendedor Individual Sustentabilidade Social. Florianópolis - SC

Programa de Formalização do Micro Empreendedor Individual Sustentabilidade Social. Florianópolis - SC Programa de Formalização do Micro Empreendedor Individual Sustentabilidade Social Florianópolis - SC 27 de outubro de 2014 A INFORMALIDADE NO BRASIL A INFORMALIDADE Pesquisa ECINF IBGE Pertencem ao setor

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO PROJETO ABRIL / 2005 Apresentação SMPDSE SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E A Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento

Leia mais

Viva Rio lança trabalho socioambiental que contempla Nova Friburgo

Viva Rio lança trabalho socioambiental que contempla Nova Friburgo Início Notícias Viva Rio lança trabalho socioambiental que contempla Nova Friburgo Iniciativa é parte do projeto Rios da Serra. Sede provisória da organização é montada no Prado TERÇA FEIRA, 19 DE MAIO

Leia mais

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA)

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Programa de Pós-graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA) Relatório com as principais notícias divulgadas pela mídia

Leia mais

Assessoria Técnica de Tecnologia da Informação - ATTI. Projeto de Informatização da. Secretaria Municipal de Saúde do. Município de São Paulo

Assessoria Técnica de Tecnologia da Informação - ATTI. Projeto de Informatização da. Secretaria Municipal de Saúde do. Município de São Paulo Assessoria Técnica de Tecnologia da Informação - ATTI Projeto de Informatização da Secretaria Municipal de Saúde do Município de São Paulo Manual Cartão SUS Manual de Operação Julho/2011 Conteúdo Sumário...

Leia mais

Trabalhando em conjunto com os municípios pela melhoria da qualidade da educação pública brasileira

Trabalhando em conjunto com os municípios pela melhoria da qualidade da educação pública brasileira Trabalhando em conjunto com os municípios pela melhoria da qualidade da educação pública brasileira CONHECENDO O FNDE O FNDE é uma Autarquia Federal vinculada ao Ministério da Educação. Sua missão é prestar

Leia mais

Departamento de Geração de Renda e

Departamento de Geração de Renda e Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor - DGRAV ESTRUTURA DO MDA Gabinete do Ministro Secretaria Executiva Secretaria da Agricultura Familiar SAF Secretaria de Reordenamento Agrário - SRA

Leia mais

01 REGIÃO METROPOLITANA 03 ENDEREÇO

01 REGIÃO METROPOLITANA 03 ENDEREÇO IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Diretoria de Pesquisas Coordenação de Trabalho e Rendimento Gerência de Pesquisa Mensal PESQUISA MENSAL DE EMPREGO PME 1.0 QUESTIONÁRIO DE MÃO-DE-OBRA

Leia mais

e construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania como objetivo principal.

e construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania como objetivo principal. Educação Não-Formal Todos os cidadãos estão em permanente processo de reflexão e aprendizado. Este ocorre durante toda a vida, pois a aquisição de conhecimento não acontece somente nas escolas e universidades,

Leia mais

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008 Seção: Entrevista Pág.: www.catho.com.br SABIN: A MELHOR EMPRESA DO BRASIL PARA MULHERES Viviane Macedo Uma empresa feita sob medida para mulheres. Assim

Leia mais

Patrocínio Institucional Parceria Apoio

Patrocínio Institucional Parceria Apoio Patrocínio Institucional Parceria Apoio InfoReggae - Edição 82 Desemprego 22 de maio de 2015 O Grupo AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social e, através da cultura e da arte, desperta

Leia mais