EXTRAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS VEGETAIS. Aula II. Douglas Siqueira de Almeida Chaves

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EXTRAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS VEGETAIS. Aula II. Douglas Siqueira de Almeida Chaves"

Transcrição

1 Farmacognosia I EXTRAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS VEGETAIS Aula II Douglas Siqueira de Almeida Chaves INTRODUÇÃO O uso de plantas em rituais sagrados e para aliviar os sintomas provocados por diversas patologias vem desde os primórdios da humanidade; Há mais de 5000 anos o chá da espécie Ephedra sinica já era utilizado na medicina tradicional chinesa como estimulante e antiasmático; Estudos fitoquímicos com espécies vegetais têm sido realizados com o objetivo de encontrar novas substâncias terapêuticas de fácil acesso, menores custos e efeitos colaterais candidatos a fármacos protótipos para novos medicamentos RASKIN et al. Trends in Biotech. Rev., 20 (12), , 2002; SCHANEBERG et al. Phytochem., 62, ,

2 INTRODUÇÃO Nos últimos 25 anos, dentre os novos fármacos aprovados, cerca de 30% são produtos naturais ou derivados destes; Vendas de produtos medicinais em 1997: US$ 23 milhões Vendas em 2002: US$ 31 milhões Produtos naturais podem ter diversas aplicações, tais como no combate a parasitas no mercado agropecuário, aplicação na indústria têxtil e indústria naval; A metodologia empregada no processo extrativo de matérias-primas é fundamental para alcançar as frações e/ou substâncias interessantes para a utilização desejada. RASKIN et al. Trends in Biotech. Rev., 20 (12), , 2002; SCHANEBERG et al. Phytochem., 62, , INTRODUÇÃO - PROCESSO EXTRATIVO O procedimento de extração de um determinado material vegetal compreende diversas etapas: desde a preparação da droga vegetal até o processo extrativo propriamente dito Preparação do material vegetal: A utilização do material vegetal fresco ou seco será determinada pelas características da planta e pelas classes químicas de interesse; Moagem: Esta etapa tem por finalidade reduzir o tamanho do material vegetal, mecanicamente, em pequenos fragmentos; metodologias empregadas podem ser escolhidas de acordo com a parte vegetal utilizada. 4 2

3 INTRODUÇÃO - PROCESSO EXTRATIVO Grosseira (tesouras ou facas) Por rasuração (raladores) DIVISÃO Pulverização (moinhos) Por impacto (almofariz) 5 INTRODUÇÃO VARIÁVEIS DO PROCESSO EXTRATIVO Extração: caracteriza-se pela retirada, forma mais seletiva possível, de substâncias ou frações contidas na droga vegetal utilizando um ou mais solventes. Alguns fatores influenciam nesta operação, sendo eles: Estado de divisão da droga: influencia diretamente a eficiência da extração; Estrutura histológica bastante heterogênea alterando a perfusão do solvente; Agitação do sistema melhora do processo de difusão; Temperatura altera a solubilidade e pode levar a degradação de substâncias lábeis; Natureza do solvente extrator; ph do solvente extrator (extração de alcalóides, por exemplo); Tempo de extração. 6 3

4 INTRODUÇÃO VARIÁVEIS DO PROCESSO EXTRATIVO Características do solvente extrator: Seletividade; Polaridade do solvente x polaridade do que se pretende extrair Rendimento; Conservação; Toxidez; Disponibilidade e custo. Observação: quando não há o conhecimento prévio do conteúdo do material em questão, é comum que o mesmo seja submetido a sucessivas extrações com solventes distintos de polaridade crescente; Extração fracionada substâncias com diferentes características químicas foram extraídas 7 Extrações afrio: Expressão: durante o processo de trituração do material vegetal o processo extrativo ocorre devido as forças de cisalhamento. Diminuição do tamanho das partículas leva ao rompimento das células da planta, favorecendo a dissolução rápida das substâncias para o solvente; A expressão dá origem ao sumo 8 4

5 Extrações afrio: Turbolização: a redução das partículas, e a conseqüente extração, são realizadas em um equipamento com um rotor de alta-velocidade. Promove o esgotamento do material vegetal; Desvantagens: difícil separação da solução extrativa por filtração; geração de calor durante o processo; Rotor de alta velocidade limitação técnica quando se trata de materiais de elevada dureza. 9 Extrações afrio: Maceração: extração da matéria-prima é realizada em ambiente fechado onde o solvente interage por um longo período de tempo com o material, podendo: Características: Cedida por Garcia, A.T.C ser aquecida ou não; ser submetida à agitação; com renovação do solvente (remaceração) A maceração dá origem a macerado (comumente de natureza etanólica) 10 5

6 Extrações afrio Cont Cont. Fatores que influenciam a eficiência da maceração: Material vegetal: quantidade, natureza, tamanho de partícula, capacidade de intumescimento; Líquido extrator: seletividade e quantidade; Sistema: proporção material vegetal em relação ao solvente extrator, temperatura, agitação, ph, tempo de extração; Saturação do líquido extrator Equilíbrio difusional 11 Extrações afrio: Percolação: a droga vegetal moída é coloca em uma estrutura cilíndrica ou cônica (percolador), de vidro ou metal, onde o solvente é introduzido na porção superior e recolhido na porção inferior; é um processo dinâmico; extrai o material até a exaustão; pode ser simples ou fracionada; extração em carrossel (larga escala). Produto obtido é o percolado. 12 6

7 Extrações aquente: Infusão: extração aquosa do material vegetal, previamente reduzido, que é colocado em um recipiente fechado com água em ebulição. Após o resfriamento do sistema, o filtrado recuperado é chamado de infuso; Metodologia é bastante difundida e assemelha-se a preparação de chás. A preparação da droga irá diferenciar no processo extrativo. 13 Extrações aquente: Decocção: consiste no cozimento do material, por um tempo prédeterminado, em solvente em ebulição. Processo extrativo agressivo que é recomendado para partes vegetais bastante rígidas e de natureza lenhosa; O emprego da técnica tem que ser programado, uma vez que as substâncias são mantidas sob aquecimento por um período de tempo prolongado O produto obtido é o decocto 14 7

