N/Referência: P.º C.C. 56/2017 STJ-CC Data de homologação:

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1 DIVULGAÇÃO DE PARECER DO CONSELHO CONSULTIVO N.º 18/ CC /2018 N/Referência: P.º C.C. 56/2017 STJ-CC Data de homologação: Consulente: Conservatória do Registo Civil de F. Assunto: Palavras-chave: Competência das conservatórias do registo civil para alteração dos acordos do exercício das responsabilidades parentais Artigo 274.º-A do Código do Registo Civil, introduzido pela Lei nº 5/2017, de 2 de março e Lei nº 141/2015, de 8 de setembro (Regime Geral do Processo Tutelar Cível) Competência dos ajudantes, em substituição legal do conservador para decisão de processos de regulação/alteração das responsabilidades parentais por mútuo acordo Lei nº 5/2017. Alteração de regulação do exercício das responsabilidades parentais competência das conservatórias do registo civil Lei nº 5/2017, de 2 de março Lei nº 141/2015, de 8 de setembro Competência dos ajudantes em substitição legal do conservador Questões suscitadas: 1 - A senhora conservadora do registo civil de F... veio formular consulta sobre Definição da regra de competência das Conservatórias do Registo Civil para alteração do acordo sobre o exercício das responsabilidades parentais e sobre Conservatória competente para receber o processo de regulação das responsabilidades parentais. Indica a legislação aplicável: o artigo 274º-A, do Código do Registo Civil (CRC), introduzido pela Lei nº 5/2017, de 2 de março, e os artigos 11º e 42º, do Regulamento Geral do Processo Tutelar Cível (RGPTC), aprovado pela Lei nº 141/2015, de 8 de setembro. A consulta tem subjacente a seguinte situação concreta: Foi apresentado e recebido na Conservatória do Registo Civil de F..., um processo de alteração de acordo do exercício das responsabilidades parentais de menor; O acordo do exercício das responsabilidades parentais inicial havia corrido seus termos no âmbito do processo de divórcio por mútuo consentimento, dos progenitores do menor, na Conservatória do Registo Civil de L...; A Senhora Conservadora do Registo Civil de F..., depois de analisado o processo de alteração, remeteu-o ao Senhor Procurador da República junto do Tribunal de Família e Menores de L..., em conformidade com o estatuído no artigo 274º-A, nº 4, acima indicado; O Senhor Procurador junto do Tribunal de L... proferiu despacho a declarar incompetente aquela Conservatória de F... para receber o processo de alteração, por violação das regras de conexão processual, estabelecidas nos artigos 11º e 42º, do Regime Geral do Processo Tutelar Cível. 1/8

2 Na sua exposição indica a consulente que parece não assistir razão ao Sr. Procurador da República. Considera que, na verdade, haverá todo o interesse em que a alteração do acordo sobre o exercício das responsabilidades parentais seja ponderada com a análise do que primeiramente foi acordado, contudo, esta situação fica devidamente acautelada se o processo de alteração for instruído com cópia ou certidão do acordo anteriormente homologado, ficando assim prejudicado o que é invocado pelo Magistrado do MP de L... e a possível violação das regras de conexão processual. Entende que resulta claramente do nº 1 do dito artigo 274º-A, introduzido pela referida Lei nº 5/2017, que a alteração da regulação das responsabilidades parentais pode ser requerida a todo o tempo junto de qualquer conservatória do registo civil. 2. Posteriormente, apresentaram outras conservatórias uma outra questão que se prende com a competência dos ajudantes, em substituição legal do conservador, para proferir decisões em processos de regulação do exercício das responsabilidades parentais, por não resultar da Lei nº 5/2017 que se trata de um processo da exclusiva competência do conservador. 3. Foi ainda integrado, em 12 de dezembro de 2017, pedido de informação acerca da possibilidade da senhora conservadora de A., em substituição legal do conservador de V..., poder lavrar e confirmar, na Conservatória de A..., com o utilizador que lhe foi atribuído como conservadora em substituição legal do conservador de V..., a decisão de homologação do acordo do exercício das responsabilidades parentais, apresentados nesta última conservatória, pelo facto de não se realizar presencialmente conferência de pais, ou seja, a possibilidade de trabalhar informaticamente na Conservatória de A... os processos entrados na Conservatória de V... Com base na consideração de se tratar de matéria ainda não apreciada pelo IRN, IP, foi superiormente determinada a sua apreciação por parte deste Conselho. Cumpre, então, analisar e decidir: 1 As questões colocadas a apreciação surgiram da aplicação da lei que estabelece o regime de regulação das responsabilidades parentais por mútuo acordo junto das conservatórias do registo civil - a Lei nº 5/2017, de 2 de março, que entrou em vigor em 1 de abril de 2017, e que alterou o Código Civil e o Código do Registo Civil. A primeira questão prende-se com a competência das conservatórias do registo civil para processos de regulação e alteração de acordos sobre o exercício das responsabilidades parentais; a segunda questão prende-se com a competência dos ajudantes, em substituição legal de conservador, na prolação das decisões desses processos, e a última questão a ser integrada não é de caráter jurídico, mas sim espaço-aplicacional. 2/8

