Universidade Federal do Rio de Janeiro Disciplina: Saúde Coletiva. Doenças Transmissíveis
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- Raquel Sequeira Cipriano
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1 Universidade Federal do Rio de Janeiro Disciplina: Saúde Coletiva Doenças Transmissíveis
2 Doenças transmissíveis Infecciosas Contagiosas?
3 Infecção: penetração e desenvolvimento e/ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo do hospedeiro. Infestação: desenvolvimento e/ou multiplicação de um agente etiológico na superfície do corpo. Doença contagiosa: doença infecciosa cujo agente etiológico atinge um indivíduo sadio através do contato com os indivíduos infectados.
4 Doença Infecciosa Doença causada por um agente infeccioso ou seus produtos tóxicos originada através da transmissão do agente ou seus produtos para um hospedeiro susceptível. Doença transmissível = Doença infecciosa Agente infeccioso = Bioagente patogênico Classificação das Doenças Segundo a Etiologia Doença infecciosa (transmissível) Doença não-infecciosa (não transmissível)
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6 % de internação hospitalar 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 59,80% Doenças não transmissíveis 31,10% Doenças transmissíveis, condições Maternas e perinatais e deficiências nutricionais 9,10% Causas externas Ainda representa um problema de saúde pública
7 ? Um bioagente patogênico é capaz de infectar qualquer indivíduo? Quais são os principais fatores que determinam se o indivíduo infectado pode desenvolver a doença? O que determina a capacidade da doença se espalhar na sociedade?
8 Fatores Epidemiológicos Inerentes ao meio ambiente: físicos, biológicos, sócio econômicos. Inerentes ao hospedeiro: espécie, sexo, idade, estado fisiológico, resistência (natural e imunidade). Inerentes ao bioagente patogênico: infectividade, patogenicidade, virulência, imunogenicidade.
9 Modos de Infecção 1. Doenças sexualmente transmissíveis 2. Doenças transmitidas por via aérea 3. Doenças transmitidas por vetores 4. Doenças adquiridas por ingestão
10 Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
11 Como definir DST?
12 Doenças Sexualmente transmissíveis Doença transmissível exclusivamente por contato sexual Transmissíveis freqüentemente por contágio sexual Doença transmitida eventualmente por contato sexual Expressão usada para denominar as infecções transmitidas: por contato sexual de mãe para filho, antes ou durante o parto por transfusão de sangue contaminado
13 Gonorréia Sífilise Herpes genital Cancro mole Donovanose HepatiteB Tricomoníase Candidíase HPV; HTLV; SIDA
14 Candidíase 1) Agente etiológico: fungo - Candida albicans. 2) Sintomas e progressão: comichão, vermelhidão e irritação da zona exterior da vagina, secreção branca e espessa no caso das mulheres e o inchaço e vermelhidão do pênis e prepúcio no caso dos homens. 3) Diagnóstico: A presença de hifas e leveduras observadas ao microscópio 4) Tratamento: infecções sistêmicas - derivados de azol (fluconazol) infecções superficiais antimicóticos tópicos (nistatina, clotrimazol e miconazol). Secreção branca e grumosa aderentes às paredes da vagina com candidíase Eritema e placas grumosas brancas
15 Gonorréia 1) Agente etiológico: bactéria Neisseria gonorrheae. Possui pílios que facilita a adesão a células da uretra. 2) Sintomas e progressão:incubação de 2 a 4 dias em casos extremamente raros pode chegar a 30 dias. Início uretrite (corrimento purulento amarelado) Complicação: DIP Doença inflamatória pélvica, prostatite e epididimite Infertilidade. Em alguns casos raros não tratados o gonococo pode se disseminar através da circulação, afetando principalmente a pele, articulações, cérebro, coração, faringe e olhos. 3) Diagnóstico:cultura de secreção uretral 4) Tratamento: Ampicilina em dose única de 3,5g + 1g de Probenecida, devendo fazer teste após 7 semanas p/ homens e 10 p/ mulheres.
