UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA Levantamento e análise faunística da artropodofauna de ocorrência na cultura do milho (Zea mays) e estudo do efeito de inseticidas sobre organismos não alvos Antonio Cesar dos Santos Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das exigências para a obtenção do título de Doutor em Ciências, Área: Entomologia Ribeirão Preto SP 2006

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3 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FFCLRP DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENTOMOLOGIA Levantamento e análise faunística da artropodofauna de ocorrência na cultura do milho (Zea mays) e estudo do efeito de inseticidas sobre organismos não alvos Antonio Cesar dos Santos Orientador: Prof. Dr. Odair Aparecido Fernandes Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, como parte das exigências para a obtenção do título de Doutor em Ciências, Área: Entomologia Ribeirão Preto SP 2006

4 A minha esposa ANDRÉA, meu filho FELIPE e toda a minha família, pelo apoio, carinho, dedicação e incansável ajuda sem medir esforços. DEDICO e AGRADEÇO

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6 AGRADECIMENTOS - Ao Prof. Dr. ODAIR AP. FERNANDES, pelo apoio e orientação segura nos trabalhos realizados. - A Dow AgroSciences Indl Ltda pela oportunidade, em especial aos Engº. Agrônomos ELIAS MELOTTO (in memorian) e LUIS ANTONIO PAVAN pelo suporte. - Aos funcionários da Estação Experimental de Mogi Mirim pela condução, manutenção e aplicação nas áreas dos ensaios. - Ao amigo EDSON CORBO pelo auxílio nas avaliações e coletas nos ensaios de Mogi Mirim. - A todos os amigos da GRAVENA LTDA pela colaboração na condução do ensaio de Jaboticabal e pelo auxílio na separação de todo o material coletado. - Ao amigo GUSTAVO VILELA FRACASSO, por todo o auxílio prestado, principalmente pela ajuda direta na tabulação de dados e organização da literatura citada. - Ao Dr. RAUL GUEDES pelas sugestões e fornecimento de referências cruciais ao trabalho. - Ao Dr. ADENEY DE FREITAS BUENO por sugestões no texto. - Às funcionárias da BIBLIOTECA da FCAVJ-UNESP pela presteza e correção da Literatura Citada. - A todos aqueles que colaboraram direta ou indiretamente na realização deste e outros trabalhos.

7 ÍNDICE 1. RESUMO INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Ordens e famílias de insetos, aranhas, ácaros e respectivas funções e uso de bioindicadores Coleoptera Diptera Hemiptera Hymenoptera Neuroptera Dermaptera Araneae Ácaros Oribatida Levantamento da artropodofauna de ocorrência na cultura do milho no Brasil Impacto de inseticidas Utilização de índices faunísticos em ensaios de impacto MATERIAS E MÉTODOS Locais Tratamentos e desenho experimental utilizados Avaliações Identificação dos artrópodes Análise dos dados Análise faunística Diversidade de espécies Similaridade entre os habitats Comparação do efeito dos tratamentos sobre os índices obtidos RESULTADOS Levantamento e análise faunística da artropodofauna capturada através de armadilha tipo bandeja d água Levantamento da artropodofauna através de bandeja d água Análise faunística da artropodofauna coletada através de bandeja d água Levantamento e análise faunística da artropodofauna capturada através de armadilha de solo (Pitfall) Levantamento da artropodofauna através de armadilha de solo... 51

8 Análise faunística da artropodofauna coletada através de armadilha de solo Levantamento da artropodofauna através de avaliações visuais Levantamento da artropodofauna através de avaliações destrutivas Análise conjunta das diferentes safras e locais Impacto dos inseticidas chlorpyrifos e spinosad sobre a comunidade de artrópodes Efeito sobre índices de diversidade Análise de componentes principais por safra Análise de componentes principais: herbívoros e predadores dentro de cada safra Impacto dos inseticidas chlorpyrifos e spinosad sobre Spodoptera frugiperda e organismos não alvos Herbívoros Predadores Decompositores Polinizadores Função não determinada CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÕES SUMMARY LITERATURA CITADA

9 1 1. RESUMO Chlorpyrifos é um organofosforado de amplo espectro de ação e um dos mas estudados inseticidas mundialmente. Spinosad é produzido através de um processo de fermentação utilizando a bactéria Saccharopolyspora spinosa. Estudos têm demonstrado alta seletividade de spinosad à maioria dos inimigos naturais. Entretanto, informações sobre o impacto desses produtos sobre a comunidade de artrópodes é escassa. Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar o impacto de spinosad e chloropyrifos sobre a comunidade de artrópodes na cultura do milho. Os experimentos foram conduzidos nos anos de 2002 e Os tratamentos (chlorpyrifos 240 g ia/ha e spinosad 24 g ia/ha) foram pulverizados três vezes no decorrer das safras. A primeira aplicação foi realizada por volta de 15 dias após a emergência da cultura e a última pouco antes ou no início do florescimento. Foi utilizado o desenho de blocos casualizados com quatro repetições. As armadilhas de solo (2/parcela) e bandeja d água (1/parcela) foram instaladas semanalmente nas parcelas. Amostras de solo foram retiradas para contagem de ácaros. Os insetos foram também observados visualmente em plantas/parcela. Ainda, 10 plantas/parcela foram coletadas para contagem dos indivíduos. Um total de 282 espécies nas ordens Coleoptera, Dermaptera, Diptera, Hemiptera, Hymenoptera, Isoptera, Lepidoptera, Neuroptera, Odonata, Orthoptera, Thysanoptera, Blattodea e Araneae foram coletados. A comunidade de artrópodes diferiu entre safras e locais. A riqueza e abundância dos artrópodes estão mais relacionadas com a fenologia da cultura do que ao impacto dos produtos. Em geral, não se observou efeito dos inseticidas na diversidade e riqueza, embora chlorpyrifos possa causar impacto temporário na abundância dos artrópodes.

