Aborto factos, números e questões
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- Giuliana Barroso Caetano
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1 Aborto factos, números e questões Lisboa, 14 de maio de 2012 Gabinete de Estudos da FPV Coordenação Francisco Vilhena da Cunha
2 Contexto demográfico Dos referendos à Lei 16/2007 A realidade do aborto em Portugal Consequências e impactos Para além dos números as questões do aborto Lisboa, 14 de maio de
3 CONTEXTO (de)crescimento populacional Nascimentos Mortes Lisboa, 14 de maio de Fonte: INE
4 CONTEXTO (de)crescimento populacional Nascimentos Mortes º ano com saldo natural negativo º ano com menos de nascimentos Lisboa, 14 de maio de Fonte: INE
5 CONTEXTO (de)crescimento populacional Saldo natural Saldo migratório Saldo populacional Lisboa, 14 de maio de Fonte: INE; Eurostat
6 CONTEXTO Índice Sintético de Fecundidade 3,5 3,0 2,1 limite mínimo do Índice Sintético de Fecundidade para assegurar a renovação das gerações 2,5 2,0 1,5 1,0 0, Índice Sintético de Fecundidade desce abaixo de 2, O Índice Sintético de Fecundidade português era o 2º mais baixo da UE27 (1,32) 0, Lisboa, 14 de maio de Fonte: INE; Eurostat
7 CONTEXTO da Pirâmide ao Caixão Etário Homens Mulheres Lisboa, 14 de maio de Fonte: INE; Eurostat
8 CONTEXTO da Pirâmide ao Caixão Etário Homens Mulheres Lisboa, 14 de maio de Fonte: INE; Eurostat
9 CONTEXTO da Pirâmide ao Caixão Etário Homens Mulheres Lisboa, 14 de maio de Fonte: INE; Eurostat
10 CONTEXTO da Pirâmide ao Caixão Etário Homens Mulheres Lisboa, 14 de maio de Fonte: INE; Eurostat
11 CONTEXTO Insustentabilidade populacional pessoas em falta para assegurar a renovação das gerações em Portugal Lisboa, 14 de maio de
12 d o s R e f e r e n d o s à L i b e r a l i z a ç ã o Até Aborto proibido em qualquer situação Aborto permitido em casos de: Perigo para a saúde física ou psíquica da mãe Malformação ou doença incurável do bebé Violação º referendo sobre o aborto. Não ganha (50,9%) Sim pede aborto Raro, Legal e Seguro - 2º referendo sobre o aborto. Sim ganha (59,3%) - Aborto permitido por opção da mulher Lisboa, 14 de maio de Fonte: CNE; Lei 6/84 de 11 de maio; Lei 16/2007 de 17 de abril
13 os R e f e r e n d o s Referendo de 1998 Não ganha com 50,9% votos Referendo não vinculativo Abstenção de 68% Despesas da campanha Total declarado: 332 k Grupos cívicos: 63% Partido com maior orçamento: PCP - 24% (79 mil euros) Referendo de 2007 Sim ganha com 59,3% votos Referendo não vinculativo Abstenção de 56% Despesas da campanha Total declarado: k Grupos cívicos: 17% Partido com maior orçamento: PS - 63% (831 mil euros) Lisboa, 14 de maio de Fonte: CNE (despesas declaradas); análise FPV
14 A lei e a sua implementação Lei 16/2007 Exclusão da ilicitude nos casos de IVG Excepção no Código Penal para a interrupção da gravidez [ quando] for realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez. Prevê disponibilidade de informação sobre: o Condições e consequência do aborto; o Condições que o Estado pode dar à continuação da gravidez; o Disponibilidade de apoio psicológico e assistente social durante a reflexão. Encaminhamento para consulta de planeamento familiar. O SNS deve organizar-se para garantir a IVG nas condições e prazos legalmente previstos => Clínicas privadas e viagens. Lisboa, 14 de maio de Fonte: Lei 16/2007 de 17 de Abril
15 A lei e a sua implementação Regulamentação da Lei 16/2007 através das Portarias 741-A/2007 e 781-A/2007 que definem: Equipas multidisciplinares para aconselhamento Registo obrigatório Afastamento dos objectores de consciência do acompanhamento de grávidas no período de reflexão Tabela de preços do aborto Decreto-Lei 105/2008 e Decreto-Lei 91/2009 que definem: Subsídio por interrupção da gravidez, no valor de 100% da remuneração de referência da mulher que aborta Lisboa, 14 de maio de Fonte: Portaria 741-A/2007; Portaria 781-A/2007; Decreto-Lei 105/2008; Portaria 132/2009; Decreto-Lei 91/ 009