3 2 - Passemos à análise da primeira questão: É assinalado no Projeto de Lei nº 149/XIII, apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista, na Exposição de Motivos, que através da Lei nº 61/2008, de 31 de outubro, se procedeu a relevantes alterações ao Código Civil 1, o que permite hoje aos pais casados 2, ser possível, no âmbito de um processo de divórcio por mútuo consentimento, tramitá-lo integralmente junto das conservatórias do registo civil procedendo à fixação do acordo do exercício das responsabilidades parentais. A experiência de mais de sete anos de aplicação do regime é reveladora de um balanço francamente positivo cumprindo um desiderato relevante de desburocratização ( ). Releva na mesma exposição de motivos que tal faculdade não é reconhecida aos pais não casados 3 que pretendam proceder à regulação das responsabilidades parentais por mútuo acordo junto das conservatórias do registo civil, obrigando ao recurso direto aos meios judiciais, o que acarreta encargos adicionais para as partes e uma sobrecarga desnecessária para o sistema judicial, ou, alternativamente, a manutenção de situações de resolução informal da regulação das responsabilidades parentais, com menor certeza e segurança jurídica para os menores e suas famílias. Com base nestes motivos foi, então, publicada em 2 de março de 2017, a Lei nº 5/2017. Sobre o objeto desta Lei nº 5/2017, dita o seu artigo 1º que A presente lei estabelece o regime de regulação das responsabilidades parentais por mútuo acordo junto das Conservatórias do Registo Civil em caso de separação de facto e de dissolução de união de facto, bem como entre pais não casados, nem unidos de facto, procedendo à alteração do Código Civil ( ) e do Código do Registo Civil ( ). A alteração ao Código Civil versa sobre os artigos 1909º - Separação de facto, 1911º - Filiação estabelecida quanto a ambos os progenitores que vivem em condições análogas às dos cônjuges, e 1912º - Filiação estabelecida quanto a ambos os progenitores que não vivem em condições análogas às dos cônjuges. Tendo sido ao Código do Registo Civil aditados os artigos 274º-A a 274º-C, que estabelecem a tramitação do processo. Com esta alteração à lei substantiva e à lei adjetiva, podem os progenitores em situação de separação de facto, ou de dissolução de união de facto, ou não casados ou não unidos de facto, caso pretendam, regular por mútuo acordo o exercício das responsabilidades parentais dos filhos menores de ambos, ou proceder à alteração de acordo já homologado, requerê-lo a todo o tempo junto de qualquer Conservatória do Registo Civil, nos termos do 1 Não é inteiramente rigorosa a alusão à Lei nº 61/2008, de 31 de outubro, enquanto diploma determinante da possibilidade de instauração, por pais casados, de um processo de divórcio por mútuo consentimento tramitado integralmente junto das Conservatórias do Registo Civil, possibilidade que existe no ordenamento jurídico português desde o Decreto-lei nº 272/2001, de 13 de outubro. In, Parecer do Conselho Superior da Magistratura ao Projeto de Lei nº 149/XIII, datado de 26 de abril de 2016, pág. 2 2 Negrito nosso 3 3/8

