ESPIROQUETÍDEOS. Ordem Spirochaetales

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1 LABORATÓRIO DE ANAERÓBIOS ESPIROQUETÍDEOS Ordem Spirochaetales Prof. Dr. Mario Julio Avila-Campos

2 Famílias Spirochaetaceae Leptospiraceae Gêneros Treponema Borrelia Leptospira

3 Principais características Coradas pela impregnação da prata; Espiraladas, longas e flexíveis (0,1 mm diâmetro x mm comprimento); Filamento axial; Técnicas especiais de microscopia (campo escuro, coloração negativa, imunofluorescência).

4 Morfologia da espiroqueta Bainha externa Parede celular Filamento axial

5 Características Estruturais Envoltório semelhante a bactérias Gramnegativas; Filamento axial (endoflagelo); Movimentação tipo saca-rolha. Localizado no periplasma (bainha); Filamento constituído por feixes de fibrilas nas extremidades da célula e se dirigem à região central.

6 Características de cultivo Bactérias com muita exigência nutricional; Cepas não patogênicas: cultivadas em meios com aminoácidos, vitaminas e albumina; Treponema pallidum não pode ser cultivado em meios artificiais; permanece viável em sangue (a 4 C até 24 horas).

7 Leptospira L. icterohaemorrhagiae L. canicola L. pomona Doença leptospirose Patogênico Corados pela prata Extremos com estruturas em forma de gancho Microaerófilos Móveis

8 Patogenicidade Zoonose de roedores, morcegos, bovinos, caprinos, ovinos. Bactérias excretadas pela urina contaminando água e alimentos Penetram a pele e mucosas, proliferam no sangue (fase leptospirêmica), invadem vários órgãos (rins, fígado, SNC). Lesões tissulares atribuídas a possíveis toxinas ainda não identificadas

9 Leptospira canicola - campo escuro Piscina contaminada

10 Borrelia recurrentis - Coram-se com Giemsa; - Pode ser cultivado em meios com sangue, soro ou tecido; - Vetores: carrapatos; - Casos fatais mostram espiroquetas no fígado, baço, e lesões hemorrágicas nos rins e trato gastrointestinal.

11 PATOGENIA E MANIFESTAÇÃO CLÍNICA - Período de incubação: 3-10 dias. Febre de 3-5 dias. - A instalação da doença é abrupta, calafrio e temperatura alta. - Abundância espiroquetas no sangue (10 5 espiroquetas/ml).

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13 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL a) Amostras: sangue coletado na febre, para esfregaços e inoculação em animais. Coloração de Wright ou Giemsa. b) Inoculação em animais: sangue por via intraperitoneal em camundongos ou ratos. Após 4 dias, espiroquetas no sangue. c) Sorologia: Fixação do C com antígeno vivo. Pacientes com febre recorrente (piolho) desenvolve aglutininas e VDRL positivo.

14 EPIDEMIOLOGIA, PREVENÇÃO E TRATAMENTO - Febre recorrente é endêmica em várias regiões do mundo. - Principal reservatório: roedores como fonte de infecção para carrapatos. - Indivíduo infectado com piolho, estes podem servir como fontes de infecção para outros indivíduos. - Prevenção: controle de carrapatos e piolhos. - Tratamento difícil, pode ser usado tetraciclina, eritromicina e penicilina. Não existem vacinas.

15 DOENÇA DE LYME - Produzida pela Borrelia burgdorferi que infecta carrapatos (Ixodos dammini). - Na região nordeste de EUA, Europa e Austrália. - Produz cefaleia, rigidez da nuca, febre, mialgia e linfadenopatia. - Pacientes com anticorpos IgM e seus níveis séricos relacionados à atividade da doença. - Tratamento com penicilina ou tetraciclina, na fase inicial resulta em recuperação imediata.

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17 Sífilis T. pallidum T. pertenue T. carateum Patogênicos Sífilis Bouba Pinta Espiralados Coloração pela prata Filamento axial Anaeróbios ou aerotolerantes

18 Bouba humana

19 Treponema pallidum: Patogenicidade Adesão. Adesinas (de natureza desconhecida) fixam-se receptores polissacarídeos presentes na fibronectina do tecido conjuntivo; Agressão ao hospedeiro. Enzimas mucopolissacaridases dissolvem tecido conjuntivo produzindo hemorragias locais, trombose, obstrução vascular, e necrose.