10 2 2. INTRODUÇÃO O milho é mundialmente um dos mais importantes cereais (CHIANG, 1978). No Brasil, a área plantada em 2005/2006 foi de 9,6 milhões de ha na primeira safra ou safra de verão e 3,3 milhões de ha na segunda safra ou safrinha (CONAB, 2006) O uso de inseticidas na cultura do milho tem se constituido até o momento, na principal tática de controle de insetos herbívoros, principalmente Spodoptera frugiperda (Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) (MICHEREFF FILHO et al., 2002a). Segundo VAN DEN BOSCH & STERN (1962), o uso extensivo de produtos de largo espectro acaba por ocasionar instabilidade ecológica aumentando populações de artrópodos considerados pragas. Esta instabilidade é devida, em parte, à mortalidade dos inimigos naturais. O uso intensivo e inadequado de inseticidas de amplo espectro pode resultar na eliminação dos inimigos naturais, polinizadores e contaminação ambiental (PIMENTEL & EDWARDS 1982). Os inseticidas aplicados na cultura do milho podem afetar, além da S. frugiperda, um complexo de predadores, incluindo a tesourinha Doru luteipes (Scuder) (Dermaptera: Forficulidae), o percevejo Orius sp. (Heteroptera: Anthocoridae), formigas (Formicidae) e aranhas (Araneae), os quais são importantes agentes naturais de controle de S. frugiperda (ANDREWS, 1988; CRUZ, 1995). Vários outros inimigos naturais como Coccinellidae e Carabidae (Coleoptera), Chrysopidae (Neuroptera), além de hymenópteros e dípteros predadores e parasitóides, exercem também papel fundamental na manutenção das interações tritróficas no agroecossistema do milho. Vários estudos têm abordado os efeitos dos inseticidas sobre inimigos naturais associados à cultura do milho (FALEIRO et al., 1995; CRUZ, 1997; SIMÕES et al., 1998); entretanto tem-se restringido a uma ou pouca espécies, não levando em

11 consideração a influência de variáveis ambientais nas interações biológicas e que podem afetar o impacto de inseticidas (BADJI et al., 2004). Chlorpyrifos é um inseticida organofosforado com amplo espectro de ação bastante utilizado em milho para controle de insetos herbívoros com destaque para larvas de Lepidoptera. Os resultados dos efeitos do produto sobre inimigos naturais predadores ou parasitóides é variável. Vários estudos citam efeitos negativos (COCKFIELD & POTTER, 1983; MIZELL & SCHIFFAHAUER, 1990; PASINI & FOERSTER, 1994; SANTOS, 1995; FRAMPTON, 1999; AL-DEEB et al., 2001; FRAGOSO et al., 2001; MICHEREFF FILHO et al., 2002b; MÈNDEZ et al., 2002; SILVA et al., 2006). Da mesma forma estudos verificaram que o produto não afetou predadores (MORSE & BELLOWS, 1986; BELLOWS & MORSE, 1988; WANG et al. 2001), ácaros Oribatida (COCKFIELD & POTTER, 1983; WANG et al., 2001) e aranhas (MÈNDEZ et al., 2002). Vários autores citam uma redução, mesmo que temporária, na população de ácaros, formigas, aranhas e coleópteros que vivem na superfície de solo após a aplicação (MACK, 1992; BRAMAN & PENDLEY, 1993; PEREIRA et al., 2004). Estudos em condições tropicais têm sugerido que o impacto de inseticidas de amplo espectro pode ser menor que o esperado (MICHEREFF FILHO et al., 2002 b,c). Apesar de Chlorpyrifos ser um dos produtos mais utilizados na cultura do milho seu impacto sobre artrópodos de solos em condições tropicais ainda é pouco conhecido (MICHEREFF FILHO et al., 2004). Spinosad é um novo produto pertencente à classe Naturalyte e que tem como características, baixa toxicidade aos mamíferos e predadores em geral (ANÔNIMO, 2001). Estudos têm demonstrado baixa toxicidade a inimigos naturais predadores (VAN DE VEIRE et al., 2002; STUDEBAKER & KRING, 1999; 2003; ELZEN, 2001; TORRES et al. 1999; TORRES et al., 2002; MURRAY & LLOYD, 1997; BOYD & BOETHEL, 3

12 1998; TILLMAN & MULROONEY, 2000; MUSSER & SHELTON, 2003; NASREEN et al., 2003). O efeito sobre himenópteros parasitóides é variável sendo considerado seletivo em alguns casos (MURRAY & LLOYD, 1997; HILL & FOSTER, 2000) e pouco seletivo em outros (TILLMAN & MULROONEY, 2000; SUH et al., 2000; MASON et al., 2002). Spinosad tem demonstrado seletividade também a ácaros predadores (BYLEMANS & SCHOONEJANS, 2000). Alta mortalidade de Aleochara bilineata (Gyllenhal) (Coleoptera: Staphylinidae) e Doru taeniatum (Dohrn) (Dermaptera: Forficulidae) foi observada por CISNEROS et al. (2002) e MÉNDEZ et al. (2002). Não são muitos os trabalhos na literatura brasileira sobre o levantamento da entomofauna no agroecossistema do milho. A composição e densidade estimada da fauna de artrópodos associados com o agroecossistema do milho são pouco conhecidas nas condições neotropicais (MICHEREFF FILHO et al., 2002b; BADJI et al., 2004). A maioria dos levantamentos e publicações como CRUZ et al. (1995) e GASSEN (1996) se referem aos principais herbívoros e inimigos naturais. Da mesma forma a literatura sobre o efeito de spinosad sobre artrópodos em geral nas condições brasileiras é escassa. Poucos são também os estudos de impacto de inseticidas a longo termo e/ou analisados através de índices faunísticos. Assim, o presente trabalho teve por objetivos: 1) fazer o levantamento da artropodofauna de ocorrência no agroecossistema do milho; 2) avaliar o efeito de inseticidas sobre a diversidade de herbívoros, agentes de controle biológico e organismos não alvos em diferentes safras (verão e safrinha) procurando determinar possíveis bioindicadores de impacto ambiental. 4

13 5 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1. Ordens e famílias de insetos, aranhas, ácaros e respectivas funções e uso de bioindicadores Os insetos representam a maior parte da biodiversidade mundial em termos de espécies. Das 1.7 x 10 6 espécies descritas até 1992, aproximadamente eram vertebrados, eram plantas e eram insetos. Estima-se que de todas as espécies do mundo, 64% são insetos. A ordem com maior diversidade é Coleoptera com espécies. Os insetos são, não apenas mais diversos numericamente do que outros grupos, mas apresentam também várias funções: herbívoros, predadores, parasitóides, decompositores, polinizadores (SPEIGHT et al., 1999) Indicadores ecológicos podem ser utilizados para se verificar condições do ambiente e se obter um sinal antecipado de mudanças ambientais. Indicadores ecológicos precisam capturar a complexidade do sistema, porém, serem simples o bastante para que possam ser rotineiramente monitorados. Sensibilidade a estresses ambientais está dentre as características exigidas para seleção de um bom bioindicador (DALE & BEYELER, 2001). O uso de bioindicadores é um sistema inovador na avaliação de distúrbios ambientais, seja poluição, contaminação (PAOLETTI, 1999), ou ainda aplicação de agroquímicos e de outras práticas agrícolas como fertilização e manejo do solo (PAOLETTI et al., 1991). Insetos podem se tornar indicadores ecológicos para avaliação do impacto que venha a ocorrer em uma região (SILVEIRA NETO et al., 1995).