4 disposto nos artigos 274º-A a 274º- C, do Código do Registo Civil, ou 4 requerer a homologação judicial de acordo de regulação das responsabilidades parentais nos termos previstos no Regime Geral do Processo Tutelar Cível, aprovado pela Lei nº 141/2015, de 8 de setembro atual redação do nº 2 do artigo 1909º e, por remissão, os nºs 2 dos artigos 1911º e 1912º, todos do Código Civil permitindo aos progenitores optarem pela instauração do processo na conservatória ou no tribunal. Da leitura do indicado artigo 274º-A, resulta que os progenitores, qualquer que seja a sua situação vivencial, podem junto de qualquer conservatória do registo civil, requerer a homologação ou alteração de acordo do exercício das responsabilidades parentais de seus filhos menores. O artigo 1º da indicada Lei nº 5/2017 refere que esta tem por objeto a regulação das responsabilidades parentais por mútuo acordo, junto de qualquer conservatória do registo civil, em caso de separação de facto e de dissolução de união de facto, bem como entre pais não casados, nem unidos de facto 5, aplicando-se na sua tramitação o disposto nos artigos 274º-A a 274º-C, do Código do Registo Civil. Como é sabido, para os progenitores casados um com o outro, já existia e existe legislação que lhes permitia e permite, no âmbito de um processo de divórcio por mútuo consentimento, tramitado nas conservatórias do registo civil, procederem à fixação do acordo sobre o exercício das responsabilidades parentais de seus filhos menores Decreto-lei nº 272/2001, de 13 de outubro, artigo 1905º, do Código Civil, com a redação dada pela Lei nº 61/2008, de 31 de outubro 6. O indicado artigo 274º-A do Código do Registo Civil, introduzido pela mencionada Lei nº 5/2017, permite aos progenitores não só requerer a regulação do exercício das responsabilidades parentais, na conservatória do registo civil, como permite, também, proceder à alteração de acordo já homologado. No âmbito da desjudicialização que o legislador tem vindo a empreender nesta matéria, na prática, com esta nova Lei, podem ser configuradas três situações: I - requerimento de homologação de acordo do exercício das responsabilidades parentais, inicial 7, pode ser apresentado pelos progenitores referidos no artigo 1º da Lei nº 5/2017, em qualquer conservatória do registo 4 5 Sublinhado nosso. 6 Com esta Lei nº 61/2008, de 31 de outubro passaram a existir três modalidades de divórcio: a) o divórcio por mútuo consentimento requerido na conservatória do registo civil; b) o divórcio por mútuo consentimento requerido no tribunal quando os cônjuges estejam de acordo em divorciar-se, mas não estejam de acordo quanto aos outros aspetos, nomeadamente, responsabilidades parentais dos filhos menores; c) o divórcio sem consentimento de um dos cônjuges. 7 4/8

5 civil 8 artigos 1909º, nº 2, 1911º, nº 2 e 1912, nº 2, do Código Civil (CC) e 274º-A, nº 1, do Código do Registo Civil (CRC) ou 9 no tribunal da residência da criança no momento em que o processo foi instaurado artigos 1909º, referido, 3º, alínea c), 6º, 7º, 8º e 9º da Lei nº 141/2015, de 8 de setembro, que aprovou o Regime Geral do Processo Tutelar Cível (RGPTC); II - requerimento de alteração de acordo já homologado pela Conservatória do Registo Civil 10, pode ser apresentado pelos progenitores indicados no aludido artigo 1º, da Lei nº 5/2017, em qualquer conservatória do registo civil 11 artigos 1909º, nº 2, 1911º, nº 2 e 1912, nº 2, do CC e 274º-A, nº 1 do CRC ou no tribunal artigos 1909º, nº 2, do CC e 42º nºs 1 e 2, alínea a) do RGPTC; III requerimento de alteração de acordo já homologado pelo tribunal 12, pode ser apresentado pelos progenitores indicados no aludido artigo 1º, da Lei nº 5/2017, em qualquer conservatória do registo civil 13 artigos 1909º, nº 2, 1911º, nº 2 e 1912º, nº 2, do CC e 274º-A, nº 1 do CRC ou 14 no tribunal artigos 1909º, nº 2, do CC e 42º nºs 1 e 2, alínea a) do RGPTC. Será, então, que assiste razão ao Sr. Procurador da República junto do Tribunal de Família e Menores da Comarca de L..., quando refere a incompetência da Conservatória do Registo Civil, pelo facto da Lei nº 5/2017, de 2 de março, não poder prejudicar o cumprimento das regras de conexão processual previstas nos artigos 11º e 42º do RGPTC? Não nos parece que assim seja. Afigura-se-nos que, sendo a indicada Lei nº 5/2017, de 2 de março, posterior ao Regime Geral do Processo Tutelar Cível, aprovado pela Lei nº 141/2015, de 8 de setembro, certamente que o legislador ponderou e criou essa regra de competência para as conservatórias do registo civil, não prevendo nenhuma exceção de conexão. Aliás, mesmo que assim não fosse, o nº 2 do artigo 11º, do indicado RGPTC, afasta a aplicação da regra de competência por conexão nos processos que sejam da competência das conservatórias do registo civil. 3 Passámos agora à segunda questão, que diz respeito à competência dos ajudantes em substituição legal do conservador na prolação das decisões em processos de regulação das responsabilidades parentais por mútuo /8

