A. Prioridade de atendimento das pessoas vulneráveis;
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- Eduardo Arantes Barreto
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1 Prof. Marcus Vinicius Kikunaga TURMAS 14 e 04 (on-line) 17/05/2018 PRINCÍPIO DA PRIORIDADE. PRENOTADO: lançamento do título no livro protocolo o qual gera prioridade de assentamento (Livro 1 protocolo), prazo 30 dias corridos. Título (art. 221 LPR) EXAME E CÁLCULO: ingresso no Registro de Imóveis, é EXCEPCIONAL (tem que expressamente assinar o requerimento), não gera prioridade. PRIORIDADE DE ATENDIMENTO. A. Prioridade de atendimento das pessoas vulneráveis; NSCGJ Cap. XIII, item 88. Na prestação dos serviços, os (...) devem: a) atender as partes com respeito, urbanidade, eficiência e presteza; b) atender por ordem de chegada, assegurada prioridade às pessoas com deficiência, aos idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, às gestantes, às lactantes, às pessoas com crianças de colo e aos obesos, exceto no que se refere à prioridade de registro prevista em lei; (L /99, art. 7, II e Prov. CG 32/2016.) NSCGJ Cap. XIII, Item No caso da alínea b, ressalvado o prudente critério do (...), não se concederá a prioridade quando houver indícios de abuso de direito. B. Ineficácia da prioridade. NSCGJ - Cap. XX item 18. No Livro de Recepção de Títulos serão lançados exclusivamente os títulos apresentados para exame e cálculo dos respectivos emolumentos, a teor do artigo Página 1 de 10
2 12, parágrafo único, da Lei n 6.015/73, os quais não gozam dos efeitos da prioridade. NSCGJ Cap. XX item 20. A recepção de títulos somente para exame e cálculo é excepcional e sempre dependerá de requerimento escrito e expresso do interessado onde declare ter ciência de que a apresentação do título na forma escolhida não implica prioridade e preferência dos direitos, cujo requerimento será arquivado em pasta própria. O princípio da prioridade determina a garantia ou proteção dos direitos aquisitivos de direitos reais decorrentes do título em face de títulos contraditórios (títulos que conflitam mesmos direitos). Exemplo: A adquire um imóvel de B e, C também adquire um imóvel de B, ambos compraram o mesmo imóvel, sendo que A prenotou primeiro e tem qualificação positiva, então este tem direito de preferência. O prazo para que o oficial promova o registro é de 30 dias corridos. No caso de devolução do título com exigências e a parte não as cumpra a prenotação será cancelada (prazo decadencial). Art Todos os títulos tomarão, no Protocolo, o número de ordem que lhes competir em razão da seqüência rigorosa de sua apresentação. (Renumerado do art. 185 com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975). (Lei nº /73). Art Reproduzir-se-á, em cada título, o número de ordem respectivo e a data de sua prenotação. (Renumerado do art. 185 parágrafo único para artigo autônomo com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975). (Lei nº /73). Art Cessarão automaticamente os efeitos da prenotação se, decorridos 30 (trinta) dias do seu lançamento no Protocolo, o título não tiver sido registrado por omissão do interessado em atender às exigências legais. (Renumerado do art 206 com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975). Parágrafo único. Nos procedimentos de regularização fundiária de interesse social, os efeitos da prenotação cessarão decorridos 60 (sessenta) dias de seu lançamento no protocolo. (Redação dada pela Lei nº , de 2011) (Lei nº /73). EXCEÇÃO: Art O disposto nos arts. 190 e 191 não se aplica às escrituras públicas, da mesma data e apresentadas no mesmo dia, que determinem, taxativamente, a hora da sua lavratura, prevalecendo, para efeito de prioridade, a que foi lavrada em primeiro lugar. (Renumerado do artigo 192 parágrafo único pela Lei nº 6.216, de 1975). (Lei nº /73). Página 2 de 10