14 Coleoptera Coccinellidae é taxonomicamente, uma das famílias mais conhecidas em Coleoptera. São 490 gêneros e 4200 espécies descritas (IPERTI, 1999). A maioria (90%) é de predadores e podem na falta de presas, alimentarem-se de substâncias açucaradas, pólen e néctar extrafloral. Alguns coccinelídeos podem se desenvolver e reproduzir alimentando-se apenas de pólen de milho (COTRELL & YEARGAN, 1998). São predadores de pulgões que infestam milho e sorgo como Rhopalosiphum maidis (Fitch) e Schizaphis graminum (Bond.) (SMITH, 1971; LOPEZ & TEETES, 1976; WRIGHT & LAING, 1980; KRING & GILSTRAP, 1986; ELLIOT et al., 2002) e outros pulgões em cereais de inverno como trigo (GASSEN, 1986; ELLIOT et al., 1999). Os coccinelídeos são muito vulneráveis a mudanças ambientais e sensíveis a aplicação de produtos químicos (IPERTI, 1999). Os carabídeos são diversos e abundantes em agroecossistemas. São predadores polífagos e têm papel importante no controle de herbívoros (LOVEI & SUNDERLAND, 1996; KROMP, 1999). Podem se alimentar de afídeos, ovos e larvas de Chrysomelidae, Curculionidae e outros Coleoptera e larvas de Lepidoptera (KROMP, 1999). De acordo com LANG et al. (1999), carabídeos em conjunto com aranhas da família Lycosidae, podem reduzir populações de Cicadellidae, Thysanoptera e Aphididae em campos de milho. Os carabídeos podem em alguns casos serem utilizados como bioindicadores (LOVEI & SUNDERLAND, 1996), porém estudos locais são necessários ( KROMP, 1989; PEARCE & VENIER, 2006; VILLA-CASTILLO & WAGNER, 2002). A família Carabidae não foi significativamente afetada pelo uso de inseticidas (STINNER et al., 1988; HUMMEL et al., 2002). Por outro lado, BRUST (1990) verificou que o uso de herbicidas pode reduzir afetar negativamente os carabídeos, em alguns casos, devido efeito de repelência.

15 A família Staphylinidae é uma das mais diversas em Coleoptera com cerca de espécies conhecidas. É cosmopolita e está distribuída em todos os tipos de ecossistemas formando um dos mais comuns e ecologicamente importantes componentes da fauna do solo. Comunidades de Staphylinidae podem ser utilizadas como bioindicadores ambientais e particularmente da influência humana em ecossitemas (BOHAC, 1990). Em relação a outros Coleoptera, a maioria das espécies de Chrysomelidae, Elateridae, Scarabaeidae, Melyridae e Curculionidae, são herbívoras e em alguns casos considerados prejudicais à cultura do milho (GASSEN, 1989; GASSEN, 1996) Diptera Diptera está entre os mais diversos grupos de organismos com 128 famílias e cerca de espécies descritas (VOCKEROTH, 2002). Dolichopodidae com 5100 espécies, Syrphidae com 5800 espécies, Asilidae com 5600 espécies e Tachnidae com 9200 espécies são as maiores famílias. Os hábitos alimentares dos Diptera têm um profundo impacto nos ecossistemas. A maioria das larvas (cerca de 50%) são detritívoras e contribuem para a decomposição de matéria orgânica. Outras são predadores, parasitóides ou se alimentam de fungos e plantas, tanto na fase jovem como na fase adulta. Alguns ainda atuam como polinizadores (VOCKEROTH, 2002). Das 128 famílias, 42 incluem predadores tanto na fase larval, como na fase adulta (BROOKS, 2002). Larvas de Dolichopodidae vivem no solo e são consideradas predadoras de larvas de outros insetos de solo (FROUZ, 1999) e podem ser utilizadas como bioindicadores, pois, podem representar umas das mais importantes partes da macrofauna de solo em alguns ecossistemas (CURRY & MOMEN, 1988; SCHAEFFER & SCHAUERMANN, 1990). As larvas predam principalmente insetos das famílias

16 Scolytidae, Elateridae e Scarabaeidae (Coleoptera). Os adultos, também predadores (SMITH & EMPSON, 1955), se alimentam de larvas de Diptera, Collembola, pulgões (Aphididae), tripes (Thripidae), ácaros (Acari) e pequenas lagartas (Lepidoptera) (BROOKS, 2002; BROOKS, 2005). Pouco se sabe sobre a biologia de Micropezidae (MERRITT & JAMES, 1973). SMITH (1978) citado por BROOKS (2002) observou hábitos de predação em adultos. De acordo com OLDROYD (1964) citado por MERRITT & JAMES (1973), os adultos de Micropezidae são predadores de pulgões. No entanto, MERRITT & JAMES (1973) não concordam com tais observações já que, o aparato bucal em Micropezidae não é modificado para predação. Larvas de Micropezidae podem atuar como decompositores de material vegetal e de excrementos de animais (SAVAGE, 2002). Os insetos da família Asilidae são predadores e as presas incluem artrópodos capturados durante o vôo (BROOKS, 2002) e aranhas (GRIMM, 2006). A fase jovem é predadora de larvas de Scarabaeidae (WEI et al., 1994; CASTELO & LAZZARI, 2004). De acordo com SAVAGE (2002), larvas de Sciaridae e Stratiomyidae são importante parte da fauna atuando como decompositores de material vegetal, principamente folhas. Hermetia illucens (Linnaeus) (Stratiomyidae) foi observada em polpa de café em decomposição (LARDÉ, 1990). Algumas espécies de Sarcophaga são parasitóides de Acrididae (SKEVINGTON, 2002) e outros insetos (PAPE, 2005), mas a família Sarcophagidae aparentemente tem sua principal função ecológica como decompositora de material vegetal e animal (SKEVINGTON, 2002; PAPE, 2005). Larvas de Syrphidae estão entre os principais predadores de afídeos (WEEMS, 1954; TENHUMBERG & POEHLING, 1995). Os adultos se alimentam basicamente de pólen e néctar. Existem porém gêneros de Syrphidae cujos indivíduos podem ser 8

17 fitófagos, micófagos e saprófagos (SOMMAGGIO, 1999). Allograpta sp. é reconhecidamente uma espécie cujas larvas são predadoras de pulgões (GASSEN, 1986). O uso de Syrphidae como potencial bioindicador tem sido pouco estudado. Teoricamente, os sirfídeos possuem características que os tornam bons indicadores (SOMMAGGIO, 1999). São fáceis de encontrar na maioria dos ecossistemas terrestres e a identificação, na maioria dos gêneros, não é difícil. Por outro lado o fato de serem muito móveis e capazes de recolonizar rapidamente habitats sob estresse (após aplicações de produtos químicos, por exemplo) é um obstáculo significativo para o uso de Syrphidae como bioindicadores (SOMMAGGIO, 1999) Hemiptera Embora inclua alguns predadores (antocorídeos, nabídeos), a grande maioria das espécies de Hemiptera é de herbívoros, em geral polífagos (FAUVEL, 1999). No caso dos herbívoros, R. maidis frequentemente infesta a cultura do milho e algumas vezes pode atingir altas densidades (ELLIOT et al., 2002). O dano à cultura em geral não é sério, mas pode ocasionalmente reduzir a produção (FOOT, 1975). Os predadores de R. maidis mais comuns são Geocoris (Lygaeidae), Orius (Anthocoridae), Scymnus (Coccinellidae), além de outros coccinelídeos, crisopídeos, nabídeos, sirfídeos e aranhas (LOPEZ & TEETES, 1976; MENDES et al., 2000). Orius insidiosus (Say) é predador efetivo de afídeos em soja (RUTLEDGE & O NEIL, 2005) além de importante predador também de ovos de Helicoverpa zea (Bod.) (PFANNENSTIEL & YEARGAN, 2002). Em relação ao uso como bioindicadores, os insetos da família Anthocoridae em geral são bastante móveis, possuem várias gerações num mesmo ciclo da cultura (FAUVEL, 1999), o que são características desfavoráveis.