16 A lei e a sua implementação Implementação da Lei 16/2007 através de Circulares normativas da ACSS e da DGS: Acesso universal a mulheres residentes em Portugal, independentemente da sua situação legal Procedimentos a adotar pelos estabelecimentos de saúde Recolha e envio de informação sobre o aborto e complicações relacionadas dos serviços à DGS a cada seis meses Lisboa, 14 de maio de Fonte: Circulares normativas 4/2007, 5/SR/2007, 9/SR/2007, 10/SR/2007, 11/SR/2007, 14/DIR/2007;
17 da Despenalização à Liberalização Despenalizar: Abolir as sanções previstas vs. Liberalizar: Conceder livre acesso Depois de 2007, o aborto por opção da mulher : Tornou-se legal até às 10 semanas É financiado na íntegra pelo Estado, tanto no sector público como no privado (inclui deslocações e estadias) Manteve-se isento de taxas moderadoras Permite licenças de 14 a 30 dias pagas a 100% Lisboa, 14 de maio de Fonte: CNE; Lei 6/84 de 11 de maio; Lei 16/2007 de 17 de abril
18 Gravidezes de mulheres residentes em Portugal Abortos espontâneos Abortos por opção Nascimentos * Lisboa, 14 de maio de Fonte: DGS ; INE; Análise e estimativa FPV
19 M o t i v o s do a b o r t o l e g a l Abortos em 2011* Por opção da mulher 97,6% Grave doença ou malformação congénita do nascituro Perigo de morte ou lesão grave para a saúde física e psíquica da mãe Gravidez resultante de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual Único meio de remover perigo de morte ou lesão grave física ou psíquica da mãe 2,0% 0,3% 0,1% 0,1% Lisboa, 14 de maio de Nota: * - Dados de 2011 são provisórios; Fonte: DGS; Análise FPV
20 Aborto legal por opção da mulher Abortos por nascimentos 12,7% 17,2% 19,3% 19,3% 20,4% * Lisboa, 14 de maio de Nota: * - dados de 2011 provisórios Fonte: DGS
21 a r e a l i d a d e n a c i o n a l Abortos legais por opção da mulher desde a Lei 16/2007 Lisboa, 14 de maio de
22 Faixa etária da mãe F a i x a e t á r i a da m ã e >=50 3 3, , , , , , , ,62 < ,39 Total de abortos legais "por opção da mulher" realizados em 2011* Abortos legais "por opção da mulher" por nascimentos realizados em 2011* Lisboa, 14 de maio de Nota: * - dados de 2011 provisórios Fonte: DGS
23 E s c o l a r i d a d e da m ã e ESuperior ,12 ESecundário ,23 EB 3º ciclo ,24 EB 2º ciclo ,23 EB 1º ciclo ,21 Sem escolaridade 95 0,15 Total de abortos legais "por opção da mulher em 2011* Abortos legais "por opção da mulher" por nascimentos realizados em 2011* Lisboa, 14 de maio de Nota: * - dados de 2011 provisórios Fonte: INE; DGS
24 F a m í l i a As mulheres grávidas que não vivem com o pai do seu filho abortam (por opção) 10x do que aquelas que vivem com o pai do seu filho. Em 1995, apenas 4% dos nascimentos foram de mães que não viviam com o pai do seu bebé. Em 2011, este valor já está perto dos 11%. Lisboa, 14 de maio de Fonte: DGS; INE
25 R i s c o s p a r a a m u l h e r Complicações na sequência de abortos legais induzidos, por todos os motivos Complicações graves (Infecção / sepsis e perfuração de órgãos) Outras complicações Mortes maternas Total de complicações % do total de abortos legais induzidos 550 3,0% 774 3,9% ,6% Lisboa, 14 de maio de Fonte: DGS
26 R e i n c i d ê n c i a ou mais abortos realizados anteriormente por opção 1 aborto realizado anteriormente por opção 21% 20% 21% 24% 26% Repetições (%total) * Lisboa, 14 de maio de Nota: * - dados de 2011 provisórios Fonte: INE; DGS
27 A b o r t o c l a n d e s t i n o Episódios de atendimento por abortos clandestino Entrada em vigor da Lei 16/2007 Complicações graves (Infecção / sepsis e perfuração de órgãos) Outras complicações Lisboa, 14 de maio de Fonte: DGS
28 B a l a n ç o Desde Julho de 2007 entrada em vigor da Lei 16/2007: Mais de abortos legais por opção da mulher Persiste o aborto clandestino As complicações físicas nos abortos legais aumentam todos os anos Lisboa, 14 de maio de
29 I m p a c t o Impacto futuro: Contribuições para a segurança social Perda de 250 milhões de euros de contribuições anuais para a segurança social promovida pelo Estado (estimativa) Impacto imediato: Desemprego O desemprego dos Docentes e Profissionais do Ensino cresce ao dobro da velocidade de todas as restantes profissões (dados IEFP) Lisboa, 14 de maio de Fonte: Segurança Social; IEFP; Análise FPV
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