3 PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE. É a delimitação de atuação pela circunscrição imobiliária. Com o aumento populacional e desmembramento da cidade, poderá ocorrer a divisão do cartório (divide-se a circunscrição). OBSERVAÇÃO: O acervo da serventia desdobrada pertence ao oficial e não a serventia. Art Todos os atos enumerados no art. 167 são obrigatórios e efetuar-se-ão no Cartório da situação do imóvel, salvo: (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975). I - as averbações, que serão efetuadas na matrícula ou à margem do registro a que se referirem, ainda que o imóvel tenha passado a pertencer a outra circunscrição; (Incluído pela Lei nº 6.216, de 1975). II os registros relativos a imóveis situados em comarcas ou circunscrições limítrofes, que serão feitos em todas elas, devendo os Registros de Imóveis fazer constar dos registros tal ocorrência. (Redação dada pela Lei nº , de 2001) III - o registro previsto no n 3 do inciso I do art. 167, e a averbação prevista no n 16 do inciso II do art. 167 serão efetuados no cartório onde o imóvel esteja matriculado mediante apresentação de qualquer das vias do contrato, assinado pelas partes e subscrito por duas testemunhas, bastando a coincidência entre o nome de um dos proprietários e o locador. (Incluído pela Lei nº 8.245, de 1991) (Lei nº /73). EXCEÇÃO: imóvel abrange mais de uma circunscrição duplo registro (art. 169, inciso II, LPR). PRINCÍPIO DA INSTÂNCIA OU ROGAÇÃO. Todos os títulos que forem apresentados à qualificação do oficial deverão conter expressa ou implicitamente a autorização para se proceder os atos requeridos. Art. 13. Salvo as anotações e as averbações obrigatórias, os atos do registro serão praticados: I - por ordem judicial; II - a requerimento verbal ou escrito dos interessados; III - a requerimento do Ministério Público, quando a lei autorizar. 1º O reconhecimento de firma nas comunicações ao registro civil pode ser exigido pelo respectivo oficial. Página 3 de 10
4 2 A emancipação concedida por sentença judicial será anotada às expensas do interessado. (Lei nº /73). OBSERVAÇÃO: As averbações em regra devem ser expressamente requeridas. Exemplo: Demolição, construção, alteração de estado. EXCEÇÕES: A. Retificação de erro evidente (art. 213, 1º da LRP): acontece quando no transporte do título o registrador erra; Art O oficial retificará o registro ou a averbação: (Redação dada pela Lei nº , de 2004) (...) 1 o Uma vez atendidos os requisitos de que trata o caput do art. 225, o oficial averbará a retificação. (Redação dada pela Lei nº , de 2004) (Lei nº /73). B. Alteração de logradouros públicos (art. 167, II, 13, LRP). Art No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos. (...) II - a averbação: (...) 13) " ex offício ", dos nomes dos logradouros, decretados pelo poder público. (Lei nº /73). OBSERVAÇÃO: Excelentíssimo, cumpra o determinado no art. 167, inciso II, 13 da LRP, sob pena de constrangimento ilegal. C. Abertura de matrícula: Princípios fundamentais da qualificação: I) especialidade, II) disponibilidade e, III) continuidade. NSCGJ/SP, Cap. XX, item 55. É facultada a abertura de matrícula, de ofício, desde que não acarrete despesas para os interessados, nas seguintes hipóteses: a) para cada lote ou Página 4 de 10
5 unidade autônoma, logo em seguida ao registro de loteamento, desmembramento ou condomínio; b) no interesse do serviço. I. PRINCIPIO DA ESPECIALIDADE: OBJETIVA (DIREITO REAL IMOBILIÁRIO). Exemplo: Objeto Lote porém está vendendo uma casa, então pelo princípio da continuidade registral (nexo de causalidade) ele está violando o princípio da especialidade e continuidade, pois precisa adequar o título a realidade (averbar a construção). SUBJETIVA (TITULARIDADE DO DIREITO REAL). Pessoa Natural; Jurídica; Ente despersonalizado. II. PRINCIPIO DA DISPONIBILIDADE: Art No Registro de Imóveis serão feitos, nos termos desta Lei, o registro e a averbação dos títulos ou atos constitutivos, declaratórios, translativos e extintos de direitos reais sobre imóveis reconhecidos em lei, " inter vivos" ou " mortis causa" quer para sua constituição, transferência e extinção, quer para sua validade em relação a terceiros, quer para a sua disponibilidade. OBJETIVA (QUALITATIVA): se o bem imóvel está ou não no comércio. Primeira análise para verificar se o bem está no comércio é verificar se o bem é urbano, rural ou enfiteutico (caução locatícia, arrolamento fiscal e, ônus real de fruição, garantia ou aquisição). OBSERVAÇÕES: Na alienação fiduciária de bem imóvel discutisse a possibilidade de alienação do bem, considerando as naturezas Página 5 de 10