18 Ainda nessa ordem, um dos cicadelídeos mais importantes no milho é D. maidis que é um herbívoro que pode em algumas circunstâncias causar danos à cultura (GASSEN, 1996) Hymenoptera Formigas são importantes no funcionamento de ecossistemas principalmente pela sua habilidade de manter ou restaurar a qualidade do solo em ambientes rurais e pelo seu valor como bioindicadores da qualidade do solo (BRUYN, 1999). Solenopsis invicta (Buren) é um predador generalista mas pode também causar danos em algumas culturas (VOGT et al., 2001). MATLOCK & DE LA CRUZ (2003) compararam duas áreas de banana, uma convencional e outra com poucas aplicações de químicos, utilizando o índice de Shannon-Weiner e o índice de Equitabilidade bem como a comparação da riqueza de espécies de formigas entre as áreas. Os autores não observaram diferença significativa entre as mesmas. Ainda, os autores relataram que as formigas foram menos sensíveis aos tratamentos químicos do que parasitóides nesse estudo. A maioria dos trabalhos sobre polinizadores como bioindicadores tem sido realizada em nível de população, principalmente com abelhas melíferas. Recentemente o valor de grupos de espécies de polinizadores como bioindicadores tem sido demonstrado (KEVAN, 1999). Espécies de Ichneumonidae e Braconidae são importantes parasitóides de S. frugiperda, importante inseto desfolhador de gramíneas, nos EUA (PAIR et al a,b.; RIGGIN et al., 1992; McCUTCHEON, 1991). No Brasil levantamentos demonstraram alta taxa de parasitismo de S. frugiperda por Ichneumonidae e

19 Braconidae (LUCCHINI & ALMEIDA, 1980; PATEL & HABIB, 1982; SILVEIRA et al., 1987; VALICENTE, 1989; SILVA et al., 1997) Neuroptera Dentro de Neuroptera, Chrysopidae é a maior família, com aproximadamente espécies e subespécies distribuídas em 86 gêneros e subgêneros (FREITAS, 2002). De acordo com PRINCIPI & CANARD (1984) os crisopídeos têm sido relacionados como predadores de pulgões, cochonilhas, cigarrinhas, mosca-branca, psilídeos, tripes, ovos e larvas de Lepidoptera, ácaros e Diptera. Em agroecossistemas, algumas espécies das famílias Chrysopidae e Hemerobiidae são conhecidas como predadores principalmente de insetos sugadores sendo Hemerobius relacionado como predador de afídeos (STELZL & DEVETAK, 1999). FREITAS (2002) apresenta uma série de cultivos nos quais crisopídeos aparecem como importantes predadores; porém, a cultura do milho não foi mencionada entre elas Dermaptera D. luteipes é encontrada no campo durante o ano todo (CRUZ & OLIVEIRA, 1997), principalmente na fase inicial da cultura do milho, quando a ocorrência de S. frugiperda é mais frequente. Ocorrem também nas espigas e pendões do milho podendo alimentar-se de ovos ou larvas de outros insetos (REIS et al., 1988). Além da lagartado-cartucho, D. luteipes pode predar também lagartas H. zea e pulgões (ALVARENGA et al., 1995; ALVARENGA et al., 1996; CRUZ et al., 1995). Em levantamento de insetos benéficos no agroecossistema do tomate, PROBST et al. (1999) observaram a presença de Labidura riparia (Pallas) e comentam que essa

20 espécie pode ser predadora de larvas de Coleoptera e Diptera, bem como de Lepidoptera como Diatraea saccharalis (Fabr.) (BUENO et al., 1983; BUENO & BERTI FILHO, 1987) Araneae Cerca de espécies de aranhas são conhecidas no mundo. Todas são predadoras e a grande maioria se alimenta principalmente de insetos, sendo abundantes tanto em ecossistemas naturais como em agroecossistemas (MARC et al., 1999). Vários estudos mostram uma sólida evidência de que aranhas têm um importante papel no decréscimo de populações de pragas em agroecossistemas (MARC et al., 1999; BOGYA & MARKÓ, 1999; AMALIN et al., 2001; SCHMIDT & TSCHARNTKE, 2005). MANSOUR & HEIMBACH (1993) verificaram, por exemplo, que aranhas podem reduzir substancialmente populações de pulgões em trigo. Lycosidae, Salticidae, Oxyopidae, Araneidae e Linyphiinae entre outras, são comuns em agroecossistemas (MARC et al., 1999; SCHMIDT & TSCHARNTKE, 2005). Araneae parece ser mais sensível ao efeito de pesticidas do que muitos dos insetos fitófagos (CROFT & BROWN, 1975, HUMMEL et al., 2002). Muitos estudos em todo o Mundo têm demonstrado que o uso de produtos químicos diminui a diversidade e densidade de aranhas (MARC et al., 1999; AMALIN et al., 2001). Testes de laboratório (BROWN et al., 1983) e de campo (EPSTEIN et al., 2000) demonstraram que inseticidas organofosforados podem ser tóxicos para aranhas, porém em alguns casos, o efeito é pequeno ou apenas moderado (BAJWA & ALINIAZEE, 2001). Segundo FRAMPTON (1999) aranhas da família Linhyphiidae são sensíveis ao uso de piretróides e organofosforados e teria um grande potencial como bioindicador na detecção de efeitos negativos de inseticidas em sistemas agrícolas

