Marco Ético de acordo com os Direitos Humanos na atenção ao Aborto

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1 Fórum ABORTO: um grave problema de saúde pública São Paulo, 09 de março de 2018 Marco Ético de acordo com os Direitos Humanos na atenção ao Aborto Cristião Fernando Rosas Delegado e Membro da Câmara Temática Interdisciplinar da Mulher Global Doctors For Choice/Brasil

2 PORQUE MARCO ÉTICO E DIREITOS HUMANOS? Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDG) 5 Reduzir em três-quartos, a razão de mortalidade materna entre 1990 a Reduzir o aborto inseguro é tecnicamente a forma más fácil de reduzir a mortalidade materna de acordo com os MDG5.

3 Marco Ético de acordo com os Direitos Humanos. 1. Estamos promovendo no Brasil uma Atenção de qualidade às Mulheres em situação de abortamento? 2. A assistência está baseada em critérios técnicos, éticos e de direitos humanos?

4 Leis sobre Aborto no Mundo Aborto é proibido: Art. 124 a 127 Abortion completely prohibited or only permitted if rape related or to safe mother s life (69 countries; 25,9% of global population); Abortion permitted as mentioned in previous item and to preserve phisical health of the mother (34 countries; 9,4%); Abortion permitted as mentioned in previous items and if pregnancy affects mental health of the mother (23 countries; 4,1%); Abortion also permitted for socialeconomic reasons and if mother claims that is not financially capable of raising her child (14 countries; 21,3%); Abortion permitted with no restrictions (56 countries; 39,3%); Código Penal (1940): Art. 128 Para salvar a vida das mulheres Se a gravidez é decorrente do estupro Anencefalia (2012) (Por decisão do Supremo Tribunal Federal / abril/2012) Brasil está entre os países com legislação mais restritiva em relação ao Aborto

5 Aborto inseguro no mundo OMS, 2007

6 Mortalidade Materna 2010 OMS/2010

7 A taxa de gestação não-planejada no mundo é de 41% Mundo Gestações (milhões) 208,2 Não-planejadas 41% Estados Unidos Gestações (milhões) 7,2 Não-planejadas 48% Europa Gestações (milhões) 13,2 Não-planejadas 44% Ásia (menos Japão) Gestações (milhões) 118,8 Não-planejadas 38% América Latina / Caribe Gestações (milhões) 17 Não-planejadas 58% África Gestações (milhões) 49,1 Não-planejadas 39% Brasil 46% a 55% de gestações nãoplanejadas 17,6% de gestações indesejadas

8 MAPA DO ABORTO NO BRASIL Estimativas de aborto induzido em mulheres de 15 a 49 anos Brasil por Micro-região (2013) Ponto Médio: Abortos/ pop. Mulheres de 15 a 49 anos / por NV Limite inferior Limite inferior; Ponto médio; Limite superior Limite superior; Brasil Monteiro MFG, et al. Atualizac ão das estimativas da magnitude do aborto induzido, taxas por mil mulheres e razões por 100 nascimentos vivos do aborto induzido por faixa etária e grandes regiões. Brasil, 1995 a Reprod Clim

9 A altíssima taxa de cesáreas, o excesso de intervenções desnecessárias, a falta de treinamento de equipes especializadas e a proibição do aborto são alguns dos fatores apontados como barreiras para que o risco diminua mais no país.- OMS/2015

10 Risco de morte (EEUU ) O aborto legal é o evento reprodutivo mais seguro para a mulher: Evento Tasa* Aborto legal Aborto espontaneo 1.19 Parto com feto vivo 7.06 Gestação ectópica 31.9 Morte fetal 96.3 Total 5.59 * x 100,000 eventos Grimes D, Am J Obst Gynecol 2006, 194

11 Efeitos da proibição legal sobre as taxas de abortamento

12 Efeito da proibição do abortamento sobre a mortalidade materna e mortalidade por aborto na Romênia ( ) aborto não criminalizado aborto criminalizado aborto não criminalizado total de mortes maternas mortalidade por aborto mortalidade outras causas Fontes: World Health Organization, 1997 Stephenson et al, AM J Public Healh, 1992

13 Evolução das taxas de abortos após legalização na França e Itália 20 Legalização França Italia 18 Legalização Fonte: The Alan Guttmatcher Institute. Sharing responsibility: Women, Society and Abortion Worldwide. New York: The Alan Guttmacher Institute, 1999.