6 Jurídicas em debate: A) Propriedade Fiduciária; B) Patrimônio de Afetação e; C) Direito Real a Aquisição do Devedor Fiduciante. Bem enfiteutico: bem público dominical. Art. 99. São bens públicos: (...) III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. (Código Civil). Garantia Judicial de sequestro, arresto, penhora ou hipoteca legal, não tira o bem do comércio. Bens Fora do comércio 1) Legal; 2) Judicial; 3) Voluntário. 1) Bens fora do comércio por LEI: 1.1) Bens Públicos Art. 99 do Código Civil. Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideramse dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. 1.2) Penhora da Fazenda Nacional - Art. 53, 1º da Lei nº /91. Art. 53. Na execução judicial da dívida ativa da União, suas autarquias e fundações públicas, será facultado ao exeqüente indicar bens à penhora, a qual será efetivada concomitantemente com a citação inicial do devedor. 1º Os bens penhorados nos termos deste artigo ficam desde logo indisponíveis. Página 6 de 10
7 1.3) Indisponibilidade pela falência Art. 103, Lei nº /05. Art Desde a decretação da falência ou do seqüestro, o devedor perde o direito de administrar os seus bens ou deles dispor. 1.4) Desapropriação pelo poder público. OBSERVAÇÃO: No caso de desapropriação o bem após o decreto expropriatório (goza de publicidade), retira o bem do comércio, tornando o bem público (caso da 1ª hipótese, bem público). No entanto, os assentos registrais imobiliários dificilmente publicam esta situação. 2) Bens fora do comércio por MANDAMENTO JUDICIAL: 2.1) Bloqueio de matricula (assento) Art. 214, 3º da LRP. Exemplo: situação de nulidade, duplo registro etc. Art As nulidades de pleno direito do registro, uma vez provadas, invalidam-no, independentemente de ação direta. (Renumerado do art. 215 com nova redação pela Lei nº 6.216, de 1975). (...) 3 o Se o juiz entender que a superveniência de novos registros poderá causar danos de difícil reparação poderá determinar de ofício, a qualquer momento, ainda que sem oitiva das partes, o bloqueio da matrícula do imóvel. (Incluído pela Lei nº , de 2004) 2.2) Indisponibilidade Judicial (Prov. 13/ CGJ/SP e Prov. 39/2014 CNJ) Genérica: Não sabe os bens da pessoa; Cautelar: Geralmente em processo de execução, precisa demonstrar eventual insolvência do sujeito ou, a despersonalização da pessoa jurídica; Especifica: quando sabe quais os bens da pessoa. Página 7 de 10
8 OBSERVAÇÕES: A serventia registral tem como função primordial a organização das informações de Direitos Reais Imobiliários para pronta busca. Qual é a hipótese jurídica em que o advogado deve diligenciar até a serventia de Registro de Imóveis e requerer uma certidão de indisponibilidade? R.: É aquela em que o alienante do imóvel não for titular registral, ou seja, quando for titular sem registro. Exemplo 1: Cessão de promessa de cessão de compromisso de compra e venda não registrado (A compra e transfere para B sem registro). Exemplo 2: Cessão de direitos hereditários. 3) Bens fora do comércio VOLUNTÁRIO: 3.1) Bem de família voluntário (Artigos 1711 a 1722, Código Civil); 3.2) Bem alienado fiduciariamente (Lei 9.514/97); 3.3) Bem clausulado com inalienabilidade (só admitida unilateralmente em contratos gratuitos doação ou testamento) - (Artigos 1848 e 1911, Código Civil). Art Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima. 1 o Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da legítima em outros de espécie diversa. 2 o Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros. Art A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e incomunicabilidade. Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens clausulados, ou de sua alienação, por conveniência econômica do donatário ou do herdeiro, mediante autorização judicial, o produto da venda converter-se-á em outros bens, sobre os quais incidirão as restrições apostas aos primeiros. Página 8 de 10