21 Ácaros Oribatida Ácaros Oribatida são um dos grupos de artrópodos numericamente dominantes no horizonte orgânico da maioria dos solos (BEHAN-PELLETIER, 1999; HASEGAWA, 2001). Existem cerca de 7000 espécies descritas, representando cerca de 1000 gêneros em mais de 150 famílias. Ácaros Oribatida exercem papel-chave na fragmentação da matéria orgânica, na ciclagem de nutrientes e na formação da microestrutura do solo (BEHAN-PELLETIER 1999). Podem se alimentar de fungos (REEVES, 1998) e bactérias além de material vegetal em decomposição (HARTENSTEIN, 1962) e podem servir também de alimento para outros organismos (WALTER & PROCTOR, 1999). Em relação ao uso de Oribatida como bioindicadores, estes artrópodes os mesmos apresentam características favoráveis como desenvolvimento lento e baixa fecundidade (BEHAN-PELLETIER 1999) além da riqueza de espécies e abundância em áreas agrícolas (MICHEREFF FILHO et al., 2004). O efeito de inseticidas sobre esses organismos é, entretanto variável, sendo pouco sensíveis ao uso de Chlorpyrifos, por exemplo (STARK, 1992; MICHEREFF FILHO et al., 2004) Levantamento da artropodofauna de ocorrência na cultura do milho no Brasil. Um levantamento de espécies de insetos fitófagos associados aos estilosestigma e espigas de milho na fase de grão-leitoso foi realizado por MATRANGOLO et al. (1997). S. frugiperda e H. zea (Lepidoptera: Noctuidae) foram as lagartas predominantes. Ocorreram também outros noctuídeos como Pseudaletia sequax

22 (Franclemont), Spodoptera dolichos (Frabricius), Anticarsia gemmatalis (Hueb.) e Cirphus humidicola. Outros lepidópteros encontrados foram Thalesa citrina (Sepp.) (Arctiidae) e Diatraea sp. Além destes, foram observados Lagria villosa (Fabr.) (Coleoptera: Lagriidae), Chrysomelidae, Euxesta sp. (Diptera: Otitidae), Colopterus sp. (Coleoptera: Nitidulidae), Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott) (Hemiptera: Cicadellidae), R. maidis (Hemiptera: Aphididae), Leptoglossus zonatus (Dallas) (Hemiptera: Coreidae). Dentre os predadores, MATRANGOLO (1995) verificou a ocorrência de D. luteipes (Dermaptera: Forficulidae), Geocoris punctipes (Say) (Hemiptera: Lygaeidae), O. insidiosus (Hemiptera: Anthocoridae) e os coccinelídeos Cycloneda saguinea (Linnaeus) e Coccinella ancoralis (Germar) (Coleoptera: Coccinellidae). As famílias de aranhas amostradas foram Thomisidae, Oxyopidae, Salticidae e Araneidae. No sistema de consorciação soja-milho, estudando artrópodos no solo, CIVIDANES (2002) relatou a ocorrência de espécies como Callida scutellaris (Chaud.), Galerita sp., Lebia sp., Calosoma granulatum (Perty) (Coleoptera: Carabidae), várias espécies de Formicidae, Staphylinidae, Acrididae, Gryllidae, Dermaptera e várias famílias de Araneae dentre elas Lycosidae e Salticidae. MICHEREFF FILHO et al. (2002b) encontraram 26 espécies de insetos pertencentes a 17 famílias além de aranhas em experimento realizado na época de emissão do pendão do millho. Os herbívoros mais representativos de acordo com os autores foram S. frugiperda, D. maidis, Euxesta sp., D. speciosa, e o mirídeo Sthenaridea carmelitana (Carvalho). Os predadores mais frequentes foram D. luteipes, Orius sp., além de Crematogaster sp. e Pheidole sp. (Formicidae) e aranhas. Por ocasião da emissão dos estilo-estigmas MICHEREFF FILHO et al. (2002c) verificaram que os predadores mais abundantes em plantas de milho foram D. luteipes, Orius sp., 14

23 Chrysoperla externa (Hagen), C. sanguinea, Geocoris sp., Crematogaster sp., Pheidole sp. e Solenopsis saevissima (F. Smith). Já BADJI et al. (2004), através de avaliações visuais observaram 23 espécies dos quais os herbívoros S. frugiperda, D. maidis e D. 15 speciosa e os predadores Orius sp., D. luteipes e C. sanguinea foram os mais abundantes e frequentes. Em um levantamento ralizado por PICANÇO et al., (2003) em 49 cultivares de milho aos 32, 47 e 69 dias após a semeadura e observaram que D. maidis foi o herbívoro mais abundante seguido por D. speciosa (Coleoptera: Chrysomelidae) e lagartas de S. frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae), sendo D. luteipes (Dermaptera: Forficulidae), o inimigo natural de maior ocorrência. Um levantamento da entomofauna na cultura do milho utilizando diversos tipos de armadilhas (solo, bandeja d água, cartão adesivo e rede de varredura) foi realizado por FRIZZAS (2003) nas regiões de Barretos, SP e Ponta Grossa, PR no período de 1999 a Foram coletadas 409 espécies nas mais diversas ordens e famílias. Em outro estudo, porém com armadilha luminosa, FRIZZAS et al. (2003) avaliaram a comunidade de insetos durante o ciclo da cultura do milho nas regiões de Barretos, SP, Ponta Grossa, PR, Capinópolis, MG e Santa Helena de Goiás, GO durante oito safras agrícolas ( ). Foram coletadas 390 espécies em todas as safras avaliadas. De acordo ainda com os autores, o cálculo dos índices de riqueza, diversidade e equitabilidade mostraram que a comunidade de insetos varia entre as safras e regiões sendo que as safras de verão foram as que apresentaram as maiores quantidades de espécimens coletados e os menores índices de equitabilidade quando comparado com a safrinha e safra de inverno. No caso de coleópteros de superfície do solo associados à cultura do milho ARAÚJO et al. (2004) coletaram em um estudo espécies de Carabidae, Chrysomelidae,

24 Cicindelidae, Cucujidae, Lagriidae, Nitidulidae, Scarabaeidae. Scolytidae, Staphylinidae e Tenebrionidae Impacto de Inseticidas Predadores e parasitóides frequentemente apresentam maior mortalidade devido ao uso de inseticidas do que suas presas ou hospedeiros herbívoros (CROFT & BROWN, 1975), seja pela maior susceptibilidade ao inseticida, seja pelo fato de sua fonte de alimento ser reduzida após a aplicação (PIMENTEL & EDWARDS, 1982). Vários estudos têm abordado os efeitos dos inseticidas sobre inimigos naturais associados à cultura do milho (FALEIRO et. al, 1995; CRUZ, 1997: SIMÕES et al., 1998); entretanto tem-se restringido a uma ou pouca espécies, não levando em consideração a influência de variáveis ambientais nas interações biológicas e que podem afetar o impacto de inseticidas (BADJI et al., 2004). Chlorpyrifos é um dos inseticidas mais utilizados mundialmente na agricultura (RAFALIMANANA et al., 2002). É um inseticida organofosforado com amplo espectro de ação bastante utilizado em milho para controle de insetos herbívoros com destaque para larvas de Lepidoptera. Efeitos negativos deste produto foram verificados sobre Carabidae (PASINI & FOERSTER, 1994), vespas predadoras Brachygastra lecheguana Latreille, Polybia paulista Ihering e Protopolybia exigua Saussure (FRAGOSO et al., 2001), D. luteipes (MICHEREFF FILHO et al., 2002b), D. taeniatum e Orius spp. (MÈNDEZ et al., 2002). O. insidiosus (AL-DEEB et al., 2001), Chrysoperla rufilabris (Burmeister) e C. sanguinea (L.) (MIZELL & SCHIFFAHAUER, 1990), C. externa (SILVA et al., 2006), Coccidophilus citricola Brèthes (SANTOS, 1995), Araneida e Staphylinidae (COCKFIELD & POTTER,