16 Tricomoníase 1) Agente etiológico: protozoário Tricomonas vaginalis 2) Sintoma e progressão: secreção espumosa de cor verde-amarelada e odor desagradável, vaginite, desúria e dor abdominal. 3) Diagnóstico: Através da coleta de urina de primeiro jato e analise em por microsopia (o parasita tem aspecto e motilidade característicos) ou em preparações coradas. Pode ser feita a cultura. 4) Tratamento: quimioterápicos nitroimidazólicos (metronidazol ou tinidazol), administrados em dose oral única
17 Cancro mole 1) Agente etiológico: bactéria Haemophilus ducreyi 2) Inicia-se como uma lesão que evolui para pústula, e finalmente para úlcera, muitas vezes purulenta, e borda bem definida na vagina, pênis e anus. 3) Diagnóstico: recolhe-se o exudato purulento para microscopia, o qual é submetido ao exame microscópico (coloração de gram). Posteriormente é feito cultura. 4) Tratamento: azitromicina em dose única As lesões apresentam fundo de aspecto "sujo", a parte central purulenta, amarelada, e as bordas nítidas e irregulares
18 Sífilis cancro duro, avariose, doença-do-mundo, mal-de-franga, mal-de-nápoles, mal-de-santa-eufêmia e pudendagra. 1) Agente etiológico: bactéria Treponema pallidum 2) Evolução Sífilis primária incubação variável de 10 a 90 dias, pequena ferida ou ulceração firme e dura, geralmente no pênis, vagina, reto ou boca. Esta lesão permanece por 4 a 6 semanas, desaparecendo espontaneamente. Sífilis secundária aparece de 1 a 6 meses após a lesão primária ter desaparecido. Sinais mais específicos ocorrem nas seguintes frequências: exantemas (88%-100%), linfodenopatia (85%-89%), cancro primário residual (25%-43%), hepatomegalia (23%), placas mucosas (7%-12%). Manifestações raras incluem meningite aguda, que acontece em aproximadamente 2% de pacientes, hepatite, doença renal, gastrite, artrite, neurite do nervo óptico. Sífilis terciária A sífilis terciária acontece já um ano depois da infecção inicial mas pode levar dez anos para se manifestar. Esta fase é caracterizada por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas que podem evoluir para a neurossífilis e a sífilis cardiovascular 3) Diagnóstico: sorologia cardiolipina 4) Tratamento: Penicilina G ou tetraciclina
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20 Hepatite B 1) Agente etiológico = vírus da hepatite B - HBV 2) O período de incubação da doença vai de 4-12 semanas, enquanto que o período da infecção vai de 2-12meses. Cirrose hepática ou hepatocarcinoma Agulhas contaminadas. 3) Diagnóstico = marcadores sorológicos anticorpos contra HBV 4) Não Tratamento específico prevenção -vacina -
21 Herpes 1) Agente etiológico: Herpes simplex 1 e 2 2) Sintomas: feridas remissivas e complicações neurológicas. 3) Na maior parte dos casos o simples exame clínico permite ao médico diagnosticar o herpes 4) Não há vacina nem tratamento definitivo
22 HPV 1) Agente etiológico: vírus do papiloma humano infecta queratinócitos da pele ou mucosa, possui mais de 200 variações diferentes 2) Sintomas e progressão: Verrugas HPV-1 e HPV-2 (mãos, pés e face), HPV-6 a 11verrugas na vulva e pênis Câncer HPV16, 18, 31 e 45 (do colo uterino, do ânus, da vulva, do pênis e da cabeça e pescoço) 3) Diagnóstico: Colposcopia, peniscopia, biopsia, hibridização 4) Tratamento: cirúrgico (vacina e imunomoduladores)
23 HTLV-1 1) Agente etiológico vírus linfotrópico humano é um retrovírus 2) Sintomas: assintomática apenas 3% desenvolvem o linfoma de células T ou a paraparesia espástica tropical. 3) Diagnóstico: sorológico
24 HIV 1) Vírus da imunodeficiência humana. O alvo principal são os linfócitos T CD4+ 2) diagnóstico: Sorologia 3) Tratamento: análogos de nucleotídeos: AZT, ABC Inibidores da protease que cliva as proteínas do vírus após transcrição: saquinavir, indinavir e outros. Inibidores da enzima integrase, que faz com que o material genético do vírus entre no núcleo da célula: raltegravir Inibidores do CCR5, impedindo um dos passos de ligação do HIV à célula alvo: maravirc Inibidores de fusão, impedindo que o vírus funda seu envelope à membrana plasmática da célula alvo: enfuvirtina
25 DSTs problema de Saúde Pública Comportamento (sexual e preconceito) Baixa expressividade de campanhas educativas Manifesta X Inaparente Automedicação Seqüelas
26 DSTs problema de Saúde Pública Mesmo entre as DSTs que possuem tratamento e cura Infertilidade feminina e masculina Perdas gestacionais e doenças congênitas Aumento do risco para infecção pelo HIV Entre mulheres com infecções não tratadas por gonorréia 40% desenvolve DIP, mais de 25% de tornam inférteis. Vários estudos em diferentes países mostram que pessoas com outras DSTs apresentam risco aumentado em vezes de contrair Aids Em 1999 OMS estimou 340 milhões de novos casos anuais de DSTs curáveis, sendo10-12 milhões no Brasil.
27 DSTs problema de Saúde Pública Em 1999 OMS estimou 340 milhões de novos casos anuais de DSTs curáveis, sendo10-12 milhões no Brasil. Apenas em 1987 com o Programa Nacional de Controle da Aids as DSTs voltaram a adquirir importância como problema de saúde pública No Brasil Apenas HIV, AIDS, Sífilis e hepatites virais são de notificação compulsória Falta de dados dificulta a visibilidade do problema
28 Medidas de prevenção Campanhas educativas Rastreamento e diagnóstico precoce Planejamento para monitoração acoplado ao Programa Nacional de Controle da Aids
29 Vigilância epidemiológica das DST Implantada desde 1996 As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), até meados de 2005, eram notificadas exclusivamente através do SINAN. Limitação sub-notificação (estimada) - Decisão do Ministério da Saúde de liberar os Estados para que organizassem sistemas próprios de avaliação epidemiológica das DST. Seção de Controle das DST/Aids - Secretaria de Saúde do Estado 100% das notificações dos casos atendidos nos serviços de referência de DST/Aids (SR DST/Aids) representa apenas uma parcela dos casos (reais) nos estados, grande parcela de indivíduos procuram tratamento direto nas farmácias Mesmo assim, a regularidade do recebimento das notificações nessas unidades, permite avaliar a tendência desses agravos além de outros indicadores epidemiológicos e operacionais das DST.
30 Com as Seções de Controle das DST/Aids - Secretaria de Saúde do Estado outros dados se tornaram possíveis
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32 Campanhas Educativas
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