Espinho, 16 de março de João Severino

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1 Espinho, 16 de março de 2016 João Severino

2 Lei n.º 141/2015, de 8 de setembro Aprovou o Regime Geral do Processo Tutelar Cível; Alterou o Regime Jurídico do Apadrinhamento Civil; Revogou a Organização Tutelar de Menores; Entrou em vigor no dia 8 de outubro de 2015; Aplica-se aos processos pendentes, com salvaguarda dos atos praticados na vigência da lei anterior.

3 Âmbito de aplicação e providências tutelares cíveis: O R.G.P.T.C. aplica-se a todas as providências tutelares cíveis e respetivos incidentes, com exceção do processo de adoção e seus procedimentos preliminares. Constituem providências tutelares cíveis as elencadas noart.º 3.º do R.G.P.T.C.

4 ARTIGOS 1901.º E SEGUINTES DO CÓDIGO CIVIL

5 Impõe-se regular o exercício das responsabilidades parentais em caso de: A. Divórcio; B. Separação de facto entre cônjuges; C. Cessação da união de facto; D. Conceção sem coabitação.

6 O que cumpre regular? A residência da criança; Os contactos entre a criança e o progenitor não residente; Os alimentos devidos à criança pelo progenitor não residente.

7 A quem incumbe o exercício das responsabilidades parentais? Aos pais compete reger as pessoas dos filhos menores, protegê-los e administrar os bens deles: o complexo destes direitos constitui o poder paternal. * As mães participam do poder paternal, e devem serouvidas em tudo o que diz respeito aos interesses dos filhos; mas é ao pai que especialmente compete durante o matrimónio, como chefe da família, dirigir, representar e defender seus filhos menores, tanto em juízo como fora dele.

8 A titularidade das responsabilidades parentais pertence a ambos os progenitores, em pé de igualdade, com as precisões seguintes: Divórcio, separação judicial de pessoas e bens, nulidade ou anulação do casamento artigos 1905.º e 1906.º do C.C.; Morte de um dos progenitores artigo 1904.º do C.C.; Incapacidade, ausência ou outro impedimento decretado pelo tribunal artigo 1903.º do C.C.; Separação de facto entre cônjuges artigos 1905.º e 1906.º, aplicáveis por força do disposto no artigo 1909.º, do C.C.

9 Exceções à titularidade conjunta da R.R.P. continuação: Filiação estabelecida apenas relativamente a um dos progenitores artigo 1910.º do C.C.; Filiação estabelecida relativamente a ambos os progenitores, estando estes a viver em união de facto artigo 1911.º do C.C.; Filiação estabelecida relativamente a ambos os progenitores que não vivem em união de facto artigo 1912º do C.C.

10 Exercício das R.P. pelo progenitor e respetivo cônjuge ou unido de facto: O inovador artigo 1904.º-A do C.C. Exercício conjunto das responsabilidades parentais pelo único progenitor da criança e pelo seu cônjuge ou unido de facto.

11 Exclusão do exercício em comum das responsabilidades parentais: I. violência doméstica; II. criança concebida em consequência da prática de crime de natureza sexual; III. completa falta de diálogo e absoluta incapacidade de os progenitores se relacionarem entre si; IV. desinteresse absoluto de um dos progenitores pelo filho; V. grande afastamento geográfico entre um dos progenitores e o seu filho; VI. ausência de um dos progenitores em parte incerta.

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13 A fixação da residência da criança deve considerar: A. competências pessoais e condições socioeconómicas de cada um dos pais para ter o filho consigo; B. adaptação dacriança e continuidade das relações desta; C. necessidades físicas e de saúde da criança.

14 CASA DA MÃE/CASA DO PAI RESIDÊNCIA ALTERNADA RESIDÊNCIA CONJUNTA RESIDÊNCIA COMPARTILHADA GUARDA ALTERNADA GUARDA CONJUNTA GUARDA PARTILHADA

15 Pressupostos do deferimento da residência compartilhada: diálogo permanente e construtivo entre os pais; proximidade de residências; respeito e confiança mútuos entre os progenitores; identidade de estilos de vida e de valores; capacidade de entendimentos quanto às questões de particular importância para a vida da criança.

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17 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E R.R.P. A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DESACONSELHA A RESIDÊNCIA COMPARTILHADA

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19 Vantagens da residência compartilhada: 1) minimizar os efeitos negativos da separação dos pais; 2) manter o mais possível a anterior vida da criança; 3) manter os laços com elementos da família alargada deambos os pais.

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21 A OPINIÃO DA CRIANÇA QUANTO À RESIDÊNCIA COMPARTILHADA Maria, adolescente de catorze anos, passou pela experiência extrajudicial da residência compartilhada. Quando o pai decidiu solicitar ao tribunal que homologasse aquela experiência, a criança pediu para ser ouvida pelos magistrados. Nessa audição, partilhou que gostava igualmente de cada um dos progenitores, ainda que por razões diversas. Pediu para não haver continuidade da residência compartilhada, uma vez que se sentia uma autêntica bola de pingue-pongue. Os pais decidiram, de comum acordo, aceitar a decisão da filha.

22 Critério de apreciação objetivo

23 Alguns exemplos de questões de particular importância: intervenções cirúrgicas com melindre, incluindo estéticas; mudança de residência para o estrangeiro; deslocação a país estrangeiro em guerra ou com tumultos; escolha de estabelecimento de ensino; administração de património que implique oneração; educação religiosa; práticas desportivas perigosas; autorização para contrair casamento;

24 Questões de particular importância continuação: contraceção e interrupção da gravidez; orientação profissional; propositura de ação ou apresentação de queixa; participação em programa televisivo que possa ter consequências nefastas para a criança.

25 A curta vigência do R.G.P.T.C.

26 AUDIÇÃO DA CRIANÇA ARTIGO 5.º pode ser efetuada em qualquer momento processual, por iniciativa do juiz ou a requerimento; a criança deve ser informada, de forma clara, sobre o significado e o alcance da sua audição; ambiente informal, reservado e não uso de traje profissional; intervenção de operadores judiciários com formação adequada; proibição de repetição de audição já realizada em processo diverso; intervenção de técnico especialmente habilitado a acompanhar a criança.

27 COMPETÊNCIA TERRITORIAL E COMPETÊNCIA POR CONEXÃO o Artigo 9.º: o regra geral: tribunal da residência da criança no momento da instauração da ação; o exceções: artigo 9.º n.ºs 2 a 8; o Artigo 11.º: o os processos de diversa natureza instaurados separadamente a favor da mesma criança, que se encontrem pendentes no tribunal ou na C.P.C.J., independentemente do respetivo estado, devem ser apensados ao processo judicial que tiver sido instaurado em primeiro lugar.

28 AUDIÇÃO TÉCNICA ESPECIALIZADA E MEDIAÇÃO FAMILIAR a audição técnica especializada visa a resolução consensual do diferendo e, nas ações de R.E.R.P., também a avaliação das competência parentais; a mediação familiar constitui uma modalidade extrajudicial de resolução de conflitos surgidos no âmbito das relações familiares.

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