14 As taxas de Aborto são menores nas sub-regiões com leis mais Liberais Restrictive % of female population living under liberal abortion laws Liberal

15 Porcentagem de uso anticonceptivos e taxa de aborto em países selecionados Y=0.7635x Taxa de aborto por mulheres Fonte: Marston & Cleland, Int Fam Plann Perspec 2003, 29:6-13

16 Princípio de Justiça Social No Brasil, muitas mulheres pobres que cumprem com todas as condições exigidas pela Lei, não conseguem o acesso ao Aborto Legal em hospitais públicos ou não recebem uma Atenção integral Pós-Aborto com enfoque Bioético e DH

17 Direitos humanos em jogo na atenção a Mulheres em situação de aborto Direito a vida, a liberdade e segurança inclui o Dever dos Estados de adotar medidas para evitar que se recorram a abortos inseguros e clandestinos que ponham em risco sua vida e a sua saúde, especialmente quando se tratar de mulheres pobres e afrodescendentes. Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas, Observação Geral número 28, parágrafo 10

18 Riscos relativos de mortalidade materna comparando Mulheres negras e brancas Brasil 2002 a 2004

19 Direitos humanos em jogo na atenção a mulheres em situação de aborto Direito a Saúde As mulheres pobres não podem arcar com os altos custos das clínicas privadas e enfrentam um alto risco de morrer de causas relacionadas a Mortalidade Materna. Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais, Artigo 12

20 óbitos maternos/ nascidos vivos Estimativas das Taxas de Mortalidade Materna em consequência de complicações do abortamento do o nível de escolaridade. Brasil a 2005 Taxas de Mortalidade Materna em conseqüência de complicações do abortamento segundo o nível de escolaridade. Brazil a ,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0, Menos de 4 anos de estudo 6,42 7,51 8,28 10,30 4 a 7 anos de estudo 3,20 5,28 4,97 5,07 8 ou + anos de estudo 1,87 2,67 2,79 2,32 Ano Observamos que mulheres com menos de 4 anos de estudo suportam um risco 4,4 vezes maior de Mortalidade Materna em consequência de complicações do aborto que as mulheres que tiveram oito anos ou mais de estudo. Fonte: Instituto de Medicina Social/UERJ e IPAS/Brasil

21 Direitos humanos em jogo na atenção a mulheres em situação de aborto Direito a privacidade: Ninguém será objeto de ingerências arbitrárias ou ilegais em sua vida privada, sua família, domicílio ou correspondência, nem a ataques ilegais a sua honra e reputação. Pacto de Direitos Civis e Políticos, Artigo 17.1

22 Sigilo Profissional Direito a privacidade São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra, e a imagem das pessoas, assegurando-se o direito a indenização material ou moral de sua violação Constituição da Rep. Federativa do Brasil, Art. 5o, X.

23 Sigilo Profissional Direito a privacidade revelar a alguém, sem justa causa, segredo, de que tenha conhecimento em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e da revelação possa produzir dano a pessoa. Código Penal Brasileiro, artigo 154.

24 Direito a privacidade Código de Ética Médica Capítulo IX SIGILO PROFISSIONAL É vedado ao médico: Art. 73 Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. Parágrafo único - Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu impedimento; c) na investigação de suspeita de crime, o médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal.

25 Direito a privacidade Código de Ética Médica Capítulo IX SIGILO PROFISSIONAL É vedado ao médico: Art. 74 Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente. Capítulo I Princípios Fundamentais XI O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em Lei.

26 Direito à privacidade Diante de um aborto, seja natural ou provocado, não pode o médico denunciar ou comunicar o fato a autoridade policial ou mesmo judicial, em razão de estar frente a uma situação típica de segredo médico. Parecer CREMESP no /2000 Cadernos CREMESP, Ética em Ginecologia e Obstetrícia/2003

27 Direitos humanos na atenção a mulher em situação de aborto Direito a não ser vítima de tortura e outros tratamentos desumanos e degradantes A falta de qualidade nestes serviços pode significar tratamento desumano e falta de respeito a dignidade das mulheres.

28 A atenção qualificada ao aborto inclui: O acesso a recursos humanos adequados inclui o trato digno, respeitoso, o aconselhamento e a comunicação empática, a confidencialidade e a solidariedade pelo profissional de saúde O acesso a recursos institucionais inclui a atenção técnica baseada em evidências, com acesso a tecnologias reprodutivas modernas, com consentimento pós-informado adequado e oportuno pelo profissional de saúde

29

30 Norma Técnica de Atenção Humanizada ao Abortamiento Atenção Pós-Aborto P de Qualidade Marco Conceitual: Atenção de Qualidade ao Abortamento e suas Complicações com Referências Éticos, Legais e Bioéticos Planejamento Reprodutivo Integração com Serviços de Atenção à Saúde da Mulher Atenção Humanizada às Mulheres em Abortamento Acolher, Orientar e Informar Parceria com a Comunidade Fonte: Norma Técnica de Atenção Humanizada ao Abortamento: Norma Técnica/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

31 Planejamento Reprodutivo Pós-Aborto

32 MARCO ÉTICO E DE DIREITOS HUMANOS PARA REDUÇÃO DE ABORTOS INSEGUROS 1. Ampliar educação em sexualidade/ reprodução nas Escolas. 2. Acesso amplo, geral e irrestrito a métodos anticoncepcionais/ LARC s 3. Dar proteção social a mulher grávida creches, proteção maternidade 4. Leis menos restritivas Legalização 5. Igualdade de poder entre Gêneros

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