8 Extrações aquente: Extração em aparelho de Soxhlet: metodologia aplicada em sistema fechado, utilizando solventes voláteis em ebulição para extrair o material vegetal. condensador câmara de extração solvente extrator O material é colocado em um recipiente acoplado a um condensador, de forma que o solvente evaporado durante o processo condense, entrando em contato com o a amostra. manta 15 Extrações a quente Cont. Em cada refluxo da operação, o material entra em contato com o solvente renovado, possibilitando: Extração altamente eficiente; Quantidade reduzida de solvente; Mesmos resultados quantitativos e qualitativos; Baixa solubilidade do soluto com o máximo do processo extrativo; OBS: Tipo de percolação cíclica, com destilação simultânea e reaproveitamento do solvente 16 8

9 Nas últimas décadas, a preocupação com o desenvolvimento de técnicas analíticas mais modernas foi bastante intensa; análises com alto grau de tecnologia, rapidez, precisão e exatidão desenvolvimento das técnicas de extração de substâncias presentes em materiais vegetais complexos extração em fase sólida (SPE) microextração em fase sólida (SPME) extração assistida por ultra-som extração assistida por microondas extração com fluido supercrítico 17 Extração em fase sólida (SPE): em sua forma mais simples, pode ser descrita como uma cromatografia líquida, onde se usa uma pequena coluna aberta, denominada cartucho de extração, que contém a fase sólida; Características: remoção do(s) analito(s) da matriz, enquanto a etapa de isolamento focaliza-se na eliminação de interferentes realiza as duas etapas de forma mais rápida e com menor consumo de solvente; 18 9

10 Microextração em fase sólida (SPME): empregada para operações que criam o elo entre a matriz química e o instrumental analítico, sendo particularmente interessante para cromatógrafos a gás (CG) fibra ótica (sílica fundida) Os analitos são termicamente dessorvidos sob fluxo do gás de arraste e carregados para a coluna cromatográfica 19 Microextração em fase sólida (SPME): empregada para operações que criam o elo entre a matriz química e o instrumental analítico, sendo particularmente interessante para cromatógrafo a gás (CG) Características: Menor consumo de material; Menor tempo de análise; Redução de efluentes e rejeitos; fibra ótica (sílica fundida) Maior facilidade de automação

11 Extração ultra-sônica sônica: as ondas são usadas para criar um colapso de microbolhas do solvente (fenômeno de cavitação), perto da parede celular do material vegetal ondas de choque e jatos líquidos que causam a ruptura da parede celular e a liberação do seu conteúdo Principais vantagens: pode ser conduzida a baixa temperatura, favorecendo a extração de substâncias termicamente instáveis; acelera enormemente o processo de extração. 20 Extração ultra-sônica Cont. Tabela 1: Tabela 1: comparação de rendimentos obtidos de extrações feitas por aparelho de Soxhlet e ultra-som da espécie Anethum graveolens Método de Extração Quantidade de óleo (g) Tempo de extração (min) Percentual de Limoneno extraído Soxhlet 3, ,79 Ultra-sônica 3, ,63 Ultra-sônica 3, ,22 Cedido por Garcia, A.T.C

12 Fluido supercrítico: retirar substâncias de interesse (analitos) de matrizes sólidas. Ela emprega um fluido em condições supercríticas, que apresenta propriedades intermediárias entre um gás e um líquido formado acima do ponto crítico temperatura crítica e pressão crítica Mais utilizado: dióxido de carbono (CO 2 ); não toxidez não reatividade não inflamabilidade baixo custo ser gás a temperatura ambiente grande acessibilidade 22 Fluido supercrítico Cont. Nenhuma substância é um fluido supercrítico, mas pode ser levada ao estado supercrítico pelo uso de calor e pressão até superar seu ponto crítico Viscosidade análoga a de um gás; Capacidade de dissolução elevada como a de um líquido

13 Fluido supercrítico Cont. Aplicações: Amostras ambientais (solo, água, ar, sedimentos, suspensões e tecidos animais); Alimentos (frutas, vegetais, cereais) - Descafeinização de café e chá; Óleos essências, corantes, aromas e fragrâncias, hormônios, extração de ácidos graxos; Uma das propriedades mais importantes de um fluido supercrítico é a sua capacidade de dissolver moléculas não-voláteis de alta massa molar. 24 Extração de óleos essenciais: Extração em fase sólida (SPE); Microextração em fase sólida (SPME); Fluido supercrítico; Enfloração (enfleurage); Prensagem; Hidrodestilação (arraste por vapor d água)

14 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO ÓLEOS ESSENCIAIS Enfloração (Enfleurage): utilizado para extração de essências e fragrâncias de plantas com baixo teor de óleo e alto valor comercial. Material vegetal submerso em material graxo (gordura) Substituição do material por uma nova porção Gordura saturada Álcool Destilação Óleo essencial com elevado valor comercial 26 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO ÓLEOS ESSENCIAIS Prensagem (Expressão): tem como princípio o esmagamento da droga vegetal que contém o óleo. O fruto é prensado para que a camada contendo óleo essencial seja separada; Extração de óleos voláteis de frutos cítricos; O óleo é separado da emulsão formada com a água através de decantação, centrifugação ou destilação fracionada

15 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO ÓLEOS ESSENCIAIS Hidrodestilação (arraste por vapor d água): que consiste na extração de óleos com pressões de vapor elevadas. Os óleos voláteis possuem tensão de vapor mais elevada que a da água, sendo, por isso, arrastados pelo vapor d'água; O óleo volátil obtido, após separar-se da água, deve ser seco com Na 2 SO 4 anidro; Preferencialmente, esse método é utilizado na extração de óleos de plantas frescas. Aparelho de Clevenger 28 15

PROCESSOS EXTRATIVOS. Profa. Dra. Wânia Vianna 1s/2014

PROCESSOS EXTRATIVOS. Profa. Dra. Wânia Vianna 1s/2014 PROCESSOS EXTRATIVOS Profa. Dra. Wânia Vianna 1s/2014 Extração Sólido- Liquida sólido------------ líquido Solução extrativa. É a que resulta da dissolução parcial de uma droga de composição heterogênea,