6 acordo, criado pela indicada Lei nº 5/2017. Sabemos que o Decreto Regulamentar nº 55/80, de 8 de outubro, que aprovou o Regulamento dos Serviços dos Registos e do Notariado, determina, no nº 4 do artigo 93º, com a redação que lhe foi dada pelo artigo 19º, do Decreto-lei nº 116/2008, de 4 de julho, o seguinte: Salvo disposição legal em contrário 15, os ajudantes em substituição legal do conservador ou notário, podem desempenhar todas as funções que a estes competem., pelo que, não prevendo a mencionada Lei nº 5/2017 nas suas disposições que a decisão seja da exclusiva competência do conservador, tal falta de previsão poderia levar-nos a concluir que os ajudantes, quando em substituição legal do conservador, terão competência para proferir essas decisões nesses processos de regulação das responsabilidades parentais por mútuo acordo. Porém, chegamos a conclusão diferente após uma leitura mais atenta da Lei nº 5/2017. Verificamos que, pelo artigo 4º, foi aditada a subsecção VII-A, à secção III do capítulo II do título III, do Código do Registo Civil, com a designação «Processo de regulação das responsabilidades parentais por mútuo acordo». Neste título III capítulo II são regulados os Processos privativos do registo civil, sendo que, na sua secção III, se encontram regulados os Processos especiais. Esta secção III está subdividida em dez subsecções, respeitantes a dez processos especiais, três delas já revogadas (subsecções V, VIII e X). Em todas as subsecções subsistentes à exceção da I e IX referentes, respetivamente, ao processo de impedimento do casamento e ao processo de alteração de nome 16, existem dispositivos que determinam ser da exclusiva competência do conservador as decisões desses processos. Com mais evidência na subsecção VII referente ao processo de divórcio e de separação de pessoas e bens por mútuo consentimento, na qual, caso haja filhos menores, se regula o acordo do exercício das responsabilidades parentais, mais concretamente no nº 6 do artigo 272º, do mesmo Código, o qual determina: A decisão dos processos previstos nesta subsecção é da exclusiva competência do conservador, sem prejuízo da possibilidade de delegação de competências em oficial dos registos para os atos previstos no artigo 272º-B. (partilha do património conjugal e registos). Igual determinação existe no artigo 17º do Decreto-lei nº 272/2001, de 13 de outubro, no sentido de que as decisões do conservador, no âmbito dos processos previstos no capítulo III, nomeadamente, o processo de separação e divórcio por mútuo consentimento, são da sua exclusiva competência. O nº 2 deste último artigo estabelece mais Quando, na conservatória em que tenha sido apresentado requerimento nos termos dos artigos 5º ou 12º, se verifique vacatura do lugar, licença ou impedimento do conservador que se presuma superior a 30 dias, é este substituído por conservador do registo civil do mesmo concelho ou de concelho limítrofe, nos termos fixados por despacho do diretor-geral dos Registos e do Notariado., e o nº 3 determina que O regime previsto no 15 Sublinhado nosso 16 Quanto ao processo de impedimento do casamento por estar a sua verificação subjacente ao próprio despacho para casamento, para o qual os ajudantes são competentes quando em substituição legal do conservador; quanto ao processo de alteração de nome, por ser da competência do conservador dos Registos Centrais Lisboa 6/8

