Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 14/11/2018. Guarda dos filhos menores.

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1 Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Tipos de guarda. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 14/11/2018 Guarda dos filhos menores. Compartilhada regulada pela lei n.º /2014, sistema de corresponsabilização dos pais separados perante seus filhos menores, ou seja, o poder da imediatividade e a guarda física seria de ambos os pais simultaneamente. Requisitos da guarda compartilhada: Os pais deverão morar próximo, para que se de afetividade ao poder da imediatividade; Alternância em períodos curtos de convivência, para não confundir com guarda alternada; Ambos os pais querem a guarda e ambos devem ter condições mínimas de requerer a guarda, se um dos cônjuges não quiser não tem como aplicar; Estabelecer residência (materna ou paterna); Alimentos; Os alimentos dependem da proporcionalidade da renda de ambos pais, para maior segurança da criança a administração dos gastos deve ficar com a mãe, sendo os gastos fixos com escola, convênio médico, cursos extracurriculares, esportes e vestuário precisam ser divididos de acordo com a proporcionalidade de cada um dos pais. Observe a Lei /2014 que estabelece a guarda compartilhada

2 A lei /2014 estabelece a guarda compartilhada e alterou a guarda unilateral e o poder familiar. O STJ entende que não cabe prestação de contas em alimentos, contudo a lei /14 incluiu o parágrafo 5º no artigo do Código Civil possibilitando esta realidade, para quaisquer uns pais que não detenha o poder imediato. O entendimento do Superior Tribunal de Justiça em relação à prestação de contas se dá por conta que na primeira fase se presta contas e na segunda se cobra o que não foi usado pelo alimentado, contudo os alimentos são inrrestituíveis. Em caso de lítigio dos pais em relação a guarda a lei determina a guarda compartilhada, contudo se um dos pais não quiser a guarda compartilhada não é possível estabelecer, artigo º, in verbis: Art A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: I requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; II decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. 1º Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à mãe o significado da guarda compartilhada, a sua importância, a similitude de deveres e direitos atribuídos aos genitores e as sanções pelo descumprimento de suas cláusulas. 2º Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor. 3º Para estabelecer as atribuições do pai e da mãe e os períodos de convivência sob guarda compartilhada, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, poderá basear-se em orientação 2

3 técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar, que deverá visar à divisão equilibrada do tempo com o pai e com a mãe. 4º A alteração não autorizada ou o descumprimento imotivado de cláusula de guarda unilateral ou compartilhada poderá implicar a redução de prerrogativas atribuídas ao seu detentor. 5º Se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda a pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, o grau de parentesco e as relações de afinidade e afetividade. 6º Qualquer estabelecimento público ou privado é obrigado a prestar informações a qualquer dos genitores sobre os filhos destes, sob pena de multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da solicitação. (Grifo nosso). A multa do parágrafo sexto se aplica a estabelecimentos que não conceder as informações sobre o filho quando solicitado por um dos genitores. Os avôs têm direito de visita garantido aos netos, pelo parágrafo único do artigo do código civil, mas para ter efetividade o juiz precisa determinar. A lei /14 também alterou o poder familiar, não se extinguindo com a separação ou divórcio, como observado no artigo do CC, logo, compete a ambos os pais o poder familiar pleno dos filhos memores, indiferente da situação conjugal. 3

4 Art Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: I - dirigir-lhes a criação e a educação; II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art ; III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior; V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para outro Município; VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. Filho menor de 18 anos e maior de 16 anos precisa do consentimento dos pais para casar. Se um dos pais não consentir precisa de decisão judicial, exceto se quem não permitir tiver sido destituído do poder familiar. Para viajar ao exterior o menor precisa de autorização de ambos os pais. Hoje é possível conceder autorização direto no passaporte do menor. Precisa de consentimento de ambos os pais para mudar a residência permanente para outro município. 4

5 As ações de guarda seguem o rito do artigo 693 do CPC, sendo necessária audiência de mediação e conciliação, sendo o foro competente o do domicílio do menor e obrigatória presença do MP. Observe a peça de guarda disponibilizada pelo professor! Se já existir uma ação de separação em trâmite o juízo competente para julgar a ação de guarda será este. Alienação parental. Alienação parental é quando o pai ou a mãe utiliza meios para afastar o filho do outro genitor (cerceamento de visita, falar mal, mostrar processo para a criança) a lei /2010 buscar punir a prática (ato) de alienação parental. Temos a síndrome e o ato de alienação parental, a diferença da síndrome para o ato é que neste último ainda não está configurada a doença (síndrome), quando ocorre a síndrome é possível que quando adulto esta pessoa se torne um alienador. Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Duarrte. 5