Leia mais

MÉTODOS DE EXTRAÇÃO E FRACIONAMENTO DE EXTRATOS VEGETAIS

MÉTODOS DE EXTRAÇÃO E FRACIONAMENTO DE EXTRATOS VEGETAIS Thaila Miyake MÉTODOS DE EXTRAÇÃO E FRACIONAMENTO DE EXTRATOS VEGETAIS As plantas medicinais são os principais componentes da medicina tradicional. A utilização de plantas para o tratamento de doenças

Leia mais

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS. 1- quais os métodos mais indicados para separa os componentes das misturas abaixo:

PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS. 1- quais os métodos mais indicados para separa os componentes das misturas abaixo: EXERCÍCIOS DE REVISÃO PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS 1- quais os métodos mais indicados para separa os componentes das misturas abaixo: a) areia e ferro na forma de lâmina separação magnética b) água

Leia mais

Curso de Farmácia. Operações Unitárias em Indústria Prof.a: Msd Érica Muniz 6 /7 Período DESTILAÇÃO

Curso de Farmácia. Operações Unitárias em Indústria Prof.a: Msd Érica Muniz 6 /7 Período DESTILAÇÃO Curso de Farmácia Operações Unitárias em Indústria Prof.a: Msd Érica Muniz 6 /7 Período DESTILAÇÃO 1 Introdução A destilação como opção de um processo unitário de separação, vem sendo utilizado pela humanidade

Leia mais

SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS. (Processos mecânicos de separação) Sistema sólido - sólido

SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS. (Processos mecânicos de separação) Sistema sólido - sólido SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS (Processos mecânicos de separação) Sistema sólido - sólido Separação magnética: Separa misturas do tipo sólido-sólido nas quais um dos componentes tem propriedades magnéticas

Leia mais

Produção de Extratos Vegetais

Produção de Extratos Vegetais Produção de Extratos Vegetais Coleta Preparação do Material Vegetal Secagem e Estabilização Moagem Extração Métodos a quente e/ou frio Concentração dos Extratos Fracionamento dos Extratos Solventes (Partição

Leia mais

Analisar e aplicar os princípios da extração sólido-líquido e líquido-líquido na separação e purificação de produtos.

Analisar e aplicar os princípios da extração sólido-líquido e líquido-líquido na separação e purificação de produtos. 12.1 Objetivo Específico Analisar e aplicar os princípios da extração sólido-líquido e líquido-líquido na separação e purificação de produtos. 12.2 Introdução A extração é uma técnica para purificação

Leia mais

Separação de Misturas II Parte

Separação de Misturas II Parte Separação de Misturas II Parte Fracionamento de misturas heterogêneas Catação ou escolha É um método rudimentar de separação de mistura baseado na diferença de tamanho e de aspecto das partículas de uma

Leia mais

Workshop: Destilação de óleos essenciais

Workshop: Destilação de óleos essenciais OLD JOBS AND NEW JOBS Workshop: Destilação de óleos essenciais 27 de fevereiro de 2015 Destilação de óleos essenciais PAULA MENDES LOURDES GERALDES Óleo essencial (OE) Definição óleos voláteis odoríferos

Leia mais

M A T E R I A I S D E L A B O R A T Ó R I O. Prof. Agamenon Roberto

M A T E R I A I S D E L A B O R A T Ó R I O. Prof. Agamenon Roberto M A T E R I A I S D E L A B O R A T Ó R I O Prof. Agamenon Roberto Prof. Agamenon Roberto MATERIAS DE LABORATÓRIO 2 TUBO DE ENSAIO: Tubo de vidro fechado em uma das extremidades, empregado para fazer reações

Leia mais

2. Assinale a alternativa que apresenta, na seqüência, os termos corretos que preenchem as lacunas da seguinte afirmativa:

2. Assinale a alternativa que apresenta, na seqüência, os termos corretos que preenchem as lacunas da seguinte afirmativa: COLÉGIO JOÃO PAULO I QUÍMICA 8ª Série Nome: Turma: Data: Professor (a): Nota Máxima: 6,0 Nota: 1. Assinale a ÚNICA proposição CORRETA que contém o melhor método para separar os três componentes de uma

Leia mais

AMOSTRAGEM AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM AMOSTRAGEM Procedimento pré-estabelecido para seleção, retirada, preservação, transporte e preparação das porções a serem removidas do lote como amostras, de uma maneira tal que o tratamento matemático dos testes

Leia mais

Matéria: Química Assunto: Materiais Prof. Gilberto Ramos

Matéria: Química Assunto: Materiais Prof. Gilberto Ramos Matéria: Química Assunto: Materiais Prof. Gilberto Ramos Química Materiais, suas propriedades e usos Estados Físicos Estado vem do latim status (posição,situação, condição,modo de estar). O estado físico

Leia mais

UTILIZAÇÃO DOS NOVOS LABORATÓRIOS ESCOLARES

UTILIZAÇÃO DOS NOVOS LABORATÓRIOS ESCOLARES ESCOLA SECUNDÁRIA CAMILO CASTELO BRANCO V. N. FAMALICÃO ACÇÃO DE FORMAÇÃO UTILIZAÇÃO DOS NOVOS LABORATÓRIOS ESCOLARES Correcção Formador: Professor Vítor Duarte Teodoro Formanda: Maria do Céu da Mota Rocha

Leia mais

PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA.

PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA. PROF. KELTON WADSON OLIMPÍADA 8º SÉRIE ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES DE ESTADOS DA MATÉRIA. 1)Considere os seguintes dados obtidos sobre propriedades de amostras de alguns materiais. Com respeito a estes materiais,

Leia mais

SEPARAÇÃO DE MISTURAS

SEPARAÇÃO DE MISTURAS SEPARAÇÃO DE MISTURAS Os materiais encontrados na natureza são, em geral, misturas de várias substâncias. Mesmo em laboratório, quando tentamos preparar uma só substância, acabamos, normalmente, chegando

Leia mais

Raquel P. F. Guiné ESAV

Raquel P. F. Guiné ESAV OS PROCESSOS nas INDÚSTRIAS ALIMENTARES Raquel P. F. Guiné ESAV OS PROCESSOS nas INDÚSTRIAS ALIMENTARES Raquel P. F. Guiné Edição Edição de autor Coordenação editorial Raquel Guiné, ESAV Composição Raquel

Leia mais

Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR

Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR Gerenciamento e Tratamento de Águas Residuárias - GTAR Segunda 15 às 17h IC III sala 16 Turma: 2015/1 Profª. Larissa Bertoldi larabertoldi@gmail.com Aula de hoje.. Tratamento Primário Coagulação/Floculação

Leia mais

A Matéria e Diagrama de Fases. Profº André Montillo www.montillo.com.br

A Matéria e Diagrama de Fases. Profº André Montillo www.montillo.com.br A Matéria e Diagrama de Fases Profº André Montillo www.montillo.com.br Substância: É a combinação de átomos de elementos diferentes em uma proporção de um número inteiro. O átomo não é criado e não é destruído,

Leia mais

ATIVIDADES RECUPERAÇÃO PARALELA

ATIVIDADES RECUPERAÇÃO PARALELA ATIVIDADES RECUPERAÇÃO PARALELA Nome: Nº Ano: 6º Data: 14/11/2012 Bimestre: 4 Professor: Vanildo Disciplina: Química Orientações para estudo: Esta atividade deverá ser entregue no dia da avaliação de recuperação,

Leia mais

Separação de Misturas

Separação de Misturas 1. Introdução Separação de Misturas As misturas são comuns em nosso dia a dia. Como exemplo temos: as bebidas, os combustíveis, e a própria terra em que pisamos. Poucos materiais são encontrados puros.

Leia mais

Introdução à Química Inorgânica

Introdução à Química Inorgânica Introdução à Química Inorgânica Orientadora: Drª Karla Vieira Professor Monitor: Gabriel Silveira Química A Química é uma ciência que está diretamente ligada à nossa vida cotidiana. A produção do pão,

Leia mais

Química SUBSTÂNCIAS, MISTURAS E PROCESSO DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS

Química SUBSTÂNCIAS, MISTURAS E PROCESSO DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS SUBSTÂNCIAS, MISTURAS E PROCESSO DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS Átomos ligados entre si são chamados de moléculas, e representam substâncias químicas. Cada molécula é identificada por uma

Leia mais

INTRODUÇÃO À DIETÉTICA

INTRODUÇÃO À DIETÉTICA INTRODUÇÃO À DIETÉTICA A Dietética é a disciplina que estuda as operações a que são submetidos os alimentos após a cuidadosa seleção e as modificações que os mesmos sofrem durante os processos culinários.

Leia mais

SUBSTÂNCIAS E MISTURAS. Professor: Antonio Sorrentino

SUBSTÂNCIAS E MISTURAS. Professor: Antonio Sorrentino SUBSTÂNCIAS E MISTURAS Professor: Antonio Sorrentino Substância pura e tipos de misturas Substâncias puras: Apresentam propriedades físicas bem definidas. Têm pontos de fusão e de ebulição. Ponto de fusão:

Leia mais

Processos em Engenharia: Processos de Separação

Processos em Engenharia: Processos de Separação Processos em Engenharia: Processos de Separação Prof. Daniel Coutinho coutinho@das.ufsc.br Departamento de Automação e Sistemas DAS Universidade Federal de Santa Catarina UFSC DAS 5101 - Aula 10 p.1/44

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR

TRATAMENTO DA ÁGUA PARA GERADORES DE VAPOR Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS TÉRMICAS AT-101 Dr. Alan Sulato de Andrade alansulato@ufpr.br 1 INTRODUÇÃO: A água nunca está em estado puro, livre de

Leia mais

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Aula 7: Tratamentos em Metais Térmicos Termoquímicos CEPEP - Escola Técnica Prof.: Transformações - Curva C Curva TTT Tempo Temperatura Transformação Bainita Quando um aço carbono

Leia mais

SEPARAÇÃO DE MISTURAS Exercícios

SEPARAÇÃO DE MISTURAS Exercícios SEI Ensina - MILITAR Química SEPARAÇÃO DE MISTURAS Exercícios 1.A água potável é um recurso natural considerado escasso em diversas regiões do nosso planeta. Mesmo em locais onde a água é relativamente

Leia mais

PROPRIEDADES DA MATÉRIA

PROPRIEDADES DA MATÉRIA Profª Msc.Anna Carolina A. Ribeiro PROPRIEDADES DA MATÉRIA RELEMBRANDO Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Não existe vida nem manutenção da vida sem matéria. Corpo- Trata-se de uma porção

Leia mais

4ª aula Compressores (complemento) e Sistemas de Tratamento do Ar Comprimido

4ª aula Compressores (complemento) e Sistemas de Tratamento do Ar Comprimido 4ª aula Compressores (complemento) e Sistemas de Tratamento do Ar Comprimido 3ª Aula - complemento - Como especificar um compressor corretamente Ao se estabelecer o tamanho e nº de compressores, deve se

Leia mais

Fração. Página 2 de 6

Fração. Página 2 de 6 1. (Fgv 2014) De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE), aproximadamente 87% de todo o combustível consumido no mundo são de origem fóssil. Essas substâncias são encontradas em diversas

Leia mais

Equipamentos que realizam a troca de calor entre dois fluidos que estão a diferentes temperaturas e separados através de uma parede sólida

Equipamentos que realizam a troca de calor entre dois fluidos que estão a diferentes temperaturas e separados através de uma parede sólida Trocadores de calor Equipamentos que realizam a troca de calor entre dois fluidos que estão a diferentes temperaturas e separados através de uma parede sólida Os fluidos podem ser ambos fluidos de processo

Leia mais

Principal material de laboratório e a sua função Balão de Erlenmeyer/matrás Gobelé/copo Balão de fundo plano Proveta Balão volumétrico Caixa de Petri Kitasato Balão de destilação Vidro de relógio Tubos

Leia mais

O interesse da Química é analisar as...