25 1983; FRAMPTON, 1999). Chlorpyrifos não apresentou efeitos negativos sobre Acari: Oribatida (COCKFIELD & POTTER, 1983), Araneae (MÈNDEZ et al., 2002) e sobre o coccinelídeo Cryptolaemus montrouzieri (Mulsant) (MORSE & BELLOWS, 1986; BELLOWS & MORSE 1988). Sobrevivência de D. luteipes de 71% após aplicação de chlorpyrifos foi observada por REIS et al. (1988) e CAMPOS & GRAVENA (1984), trabalhando em algodão, obtiveram uma sobrevivência de 52% na população de D. lineare após duas aplicações de chlorpyrifos. O efeito de chlorpyrifos após duas aplicações num intervalo de 3 dias por ocasião da emissão do pendão do milho foi de apenas uma redução temporária na abundância de D. luteipes (MICHEREFF FILHO et al., 2002b). Através de análise multivariada foi observado que a maior tendência na abundância da comunidade dos artrópodos estava relacionada ao tempo e esta tendência poderia estara associada à fenologia da cultura bem como mudanças climáticas ou a combinação de ambos. As populações foram mais afetadas pelas variáveis ambientais do que pela aplicação do inseticida (MICHEREFF FILHO et al., 2002b). No caso de Orius sp., a redução na população foi observada 21 dias após a aplicação de chlorpyrifos (MICHEREFF FILHO et al., 2002c). Esse efeito pode ter sido dado pela redução na capacidade reprodutiva do predador devido efeito subletal do inseticida após consumo de pólen e presas contaminadas. O maior efeito foi observado na atividade de formigas durante o período entre a última aplicação e três semanas após. A atividade de forrageamento de Crematogaster sp. foi drasticamente reduzida, diferentemente do que aconteceu com Pheidole sp. Em condições de laboratório, chlorpyrifos não foi repelente a Micromus tasmaniae (Walker) (Neuroptera: Hemerobiidae) (HODGE & LONGLEY, 2000) e o declínio de populações deste inseto após aplicações do produto se dá provavelmente 17

26 devido à mortalidade e não dispersão devido à repelência. Também em laboratório, FITZGERALD (2004) obteve mortalidade maior que 50% quando da pulverização do produto sobre C. carnea, entretanto, em condições de campo não se foi observado efeito negativo sobre outros predadores como anthocorídeos. Vários autores citam uma redução, mesmo que temporária, na população de ácaros, formigas, aranhas e coleópteros que vivem na superfície de solo após a aplicação (MACK, 1992; BRAMAN & PENDLEY, 1993; PEREIRA et al., 2004). No entanto WANG et al. (2001) observaram que aplicações de chlorpyrifos não afetaram as populações de Carabidae e ácaros Oribatida. O efeito de chlorpyrifos é rápido e intenso em espécies suscetíveis, mas sua degradação é relativamente rápida no ambiente (CRANE et al., 2003). Ácaros Oribatida não foram afetados pelo uso de chlorpyrifos mesmo após duas aplicações consecutivas do produto (MICHEREFF FILHO et al., 2004). Spinosad é um novo produto pertencente à classe Naturalyte e foi classificado pela Environmental Protection Agency - USA, como um produto de risco reduzido baseado na sua baixa toxicidade aguda aos mamíferos, baixa toxicidade a peixes, segurança para insetos benéficos e compatibilidade com programas de manejo integrado de pragas (CLEVELAND et al, 2001), além de rápida degradação no solo (THOMPSON et al., 2002). É utilizado no controle de herbívoros como larvas de lepidópteros em geral, dípteros minadores de folhas e tripes (COPPING & MENN, 2000). Spinosad pode ser tóxico para abelhas melíferas em aplicação tópica, no entanto, os resíduos em folhas 3 horas após a pulverização já não apresentam efeito negativo seja em laboratório ou campo (CLEVELAND et al., 2001). Abelhas polinizadoras Bombus impatiens também não foram negativamente afetadas quando 18

27 expostas a pólen que recebeu aplicações de spinosad, entretanto, efeitos sub-letais podem ocorrer (MORANDIN et al., 2005). Em condições de campo, STERK et al. (2002) relatam não haver efeito sobre abelhas do gênero Bombus. Estudos têm demonstrado baixa toxicidade à inimigos naturais da ordem Hemiptera como Orius laevigatus (Fieber) (Van DE VEIRE et al., 2002), O. insidiosus (STUDEBAKER & KRING, 1999; 2003), Geocoris punctipes (Say) (ELZEN, 2001), Podisus nigrispinus (Dallas) (TORRES et. al. 1999; TORRES et al. 2002), Nabis kinbergii (Reuter) (MURRAY & LLOYD, 1997), G. punctipes, Nabis capsiformis (Germar), Nabis roseipennis (Reuter) e Podisus maculiventris (Say) (BOYD & BOETHEL, 1998), coccinelídeos como Harmonia octomaculata (Fabricius) (MURRAY & LLOYD, 1997), Hippodamia convergens (Guerin-Meneville), Coleomegilla maculata (De Geer) e Harmonia axyridis (Dallas) (TILLMAN & MULROONEY, 2000; MUSSER & SHELTON, 2003) e himenópteros parasitóides como Trichogrammatoidea bactrae (Naganaja) (MURRAY & LLOYD, 1997) e Diadegma insulare (Cresson) (Ichneumonidae) (HILL & FOSTER, 2000). Entretanto, spinosad demonstrou menor seletividade para himenópteros como Bracon mellitor (Say), Cardiochilles nigricipes e Cotesia marginiventris (Cresson) (TILLMAN & MULROONEY, 2000), Trichogramma exiguum (Pinto & Platner) (SUH et al., 2000) e Encarsia formosa (Gahan) (JONES et al., 2005). NASREEN et al. (2003) verificaram que spinosad foi seletivo a Chrysoperla carnea, resultado este diferente do obtido por MEDINA et al. (2003). Spinosad tem demonstrado seletividade também a ácaros predadores como Typhlodromus pyri (Scheuten) (BYLEMANS & SCHOONEJANS, 2000) e Amblyseius cucumeris (Oudeman) (JONES et al., 2005). Alta mortalidade de Aleochara bilineata (Gyllenhal) (Coleoptera: Staphylinidae) e Doru taeniatum (Dohrn) (Dermaptera: Forficulidae) foi observada por CISNEROS et al. (2001) e MÈNDEZ et al. (2002). 19