9 OBSERVAÇÃO: Salvo possibilidade de sub-rogação (Artigos 1103 e 1112, Código Civil). II. PRINCIPIO DA DISPONIBILIDADE: Art Constituem deveres do liquidante: I - averbar e publicar a ata, sentença ou instrumento de dissolução da sociedade; II - arrecadar os bens, livros e documentos da sociedade, onde quer que estejam; III - proceder, nos quinze dias seguintes ao da sua investidura e com a assistência, sempre que possível, dos administradores, à elaboração do inventário e do balanço geral do ativo e do passivo; IV - ultimar os negócios da sociedade, realizar o ativo, pagar o passivo e partilhar o remanescente entre os sócios ou acionistas; V - exigir dos quotistas, quando insuficiente o ativo à solução do passivo, a integralização de suas quotas e, se for o caso, as quantias necessárias, nos limites da responsabilidade de cada um e proporcionalmente à respectiva participação nas perdas, repartindo-se, entre os sócios solventes e na mesma proporção, o devido pelo insolvente; VI - convocar assembléia dos quotistas, cada seis meses, para apresentar relatório e balanço do estado da liquidação, prestando conta dos atos praticados durante o semestre, ou sempre que necessário; VII - confessar a falência da sociedade e pedir concordata, de acordo com as formalidades prescritas para o tipo de sociedade liquidanda; VIII - finda a liquidação, apresentar aos sócios o relatório da liquidação e as suas contas finais; IX - averbar a ata da reunião ou da assembléia, ou o instrumento firmado pelos sócios, que considerar encerrada a liquidação. Parágrafo único. Em todos os atos, documentos ou publicações, o liquidante empregará a firma ou denominação social sempre seguida da cláusula "em liquidação" e de sua assinatura individual, com a declaração de sua qualidade. Art No curso de liquidação judicial, o juiz convocará, se necessário, reunião ou assembléia para deliberar sobre os interesses da liquidação, e as presidirá, resolvendo sumariamente as questões suscitadas. Parágrafo único. As atas das assembléias serão, em cópia autêntica, apensadas ao processo judicial. SUBJETIVA (QUANTITATIVA) Analise da titularidade: A. Exclusiva: Verificar estado civil e verificar se está ou não em comunhão, ou seja, se o bem é particular ou comum dos cônjuges, tendo em vista que o bem particular exige outorga do cônjuge, já no bem comum ambos são vendedores. Página 9 de 10
10 OBSERVAÇÃO: No estado de mancomunhão é ilegal a alienação por apenas um dos cônjuges, tendo em vistam o estado de indivisibilidade por falta de partilha de bens do casal. B. Condomínio Civil ou Romano: Trabalha com partes ideais (proporção de titularidade de bens indivisíveis). OBSERVAÇÃO: Respeitar direito de preferência (Art , Código Civil) Art Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior. III. PRINCIPIO DA CONTINUIDADE: Exigência de causalidade subjetiva e objetiva ininterrupta de assentos (Nexo de Causalidade) - (Artigos 195, 196, 197, 222, 223, 225, 228, 229 e 237 LRP). Art Quando o título anterior estiver registrado em outro cartório, o novo título será apresentado juntamente com certidão atualizada, comprobatória do registro anterior, e da existência ou inexistência de ônus. Art Em todas as escrituras e em todos os atos relativos a imóveis, bem como nas cartas de sentença e formais de partilha, o tabelião ou escrivão deve fazer referência à matrícula ou ao registro anterior, seu número e cartório. BONS ESTUDOS! Prof.ª Ana Paula Melo. * Aos alunos da Pós-graduação online está disponível o imobiliario4@legale.com.br, onde serão recebidas e respondidas as perguntas durante a transmissão das aulas. Página 10 de 10
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