O interesse da Química é analisar as... O interesse da Química é analisar as... PROPRIEDADES CONSTITUINTES SUBSTÂNCIAS E MATERIAIS TRANSFORMAÇÕES ESTADOS FÍSICOS DOS MATERIAIS Os materiais podem se apresentar na natureza em 3 estados físicos

Leia mais

Introdução. Gerais. Funcionais. Propriedades. da Matéria Organolépticas. Específicas. Químicas. Físicas. Química. Rômulo

Introdução. Gerais. Funcionais. Propriedades. da Matéria Organolépticas. Específicas. Químicas. Físicas. Química. Rômulo Introdução Gerais Propriedades Funcionais da Matéria Organolépticas Específicas s Físicas Propriedades Gerais São propriedades comuns a todo tipo de matéria massa extensão impenetrabilidade divisibilidade

Leia mais

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC FACULDADE DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: BROMATOLOGIA 2º/ 4 O PROFA. IVETE ARAKAKI FUJII. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO

Leia mais

Helena Campos (Engenharia Química)

Helena Campos (Engenharia Química) Tipos de água Laboratorial e suas aplicações Helena Campos (Engenharia Química) 28 de Setembro de 2010 Principais contaminantes da água Particulas Suspensas: Sílica (SiO 2 ) Resíduos das tubagens Matéria

Leia mais

NORMAS DE SEGURANÇA E APARELHAGEM UTILIZADA EM LABORATÓRIO

NORMAS DE SEGURANÇA E APARELHAGEM UTILIZADA EM LABORATÓRIO NORMAS DE SEGURANÇA E APARELHAGEM UTILIZADA EM LABORATÓRIO Objetivo: Explicação das normas básicas de segurança no laboratório. Aula teórica com retroprojetor, transparências e demonstração de algumas

Leia mais

Química. Resolução das atividades complementares. Q50 Forças intermoleculares

Química. Resolução das atividades complementares. Q50 Forças intermoleculares Resolução das atividades complementares 4 Química Q50 Forças intermoleculares p. 15 1 (Unifor-CE) Considerando a natureza das ligações químicas intermoleculares existentes nas substâncias: Etanol C 2 H

Leia mais

11º SBA SEMINÁRIO BRASILEIRO AGROINDUSTRIAL 27 E 28 DE OUTUBRO DE 2010 IMPUREZAS DA CANA

11º SBA SEMINÁRIO BRASILEIRO AGROINDUSTRIAL 27 E 28 DE OUTUBRO DE 2010 IMPUREZAS DA CANA 11º SBA SEMINÁRIO BRASILEIRO AGROINDUSTRIAL 27 E 28 DE OUTUBRO DE 2010 IMPUREZAS DA CANA IMPUREZAS DA CANA SEPARAÇÃO DAS IMPUREZAS EM MESA E ESTEIRA DE CANA PICADA POTÊNCIAS INSTALADAS E CONSUMIDAS EFICIÊNCIA

Leia mais

Utilização do óleo vegetal em motores diesel

Utilização do óleo vegetal em motores diesel 30 3 Utilização do óleo vegetal em motores diesel O óleo vegetal é uma alternativa de combustível para a substituição do óleo diesel na utilização de motores veiculares e também estacionários. Como é um

Leia mais

MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS

MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS Com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, em 2004, e a aprovação da Lei nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005,

Leia mais

Roteiro de Estudos 2 trimestre 2015 Disciplina: Química 9º ANOS

Roteiro de Estudos 2 trimestre 2015 Disciplina: Química 9º ANOS Roteiro de Estudos 2 trimestre 2015 Disciplina: Química 9º ANOS Professor: Ricardo Augusto Marques da Costa O que devo saber: UNIDADE 2 Os estados físicos da matéria. Estados físicos da matéria e suas

Leia mais

Transformações físicas de substâncias puras Aula 1

Transformações físicas de substâncias puras Aula 1 Transformações físicas de substâncias puras Aula 1 Físico-Química 2 Termodinâmica Química 2 Profa. Claudia de Figueiredo Braga Diagramas de Fases Diagramas de fases: Uma das formas mais compactas de exibir

Leia mais

LOGO. Separação de misturas. Profa. Samara Garcia Profa. Núria Galacini Março/Abril/2012

LOGO. Separação de misturas. Profa. Samara Garcia Profa. Núria Galacini Março/Abril/2012 LOGO Separação de misturas Profa. Samara Garcia Profa. Núria Galacini Março/Abril/2012 Misturas Homogêneas Destilação simples (sólido + líquido): Por aquecimento, só o líquido entra em ebulição, vaporiza-se

Leia mais

MF-613.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE METAIS EM PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO AR POR ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA COM CHAMA.

MF-613.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE METAIS EM PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO AR POR ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA COM CHAMA. MF-613.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE METAIS EM PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO AR POR ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA COM CHAMA. Notas: Aprovado pela Deliberação CECA nº 3.967, de 16 de janeiro de 2001

Leia mais

Operações Unitárias II

Operações Unitárias II UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Operações Unitárias II Evaporação Professor Paul Fernand Milcent Monitora Patrícia Carrano Moreira Pereira 2013 Sumário 1. Introdução... 2 1.1. Fontes de energia... 2 1.2.

Leia mais

Propriedades da matéria (Continuação)

Propriedades da matéria (Continuação) Propriedades da matéria (Continuação) Densidade m/v Experimentos / discussão Exercício 1) Um bloco de metal tem volume de 200 ml e massa de 1792 g. a) Qual a densidade desse metal, expressa em g / cm3?