28 Embora haja um valor inestimável de ensaios de laboratório, ensaios de campo podem demonstrar de forma mais acurada o efeito de pesticidas sobre espécies benéficas (HASSAN et al., 1985). De acordo com STUDEBAKER & KRING (2002), spinosad apresentou mortalidade de O. insidiosus significativamente maior em condições de laboratório do que em campo. WILLIAMS et al. (2003) levantaram as informações disponíveis na literatura sobre o impacto de spinosad sobre inimigos naturais e utilizaram as escalas do IOBC para ensaios de laboratório e campo que varia de um (não tóxico) a quatro (muito tóxico) para classificação dos dados de mortalidade. No geral, 71% dos estudos de laboratório e 79% dos estudos de campo sobre predadores resultaram em classe um. Parasitóides da ordem Hymenoptera foram significativamente mais suscetíveis do que insetos predadores com 78% dos estudos de laboratório e 86% dos ensaios de campo com resultados variando de moderadamente tóxico a tóxico. No entanto, em todos os experimentos houve rápida degradação dos resíduos de spinosad com baixa toxicidade residual de 3 a 7 dias após a aplicação. Vários autores têm estudado não somente a toxicidade aguda, mas também efeitos subletais de spinosad sobre predadores. Não houve mudança no desenvolvimento e parâmetros de reprodutivos de C. carnea (MEDINA at al., 2003) e O. insidiosus (ELZEN, 2001). Entretanto, GALVAN et al. (2005) verificaram que o produto reduziu a fertilidade do coccinelídeo H. axyridis por duas semanas após a aplicação Utilização de índices faunísticos em ensaios de impacto 20 Índices de diversidade, abundância e dominância de espécies têm sido utilizados para estudar o efeito de diversos sistemas de cultivo e intensidade de

29 aplicação de agroquímicos (OLFERT et al., 2002) além de comparar também o efeito de tratamentos, seja de produtos químicos ou culturas transgênicas, em agroecossistemas (ELLSBURY et al., 1998; STEVENSON et al., 2002; DIVELY & ROSE, 2002; MEN et al., 2003; CANDOLFI et al., 2004; DIVELY, 2005; ROSE, 2005). KROOS & SCHAEFER (1998) compararam diversos sistemas de cultivo e intensidade de aplicação de inseticidas, fungicidas e herbicidas em trigo sobre Staphylinidae. Em relação a comparação de áreas não tratadas e tratadas com inseticidas verificaram que a não aplicação favoreceu apenas algumas poucas espécies dominantes mas não teve efeito positivo na riqueza de espécies. O efeito da rotação de culturas (milho, trigo e alfafa) bem como o efeito de inseticidas sobre espécies de carabídeos foi estudado por ELLSBURY et al. (1998) através do indíce de diversidade de Shannon-Weaver. Observou-se uma maior abundância e riqueza de espécies na área com menor quantidade de inseticidas. Da mesma forma, MEN et al. (2003) observaram diferença significativa na abundância e riqueza de espécies quando compararam algodão transgênico expressando proteínas de Bt, área tratada com inseticidas e área não tratada. As aplicações de inseticidas reduziram a abundância total de herbívoros e inimigos naturais. Houve também um decréscimo na abundância de espécies e diferenças significativas nos índices de diversidade. Entretanto, BOGYA & MARKÓ (1999), utilizando índices de diversidade, abundância, riqueza e dominância, concluiram não haver diferença entre diferentes tipos de sistemas de controle de pragas em macieiras sobre a comunidade de aranhas que vivem na superfície do solo. No Brasil estudos utilizando-se índices faunísticos têm sido realizados em ambientes não agrícolas (COSTA et al., 1993; DORVAL & PERES FILHO, 2001; THOMAZINI & THOMAZINI, 2002; MULLER & ANDREIV, 2004; GUSMÃO & CREÃO- 21

30 DUARTE, 2004; URAMOTO et al., 2005), porém é escassa na literatura brasileira informações em agroecossistemas. Um dos raros estudos foi desenvolvido por FRIZZAS (2003) que estudo o efeito de milho geneticamente modificado sobre a comunidade de insetos comparando o mesmo com milho convencional e milho convencional tratado com inseticida. 22

31 23 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1. Locais Quatro estudos foram conduzidos sendo três na Fazenda Experimental da Dow AgroSciences Indl. Ltda situada no município de Mogi Mirim, SP, e outro em uma propriedade no distrito de Córrego Rico em Jaboticabal, SP. A área de M. Mirim é caracterizada por agricultura intensa por mais de 20 anos. No caso de Jaboticabal a área foi recém cultivada sobre uma área anteriormente plantada com eucalipto. O primeiro ensaio foi realizado em M. Mirim na safrinha de 2002 (ou segunda safra, que é plantada de meados de fevereiro a início de março). O híbrido utilizado foi o CO-9460 (Dow AgroSciences Ltda). O plantio se deu em 05/03/2002 e sa avaliações foram realizadas dos 17 dias (22/03/2002) até 92 dias após o plantio (07/06/2002). O segundo estudo, também em M. Mirim, foi iniciado em 20/11/2002 (safra de verão) com o plantio do mesmo híbrido adotado na safrinha (CO Dow AgroSciences Ltda). As avaliações ocorreram dos 14 dias após o plantio (04/12/2002) até 105 dias após o plantio (05/03/2003). Em Jaboticabal o plantio foi realizado em 23/12/2002 (safra de verão) utilizandose o híbrido AG-450 (Agroceres) e as avaliações ocorreram dos 20 dias após o plantio (13/01/2003) até 98 dias após o plantio (31/03/2003). O último experimento foi conduzido de 06/03 (plantio) a 07/06/2003 (safrinha de 2003) também em Mogi Mirim, SP. O híbrido semeado foi o AG-450 (Agroceres) e as avaliações foram realizadas de 22/03 a 20/06/2003 (16 a 104 dias após o plantio).

