LEI DA LAQUEADURA TUBÁRIA SOB A VISÃO DA PRÁTICA MÉDICA

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1 LEI DA LAQUEADURA TUBÁRIA SOB A VISÃO DA PRÁTICA MÉDICA Prof. Dr. Hermes de Freitas Barbosa Departamento de Patologia e Medicina Legal FMRP - USP

2 O PLANEJAMENTO FAMILIAR E A LEI Constituição Federal de 1988 Lei de 1996 Regula o 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. Portaria 048 de 1999, da Secretaria de Assistência à Saúde (SAS) Código de Ética Médica Pareceres do CFM e dos CRM s

3 CASO 1 Paciente com 26 anos, 2 filhos vivos, casada, deseja laqueadura tubária, com a concordância do cônjuge. Lei 9.263/96 Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;

4 CASO 2 Paciente de 25 anos, casada, 1 filho vivo, com hipertensão e diabetes tipo I, deseja laqueadura tubária, com a concordância do marido. Lei 9.263/96 Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: II - risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos.

5 CASO 3 Paciente com duas cesarianas anteriores, solicita laqueadura tubária já no começo do pré-natal, com a concordância do cônjuge. Lei 9.263/96 - Art. 10 (...) 2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores. Portaria nº 048/99 da SAS - Art. 4º - (...) Parágrafo Único É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante períodos de parto, aborto ou até o 42o dia do pós-parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores, (...)

6 CASOS 4 E 5 Paciente de 16 anos, casada, com dois filhos vivos, solicita laqueadura tubária. Paciente de 26 anos, casada, sem filhos, deseja laqueadura tubária. Lei 9.263/96 Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos (...) Do ponto de vista prático, parece-nos mais defensável interpretar as condições como aditivas ( e em vez de ou )

7 CASO 6 Paciente de 26 anos, 2 cesarianas anteriores, chega à Maternidade para resolução da gestação e manifesta desejo de laqueadura tubária. Processo consulta nº 4.210/98-CFM...a esterilização, por não ser urgência, deverá sempre cumprir o disposto no inciso I do artigo 10 quanto ao prazo previsto e acesso aos serviços apropriados...as exceções observadas pela lei requerem aceitação prévia para o procedimento de esterilização, por parte de ambos os cônjuges...a hora do parto jamais é o momento mais apropriado para se perguntar à mulher se ela deseja vir a ter outra gravidez. Qualquer resposta, positiva ou negativa, poderá ser incongruente com seu interesse futuro.

8 CASO 7 Paciente de 35 anos, 5 cesarianas anteriores, chega à Maternidade para resolução da gestação e se recusa ser submetida a laqueadura tubária. Lei 9.263/96 Art. 10. (...) 1º É condição para que se realize a esterilização, o registro de expressa manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes. 3º Não será considerada a manifestação da vontade, na forma do 1º, expressa durante ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente

9 CONSENTIMENTO Código de Ética Médica Art. 22. [É vedado ao médico] Deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte.

10 DECISÃO TJ - RS Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. LAQUEADURA TUBÁRIA. FALHA NO DEVER DE INFORMAÇÃO. DEVER DE INDENIZAR. DANOS EXTRAPATRIMONIAIS CARACTERIZADOS. Situação na qual verificada a inobservância do dever de obtenção do consentimento informado, que constitui direito da paciente de participar de toda e qualquer decisão sobre tratamento que possa afetar a sua saúde. Os demandados realizaram o procedimento de laqueadura tubária, após ter sido feito o parto cesárea, sem que tivessem obtido o consentimento informado da autora ou de familiar, falhando no seu dever de informação. A cirurgia de laqueadura não era imprescindível, pois naquele momento não havia risco à saúde da paciente. O direito à informação deve ser examinado a partir do direito à autonomia do paciente. A autora possui direito de ser informada sobre a possibilidade de optar ou não pelo procedimento a que fora submetida sem a autorização expressa e específica, causando-lhe a perda definitiva da capacidade de reprodução. Configuração dos danos extrapatrimoniais. Fixação do quantum com base na jurisprudência desta Corte. APELAÇÃO PROVIDA. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº , Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Leonel Pires Ohlweiler, Julgado em 24/10/2012)

11 Hermes de Freitas Barbosa FMRP CEMEL

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