Leia mais

Petróleo e Meio Ambiente

Petróleo e Meio Ambiente Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi Petróleo e Meio Ambiente Curso:Tecnólogo em Gestão Ambiental Professora: Raquel Simas Pereira Maio de 2012 Completação Objetivo da Completação Deixar o poço

Leia mais

MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS

MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS Aula 5 Cromatografia a Gás Profa. Daniele Adão CROMATÓGRAFO CROMATOGRAMA Condição para utilização da CG Misturas cujos constituintes sejam VOLÁTEIS Para assim dissolverem-se, pelo

Leia mais

MANUSEIO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS

MANUSEIO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS Com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, em 2004, e a aprovação da Lei 11.097, de 13 de janeiro de 2005,

Leia mais

BIOEN Workshop on Process for Ethanol Production - FAPESP. Optinal Industrial Fermentation. Silvio Roberto Andrietta

BIOEN Workshop on Process for Ethanol Production - FAPESP. Optinal Industrial Fermentation. Silvio Roberto Andrietta BIOEN Workshop on Process for Ethanol Production - FAPESP Optinal Industrial Fermentation Silvio Roberto Andrietta Plantas de produção de etanol Etapas Preparo da matéria prima Preparo da cana (abertura

Leia mais

QUÍMICA TECNOLÓGICA I

QUÍMICA TECNOLÓGICA I Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Bacharelado em Ciência e Tecnologia Diamantina - MG QUÍMICA TECNOLÓGICA I Prof a. Dr a. Flaviana Tavares Vieira flaviana.tavares@ufvjm.edu.br Alquimia

Leia mais

Decantação sólido - líquido

Decantação sólido - líquido Processos de separação Decantação sólido - líquido Possível devido à diferença de densidades dos componentes da mistura. Permite a separação de líquidos imiscíveis (que não se misturam) ou um sólido precipitado

Leia mais

Introdução à Química. Prof. Fernando R. Xavier

Introdução à Química. Prof. Fernando R. Xavier Introdução à Química Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2013 Qual a idade da química? É possível identificar a presença da química desde a idade do bronze (3,300 a.c.). Ex.: Agricultura, conserva de alimentos,

Leia mais

Comandos Eletro-eletrônicos SENSORES

Comandos Eletro-eletrônicos SENSORES Comandos Eletro-eletrônicos SENSORES Prof. Roberto Leal Sensores Dispositivo capaz de detectar sinais ou de receber estímulos de natureza física (tais como calor, pressão, vibração, velocidade, etc.),

Leia mais

A matéria possuem 7 estados físicos...

A matéria possuem 7 estados físicos... A matéria possuem 7 estados físicos... 1 Estado: SÓLIDO. 2 Estado: LIQUIDO. 3 Estado: GASOSO. 4 Estado: PLASMA. 5 Estado: O Condensado de Bose-Einstein. 6 Estado: Gás Fermiônico. 7 Estado: Superfluido

Leia mais

III- TIPOS DE FORMULAÇÕES DE AGROTÓXICOS

III- TIPOS DE FORMULAÇÕES DE AGROTÓXICOS III- TIPOS DE FORMULAÇÕES DE AGROTÓXICOS Ingrediente ativo x inerte Ingrediente ativo (i.a.) Composto com atividade biológica Geralmente insolúvel em água Ingrediente inerte Outros componentes (cargas,

Leia mais

ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO

ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO Lembre-se que o microscópio utilizado em nosso laboratório possui uma entrada especial para uma câmera de vídeo. Parte Mecânica: Base ou Pé: Placa de apoio do microscópio

Leia mais

Matéria e Estados da Matéria

Matéria e Estados da Matéria Matéria e Estados da Matéria A matéria é o material físico do universo. Matéria é tudo que tem massa e ocupa certo lugar no espaço. Na antiguidade, o homem chegou a acreditar que toda matéria existente

Leia mais

INDUFIX FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS FISPQ 014 REVISÃO: 30/03/2014 PÁGINA 1/6 1 IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA

INDUFIX FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS FISPQ 014 REVISÃO: 30/03/2014 PÁGINA 1/6 1 IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA FISPQ 014 REVISÃO: 30/03/2014 PÁGINA 1/6 1 IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA Nome do produto: Indufix Código interno: 2000 Empresa: Indutil Indústria de Tintas Ltda. e-mail: indutil@indutil.com.br

Leia mais

Funcionamento de uma Torre de Resfriamento de Água

Funcionamento de uma Torre de Resfriamento de Água Funcionamento de uma Torre de Resfriamento de Água Giorgia Francine Cortinovis (EPUSP) Tah Wun Song (EPUSP) 1) Introdução Em muitos processos, há necessidade de remover carga térmica de um dado sistema

Leia mais

Princípios de combate ao fogo

Princípios de combate ao fogo Princípios de combate ao fogo Mauricio Vidal de Carvalho Entende-se por fogo o efeito da reação química de um material combustível com desprendimento de luz e calor em forma de chama. Grande parte das

Leia mais

Nesse sistema de aquecimento,

Nesse sistema de aquecimento, Enem 2007 1- Ao beber uma solução de glicose (C 6 H 12 O 6 ), um corta-cana ingere uma substância: (A) que, ao ser degradada pelo organismo, produz energia que pode ser usada para movimentar o corpo. (B)

Leia mais

4027 Síntese de 11-cloroundec-1-eno a partir de 10-undecen-1-ol

4027 Síntese de 11-cloroundec-1-eno a partir de 10-undecen-1-ol 4027 Síntese de 11-cloroundec-1-eno a partir de 10-undecen-1-ol OH SOCl 2 Cl + HCl + SO 2 C 11 H 22 O C 11 H 21 Cl (170.3) (119.0) (188.7) (36.5) (64.1) Classificação Tipos de reações e classes das substâncias

Leia mais

ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 3º TRIMESTRE 8º ANO DISCIPLINA: FÍSICA

ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 3º TRIMESTRE 8º ANO DISCIPLINA: FÍSICA ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA 3º TRIMESTRE 8º ANO DISCIPLINA: FÍSICA Observações: 1- Antes de responder às atividades, releia o material entregue sobre Sugestão de Como Estudar. 2 - Os exercícios

Leia mais

Reciclagem polímeros

Reciclagem polímeros Reciclagem polímeros Reciclagem Química A reciclagem química reprocessa plásticos transformando-os em petroquímicos básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como matéria-prima, em refinarias

Leia mais

Comércio de Produtos Químicos

Comércio de Produtos Químicos Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos FISPQ 1.) Identificação do Produto Nome do Produto: Pombo Código do Produto: Pr 295307 2.) Composição e Informação sobre os Ingredientes Substância:

Leia mais

Operação Unitária de Centrifugação

Operação Unitária de Centrifugação UFPR Setor de Ciências da Saúde Curso de Farmácia Disciplina de Física Industrial Operação Unitária de Centrifugação Prof. Dr. Marco André Cardoso Centrifugação Operação unitária com a principal finalidade

Leia mais

Ciclo: 3º Ano: 7º Disciplina: Físico-Química. Atividades / Estratégias. Nº aulas previstas. Avaliação

Ciclo: 3º Ano: 7º Disciplina: Físico-Química. Atividades / Estratégias. Nº aulas previstas. Avaliação código 171608 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. DOMINGOS JARDO Direção Regional de Educação de Lisboa Ciclo: º Ano: 7º Disciplina: Físico-Química Conteúdos I - O Universo 1. O que existe no Universo 1.1 Estrutura

Leia mais

Janine Coutinho Canuto

Janine Coutinho Canuto Janine Coutinho Canuto Termologia é a parte da física que estuda o calor. Muitas vezes o calor é confundido com a temperatura, vamos ver alguns conceitos que irão facilitar o entendimento do calor. É a

Leia mais

Sistema de vácuo ICE Condensation Körting. para aplicações em óleo comestível

Sistema de vácuo ICE Condensation Körting. para aplicações em óleo comestível Sistema de vácuo ICE Condensation Körting para aplicações em óleo comestível Sistema de vácuo ICE Condensation No mercado de hoje em dia, o sistema de vácuo ICE Condensation Körting faz sentido! Como todos

Leia mais

Início 15.09.11 03.01.12 10.04.12 Final 16.12.11 23.03.12 08.06.12 Interrupções - 20 22 Fev 2012 -

Início 15.09.11 03.01.12 10.04.12 Final 16.12.11 23.03.12 08.06.12 Interrupções - 20 22 Fev 2012 - TOTAL Outras Atividades Tema B: Terra em Transformação Tema A: Terra no Espaço Departamento de Matemática e Ciências Experimentais PLANIFICAÇÃO 7º Ano de Ciências Físico-Químicas Ano Letivo 2011 / 2012

Leia mais

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa)

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa) Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa) Aymoré de Castro Alvim Filho Eng. Eletricista, Dr. Especialista em Regulação, SRG/ANEEL 10/02/2009 Cartagena de Indias, Colombia Caracterização

Leia mais

Portaria nº 795 de 15/12/93 D. O. U. 29/12/93 NORMA DE IDENTIDADE, QUALIDADE, EMBALAGEM, MARCAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO FARELO DE SOJA

Portaria nº 795 de 15/12/93 D. O. U. 29/12/93 NORMA DE IDENTIDADE, QUALIDADE, EMBALAGEM, MARCAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO FARELO DE SOJA Portaria nº 795 de 15/12/93 D. O. U. 29/12/93 NORMA DE IDENTIDADE, QUALIDADE, EMBALAGEM, MARCAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO FARELO DE SOJA 01. OBJETIVO: Esta norma tem por objetivo definir as características de

Leia mais

CATÁLOGO DOS PRODUTOS QUIMICOS

CATÁLOGO DOS PRODUTOS QUIMICOS CATÁLOGO DOS PRODUTOS QUIMICOS COMERCIALIZADOS PELA: Polímeros Catiônicos (Polieletrólitos) Funções e Benefícios Os Polímeros catiônicos comercializados pela AUTON têm alto poder de floculação, sendo utilizados

Leia mais

16/04/2015. Aldeídos, cetonas, ácidos, alcoóis e peróxidos.

16/04/2015. Aldeídos, cetonas, ácidos, alcoóis e peróxidos. Causas da degradação de lipídeos: oxidação, hidrólise, pirólise e absorção de sabores e odores estranhos. Profa: Nádia Fátima Gibrim A oxidação é a principal causa de deterioração e altera diversas propriedades:

Leia mais

23-05-2012. Sumário. Materiais. Processos de separação dos componentes duma mistura

23-05-2012. Sumário. Materiais. Processos de separação dos componentes duma mistura Sumário 6º Teste de avaliação. Processos de separação dos componentes de uma mistura. Separação de componentes de misturas: Heterogéneas sólidas; Heterogéneas sólidas-líquidas; Heterogéneas líquidas; Homogéneas

Leia mais

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras MEIOS DE CULTURA Associação equilibrada de agentes químicos (nutrientes, ph, etc.) e físicos (temperatura, viscosidade, atmosfera, etc) que permitem o cultivo de microorganismos fora de seu habitat natural.

Leia mais

Experimento. Técnicas de medição de volumes em Laboratório. Prof. Honda Experimento Técnicas de medição de volumes em Laboratório Página 1

Experimento. Técnicas de medição de volumes em Laboratório. Prof. Honda Experimento Técnicas de medição de volumes em Laboratório Página 1 Experimento Técnicas de medição de volumes em Laboratório Objetivo: Conhecer os materiais volumétricos e as técnicas de utilização desses materiais. I. Introdução teórica: Medir volumes de líquidos faz

Leia mais

TORRE DE. Engenharia mecânica. Adriano Beraldo Daniel Alves Danilo Di Lazzaro Diogenes Fernandes Paulo Berbel

TORRE DE. Engenharia mecânica. Adriano Beraldo Daniel Alves Danilo Di Lazzaro Diogenes Fernandes Paulo Berbel TORRE DE RESFRIAMENTO Engenharia mecânica Adriano Beraldo Daniel Alves Danilo Di Lazzaro Diogenes Fernandes Paulo Berbel FIGURA 01: Introdução São equipamentos utilizados para o resfriamento e reaproveitamento

Leia mais

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FULIGEM

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FULIGEM SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FULIGEM Para atender às regulamentações ambientais de hoje, os gases emitidos por caldeiras que utilizam bagaço de cana e outros tipos de biomassa similares devem, obrigatoriamente,