20 Evasão do Sistema de Defesa Imunológica - Imunidade humoral. Anticorpos específicos são detectados, mas não bloqueiam a progressão da doença; - Imunidade celular. Hipersensibilidade tardia em fases avançadas da doença; - Não se conhecem os mecanismos específicos de evasão das defesas imunológicas do hospedeiro.

21 Sífilis Doença sexualmente transmissível; Lesões infecciosas localizadas na pele e de caráter sistêmico; Doença se desenvolve em três fases distintas; e Pode assumir caráter congênito.

22 Sífilis - Fase Primária (I) 2 a 10 semanas após a infecção; Formação de pápulas no local da infecção; Rica em treponemas; Cancro duro - base limpa, dura e indolor Cicatrização espontânea (falsa cura).

23 Lesão labial e lingual sífilis primária

24 Sífilis - Fase Secundária (II) Presença erupções maculo-papulares avermelhadas em qualquer área do corpo; Rica em treponemas; Febre, faringite, perda de cabelo; Desaparecem espontaneamente (falsa cura).

25 Sífilis - Fase Terciária (III) Ausência de treponemas; Lesões granulomatosas na pele, ossos, fígado; Lesões cardiovasculares; Alterações no SNC (lesões cerebrais). Gomas

26 Sífilis congênita Características da doença -Transmissão gestante - feto na 10 a a 15 a semana; - Morte do feto em 25% dos casos; - Lesões ao nascer (40 a 70%): cegueira, retardo mental, lesões cardíacas, lesões na pele (ceratite); Epidemiologia - No Brasil e em São Paulo ( ): aumento alarmante de 70,9% no número de notificados.

27 Diagnóstico da sífilis Direto ou microscopia óptica (lesão primária) - campo escuro e imunofluorescência; Indireto ou sorologia (fase secundária): teste de floculação (VDRL: Venerial Disease Research Laboratory) com cardiolipina (antígeno não treponêmico); e por imunoflorescência indireta (antígeno treponêmico).

28 Reação de imunofluorescência indireta

29 Tratamento (sífilis) Antibioticoterapia com beta-lactâmicos (penicilina); Tratamento DST x sífilis congênita; Não existem vacinas disponíveis para sífilis.

30 Tratamento: gestante e parceiro sexual Sífilis primária (cancro duro): penicilina benzatina U IM. Sífilis secundária (condiloma plano e manifestações sistêmicas) ou sífilis com até 1 ano de duração: penicilina benzatina U IM, sendo U/semana. Sífilis terciária: Penicilina benzatina U IM, sendo U/semana. A gestante deve ser tratada até 30 dias antes do parto.

31 Tratamento de sífilis congênita Penicilina G, a U/Kg/dia, EV, 12/12 horas na 1 a semana de vida, e de 8/8 horas a partir da 2 a semana de vida, por 7 a 10 dias; Após período neonatal: Penicilina G, a U/Kg/dia, EV, cada 4-6 horas, até 14 dias. Seguimento ambulatorial: VDRL com 1, 3, 6, 12, 18, e 24 meses de vida; exame liquórico com sorologia para sífilis (6, 12, 18 e 24 meses); acompanhamento com neuropediatra até 12 meses de vida; acompanhamento audiológico até 24 meses e, exame oftalmológico 1 vez no primeiro ano de vida e, ao final do segundo ano.

32 Epidemiologia da sífilis DST - transmissão por contato sexual; O ser humano é o único hospedeiro para o T. pallidum; Outras vias de contaminação: Transfusão de sangue; Inoculação acidental; Via placentária após o terceiro mês de gestação (congênita); Doença contagiosa nas fases primária e secundária.

33 Prevenção Evitar o contato com as secreções do doente; Alertar o parceiro com a saúde e higiene; Desconfiar de qualquer secreção; Nenhum ato sexual caso perceba erupções no corpo do parceiro; Utilize preservativos sempre.

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