7 número anterior é aplicável às decisões dos demais processos especiais que, nos termos do Código do Registo Civil, são da exclusiva competência do conservador. Quer isto dizer que as decisões em todos os processos especiais regulados no Código do Registo Civil, onde se inclui o processo de regulação das responsabilidades parentais por mútuo acordo, introduzido pela mencionada Lei nº 5/2017, em caso de vacatura do lugar, licença ou impedimento do conservador que se presuma superior a 30 dias, são proferidas por conservador do registo civil do mesmo concelho ou de concelho limítrofe, que o substitui, nos termos do despacho nº 28/2001, de , do Diretor-geral dos Registos e do Notariado. Podemos acrescentar a esta questão o elemento histórico buscando no ano de 1995 a atribuição da competência decisória às conservatórias do registo civil dos processos de divórcio e separação de pessoas e bens por mútuo consentimento, pelo Decreto-lei nº 131/95, de 6 de junho. E, na senda desta desjudicialização, em 2001, operouse, com o Decreto-lei nº 272/2001, de 13 de outubro, já aludido, a transferência desses processos para aquelas conservatórias, acompanhada da competência exclusiva nessas matérias, mesmo no caso em que existem filhos menores. Posteriormente, como já mencionámos, foi publicada a Lei nº 61/2008, de 31 de outubro. Não podemos esquecer a elevada sensibilidade que estas matérias requerem, nas quais continua a haver intervenção por parte do Estado através da participação ativa do Ministério Público, pois que estão em causa os interesses de pessoas vulneráveis, como são as crianças, cujos direitos se devem salvaguardar 17 e em que o Ministério Público representa um papel fundamental na representação dos incapazes artigo 3º, nº 1, alínea a), da Lei nº 47/86, de 15 de outubro (Estatuto do Ministério Público). Do que fica explanado, concluímos que, de acordo com os princípios interpretativos estabelecidos no artigo 9º, do Código Civil, e tendo em conta a unidade do sistema jurídico, também estes processos serão da competência exclusiva do conservador. Efetivamente, a interpretação do diploma não poderá cingir-se à letra da lei, porquanto a classificação do processo das responsabilidades parentais como processo especial, e a sua sistematização no Código do Registo Civil, e na legislação conexa com esta matéria, bem como as circunstâncias em que foi elaborada e as condições específicas do tempo em que é aplicada, torna defensável que a vontade real do legislador é no sentido de que este processo seja da competência exclusiva do conservador. Quanto à terceira e última questão, que consideramos ser de ordem prática, parece-nos não haver óbice a que os conservadores, em substituição legal de outro conservador, possam lavrar e confirmar, nos computadores das 17 Cfr. Constituição da República Portuguesa, Convenção sobre os Direitos da Criança, Convenção Europeia sobre o Exercício dos Direitos da Criança, Convenção da Haia sobre os Aspetos Civis do Rapto Internacional de Crianças, Regulamento (CE) nº 2201/2003, do Conselho, de 27 de novembro de 2003, entre outros. 7/8

8 conservatórias em que estão colocados, com o utilizador que lhes for atribuído na qualidade de conservadores em substituição legal das conservatórias, a decisão de homologação do acordo do exercício das responsabilidades parentais, apresentados nesta última conservatória, caso não se realize presencialmente conferência de pais, ou seja, podem os conservadores trabalhar informaticamente os processos entrados nas conservatórias em que exercem funções em substituição legal, nas conservatórias em que estão colocados. Face ao exposto, extraímos as seguintes conclusões: I Qualquer conservatória do registo civil é competente para receber e decidir: a) - processos iniciais de regulação do exercício das responsabilidades parentais de filhos menores de ambos, apresentados pelos progenitores artigo 274º-A do Código do Registo Civil; b) - processos de alteração de acordos já homologados, cujas decisões homologatórias foram proferidas pelo conservador do registo civil; c) - processos de alteração de acordos já homologados, cujas decisões homologatórias foram proferidas pelo tribunal. II A decisão dos processos de regulação e alteração do exercício das responsabilidades parentais por mútuo acordo é da exclusiva competência do conservador, tendo em consideração a unidade do sistema jurídico. III Em caso de vacatura do lugar, licença ou impedimento do conservador que se presuma superior a 30 dias, as decisões referidas na conclusão anterior são proferidas pelo conservador do registo civil do mesmo concelho ou de concelho limítrofe, que procede à sua substituição, nos termos do despacho nº 28/2001, de , do Diretor-geral dos Registos e do Notariado. IV - Os conservadores podem trabalhar informaticamente, nas conservatórias em que estão colocados, os processos entrados nas conservatórias em que exercem funções em substituição legal. Parecer aprovado em sessão do Conselho Consultivo de 23 de fevereiro de Benilde da Conceição Alves Ferreira, relatora, Paula Marina Oliveira Calado Almeida Lopes, Maria Regina Rodrigues Fontainhas, Maria de Lurdes Barata Pires de Mendes Serrano. Este parecer foi homologado pelo Senhor Presidente do Conselho Diretivo em /8

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