32 Tratamentos e desenho experimental utilizados Em todos os experimentos realizados três tratamentos foram utilizados. Um inseticida considerado de alto impacto (chlorpyrifos a 240 g i.a/ha) e utilizado como tratamento positivo (HASSAN et al., 1985), outro considerado de baixo impacto (spinosad a 24 g i.a/ha) e uma testemunha sem aplicação. Foi utilizado o delineamento de blocos ao acaso com 4 repetições. As parcelas foram constituídas por uma área útil de 625 a 952 m 2 (25 X 25 m a 34 X 28 m), tamanho considerado adequado para ensaios de impacto (PRASIFKA et al., 2005), e uma bordadura lateral de 4 linhas entre parcelas e 2 m no fim de cada parcela. Os produtos foram aplicados com equipamento comercial tratorizado utilizando-se um volume de 250 a 400 L / ha, dependendo do estágio da cultura, seguindo as condições padrões de aplicação (HASSAN et al., 1985). Foram realizadas três aplicações, sendo a primeira cerca de 15 dias após a emergência, a segunda no intervalo de 10 a 15 dias após a primeira e uma terceira por ocasião da emissão do pendão ou florescimento (entre 45 e 60 dias após a emergência). No primeiro ensaio em M. Mirim (safrinha de 2002), as aplicações foram realizadas em 22/03, 06/04 e 16/04/2002. No segundo estudo, também em M. Mirim, as pulverizações aconteceram em 05/12, 20/12/2002 e 25/01/2003. Em Jaboticabal (verão 2002/2003) as aplicações foram realizadas em 13/01, 03/02 e 18/02/2003. No último experimento, realizado em Mogi Mirim (safrinha de 2003) os produtos foram pulverizados em 03/04, 19/04 e 24/05/03.

33 Avaliações As avaliações foram realizadas semanalmente desde o estágio V2-V3 até o estágio R4-R5 (RITCHIE, 1993). Foram utilizadas para coleta e observações: 1) uma armadilha colorida por parcela (bandeja d àgua com fundo amarelo) posicionada sempre no nível do topo da cultura (SOUTHWOOD, 1978; POWELL et al., (1996): 2) duas armadilhas de solo (Pitfall) por parcela; 3) avaliações visuais em plantas por parcela; 4) coleta e dissecação de 10 plantas por parcela e; 5) coleta de 8 subamostras de solo perfazendo um total de 500 cm 3 por parcela. No caso das armadilhas tipo bandeja d água e Pitfall utilizou-se alcool 70% como preservativo. Em ambos os casos algumas gotas de detergente foi adicionada para quebra da tensão superficial (POWELL et al., 1996). Nas avaliações foram observados os seguintes parâmetros: Contagem de lagartas vivas de S. frugiperda: até a fase do pendoamento 10 plantas / parcela foram coletadas para contagem de lagartas (MICHEREFF FILHO et al., 2002c) Contagem do pulgão do milho Rhopalosiphum maidis (Fitch) (Hemiptera: Aphididae) e do tripes Frankliniella williamsi (Hood) (Thysanoptera: Thripidae) nas mesmas plantas utilizadas para contagem da lagarta-do-cartucho (GRAVENA, 1978). Contagem de agentes de controle biológico e herbívoros através de observações visuais ( plantas) (LEWIS et al. 1997; MICHEREFF FILHO et al., 2002 a,b;

34 BADJI et al., 2004). No primeiro experimento (safrinha de 2002) foram observadas 50 plantas por parcela e nos seguintes, 100 plantas por parcela. Contagem de insetos coletados através de armadilha (bandeja) amarela (HASSAN et al., 1985) Contagem de insetos e aranhas de ocorrência no solo realizado através de armadilhas Pitfall (HASSAN et al., 1985; LEWIS et al., 1997). Contagem de ácaros de solo: oito sub-amostras por parcela perfazendo um total de 500 cm 3 de solo foram coletadas na profundidade de 0-5 cm utilizando cilindros de alumínio com 7,5 cm de diâmetro (FOX et al., 1999) e levadas para laboratório. As amostras foram colocadas em funil de Berlese e permaneceram por três dias sob luz intensa no intuito de se extrair os ácaros (Acari: Oribatida) (HARTENSTEIN, 1962; PEREIRA et al., 2004). 26 As armadilhas de solo e bandeja d água foram mantidas no campo por um período de quatro dias, quando então foram coletados os indivíduos capturados (COLL & BOTTRELL, 1994) Identificação dos Artrópodes Todos os insetos e aranhas coletados foram acondicionados em recipientes plásticos contendo alcool a 70% (MICHEREFF FILHO et al, 2002a; PEREIRA et al., 2004.) Posteriormente, os espécimens coletados foram separados em morfoespécies e contados. Os ácaros Oribatida foram separados e mantidos em solução de ácido lático a 50%. Após a separação, os insetos foram montados em alfinetes

35 entomológicos. A identificação foi realizada com auxílio do Dr. Sinval Silveira Neto do Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola, ESALQ-USP, Piracicaba. Os insetos pertencentes às famílias Ichneumonidae e Braconidae foram identificados pela Dra. Maria Angélica Penteado do Departamento de Biologia da UFSCar. As aranhas foram identificadas conforme KANSTON (1972) até o nível taxonômico de família Análise dos dados Análise faunística Os índices de freqüência, abundância, dominância e constância foram obtidos através programa ANAFAU (SILVEIRA NETO et al., 2005) onde: Frequência (F) porcentagem de indivíduos de uma espécie em relação ao total de insetos coletados (SILVEIRA NETO et al., 1976). Classes de frequência: Pouco frequente (pf), Frequente (f), Muito frequente (mf) Abundância (A) - refere-se ao número de indivíduos por unidade de superfície ou volume e varia no espaço e no tempo (SILVEIRA NETO et al., 1976). Foram estabelecidas as seguintes classes de abundância: Rara (r), Dispersa (d), Comum (c), Abundante (a) e Muito abundante (ma) Dominância (D) é a ação exercida pelos organismos dominantes de uma comunidade. A dominância consiste na capacidade da espécie em modificar, em seu benefício, o impacto recebido do ambiente, podendo assim causar o aparecimento ou desaparecimento de outros organismos

36 (SILVEIRA NETO et al., 1976). Foi analisada pelo método de LAROCA & MIELKE (1975) citado por SILVEIRA NETO et al., Constância (C) porcentagem de espécies presentes nos levantamentos efetuados (SILVEIRA NETO et al., 1976). As espécies foram separadas em categorias, segundo a classificação proposta por BODENHEIMER (1955) citado por SILVEIRA NETO et al. (1976): a) Espécies constantes (w) = presentes em mais de 50% das coletas; b) Espécies acessórias (y) = presentes em 25-50% das coletas; c) Espécies acidentais (z) = presentes em menos de 25% das coletas Diversidade de espécies A diversidade foi determinada pelo índice de Shannon, calculado através do programa MVSP (MVSP versão 3.13 m, Kovach Computing Services, ). Esse índice reflete dois atributos básicos da comunidade: o número de espécies e a equitatividade. Este índice varia ente 0 a aproximadamente 4,6. Valores próximos de zero indicam que um ou poucos grupos taxonômicos dominam a comunidade (baixa diversidade), ao passo que valores altos significam que muitos grupos taxonômicos estão equitativamente distribuídos na comunidade (DIVELY, 2005). Também foi calculado o índice de Eqüitabilidade (E) que estima a distribuição das espécies na amostra, verificando a homogeneidade da ocorrência numérica das espécies.

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