Leia mais

QUÍMICA Exercícios de revisão resolvidos

QUÍMICA Exercícios de revisão resolvidos 13. (ENEM 2014) O principal processo industrial utilizado na produção de fenol é a oxidação do cumeno (isopropilbenzeno). A equação mostra que esse processo envolve a formação do hidroperóxido de cumila,

Leia mais

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS QUÍMICA GERAL

PROPRIEDADES DOS MATERIAIS QUÍMICA GERAL PROPRIEDADES DOS MATERIAIS QUÍMICA GERAL PROPRIEDADES DA MATÉRIA CONCEITOS BÁSICOS MATÉRIA: tudo o que tem massa e ocupa lugar no espaço. CORPO/OBJETO: porção limitada da matéria. MASSA: quantidade matéria,

Leia mais

Introdução ao Tratamento de Resíduos Industriais

Introdução ao Tratamento de Resíduos Industriais Introdução ao Tratamento de Resíduos Industriais Disciplina : Tratamento de Resíduos Professor : Jean Carlo Alanis Peneiras : Utilizadas para remoção de sólidos finos e/ou fibrosos; Possuem abertura de

Leia mais

Transições de Fase de Substâncias Simples

Transições de Fase de Substâncias Simples Transições de Fase de Substâncias Simples Como exemplo de transição de fase, vamos discutir a liquefação de uma amostra de gás por um processo de redução de volume a temperatura constante. Consideremos,

Leia mais

Equipamentos de Controle de

Equipamentos de Controle de Módulo VI Equipamentos de Controle de Poluição do Ar Equipamentos de Controle de Poluição do Ar Controle da emissão de material particulado Filtros de Manga Coletores Inerciais ou Gravitacionais Coletores

Leia mais

Matéria e energia nos ecossistemas

Matéria e energia nos ecossistemas Aula de hoje Matéria e energia nos ecossistemas Matéria e energia nos ecossistemas A forma e funcionamento dos organismos vivos evoluiu parcialmente il em respostas às condições prevalecentes no mundo

Leia mais

Telefones: (31) 3471-9659/8896-9659 E-mail: vendas@marcosultoria.com Site: www.marconsultoria.com

Telefones: (31) 3471-9659/8896-9659 E-mail: vendas@marcosultoria.com Site: www.marconsultoria.com Telefones: (31) 3471-9659/8896-9659 E-mail: vendas@marcosultoria.com NOSSA EMPRESA A MAR Consultoria Ambiental, sediada em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi criada em 2002 para atender às lacunas existentes

Leia mais

EXTRUTOP FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS FISPQ 017 REVISÃO: 30/03/2014 PÁGINA 1/6 1 IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA

EXTRUTOP FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS FISPQ 017 REVISÃO: 30/03/2014 PÁGINA 1/6 1 IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA FISPQ 017 REVISÃO: 30/03/2014 PÁGINA 1/6 1 IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA Nome do produto: Extrutop Código interno: AGM215 e AGM216 Empresa: Indutil Indústria de Tintas Ltda. e-mail: indutil@indutil.com.br

Leia mais

Introdução. Muitas reações ocorrem completamente e de forma irreversível como por exemplo a reação da queima de um papel ou palito de fósforo.

Introdução. Muitas reações ocorrem completamente e de forma irreversível como por exemplo a reação da queima de um papel ou palito de fósforo. Introdução Muitas reações ocorrem completamente e de forma irreversível como por exemplo a reação da queima de um papel ou palito de fósforo. Existem também sistemas, em que as reações direta e inversa

Leia mais

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL

ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL ANÁLISE QUÍMICA INSTRUMENTAL CROMATOGRAFIA 2 1 6 Ed. Cap. 10 268-294 6 Ed. Cap. 6 Pg.209-219 6 Ed. Cap. 28 Pg.756-829 6 Ed. Cap. 21 Pg.483-501 3 Separação Química Princípios de uma separação. Uma mistura

Leia mais

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA

14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA 14 COMBUSTÍVEIS E TEMPERATURA DE CHAMA O calor gerado pela reação de combustão é muito usado industrialmente. Entre inúmeros empregos podemos citar três aplicações mais importantes e frequentes: = Geração

Leia mais

Fundamentos de Automação. Hidráulica 01/06/2015. Hidráulica. Hidráulica. Hidráulica. Considerações Iniciais CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Fundamentos de Automação. Hidráulica 01/06/2015. Hidráulica. Hidráulica. Hidráulica. Considerações Iniciais CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL Ministério da educação - MEC Secretaria de Educação Profissional e Técnica SETEC Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Rio Grande Fundamentos de Automação CURSO

Leia mais

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com

Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Profa. Maria Fernanda - Química nandacampos.mendonc@gmail.com Estudo de caso Reúnam-se em grupos de máximo 5 alunos e proponha uma solução para o seguinte caso: A morte dos peixes ornamentais. Para isso

Leia mais

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos SECAGEM DE GRÃOS Disciplina: Armazenamento de Grãos 1. Introdução - grãos colhidos com teores elevados de umidade, para diminuir perdas:. permanecem menos tempo na lavoura;. ficam menos sujeitos ao ataque

Leia mais

OPERAÇÕES E PROCESSOS DA T.A.

OPERAÇÕES E PROCESSOS DA T.A. Temperatura ambiental A temperatura no armazenamento do produto alimentício está condicionada à exposição deste a diferentes graus de calor ou de frio. Modificações indesejáveis à qualidade do produto:

Leia mais

SEPARAÇÃO DE MISTURAS. Pr ofª Tatiana Lima

SEPARAÇÃO DE MISTURAS. Pr ofª Tatiana Lima SEPARAÇÃO DE MISTURAS Pr ofª Tatiana Lima As separações de misturas estão baseadas nas diferenças de propriedades entre os componentes de uma mistura. Soluções são misturas homogêneas, onde o solvente

Leia mais

Mudanças de Fase. Estado de agregação da matéria

Mudanças de Fase. Estado de agregação da matéria Mudanças de Fase Estado de agregação da matéria Investigando melhor... Para produzirmos gelo é preciso levar água até o congelador. Para produzirmos vapor é preciso levar água à chama de um fogão. Por

Leia mais